Big Bang escrita por Soo Yul


Capítulo 3
Capítulo II


Notas iniciais do capítulo

Olá preciosidades minhas *U*
Depois de três meses - Novamente - Cá estou eu com mais um capítulo de Big Bang. Sacaram que é sempre três? Haha representando a trindade divina. É brincadeira, ignorem. B
om, se houver algo errado, me corrijam, eu aprendo com vocês e vocês comigo. De qualquer modo, me esforcei para escrever esse capítulo Eu sei sobre bastante coisas, mas evolucionismo? Bem, eu tentei e não, não estou querendo pagar de inteligente.
Bom, perdoem os erros - Revisei :v - Boa leitura, ah e leiam as notas finais por favor, é importante.
Shalom!



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"Eu te conheci no deserto, na terra muito seca"- Oséias 13:5

Todo o ser humano nasceu com um propósito, e todo o ser humano, criado para queimar incenso¤ Para Deus nos céus, passa por uma fase difícil. Uns chamam de momento, outros de bobeira, já eu entro em concordância com as escrituras, eu chamo de Deserto, provação.

Ninguém sabe exatamente o que é uma provação até passar por uma. Veem pessoas sofrendo por uma dor de cabeça, um mal jeito no pescoço e dizem que é uma provação. Procurar sinônimos não é assim tão difícil, nem dói à mão. Provação vem de prova, e cada prova tem seu nível de acordo com sua recompensa, seu objetivo, sua força.

Sempre soube o que era uma provação. Aquelas difíceis onde todos olhariam para você e te observariam com olhos famintos, eu sabia de ouvir falar e agora, no meio de uma aula com a Kurenai, posso sentir os olhares sobre mim. Teoria da conspiração numa aula dessas é sacanagem.

Todos os alunos estão sentados em seus respectivos lugares. Todos me encarando. Internamente, eu pedia a Hashem que me acalmasse. Perder o controle não é de meu feitio.

— Muito bem. Senhorita Haruno, por que não nos responde? As aulas só começarão a correr bem quando você admitir isto. - Apoiou as mãos sobre o púpito.

Eu nada dizia. Aquela mulher não sabe o que fala. Primeiro, ninguém pode ser forçado a acreditar, a fazer algo. Segundo, Deus e o Diabo não precisam que pessoas acreditem nele para que eles existam. Se fosse qualquer outro judeu aqui no meu lugar, já teria dado chilique dizendo que a professora estava insultando o mestre. Um insulto? Com certeza. Embora eu lute para manter o equilíbrio entre a minha vida social e espiritual, a vontade que eu tenho de correr daqui é a mesma que eu tenho de socar a cara dela por estas coisas.

— Senhorita? Por que não nos responde? Se a teoria da evolução é assim tão errada como você comentou, por que não nos dá uma explicação melhor? - Seu tom foi cínico.

O começo foi simples. Antes era Hitler, agora é a teoria da evolução. Ótimo! Ela quer me afrontar e afrontar a quem está dentro de mim. Eu não posso forçar ninguém, entretanto, ficar calada é uma má opção. Manter a ética e a moral, pontinho para mim!

— Eu posso responder... - Disse com som o suficiente para que toda a sala ouvisse.

— Pois bem. Comece.

A morena ajeitou o cabelo para o lado e sorriu de canto. Uma espécie de sorriso zombeteiro de quem quer ser superior a todos custe o que custar.

— Os cientistas dizem que nós evoluímos do macaco, e que a evolução cessou porque as células evolutivas morreram. Uma das perguntas que paira no ar e que muitos tem, é: Onde estão os resquícios das células mortas? Se atualizaram isso, eu posso não saber. Contudo, parecermos com um animal e é por esta causa que evoluímos dele ou temos certo parentesco com ele? E de onde ele veio? De uma explosão... Uma explosão brilhante que ninguém consegue dizer exatamente o que é. O criador da teoria da evolução, Charles Dawrin era cristão... Como podemos ser apenas um evolução de um ser que foi criado para a natureza? Para que nós imperemos sobre ele?

Respondi seca. Sou paciente com as pessoas, mas não suporto a ideia de falar na sala. Me dá vergonha, e as vezes, me enche de medo. Os alunos ouviam tudo atentamente, e Sasuke... Bom, quando eu o olhei de soslaio ele sorria pra mim. Não consigo entender esse garoto. Eu tenho um noivo, não posso pensar em seu sorriso lindo. E que sorriso lindo.

— Muito bem. Você vai contra toda a ciência, sem prova concreta, histórica ou filosófica de que está certa... Isso é repugnante. - Outra vez aquele sorriso. —Não entendo como pode acreditar em algo que não vê ou não toca.

