Amor e Liberdade [PAUSADA] escrita por Bianca Ribeiro


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

HEEY! Estou de volta, pessoas lindas.



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Espreguiço-me nos lençóis de minha cama e levanto-me, assustada. Como cheguei aqui? Afasto as cobertas. Estou de camisola. Não me lembro de nada até ser atingida pelo flash de memória do beijo de Kristoff.

O beijo de Kristoff.

– Oh, céus - cubro meus lábios, sorrindo até as bochechas arderem.

Aquilo foi real? Aquele beijo intenso na carruagem realmente aconteceu?

Salto da cama e corro até a janela. Está nevando mais forte do que ontem e anteontem, o que é estranho, pois estamos às vésperas da primavera. Procuro pela carruagem dos Bjorgman no portão, mas não a vejo em canto algum. Queria que Kristoff estivesse aqui para me dizer que o que aconteceu ontem não foi apenas fruto de minha imaginação, que nós realmente trocamos um beijo.

E não foi um simples beijo, penso, sentindo o corpo todo esquentar. A mera lembrança das mãos de Kristoff em minhas costas e cintura é suficiente para me provocar arrepios.

Visto meu roupão de veludo e corro escada abaixo, à procura de meu pai.

– Anna! - esbraveja madame Daisy, de modo irritado. - Você não é mais uma garotinha, não corra pela casa!

Encontro papai lendo documentos na sala de estar, junto à lareira.

– Bom dia, papai - abraço-o pelos ombros, cobrindo seu rosto com meus cabelos vermelhos.

Ele ri, mas parece exausto.

– Olá, raio de sol.

– Parece cansado - sento-me no sofá, de frente para sua poltrona.

Papai suspira.

– Ossos do ofício, querida.

Baixo meus olhos para as minhas mãos sobre o colo.

– Receberemos alguma visita hoje?

Papai me encara com um sorriso zombeteiro nos lábios. Ele parece mais jovem quando está brincalhão.

– Oh, Anna, isso soaria melhor se você admitisse que com "alguma visita" quer dizer "Kristoff".

Sinto-me corar.

– Bem... - reviro os olhos.

Papai ri.

– Não sei ao certo se ele virá hoje. Mas vocês dois pareciam bem íntimos ontem - ele arqueia as sobrancelhas. - Espero não ter que me preocupar, Anna.

Levanto-me como se tivesse levado um choque.

– Papai! Kristoff é um homem honrado.

Meu pai cruza os braços.

– Não é com Kristoff que me preocupo.

Antes que eu possa responder, madame Daisy irrompe na sala.

– Anna! Oh, o que farei com você, menina? - ela apoia as mãos nos quadris. - Ande, precisa se preparar.

– Me preparar para quê?

Madame lança as mãos para cima, exasperada.

– Oh! O que seria de você sem mim! - exclama. - Hoje é aniversário da senhorita Reidi, não se lembra?

– Reidi? Como pude esquecer...?

Papai dá risada.

– Precisamos ir à boutique comprar um presente maravilhoso para ela - diz madame. - Por isso, venha. Precisa se aprontar.

***

A vendedora nos atende de modo especial, pois sabe de quem eu sou filha. Todos em Arendelle sabem e, por mais que eu tente ser tratada como qualquer aldeão, não adianta. Todos sempre querem agradar o prefeito.

Escolho para Reidi um belo vestido perolado e um lenço de cetim que ela vinha namorando há algumas semanas na vitrine. Peço que embrulhem e entreguem na casa dela juntamente com um cartão no qual escrevi minhas felicitações. Ela vai ficar alegre.

– Não vai acreditar no que a confeiteira me disse hoje, quando fui comprar pães - murmura madame Daisy, enquanto caminhamos pelas ruas de paralelepípedos de Arendelle.

Como a curiosa incurável que sou, não posso deixar de perguntar:

– O quê?

– Sabe a filha do cobrador de impostos?

– Mathilde?

– Não, a mais nova. Aquela, a baixinha.

Franzo a testa até lembrar o nome da moça.

– Oh, sim. Martha. O que tem ela?

– Acredita que a sem vergonhazinha saiu para um passeio com aquele senhor Hans durante a noite de música e só voltou agora pela manhã?

Arregalo os olhos. Não posso acreditar. Que escândalo.

O quê?

– Foi o que eu ouvi.

O quê? - indago mais baixo.

Madame me encara.

– Isso mesmo, Anna.

– Mas... o senhor Hans...

– Um oportunista, sem dúvida! Onde já se viu! Uma dama sair com um rapaz na calada da noite sabe-se lá para onde, para fazer sabe-se lá o que...!

Então foi por isso que não encontrei Hans ontem à noite. Ele se engraçou com uma das filhas do cobrador e saiu de cena com a moça. Seria ele capaz de desonrá-la da maneira como todos pensamos? O que o pai de Martha diria?

– E podia ter sido você! - madame grita, de repente lembrando-se de quem era meu par para a noite de ontem. - Oh, Anna! Onde eu estava com a cabeça em permitir que ele a acompanhasse?

– Quer falar mais baixo por favor? - sussurro. - As pessoas estão olhando!

– Graças aos céus o senhor Kristoff a encontrou e tirou-a das garras daquele monstro deflorador de virgens!

– Madame! - tapo a boca dela. - Está prestes a fazer um escândalo no meio da rua!

Ela arregala os olhos e se acalma, concordando comigo. Um ponto para Anna.

– Por que não vamos à florista? - sugiro. - Quero bromélias na sala de jantar.

– Bromélias são belíssimas, mas que tal cravos do rio?

Ao chegarmos à barraca da florista, separo-me de madame Daisy para olhar o carregamento de lírios do vale que chegaram há pouco tempo. Estou quase tentada a levá-los, quando sinto um leve cutucão no ombro. Ao virar-me, me deparo com Hans sorrindo pra mim com uma rosa vermelha em uma das mãos.

– Para a mais bela das damas de Arendelle - ele me entrega a flor.

Estou sem reação.

– Poderia, por favor, me dar a honra de um passeio?

– Não sei se devo... eu...

Hans segura minha mão com suavidade.

– É que alguns rumores sobre mim espalharam-se esta manhã - diz ele, parecendo triste. - Rumores ruins. Mas não passam de fofoca de gente desocupada. E eu... bem, preciso de alguém sensato para me ouvir. Você é a única pessoa em quem eu confio, Anna.

Estremeço por dentro e, quando me dou conta, já estou concordando.

– Tem que ser um passeio breve - digo, olhando por cima do ombro para ver se madame Daisy não está por perto. - Brevíssimo.

– Não se preocupe - Hans sorri. - Não vai demorar.


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Notas finais do capítulo

E entãããão? Comentem o que acharam!
Acham que os rumores são verdadeiros? Hans está dizendo a verdade?
Nos vemos nos próximo capítulo!
Beijocas!



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