Give Me Love - Cancelada! escrita por Madu Kordei


Capítulo 1
Férias nem tão esperadas.


Notas iniciais do capítulo

- uhu -. Bom, espero que vocês gostem. Enjoy :D



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9 horas da manhã, Belo Horizonte, Minas Gerais.

Violetta’s POV

Eu estava passando por uma terrível situação porque minha calça não queria ultrapassar minhas coxas grossas. Isso tudo por causa das provas finais do colégio, que consumiram meu psicológico lentamente, causando mais vontade de descontar tudo nos doces deliciosos que meu pai comprava nas padarias daqui de Minas.

– Filha, você já está atrasada! – Meu pai gritou quando chegou perto da minha porta, batendo na mesma.

– Um minuto, pai – Gritei no mesmo tom, antes de finalmente conseguir encaixar a peça na parte inferior do meu corpo. Calcei meu All Star vermelho e surrado, coloquei uma jaqueta preta de couro, por cima da minha blusa básica.

Peguei minha bolsa e coloquei sob meu ombro esquerdo, puxando em seguida minha mala de carrinho do Mickey para fora do quarto.

– Caetano – Meu pai chamou o motorista de taxi que iria me levar para o aeroporto – Leve as malas da Violetta logo para o carro.

O homem que estava sentado no sofá levantou-se e carregou minhas malas para perto do elevador do nosso apartamento.

– Que merda, ter que passar três meses enfurnada naquela casa, enquanto eu poderia estar em Paris com você – Resmunguei quando abracei meu pai, para me despedir.

– Eu vou a negócios, filha. E você também não está com saudades da sua mãe? – Meu pai falou com um olhar cansado. Já discutimos esse assunto várias vezes, mas é que ele me dava repulsa – Você sabe que pra ela vir do Rio de Janeiro pra cá, não é fácil.

– Eu estou morrendo de saudades dela. Mas só de pensar que eu vou ter que passar mais de vinte e quatro horas ao lado de León... Isso me deprime.

– Ele pode ter mudado, faz quase um ano que você não vê-lo! – Meu pai tentou argumentar mais uma vez, uma tentativa um tanto falha.

– Um idiota como ele não muda assim tão rápido, só se for um milagre de Deus.

– Você é muito dura com as pessoas, Vilu – Meu pai respondeu e alisou as pontas dos meus cabelos loiros e rebeldes.

– Não sou dura, pai. Apenas sou realista. Não vivo como alguns, que pensam que a vida é um puro conto de fadas. Que um dia, o príncipe encantado vai cair do céu, bater na sua porta e você vai morar em um castelo – Respondi de imediato. Meu pai suspirou.

– Tudo bem, não quero mais discutir com você – German, meu pai, sorriu ao me abraçar novamente – Qualquer coisa, é só me ligar. Qualquer coisa mesmo.

– Tudo bem, pai... Tudo bem – Respondi o abraçando mais forte. Eu podia ser fechada com a maioria das pessoas, mas com meu pai tudo era diferente. Ele me passava uma tranquilidade absurda. Eu o amava mais que tudo, essa era a verdade.

Despedi-me mais uma vez do meu pai e desci até o hall de entrada do meu condomínio, onde o taxista me esperava pacientemente. Nós éramos clientes dele há muito tempo, por isso toda essa calma.

O caminho foi completamente tranquilo, meu iPod estava com 100% de bateria e eu sempre tinha o meu melhor amigo dentro da bolsa, um livro.

Chegando ao aeroporto de BH, o taxista deixou minhas malas perto da porta e eu saí do carro, caminhando até a fila do check-in. Fiz todo o procedimento e já estava tudo ok com a passagem, poltrona do avião, malas, etc. Fui até a praça de alimentação comprar um suco de uva, que era o meu fraco desde sempre. Aproveitei e comprei alguns doces para comer no avião, indo em seguida até a sala de embarque.

Esperei mais ou menos uma hora e já estava entrando no avião, sentando na minha cadeira ao lado da janela, junto com um casal de namorados. Coloquei meus fones de ouvido e conectei com o iPod, pegando meu livro interminável de dentro da bolsa e indo para um mundo completamente meu. Por algumas horas.

13 horas da tarde, Rio de Janeiro.

Já havia chegado ao Rio e estava mais uma vez encantada com a beleza dessa cidade. Eu amo Minas, mas o Rio de Janeiro é incrivelmente perfeito. As belezas naturais daqui são perfeitas e, admito, existem homens muito gostosos desfilando seus músculos pela praia de Ipanema.

O sol estava terrivelmente escaldante, mas de alguma forma, me dava uma sensação de prazer e liberdade. Era um sábado e eu observava muitas pessoas caminhando e andando de bicicleta pelas ruas dessa cidade.

– É a primeira vez que vem aqui? – O taxista puxou um assunto quando estávamos chegando perto de casa.

– Não – Sorri, tentando ser simpática – Já vim muitas vezes aqui, eu moro em BH com o meu pai e minha mãe mora aqui.

