Give Me Love - Cancelada! escrita por Madu Kordei


Capítulo 2
Ela mudou mesmo?




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León’s Pov

Hoje eu recebi a incrível notícia – só que não – que minha meia-irmã iria passar suas férias de verão aqui em casa. Ela até que era bonitinha, seu corpo era mais ou menos bem feito, mas seu jeito era terrivelmente horroroso.

– Ela vai ficar no quarto de hóspedes, tia? – Perguntei para minha madrasta que estava na cozinha, terminando o almoço especial para Violetta.

– Vai sim.

– Que pena, queria que ela dormisse no meu quarto – Respondi brincando, mas ela não levou tão na esportiva assim.

– Como León? – Minha madrasta perguntou espantada com o que eu disse – Vocês dois são praticamente irmãos.

– Eu estou brincando. Deus me livre casar ou ter qualquer tipo de relação com aquele diabo em forma de gente, acho que preferia morrer virgem – Disse e sentei-me à mesa, que já estava começando a ser posta.

– Ela mudou muito, segundo German – Maria encostou-se ao balcão – E fora que vocês podem melhorar essa relação saindo mais.

– Pode ser.

*

Fazia algum tempo que minha meia-irmã havia chegado. Acho que eu ainda estou um pouco tonto com a beleza que seu rosto e seu corpo estão agora. Ela havia mudado tanto, não internamente, continuava aquele monstro por dentro, mas externamente estava perfeita. As calças apertadas delineavam suas coxas e pernas grossas, o batom vermelho deixava seus lábios completamente carnudos e aquela jaqueta preta a deixava muito sexy.

Eu havia subido para o quarto de Violetta – que era o de hóspedes – com suas malas. Que diferente da maioria das mulheres de todo o planeta Terra, não eram muitas e nem pesadas.

Caminhei pelo corredor, voltando até o meu quarto. Deitei-me na minha cama e peguei o meu celular que estava em cima da mesinha de cabeceira, discando o número do Marco no discador e iniciando a chamada.

E aí cabeça? – Ouvi a voz de Marco ser anunciada do outro lado.

– Cara, a Violetta acabou de chegar aqui em casa – Falei assim que ouvi a voz do Marco. Precisava desabafar com alguém o que eu estava passando – Ela ta muito gostosa, cara.

A Violett? Ela sempre foi bonita, mano. Sendo que o que a estraga é aquele jeito, mas é um jeitinho que dá vontade de descobrir – Marco respondeu. Ele estava certo, minha irmã – ou alguma coisa -, sempre foi muito bonita, mas sua personalidade era péssima – Mas ela ta bonita ou gostosa? Você sabe que tem diferença.

– Ela ta gostosa, Marco – Respondi novamente. Será que ele não entendia que a Violetta estava mesmo gostosa?

Já sei que você está planejando suas próximas noites com a nova hóspede da tua casa – Marco riu ao telefone. Idiota.

– Ela é quase minha irmã, você acha que eu vou comer minha irmã?

– E não é uma possibilidade? Poxa León, se ela está bonita, gostosa, você vai conviver com ela por três meses, de biquíni na piscina da tua casa.

É, vamos ver. Mas, mudando de assunto, e a Francesca? – Inventei qualquer assunto que viesse pela minha cabeça, para mudar a conversa. Mas eu realmente estava interessado em saber como andava o romance de Marco e Francesca.

– Está complicado. Ontem eu saí com ela, fomos a um barzinho e a gente se beijou. Mas tipo, ela não quer ir pra cama comigo. Eu perguntei se ela queria ir lá pra casa, pra a nossa noite ser mais especial, etc, mas ela não quis. Ela até viu que no meu carro estava cheio de pacotes de camisinhas. Eu realmente não entendo a cabeça dela.

– Mas você precisa entender que vocês não estão namorando, Marco. Francesca ainda é virgem, você sabe disso, ela esperou esse tempo todo pra que a primeira vez dela fosse uma parada especial. Aí você acha que ela vai transar pela primeira vez com o ficante? – Tentei argumentar com o Marco. A cabeça dura.

– Então eu tenho que pedir ela em namoro para poder comê-la?

– Claro que não, seu idiota. Você só vai pedi-la em namoro, se você realmente gostar dela, não porque quer comê-la.

Hum... To ligado. Valeu pelos toques mano, preciso ir agora.

– Valeu, cara.