— Eu não preciso ver e nem tocar o oxigênio para respira-lo e saber que ele existe.

— Por que não diz logo? Assim para de atrapalhar a aula.

Existem quatro palavrinhas no vocabulário mental de Kurenai de 'Admita Judiazinha de merda', Palavras das quais eu não aceitaria em mim e nem as lançaria.

— Não será a sua falta de fé que me fará negar a minha.

Curta e grossa. Por que eu negaria algo que eu amo e morreria por Ele? É o mesmo que negar sua comida preferida feita pelas mãos de sua avó.

Aqueles comentáriozinhos de crianças imaturas soaram baixo na sala. Tipo, "Toma. Essa doeu em mim", É para doer mesmo! E se fosse nos tempos antigos seria para massacrar. Kurenai se Irritou. Jogou o cabelo para trás e apontou o dedo para mim. Ela estava em cima do pódio e a aula acabando. Ainda podia ver o seu peito subir quando ela bufava. Acho que ninguém nunca a respondeu dessa maneira, nem mesmo os que acreditam no que eu acredito e vivo.

— Se acha tão esperta... Então terá que mostrar garota. - Colocou as mãos na cintura e ergueu uma sobrancelha fazendo um biquinho. — Você tem esse fim de semana inteiro para pensar. Eu te aturei a semana toda e não posso mais deixar passar. Eu te desafio a provar para a sala e para mim, que esse homem que você diz e afirma existir, exista de verdade. Subirá ao pódio e eu juntamente com a classe a julgaremos. Se não conseguir provar, perde a nota do semestre, de todas as matérias. E... - Andou alguns passos curtos sobre o pódio e deu um giro, agarrando uma mecha do cabelo cacheado e enrolando-a no dedo. — Terá de rasgar o seu véu.

Minha honra. Os soldados antigamente, na época antes de Cristo, meu amado senhor, quando perdiam uma batalha ou o orgulho, tinham que rasgar as próprias vestes na frente de todos. Ela quer acabar comigo. E o pior disso é que eu não sei oquê fazer. Eu sabia que vir para Harvard não seria uma boa ideia. A maioria dos professores daqui são ateus e costumam fazer esse tipo de coisas com cristãos e vice-versa.

O Sinal tocou e ela pegou a bolsa saindo da sala em seguida. Então ela me aturou por que eu em recusei a retirar o meu véu? Eu deveria não ligar. Peguei minha bolsa e desci as escadas indo em direção á porta. Não hesitei em atravessá-la. Andando em meio ao corredor ouvi uma voz me chamar. Ignorei completamente. Assim como meu pai me disse para fazer, não estou muito a fim de ser castigada ou levar uma bronca dele, é horrível e me assusta.

Ajeito a bolsa no ombro e sinto meu braço ser puxado. Por que esse garoto me persegue tanto? O que ele quer comigo? Ele não sabe que sou judia e que se meu pai ver poderá tomar medidas drásticas, e que meu pai lá no céu se entristecerá? Eu sou noiva, acho que preciso deixar algumas coisas claras e não mais sonhar com ele. Porquê aqueles malditos sonhos onde eu vejo claramente seu sorriso continuam me perseguindo, e isso não pode mais acontecer.

— Sakura, espera aí...- Continuei andando — Mandou bem hoje na sala. Eu não entendo o que essa professora quer.

— Eu não entendo muita coisa. – Respondi sem olha-lo.

— Mas e aí, vai aceitar o desafio? – Perguntou curioso — Eu posso te ajudar se quiser...

Por mais inocente que Sasuke fosse, isso era uma bomba. Que eu saiba ele é católico, creio que ele devia saber pelo menos um pouco sobre os judeus e que tais coisas não são permitidas. Viro-me para ele parando-o em meio ao corredor movimentado.

— Você não pode chegar assim tão perto. Faremos trabalhos do curso juntos, de resto... É manter distância...- Disse tentando manter a compostura. Seu sorriso deixou o rosto quando eu disse. Pode ser triste e desprezível, mas é a realidade, é cruel.

— Por que isso? Eu não consigo entender... – Disse com um tom de voz baixo.

— Porque eu sou noiva, sou judia e não, eu não posso me aproximar tanto assim. – Suspirei. — Eu vivo num mundo onde não posso tocar. Tchau. - Despedi-me.

A expressão dele fora como de qualquer outra, sobrancelhas arqueadas e cara de espanto. Pode ser que muitos se perguntam "Como se vive num mundo que não pode ser tocado?". Simples, você vive para aquilo que você acredita, e as coisas que não fazem parte, apenas observa e deixa estar, não é por força ou por violência, cabe a cada um de nós.

