Levou novamente o copo com bebida até a boca, tomando mais um pouco daquele ponche batizado, enquanto via seus colegas de sala dançarem de forma animada naquela festa de halloween. Por um momento se perguntou, por que veio a festa? Odiava lugares com barulho alto! E sabia que seus colegas de sala não iam muito com sua cara.

Suspirou tristemente vendo certo loiro, de olhos azuis, dançar com a companheira do baile. Começou a girar o copo de ponche já vazio em cima da mesa. Por que tinha que ter se apaixonado logo pelo garoto que nunca olharia para si?

Depois de mais algumas músicas cansou de ficar vendo todas aquelas pessoas felizes e bêbadas. Levantou-se da cadeira em que estava sentado e foi andando em direção a uma das saídas da festa que dava para uma quadra de basquete do colégio. Quando chegou a tal quadra foi se sentar perto de uma das árvores que tinha ao redor. Começou a fitar as estrelas, talvez assim pudesse esquecer, mesmo que temporariamente, o que sentia pelo loiro.

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Percebeu quando certo loirinho de olhos verdes fantasiado de Sherlock Holmes saiu da festa parecendo um pouco triste. Viu que sua companheira do baile havia se afastado para conversar com o garoto que gostava. Só haviam vindo juntos para fazer ciúmes ao tal garoto. Então resolveu seguir o loiro.

O encontrou sentado perto de uma árvore fitando o céu estrelado. Mesmo que ele fitasse as estrelas, era notável sua tristeza. Como queria poder fazer aquele britânico esquentadinho sorrir e não ter mais aquele olhar. Respirou fundo ao tomar coragem para se aproximar do loiro.

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– Ei Arthur o que faz aqui? – ouviu o dono dos olhos azuis perguntar enquanto se aproximava.

– Não é obvio?! – perguntou levemente irritado.

– Sim, mas você não parece estar feliz em fazer isso... – comentou Alfred vendo o loiro parecer levemente espantado com o que disse.

–Não é como você realmente se importasse com isso, não é? – respondeu dando um sorriso triste, porque tinha que ser logo ele em perceber...

– Claro que eu me importo – respondeu indignado, fazendo o menor arquear uma das sobrancelhas – E até sei com deixa-lo feliz...

– Que seria? – perguntou curioso.

– Uma dança – respondeu calmamente - Aceita dançar comigo? – perguntou dando um sorriso calmo estendendo a mão direita para ele.

– Sim... – murmurou baixinho pegando a mão oferecida, sentiu Alfred o puxar levemente para cima fazendo-o levantar.

Sentiu-o colocar suas mãos em seu pescoço para em seguida colocar as próprias em sua cintura. Por um momento se perguntou se ele havia reparado que o fitava enquanto dançava com a garota. Mas logo esse pensamento foi esquecido. Estava adorando a sensação de ter os braços dele ao seu redor... Sentia-se tão bem... Reparou no quanto ele dançava bem, guiando a si com maestria.

– Obrigado... – murmurou fitando os olhos azuis dele.

–Por? – perguntou curioso.

– Pedir para eu dançar com você e por não ter me levado lá dentro... – murmurou um pouco envergonhado pela aproximação do maior.

– Não a de que – respondeu dando um pequeno sorriso – Eu percebi que você não gosta muito de multidões e barulho alto... – comentou tranquilamente.

– Mesmo assim, obrigado. – murmurou fitando-o nos olhos.

Viu-o se aproximar mais de seu rosto e dar um leve beijo em sua bochecha, para em seguida puxar delicadamente sua cabeça para o ombro, fazendo a si encostá-la ali. Mesmo sentindo um pouco de vergonha por estar tão próximo dele queria aproveitar a sensação de estra nos braços de quem amava. Só não sabia que o maior aproveitava dessa mesma sensação...