Círculo Fechado escrita por MarcosFLuder


Capítulo 1
Capítulo 1 - Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Era para ser uma continuação de Triângulo , o melhor episódio da sexta temporada, e um dos melhores de toda a série , só que a medida que ia escrevendo acabou virando a minha versão sobre o início da oitava temporada. O episódio começa após Requiem e eu resolvi manter o Canceroso , apesar de não saber se ele realmente morreu no final da temporada. A decisão se mostrou acertada quando vi o episódio que encerrou a série na nona temporada. Gostaria também de deixar um grande agradecimento para Thamires dos Santos e a equipe de capistas do literafanfic. A capa de vocês é maravilhosa, e feita em tempo recorde. Muito obrigado mesmo.



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CAPÍTULO 1 - Prólogo

GROVER

COLORADO

SEDE DO BANCO FEDERAL 2:45 Pm

ÉPOCA ATUAL

Tudo indicava que seria uma tarde modorrenta naquela agência bancária, haviam filas em todos os cantos e algumas pessoas começavam a ficar impacientes com a demora no atendimento, todos pareciam preocupados com seus próprios problemas e ninguém notou que três homens tomavam posição até que um deles tomou a palavra.

— Isso é um assalto – um deles gritou sacando a arma enquanto seus comparsas dominavam os guardas – todos quietos e ninguém se machuca.

— Deitados no chão – disse o outro – todo mundo deitado no chão – as pessoas obedeceram e todos estavam deitados de bruços.

— Encham essas bolsa de dinheiro e rápido – disse o terceiro assaltante para os caixas que trataram de obedecer a sua ordem. Um dos assaltantes dirigiu-se à janela para verificar o movimento e sentiu um tremor no corpo que o fez recuar, ao mesmo tempo que um estranho ruído ecoou pela agência.

— O que foi isso Bill? – perguntou o líder do grupo.

— Sei lá John! Parece que eu pisei numa corrente elétrica – ele dá um passo a frente e um novo tremor o atinge só que ele não consegue recuar. O estranho ruído é ouvido por todos, só que mais forte e seguido por uma explosão de luz que cegou momentaneamente a todos. Quando tudo voltou ao normal já havia um outro homem no lugar de Bill.

— Quem é você cara? – perguntou John apontando-lhe a arma – onde está o Bill?

— Quem é Bill? Quem são vocês? – o homem estava assustado e também tinha uma arma, só que de modelo antigo, suas roupas também eram antigas e ele olhava para todos sem entender nada do que estava acontecendo.

— Olha pra isso John! – disse o outro assaltante, ao ver um estranha bola de luz se formar no meio da agência.

— Mas que diabo é isso Carl? – todos no banco começaram a ficar apavorados e algumas pessoas tentaram se levantar e fugir, mas descobriram desesperadas que não podiam sair da agência, pois uma estranha força, que parecia emanar da bola de luz, os impedia. Ao mesmo tempo em que aquele estranho ruído se fez ouvir, só que agora ainda mais forte.

GROVER

COLORADO

SEDE DO BANCO FEDERAL 2:45 Pm

1942

Bill Hardy não conseguia entender o que tinha acontecido após aquele estranho tremor. O lugar em que se encontrava parecia o mesmo banco que tentava assaltar com seus comparsas, mas havia muitas diferenças no lugar e nas roupas que as pessoas usavam. Também notou que não eram as mesmas que ele havia ajudado a render, e ainda tinha aqueles dois homens que apontavam aquelas armas antigas para ele.

— Quem é você cara? O que fez com o Jerry?

— Quem é Jerry? Que lugar é esse? – perguntou um assustado Bill que viu duas armas sendo apontadas para ele, apontando a sua também quando um estranho ruído voltou a ser ouvido por todos na agência.

— Que barulho é esse? Quem são vocês? – a única resposta que teve foram os tiros que levou dos outros dois assaltantes e que o fizeram cair no chão. Por puro reflexo, acertou um tiro num dos outros assaltantes. O impacto da bala o fez recuar de onde estava, mas em vez de cair no chão ficou meio que no ar, sentindo o mesmo tremor de Bill, enquanto uma bola de luz se formou no meio da agência.

ÉPOCA ATUAL

— Responde cara, o que fez com o Bill? E que negócio é esse? – pergunta John apontando para a bola de luz.