– Ah – Ele sorriu também – Gosta mais daqui ou de lá?

– Hum... – Tentei analisar a pergunta dele – É uma pergunta difícil essa. Mas, acho que eu prefiro morar lá em Minas mesmo, gosto muito daqui do Rio, porém estou acostumada com o jeitinho, o clima, tudo de lá.

– Entendo – Ele disse sorrindo, encerrando o assunto.

O motorista entrou no condomínio de casas onde minha mãe morava. As casas lá eram perfeitas e existiam várias áreas de lazer espalhadas, para que os moradores pudessem ter momentos de lazer e entretenimento. Lembro-me que da última vez em que vim aqui, existia um espaço cheio de redes, perfeito para um momento de leitura.

Em pouco tempo chegamos em frente a casa e o taxista estacionou o carro bem na porta. Minha mãe muito provavelmente ouviu o barulho e saiu correndo para ver se era eu mesma que tinha chegado.

– Violetta! – Maria, minha mãe, saiu gritando.

– Oi, mãe – Falei sorrindo, antes de ser sufocada e estrangulada pelo abraço caloroso dela.

– Estava com tanta saudade, pequena – Ela falou sorrindo e alisou o meu rosto, em sinal de carinho. Continuava a mesma, me chamando de pequena, cabelo loiro escuro, pequenas rugas ao redor dos olhos, alta e magra.

– Também estava.

– Como está seu pai? – Ela perguntou.

– Está viajando amanhã para Paris, em negócios – Respondi pegando minha mala e puxando para dentro da casa.

– E aí, loirinha! – Ouvi uma voz de homem falar e levantei meus olhos para observar de quem era.

Calma.

Para o mundo que eu quero descer! Isso mesmo que eu estou ouvindo? Isso mesmo que meus olhos acabaram de ver? Se isso é realmente León, acho que ele foi presenteado com a Fada dos Músculos. O garoto está completamente mudado. Deu um jeito naquele cabelo de gay, está malhando – muito por sinal, porque aqueles músculos perfeitos só com muita malhação, baby –, e por incrível que pareça está simpático.

– Oi León – Respondi seca. Eu não ia dar muita corda para ele não, só porque estava gostoso agora, não significa que sua mente não tem mais bosta.

– Delicada como uma flor – Ele sorriu sarcástico.

– Com espinhos, de preferência – Caminhei na sua frente.

– Sem brigas garotos – Ouvi a voz de Mathias, marido da minha mãe, e em seguida ele foi até o meu encontro – Como está, Viluzinha?

– Bem, obrigada – Respondi sorrindo. Não gostava quando ele me chamava de Viluzinha, tem coisa mais brega que apelidos no diminutivo? Porque as pessoas têm essa mania de colocar as coisas no “inha”. Odeio isso, tipo, odeio mesmo.

– Venha filha, você deve estar com fome – Minha mãe falou segurando no meu braço direito.

– Estou morrendo de fome – Respondi sincera. Pior que eu estava mesmo, não existe coisa mais horrível do que comida de avião.

– Como sempre, parece um dragão – Ouvi León fazer essa piadinha infeliz e tio Mathias fechar a cara. Ignorei totalmente esse comentário e segui para a cozinha, acompanhada por minha mãe.

Olhei de relance para trás e vi que León estava subindo as escadas com minha mala, para colocar no meu quarto. Pelo menos ele não estava àquela pamonha de antes, graças a Deus.

*

Terminei de almoçar e ajudei minha mãe a lavar toda a louça que eu havia sujado. Peguei minha bolsa que estava em cima do sofá e subi as escadas, indo até o corredor que levava aos quartos.

Quando passei pelo o de León parei e tentei ouvir o que ele estava falando. Não me pergunte o porquê eu estava querendo saber sobre o que ele falava, era apenas minha curiosidade florescendo dos meus poros.

– Ela ta gostosa, Marco – Ouvi León falar, acho que pela décima vez. Mas quem diabos esse menino estava achando gostosa? Será que é uma nova garota do colégio? Será que é daqui do condomínio? Ah, Violetta, faça-me o favor... Você se importando com o que León acha? Tenha mais amor a si própria – Ela é quase minha irmã, você acha que eu vou comer minha irmã?

Calma, para o mundo que eu quero descer! Essa irmã que o León estava se referindo com o termo gostosa, era eu? Não, não podia ser verdade. Era só o que me faltava! Eu vou ter que passar três meses com essa criatura, não são apenas 3 dias, ou 3 horas, são meses... E ainda por cima ele falando que eu sou gostosa para os amigos dele? Fora que ele está precisando de óculos, porque de gostosa e bonita eu não tenho nada.

E eu ainda não sei o porquê eu ainda estou feito uma pateta parada nessa porta e me importando mais uma vez com o León. Para mim, esse menino iria com uma passagem para o Afeganistão, sem volta.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! :)



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