Grimms - O mundo de outra forma escrita por Luh, MariPudim


Capítulo 13
It may be possible to us together


Notas iniciais do capítulo

Heyyyy ai gente esse capt



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Eu não tinha tanta certeza se a Mariana iria conversar com o Nicolas sobre o assunto antes, ou se iria preferir como eu conversarmos só nós duas, então pedi licença e fui ao banheiro como de costume a Mari me seguiu.

– Luiza. – ela chamou enquanto andávamos.

– Calada, apenas continue andando. – respondi me esgueirando entre as cadeiras de outras mesas.

Chegando ao banheiro entrei com ela numa cabine e a fiz sentar na tampa da privada.

– Pronto agora você pode falar comigo. – disse baixinho.

– Ah, e ai como vai? – ela perguntou desconversando.

– Mariana, pare de brincadeiras preciso que seja sincera comigo. Você viu a garçonete?

– É claro, ela não é invisível!

– Mariana, você viu o rosto dela? Não me faça usar métodos difíceis com você.

– Sim... Eu vi o rosto dela como cabra. – ela sussurrou.

Bati minhas costas com tudo na porta do banheiro, não podia ser, do Nicolas eu já desconfiava deis do parque, mas ela também? Onde que isso iria parar?

– No parque... Aquele homem? – continuei interrogando.

– Sim, e as mulheres no galpão também, e ontem as mulheres que me atacaram, minha mãe me contou, se não fosse pelo Nicolas eu estaria morta.

Eu não podia acreditar.

Sai da cabine, e ela estava meio aflita, como se estivesse com medo de mim.

– Vamos. – disse saindo do banheiro.

Nós voltamos e pagamos a conta depois saímos e cada um foi para seu lado, Mari e Nico para casa dela e eu e Jack vadear na rua.

Nosso passeio foi muito tenso, era a primeira vez deis do dia do ataque que ficaríamos um bom tempo sozinhos podendo conversar. Hoje mais cedo no café ele mal tinha chegado quando a Mariana apareceu. Ou seja teríamos tempo de falarmos sobre assuntos que eu não queria falar.

Ele me conhecia bem demais e isso era bom e horrível ao mesmo tempo.

– O anel. Por que está girando ele? – perguntou ele.

Eu girava o anel no meu dedo quando estava nervosa, pensativa, aflita ou preocupada, e infelizmente ele sabia disso.

– An? – perguntei saindo dos meus devaneios

– O anel Lu.

– Ah. Estou preocupada com a Mariana.

– Ela vai superar o sequestro.

– Não estou falando disso... Jack ela viu.

– Oi?

– Sim.

Ele pareceu bem surpreso ao receber essa noticia. Continuamos andando novamente com o silencio reinando entre nós.

Eu obviamente estava confusa, mesmo tendo certeza de que eu gostava dele. Só não esperava que ele correspondesse. Pra mim já estava ótimo a nossa relação, tinha medo de estragar isso e de no final me magoar mais uma vez. Eu conhecia ele, sabia que ele nunca me magoaria, mas mesmo assim algo não me permitia acreditar.

Olhei de relance para ele ao meu lado, sua cabeça estava baixa com o cabelo todo bagunçado, ele andava calmo e distraído mesmo que a mão dele estivesse no bolso onde eu tinha certeza que estava a machadinha.

Por um bom momento que se seguiu me senti com raiva, de que adiantava ter medo de estragar tudo se já estava estragado pela aquela maldita conversa. Eu precisava chorar, mas não ali do nada na frente dele, me virei para rua e atravessei sem nem ligar pros carros que buzinavam, apenas corri para longe.

Fui até a pracinha um pouco a frente me sentei na grama, nem precisei deixar as lagrimas virem, elas já estavam lá. Abracei meus joelhos e enterrei minha cabeça neles.

Eu sabia que o Jack tinha vindo atrás de mim, e sabia que geralmente ele me consolaria, mas eu não ia falar porque eu estava chorando. Mesmo que eu não tivesse olhado tinha certeza que ele estava sentado ao meu lado.

Soltei meus joelhos me jogando pra traz, caindo deitada na grama.

Me sentia horrível, culpada, com raiva não só dos meus problemas emocionais, mas com tudo isso de ser uma Grimm. Eu estava completamente insegura perdida num mundo horroroso queria um lugar para me sentir segura... Eu tinha alguns lugares assim, mas só um me faria melhor naquele momento.

Levei meus olhos até os imensos poços negro. Era como estar num grande universo escuro onde só existia eu e ele.

Estava tão absorta que nem notei ou ao menos me incomodei com a chuva ao meu redor.

Sinceramente o tempo que encarei os olhos deles pareceu horas, mesmo que fosse segundos, fez com que eu quisesse voltar na noite anterior e passado esparadrapo na minha boca de merda.

Desviei o olhar e sai andando. Não era porque encarar os olhos dele tinha mudado tudo por segundos que mudaria para sempre. E com esse pensamente a raiva começou a me invadir novamente.

Senti sua mão segurar meu pulso.

– Luiza. – ele sussurrou ao meu lado me parando.

– Jack... Eu queria que você um pouco menos.

Ele deu uma risada fraca.

– Mas se eu não te conhecesse e você não me conhecesse quem ia nos ajudar?

– Jack, eu... Não quero sofrer não de novo, não quero que nada acabe com a minha amizade com você ah... Por que você complicou tanto a minha vida seu completo idiota, infeliz, maldito que eu... – Me desvencilhei da mão dele e sai andando em direção a rua.

Por sorte o sinal estava verde e eu pude me atirar na faixa.

Jack me segurou pelo braço me forçando a virar, meus olhos estavam marejados como os dele.

– Eu nunca te faria sofrer, e eu sei que você sabe disso.

Ele mal acabando de completar a frase me puxou pela cintura, seus lábios se encostaram nos meus delicadamente.

Primeiro eu fiquei completamente surpresa, depois quis chutar as partes dele, até que por fim correspondi.

Numa fração de segundo todos esses estados passaram por mim, até que finalmente eu corresponde-se ao beijo.

As mão dele na minha cintura, e as minhas em seus cabelos, seus lábios se movimentando junto dos meus em parceria das nossas línguas, era como se o mundo tivesse evaporado.

Aquele provavelmente foi um dos melhores momentos da minha vida nos exatos últimos sete meses.

E por mim ele não precisava acabar. Mesmo com os carros buzinando continuamos ali, mesmo com a falta de ar apenas separamos nossos rostos e permanecemos ali. Sem darmos a mínima por estarmos completamente molhados, ou por estarmos no meio da rua.

Jack desviou os olhos, o que eu de fato não gostei, olhando para os carros ele disse:

– Vem. – e me puxou pela mão.

Corremos até a calçadas. E eu enterrei o meu rosto no seu ombro enquanto ele me apertava forte.

Ele levou a boca até o meu ouvindo e sussurrou:

– Talvez, não seja tão difícil acreditar um pouco que possa existir.

Me afastando olhei nos seus olhos e o beijei. Quando o olhei por fim conclui:

– É talvez você tenha razão. Talvez seja possível nós dois juntos.

Ele entrelaçou nossos dedos me puxando para longe da chuva, me levando para baixo do toldo vermelho de uma loja fechada, me encostando na parede da loja Jack voltou a me beijar. E ficamos ali. Juntos.


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram comentem. Recomendem, e é claro não deixem de acompanhar.



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