Omnia - Caelum Firmamentum escrita por Tachibana Aoi


Capítulo 1
A limine


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, tudo bem? Eu ainda não preenchi as notas a história porque estou com pressa para postar, mas depois, quando estiver com tempo, vou colocar os dados direitinho. As expressões "estranhas", estão em latim, inclusive o título.
Boa leitura!



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No centro de tudo o aquilo que podia chamar-se de infinito, vivia Eu. Ele descansava ao mesmo tempo em que sentia a todos aqueles que andavam, rastejavam ou respiravam, num ciclo que qualquer ser existente sabia que seria finito. Pois Eu via que seres sempre cometiam erros, e a grande maioria destes não buscava consertá-los.
Eu não tinha forma, desejos ou sentimentos. Ele existia para representar o praecepto, aquilo que fazia com que todos seguissem seus limites e pudessem ter harmonia, compartilhando suas poligrafias para estender aquele, cada vez mais. Por mais complexo que pareça, este não exigia muito, somente que o amor crescesse e que o proveito desvantajoso não existisse.
Eu conseguia observar como cada espécie existente em cada planeta e galáxia impunha o praecepto. Conseguia vagar ao redor das elipses das mais diversas cores, entrava em suas biosferas e tornava-se vento, percebido diante todos os sentidos. Pois nem todas as criaturas têm olhos, e mesmo se tivessem, não conseguiriam ver.

Aquele sem forma não teria sua imagem obedecida, se não fosse por seus irmãos. Estes se chamavam Tu e Eles, e respectivamente representavam a obsequi e humilitas. Obsequi era rígido se não compreendido, instintivamente, e infinitamente conseguia maneiras de ser aceito e de mostrar o quanto era bom respeitar todo o existente. Humilitas, já um pouco diferente, fazia com que todos aqueles que viviam compartilhassem coisas além de conhecimento, e não esbanjassem do que tinham posse.

Eu Tu e Eles, agarrando as estrelas com suas auras, conseguiam alcançar qualquer lugar do amplo universo. Afinal, este era inteiramente o trono em que eles exerciam suas tarefas e imagens. As criaturas de diversos lugares os veneravam e sabiam que sua existência estava em algum lugar perto deles. E estavam certos.

Mas Eu não era o criador de nada. Ele somente administrava as criações, de acordo com sua imagem. Nenhum poder lhe fora dado além deste, e mesmo que fosse oferecido, ele negaria. Como seu poder não era o de sentir faria somente o necessário para que a existência dos diversos seres fosse mantida em ordem.

E esta, ou também praecepto, era rígida e naturalmente obedecida num planeta conhecido por todos, como Inanis-Impeccabilem. Pois o nome de cada mundo era derivado dos seres que ali residiam. E estes, receberam o nome de homo sapiens.
Em cada elipse com condições de vida, habitava uma única espécie, que se reproduzia misteriosamente. Algumas nem precisavam disso, somente surgiam do inexplicável e infinito vazio. E os homo sapiens, também chamados de humanos, brotavam do chão como as plantas, do planeta Radices-Indelebili. Formavam o corpo ou casca, iniciado pela madeira de demasiadas cores, e com listras verdes e verticais, em maioria, escuras e bem formadas, um pouco transparentes, que permitiam ver um líquido passando por dentro destas. Eram algumas vitaminas que iam ficando vermelhas, assim formando o sangue.

Os humanos, quando formavam o sangue dentro de si, iam solidificando tubos e vias chamados de veias. E o líquido vermelho passava por entre estas, e corria, em um ciclo que duraria finitamente até o fim de suas vidas. Mas para onde o sangue iria correr?
Ele não iria ir e voltar em círculos, pois assim, de nada adiantaria. Conforme o corpo de um homo sapiens evoluía, a madeira se tornava algo mais mole, ao mesmo tempo em que era resistente; carne. E dentro dessa carne, para firmá-la, a estrutura marrom mais resistente se tornava branca e adentrava o corpo, tomando formas pequenas e grandes, estranhas e banais, os ossos. E, no fim, para que todo esse sistema funcionasse e vivesse perfeitamente, surgiam os órgãos, neurônios, glóbulos brancos, artérias, e detalhes tão pequenos com uma importância imensa.


O que podemos perceber, é que os corpos dos humanos são perfeitos demais, e tem um sistema muito complexo.
E, existe algo um tanto hilário por trás de tudo isso. Sim, por trás das demasiadas veias e sentidos que eles têm.

Essa casca é tão bem formada, que é incapaz de se locomover.


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