Avistei de longe o carro de papai e corri em sua direção. Eu precisava pensar. Precisava estudar. Minha cabeça girava em torno de tudo o que vinha acontecendo. Abri a porta e me sentei fechando-a novamente. O veículo se movimentou quando o estalar das travas soou.

— Como foi à aula? – Papai perguntou sem tirar os olhos da estrada.

— Como tinha que ser. – Respondi olhando pela janela. — Gaara Ligou?

— Não, tentei entrar em contato, entretanto não consegui fazer isto ainda. O celular dele parece estar desligado. O quê deu em você para perguntar dele?

— Eu? – Meu coração falhou uma batida. Por que estou sentindo essas coisas estranhas? Eu não quero senti-las. Suspirei. — Apenas perguntei. - Respondi indiferente.

Ele era meu noivo, não por minha escolha, mas sim pela escolha de meus pais e eu não podia rejeitar. Não tenho autoridade suficiente para isso.

— Fico feliz que esteja se aproximando de Gaara.

— Hm.

Eu não estou me aproximando de Gaara. Nossas conversas não passam da mesmice monótona. Ele fala sobre a faculdade e trabalho dele, e eu comento sobre Harvard. Depois ele fala sobre sua família e se gaba por ela e eu apenas escuto. Dou uma desculpa dizendo que vou orar e desligo a ligação. E para que eu não minta, eu vou conversar com o mestre.

Chegando em casa, eu não tinha fome e minha intenção era rejeitar o almoço para subir e pensar no que fazer, aceitar ou não. Nem tudo é como eu quero que seja e para meu pesadelo pós-Faculdade...

— Venha Sakura! Vamos almoçar... Temos visita.

Quem nos visitaria? Porque aqui não há judeus e meus pais não são bons em relacionar-se com cristãos ou qualquer outra pessoa. Deixei minha bolsa no sofá e acompanhei mamãe e papai até a sala de jantar. Senti meu corpo paralisar quando olhei aqueles olhos claros. Era como se uma barra de ferro fosse colocada sobre meus ombros.

— Sakura, querida noiva quanto tempo... – Disse levantando-se e vindo até mim para um abraço.

Eu não havia tirado o véu e nem o tiraria. Gaara só me viu sem ele uma vez e nunca mais. As imagens na minha mente me retrocedem aos sonhos, onde eu via Sasuke, me retrocedem as palavras rudes de hoje cedo. Era só o que faltava! Ser atormentada por ele e seu sorriso!

Sentindo seu abraço apertado, aquele peso parece aumentar ainda mais. Eu devia sonhar com o sorriso dele e não com o de Sasuke. Embora eu me afaste, ele vem em sonhos todas as noites me atormentar. Respirei fundo e logo estávamos sentados á mesa. Como sempre, Gaara se gabava sobre sua família, profissão... Minha mente estava longe disso. Quantos perdões eu pedi em espírito por sonhar com outro homem que não seja meu noivo? E nem saber o motivo de estar sonhando assim. Uma droga! Que Deus tenha misericórdia. Esse não era o real problema, a situação era muito mais delicada do que eu podia imaginar.

— Quanto tempo pretende ficar? – Papai perguntou ao ruivo.

— Provavelmente... – Disse engolindo um pouco de suco — Uma semana inteira.

Encarei o ruivo com os olhos arregalados quando o mesmo falou. Meus pais riam e batiam palmas porque ele ficaria aqui por algum tempo. Gaara não ficaria num hotel quando tinha a enorme casa dos sogros para ficar.

— Não Está feliz querida? – Mamãe me perguntou.

— Claro... - Respondi — Mamãe, papai, Gaara eu peço licença. Devo me retirar para orar e estudar um pouco.

— Á nossa licença. – Responderam juntos.

Tranquei a porta do meu quarto e ri sem humor. Céus, olhei para o espelho e suspirei. Dobrei meus joelhos diante de minha cama e deitei minha cabeça sobre os braços. Minha mente estava cansada, meu corpo também. A pressão da faculdade parecia aumentar consideravelmente, e aumentará ainda mais. Sempre soube que falar com Deus era a melhor solução para meu coração, ele entendia meus vilarejos secretos, mesmo que ficasse em silêncio enquanto eu chorava ou falava. Fecho meus olhos e suspiro por uma última vez.