— Não sei de nada cara! – Jerry tentou sair da agência mas não conseguiu e o seu gesto fez com que Carl atirasse nele, dando mais dois passos a frente para completar o serviço. Antes que o fizesse começou a sentir o mesmo tremor, só que em vez de sumir ele ficou meio que suspenso no ar, fazendo com que Jerry se aproveitasse para acertar-lhe um tiro quase no mesmo instante que John acertava nele um tiro fatal. A bola de luz começou a crescer e afetar todos os aparelhos eletrônicos do banco, que começaram a explodir, provocando pequenos incêndios, para desespero de todos na agência, pois não conseguiam sair dali. Foi então que a bola de luz começou a sugar tudo a sua volta, ao mesmo tempo que devolvia o corpo de Bill, até explodir.

1942

A bola de luz sugou o corpo de Bill e devolveu o de Jerry, mas fora o barulho ensurdecedor não parecia afetar em nada as pessoas e coisas em volta. Foi então que uma explosão de luz se seguiu. Instantes depois o líder dos assaltantes estava sendo algemado por dois guardas do banco enquanto via os corpos de seus comparsas sendo retirados do local. Ambos atingidos por tiros que ninguém sabia explicar de onde tinham vindo, na verdade ninguém naquela agência conseguia lembrar o que tinha acontecido.

ÉPOCA ATUAL

A polícia isolou toda a área em volta da agência bancária, mas não conseguiu evitar a confusão de repórteres e curiosos somados aos parentes de pessoas que estariam na agência e que tentavam obter informações sem sucesso. O Tenente Ferguson comandava a operação e não tinha ideia do que acontecera no lugar. A falta de informações começou a gerar boatos sobre um grupo terrorista agindo no país e ele tivera que desmentir o fato para a imprensa. Como se tudo isso não bastasse ainda tinha a ordem vinda, sabe-se lá de onde, dizendo que um maioral de Washington ia assumir o caso.

— Parece que o maioral está vindo aí – disse Ferguson para si mesmo, ao notar um carro chegando, e de onde saíram um bando de engravatados que deram sinal para que alguém, dentro do veículo, saísse. Foi com grande surpresa que Ferguson viu um homem negro de quase dois metros, e que parecia ter saído de um concurso de Mister Olímpico. Ele veio em direção ao Tenente.

— Tenente Ferguson eu suponho – disse sem se preocupar em estender-lhe a mão.

— Eu mesmo! E você quem é?

— Pode me chamar de Senhor White.

— White? – Ferguson não conseguiu conter a surpresa e se aquele homem ficou ofendido não chegou a demonstrar – é você que vai tomar conta do caso?

— Eu já tomei conta do caso Tenente – disse o Senhor White – para começar o senhor vai aumentar a área de isolamento, quero todo o quarteirão isolado.

— Isso vai criar o maior transtorno – disse Ferguson.

— Pouco me importa – disse – o importante é o meu pessoal ter inteira liberdade para trabalhar.

— Mas afinal de contas o que aconteceu aqui?

— Isso é assunto de segurança nacional, algo que está muito acima de sua alçada – disse – agora vá fazer o que eu mandei.

O rosto de Ferguson ficou vermelho com o jeito que estava sendo tratado. Por muito menos que isso já tinha espancado muitos negros até cansar, mas ele sempre foi um homem de bons instintos, e todos eles lhe diziam que era melhor não se meter com aquele homem. O tenente engoliu o orgulho e saiu dali no mesmo instante em que outro engravatado se aproximou do Senhor White.

— Os homens estão prontos para o trabalho senhor – disse o engravatado.

— Vamos esperar até a área de isolamento ter sido aumentada – disse – alguma novidade na base?

— Olha o Gray chegando – aponta para outro homem que se aproxima – ele deve ter alguma coisa a dizer.

— Isso aqui veio direto do portal senhor – o homem chamado Gray entrega um documento de identificação e um bilhete para o Senhor White. Este fica espantado com o que lê, principalmente com a frase final que dizia: “você é o único em que confio para resolver isso”. Ele leu o bilhete e depois olhou o documento que veio junto, na verdade uma carteira de agente do FBI. O Senhor White não sabia como isso podia ser possível, mas pela primeira vez em muitos dias ele viu uma solução para a crise que enfrentava. Lembrou-se do que lhe foi dito, a muito tempo atrás, pela pessoa que o precedeu em sua atual função. Na época pareceu-lhe uma história completamente absurda, mas o seu antecessor lhe garantiu que ele deveria estar atento para perceber quando tudo o que havia dito faria sentido. Esse momento finalmente chegou. Ele olhou a carteira em suas mãos. Ela não estava em bom estado, mas dava para ver com clareza o número de identificação e o nome do seu dono: FOX MULDER


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