Desliguei a chamada e coloquei o meu celular em cima da mesinha de cabeceira novamente. Estava no tédio em pleno sábado, todos estavam viajando e não tinha nem uma festinha massa para ir com os amigos. Então pensei em convidar a Violetta para ir à praia, acho que ela ia gostar e eu também.

Saí do quarto e fui até o do lado, onde era o quarto de hóspedes que Vilu estava. Assim que cheguei à porta, me deparei com umas das cenas mais perfeitas até agora. Violetta estava apenas de biquíni, tentando fazer um laço no mesmo na parte de trás das costas.

– Quer ajuda? – Sussurrei ao pé do seu ouvido quando entrei no quarto e me aproximei do seu corpo.

– Que susto, León! – Ela gritou e colocou uma das mãos sob o peito, enquanto a outra ainda segurava as alças do biquíni.

– Foi mal – Sorri – Mas você quer ajuda?

– Por favor – Ela respondeu, fechou a cara e virou de costas.

Segurei as duas alças e rapidamente fiz um laço simples no seu pescoço. Eu estava boquiaberto com a tamanha perfeição que seu corpo era; pernas e coxas grossas, uma bunda e os peitos torneados e uma cintura de pilão.

– Pronto.

– Obrigada – Ela respondeu o mais seca possível e pegou o short que estava em cima da cama, vestindo-o em seguida, para a minha infelicidade.

– Você está indo a praia? – Puxei algum assunto.

– Estou.

– Posso ir com você? – Perguntei.

– Sei lá.

– Poxa Violetta, eu estou tentando ser seu amigo. Ou pelo menos tentar ter um mínimo de respeito na nossa “relação”, mas infelizmente você não deixa – Resmunguei e já estava dando meia volta, quando a senti pegando na minha mão e me puxando.

– Desculpa. Você pode ir pra praia comigo – Ela respondeu e um sorriso se formou nos meus lábios – Mas só hoje, não se acostuma.

– Vou trocar de roupa.

Saí do quarto de Vilu e voei até o meu, vestindo uma sunga e uma bermuda por cima. Peguei meu celular, carteira e a chave da minha moto. Eu sei, eu sei... Eu ainda tenho 17 anos e legalmente não estou autorizado a dirigir, mas fazer o que? Meu pai deu a moto e jogá-la fora eu não vou.

– Vamos? – Apareci no quarto de Violetta e ela assentiu com a cabeça, pegando uma bolsa em cima da cama.

Descemos para o primeiro andar, falamos com a Tia Maria e seguimos para a praia de Ipanema. Chamei Vilu para ir várias vezes no mar comigo, mas ela sempre negava. Tomou apenas um pequeno banho quando íamos embora. Que tipo de pessoa normal fazia isso? Ia para a praia e não ficava na água? Apenas escutando música e deitada na areia? Enfim, essa é a Violetta Castillo.

– A gente pode passar em alguma padaria para comer algo? – Ela propôs quando subimos na moto.

– Sim.

Fomos em direção a uma padaria que era bem próxima da praia. Sentamos em uma mesa e fizemos os nossos pedidos.

– Isso aqui é pão de queijo mineiro, acho que você vai gostar – Passei um prato cheio de pãezinhos para Violetta. Ela deve estar com saudades da culinária deliciosa de sua terra natal.

– Jura que isso é um pão de queijo mineiro? – Violetta perguntou incrédula assim que mordeu e mastigou o pão – É quase um pecado chamar isso de “Pão de Queijo Mineiro”.

– Porque lá é melhor?

– Claro que é – Ela respondeu seca – novidade -, e tomou um gole do seu chocolate quente.

– Ficou um pouquinho sujo – Falei quando Violetta colocou a xícara em cima do pires.

– Aonde? – Ela começou a passar o dedo sobre seu rosto, procurando o local sujo. Pena que ele era no canto da boca e ela não tinha percebido ainda.

– Deixa que eu limpo – Respondi sorrindo maroto e me aproximando dos seus lábios. Encostei minha boca com a sua e saiu como um selinho demorado.

– Não se atreva a fazer isso nunca mais! – Roberta praticamente gritou depois de uma tapa bem segura no meu rosto.

Era fato, ela podia ter mudado muito externamente. Mas por dentro, continuava aquela garota fechada, dura, um monstro que ninguém queria por perto. Muito menos eu.


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