— Lembro-me da terra, dos céus e do universo, e de tudo o que há de perfeito criado pelas tuas palavras poderosas. A chuva cai com um propósito, regar as ervas do campo, encher os lagos e umedecer o ar que respiramos. Estamos vivendo um tempo bom, o tempo da graça. Tempo qual se pode escolher sem morrer de uma vez como antigamente. Por que as pessoas deixam de acreditar no senhor? Por que nos perseguem tanto? Por que vivemos? Por que sabemos o que é existente entre o inexistente e o inconsciente? Como se não bastasse o movimento Nazista... Eles nos queimavam vivos, nos torturavam, por que ninguém os julga como nos julgam? Papai, eu não sou má, e nem sei a razão destes sonhos e nem deste peso, mas eu preciso saber. O que devo fazer quanto ao desafio? Seria antiético aceitá-lo? Me dê uma resposta...

Esse foi somente um pedacinho da minha enorme oração. Gaara ficou lá em baixo conversando com meus pais e eu permaneci aqui em cima. Como eu poderia agir sem saber o que fazer? A força do meu braço não resolveria absolutamente nada, nem a força de meu pensamento. Perguntas e mais perguntas minhas que ficam sem respostas, eu nunca reclamo, dou um suspiro e digo "tudo bem, eu não mando em nada aqui". Abri os olhos e olhei em volta, por que eu não recebi nenhuma resposta de meu pai? Sem resposta, sem desafio e sem desafio, sem véu.

Suspirei cansada e deixei meu corpo cair sobre o chão. Minha mãe logo bateu á porta e tive de me levantar para abrir.

— Arrume-se, encontramos um templo! – Disse animada. — Iremos hoje, Gaara também irá! Coloque uma de suas melhores roupas! Em meia hora, lá em baixo.

Ótimo, agora eu não posso estudar. Sabe o que acontece com pessoas desobedientes? Elas pagam por isso no futuro, e eu não estou a fim de pagar nada agora. E nem depois. Me arrumei e desci. Um vestido verde e um véu branco bastava, eu não me produziria como minha mãe queria que eu fizesse, até porquê, eu não sei fazer isso muito bem e nem tenho o que mostrar se os panos me cobrem por completo. Quando desci, Gaara segurou a minha mão, acompanhando-me até o carro.

— Está linda. – Me elogiou.

— São os seus olhos. – Agradeci.

Era verdade que os olhos de Gaara são lindos, quase transparentes. Mamãe dizia que nossos filhos seriam lindos. Eu mal casei e já estão escolhendo nomes para os netos. Coisa que eu deveria escolher. Meu nome foi escolhido porquê eu nasci debaixo de uma árvore de cerejeira, talvez seja por isso minha paixão intensa por rosa. Nós judeus, escolhemos o nome de acordo com a situação e àquela foi a que me nomeara.

O caminho fora silencioso. Nós logo chegamos ao templo. Era lindo, simples. O culto já havia começado e Gaara não soltou minha mão por um minuto sequer. Quando o culto acabou, fui ao toillet e eles ficaram conversando com o restante dos irmãos. Suspirei e olhei-me no espelho novamente. Meus fascínio por espelho não muda nunca. Enquanto eu me olhava, uma senhora apareceu pedindo ajuda para arrumar o véu, os braços dela doíam muito para que ela ficasse esticando-os.

— Obrigada minha jovem. - Agradeceu docemente.

— Disponha...

A senhorinha ia saindo quando pausou o passo e virou-se para mim. A encarei do mesmo modo que ela me encarava.

— Ei jovenzinha! Seja lá o que estiver te incomodando... Faça o que deve ser feito...

— O quê? – Perguntei confusa.

— Lembre-se da nossa missão... Já é grandinha para entender isso...

A senhora deixou o banheiro. Bufei confusa e olhei-me no espelho novamente. Eu não havia entendido nada, e provavelmente não entenderia. Ela se referia ao Ide? Suspirei. Deixei o local e fomos para a casa. Já era noite e todos se preparavam para dormir depois de um culto longo.

— Sakura. – Gaara me chamou — Boa noite. Durma com Deus e sonhe com...

— ... Com os anjos eu já sei – Disse completando sua frase.

— Não, eu ia dizer para que sonhasse comigo. Boa noite – Riu e entrou em seu aposento.

Ah claro, eu domino meus sonhos. Entrei no quarto e tranquei a porta, retirei o véu e coloquei a camisola comprida. Hora de dormir e de falar com papai. Deitei-me e cobri-me. Fechei meus olhos e pedi.

— Papai, eu não quero sonhar com ele outra vez, eu tenho... Tenho um noivo...

