As crônicas de Applebaum - Criaturas da Floresta escrita por Arthur Araujo


Capítulo 4
Reunião de Família




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Mia

Se eu fiquei com medo? Um pouco, porém foi muito irado, eu nunca teria a oportunidade de fazer aquilo, então tive que aproveitar.

Desta vez saímos em um lugar diferente da floresta, e não por onde entramos. Coloquei a flor no bolso e Gregory nos guiou.

Quando chegamos próximo a casa, senti algo estranho, e lá estava ele, meu modelo mexicano na porta da minha casa, esperando sentado nos degraus da frente, com o fone no ouvindo.

Antes que eu percebesse que havia empacado no lugar, Adam já estava falando com Piedro.

–Eai cara, pode nos emprestar a sua moto?

– Oi? – Ele tirou o fone do ouvido e fez uma cara de surpreso. Ele ficava tão lindo quando fazia cara de surpreso.

Consegui andar até eles, senti minha pele corar.

– Você pode emprestar sua moto, eu e a Mia precisamos muito ir à cidade, e aconteceu um incidente com a chave do carro.

– Desculpa, mas eu só conheço você há um dia, não posso ficar emprestando minhas coisas assim.

Só havia uma solução, então eu falei.

– E se você vier junto?

Adam se virou rapidamente para mim, definitivamente, ele não ficava bonitinho com cara de surpresa.

– A moto só tem dois lugares, como vamos nós três?

– Não vamos. – Respondi. – Quer dizer, você não vai, iremos sóPiedro e eu, enquanto você fica... Sei lá, lendo os diários de campo.

Meu namorado se levantou e sorriu. [Nível de confiança máxima, eu até já estava chamando ele de namorado.]

– Se for assim, eu topo, mas quero que você me explique melhor as coisas no caminho.

Montamos na moto, ele no comando e eu abraçando sua cintura, na minha imaginação aquela cena nunca seria tão perfeita quanto a realidade.

– Para onde vamos? – Ele perguntou.

– Companhia Llort.

Senti seus musculo ficarem rígidos. Mas ainda sim ele continuou a pilotar, no meio do caminho contei tudo que havia acontecido, e expliquei o que deveríamos fazer. Ele ouviu com atenção e finalmente chegamos ao grande prédio.

Grande poderia ser pouco, relativo ao tamanho do lugar.

Um... Dois... Cinquenta e três andares.

Eu adorava esses feitos, achava engraçado e magnífico, para uma pessoa que não conseguia montar mais de um andar no castelo de cartas, talvez arquitetura fosse o curso certo.

Entramos no prédio, a porta abriu automaticamente assim que nos aproximamos.

Piedro falou com a atendente que disse:

– O senhor NiacLlort está ocupado.

– Não tem problema, subiremos assim mesmo.

Ele me puxou para o elevador. Me senti tão vida louca, em questão de minutos já estávamos lá em cima.

Olhei pela janela de vidro e me arrepiei ao ver toda Seattle, acho que aquilo foi a coisa mais bonita que eu já vi.

Piedro bateu na porta da sala e abriu sem que lhe fosse permitido.

Meu amor é tão rebelde.

Definitivamente pensar isso só confirmava que estar apaixonado era como estar doente.

– Oi, papai.

– Papai?

Repeti a frase por dois motivos: Tinha acabado de descobri que Piedro era filho do carinha do mal¹, e... Meu pai estava ali naquela sala, parecendo a mão do CDM¹.

Minha vida estava tão louca, que pensei comigo mesma, se nada na vida desse certo eu viraria escritora, ali estava uma ótima história.

– Filha?

– Filho?

Confusa? Eu? Claro que sim.

Ambos estavam surpresos com a visita, meu ódio por ver ele ali era maior que meu senso de justiça então antes de seguir os planosdeium soco tão forte no nariz do meu pai que acho que quebrou.

Sacudi a mão, aquilo tinha doido mais em mim do que nele, eu acho.

– Saia da minha sala agora, rapaz, e leve essa pirralha com você.

– Antes você terá que me ouvir. O que pensa que estava fazendo? Negando sua real origem, se fosse tão ruim não teria colocado o nome Troll na empresa.

O homem gordo riu.

– Isso marca o meu ódio pela minha natureza, você ainda não percebeu? Ser criado por animes, pelo fato de não ter um pai de verdade...

Piedro riu.

– Disso eu com certeza entendo.

– Eu também. – Levantei minha voz. – Por favor, não faça isso, pense em toda a vida que você está tirando, na natureza que não lhe fez mal algum pra você ser tão agressivo com ela.

– Desculpe moça. Eu não irei fazer nada. Eu já fiz. Há esta hora os tratores já começaram o trabalho deles.

Tirei a flor do bolso e esfreguei na cara dele.

– CANCELE!

– Você acha que essa florzinha, vai me parar?

Com toda raiva que eu estava sentido pensei em gritar, mas então fiquei nos olhos dele e estalei o dedo.

Para minha surpresa seu corpo sem vida caiu no chão.


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