As crônicas de Applebaum - Criaturas da Floresta escrita por Arthur Araujo


Capítulo 3
Uma cidade além da Floresta




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Adam

Se me falassem sobre a existência de seres mágicos há algum tempo atrás, eu iria rir, foi o que fiz quando achei aqueles diários de campo, mas ao chegar à cozinha naquela hora eu mudei meu consenso.

E depois do que aconteceu, eu realmente acreditaria em tudo que eu lesse.

Saímos da casa e fomos até a floresta, andar no escuro em meio à floresta seria catastrófico se não tivesse uma lanterna, e não tínhamos, então você pode imaginar como foi. Até chegarmos a Árvore sagrada eu e o chão já estamos amigos íntimos e pensávamos até em nos casar, de tanto que havíamos nos encontrado durante minha caminhada.

O ponto que Gregory afirmou ser a entrada parecia um lugar normal como os que eu tinha passado enquanto estava perdido na floresta.

Foi quando os dois seres menores sumiram do nada que eu percebi que estavam realmente falando sério. Mia passou e em seguida eu, mas o ar tremeu ao meu impacto.

Gregory riu.

– Tire o celular do bolso, rapaz!

– Ãn? – Perguntei.

– Nada tecnologicamente demoníaco que tenha sido construído por humanos entra no nosso reino.

Tirei o celular e coloquei sobre uma pedra, e mentalmente me despedi e falei que voltaria.

A luz solar foi facilmente sentida pela minha retina, coloquei a mão sobre os olhos, então diminui a frequência e tentei focar em algo.

Lá estava eu, sobre um vale verde cercado por uma enorme cidade pura, os lagos cortavam o lugar, e corriam ao contrário ao subir as cachoeiras, haviam cavalos com casa, grifos, e outros seres fantásticos, fadas passaram voando por nós, enquanto riam do segredo que a outra havia contado.

Gregory assobiou e dois cavalos alados apareceram.

– Subam, eles levarão vocês até sua mãe, nos encontraremos lá.

Fizemos o que ele disse.

Voar, a sensação de estar no avião não chegava aos pés de estar ali. O vento levantava o cabelo de Mia que não conseguia parar de rir. Olhei para baixo e vi pequenas casas e duendes colhendo frutas em seu pomar.

O cavalo mergulhou tive que me segurar para não cair, ele estava indo em direção ao chão quando subiu novamente e foi a toda velocidade em direção à cachoeira.

Aquilo estava cada vez mais louco, atravessamos a subida d’aguae não estávamos molhados.

O interior do lugar parecia uma caverna, estávamos no começo dela, ouvi um som e corri até ele. Atrás de uma grade de bambu estava minha mãe. Ela tinha duas agulhas de tricôna mão. Assim que ela nos viu correu até a grade.

– Amém, vocês chegaram! Já estava ficando entediada.

– Grande mulher. – Disse uma voz atrás de mim. Virei-me e vi Gregory, desta vez sozinho, sem seus dois guarda costas. - Olha o que ela fez para mim.

Ele exibiu o moletom de lã que minha mãe havia tricotado.

– Seus filhos chegaram, então você pode ir para casa, até mais senhora Applebaum.

– Até mais, vovô.

Gregory estalou os dedos e a cela esvaziou-se.

– Sua mãe já está em segurança, vamos buscar a flor.

Andamos por um pequeno espaço até vermos um enorme dragão de escamadas vermelhas.

– Onde está a flor? – Perguntei.

Meio sem jeito Gregory respondeu.

– Ali. – Seu dedo indicador apontava para uma flor branca em uma pequena elevação. Não havia problema se não estivesse junto às costas da fera.

– Onde fica a saída?

Ele respondeu que era só seguirmos direto e chegaríamos em casa.

– Eu tenho um plano, mas sei que não é confiável então, quando eu pegar a flor, vocês correm.

Eles assentiram e eu fiz, tomei uma certa distância, e corri, impulsionei minhas pernas e pulei sobre a cabeça do animal, que abriu os olhos e começou a se mexer, não perdi tempo, passei por suas costas e estiquei a mão para pegar a flor.

Tinha um aroma agradável, mas decidi não levar minha vontade adiante.

Fera se levantou, erguendo a cabeça, e de sua boca saíram lavaredas de fogo.

– CORRAM!!

Assim fizemos, supus que a besta ia vir atrás de nós, e ela o fez, as paredes ficaram largas o suficiente para que ele passasse, estiquei o braço para que Mia pegasse a flor, não tinha medo da morte, o destino daquelas criaturas que me preocupavam.

Estávamos perto da saída, eu já podia ver a luz no fim do túnel, quando minha irmã empacou, nem precisei perguntar o motivo, o chão havia acabado estávamos diante de um penhasco, não conseguia ver o fundo, mas achei que seria água, o que não faria muito diferença, pelo fato de que naquela distância e velocidade seria igual a concreto.

Ah! Eu esqueci de falar, Gregory nos empurrou, e estamos caindo, olho para Mia, se eu morrer talvez o rosto dela seja uma última coisa legal.


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