Já era manhã, e eu novamente estava na faculdade. Andei pelo corredor e entrei para a biblioteca. Apanhei um livro e sentei-me numa das cadeiras confortáveis. Estava quase chegando á êxtase da leitura quando ouvi um choro baixo acompanhado de um suspiro. Levanto-me da cadeira e sigo o som abafado. Dentre uma das prateleiras, vejo Sasuke de pé com um sorriso no rosto. O que ele estava fazendo? O encaro confusa. O moreno virou-se de costas e permaneceu parado.

— Sasuke? – O chamei preocupada.

O Uchiha me olha por cima dos ombros. Aquele sorriso já não estava mais lá. Aqueles olhos não mais brilhavam por conta própria. As lágrimas de Sasuke caiam devagar, como se o torturassem e como se me partissem ao meio.

— O que houve? – Perguntei — Eu posso ajudar?

— Podia... O tempo acabou...

— O quê? – Perguntei confusa.

– Onde está seu véu? Você deveria ter feito... Agora estão todos vazios.

— Todos? – Perguntei novamente. Sasuke estava começando a me assustar. Eu não me assusto com facilidade. O moreno deu um sorriso de canto e apontou para a porta. Corri até a ela e a abri. Tinha sangue por toda a parte, ossos secos e pessoas destroçadas. Minhas pernas tremiam. O que aconteceu ali? Por que estavam todos mortos? Coloquei as mãos sobre a parte da boca e arregalei os olhos. A professora Kurenai também estava ali. Eram os meus colegas de classe... Por que todos morreram? Eu devo chamar a polícia... — Alô?

— Não adianta... Você devia ter feito o que estava em suas mãos...

Aos poucos, sob aquela pressão, aquele sangue que subia do chão e começava a me cobrir e escorrer de minhas mãos, tudo foi tornando-se preto. Eu já não podia mais conter aquelas lágrimas e meu coração pulsava tão forte que parecia querer sair do peito.

— Ah... – Suspirei olhando em volta do quarto. Oh céus, eu estava toda suada. Mal consegui gritar.

Levantei-me da cama e olhei todos os ângulos do quarto. Estava tudo limpo e eu não estava na faculdade. Cai sentada sobre a cama e levei minhas mãos ao rosto suado.

— Era um sonho? Foi tão real... Ah... - Lamentei

Quando sonhos eram reais de mais, eu tinha certeza de que não eram somente sonhos. Eram visões em sonho. Eu estava trêmula, suada. Deitei-me novamente esperando meu peito parar de descer e subir freneticamente e minha respiração se acalmar. Quando me acalmei, ainda sentindo na pele aquela visão sangrenta da qual Sasuke fazia parte, comecei a pensar o que era. Em todos os sonhos, Sasuke sorria e estava no mesmo lugar, entretanto dessa vez, eu via o restante do sonho e não era nada bom. Ele dizia algo sobre eu não ter feito o que devia...

— Ok... - Suspirei. — Já entendi Deus...

Eu demorei pra perceber os sinais vermelhos. Demorei para entender o que papai me dizia e passei a entender de uma maneira, um aviso, cruel. Eu não serei culpada pelo sangue de nenhum deles, não se eu cumprir minha missão. Visto isso, sei que chorarei e que me machucarei. Mas se vale a pena, por que não? É por alguém que amo e vivo e me reflito todos os dias. Suspirei e virei-me na cama. Se alguém lhe dá uma missão, você a aceita por que quer mostrar que pode, ou para ajudar e agradar á seu senhor?

— Apenas me guarde até lá...- Suspirei antes de voltar a dormir.


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Notas finais do capítulo

Realmente, ir contra algumas coisas realmente não é tão fácil. Podem notar que Sakura assim como eu não tem tanto conhecimento sobre o evolucionismo. Isso é exóticamente normal. Gostaram? Espero que esteja dando para entender o que estou querendo passar com os textos. E como disse, respeito toda e qualquer religião *u*
bOM, O que eu queria dizer é que embora eu costume demorar, ficarei um tempo afastada do Nyah - Não ire abandonar nada rsrs - Motivos? Bom, minha vida pessoal, sentimental, psicológica está uma droga. Eu não tomo remédios porque odeio ir á psicólogos e terapias, e isso não implica no que eu creio haha Fora minha saúde, que está meio fragilizada. Tenho dores de cabeças constantes e não é enxaqueca pessoal, espero saber logo o que é haha Não colocarei Big BANG Em Hiatus ou coisa do tipo, como sabem eu levo tempo para entender algumas coisas e coloca-las em letras. Bom, acho que é isso, não vou ficar aqui de nhé nhém nhém rsrs Comentem *U*
PS: Se tiverem alguma dúvida perguntem, ou alguma sugestão, falem. Serei toda ouvidos. Beijos da Yul *U*