As Patricinhas de Konoha escrita por CherryBomb91


Capítulo 9
Jantar em Família


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, três meses sumida com a fanfic, desculpe.
Ando muito atolada de coisas e não ando com muito tempo :
Eu revisei a fanfic toda, consertei todos os erros ortográficos e mudei a sinopse, acho que não disse isso no capítulo anterior.
Fiz esse capítulo em uma hora e ele não está essas coisas, ele é só narrado por Ino.
Bom espero que goste e obrigada pelos comentários e favoritos, ainda lerei todos os comentários.
Boa Leitura.



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INO

Minha cabeça estava em tempo de explodir, eu começava a ficar histérica. Meu quarto estava uma verdadeira bagunça de roupas espalhadas pelo chão, e nenhuma delas estavam me agradando. As horas estavam passando rápido, e daqui a pouco Gaara estaria chegando para me levar até a casa de seus pais, para o jantar comemorativo a volta de meu cunhado Kankuro.

Tentei ligar para a Sakura, mas só dava na caixa postal. Eu percebi que ela estava estranha hoje na escola, sabia que alguma coisa havia acontecido. Conheço Sakura desde quando éramos pirralhas catarrentas. Lembro-me dela quando era aquela frepinha de gente esmirrada e magrinha, ninguém acreditava que ela iria se criar, mas ela se criou. Mas, enfim, eu não achava justo o que ela estava fazendo comigo, esconder as coisas. Nós somos melhores amigas, e melhores amigas contam tudo uma para outra.

Mas se ela pensa que vai esconder as coisas de Ino Yamanaka, ela está muito enganada. Eu iria arrancar a verdade dela a força, nem que para isso eu precisasse torturá-la comendo chocolate na frente dela. Sei que Sakura é uma chocólatra, e comer um chocolate e não dividir um pedacinho com ela, era a mesma coisa que matá-la lentamente.

Sou má? Sim, me processem.

Mas a questão não era essa, e sim a minha crise. Pensei em ligar para a Hinata, pois sabia que aquela lá deveria estar deitada no sofá coçando. Mas logo descartei, pois era uma péssima ideia, pois Hinata era quase um zero à esquerda em questão moda. Minha última esperança era Sakura.

Maldito seja o tio Kizashi em colocá-la de castigo. Poxa, umas notinhas vermelhas não faziam mal a ninguém, acho até bonitinho, pois o boletim fica colorido.

E eu adoro deixar o meu todo colorido.

Mas diante disso, Sakura não tinha se saído tão mal assim, pois ela teria aulas com o gostoso do Sasuke. Céus, como um cara poderia ter aquilo tudo de beleza? Sakura era uma boba, ao invés de aproveitar aquele paraíso que havia em sua casa dando sopa, ela ficava brigando com aquela delícia. Mas eu sinto que aquilo era puro tesão. Sabe, vi em filmes, seriados e revistas, quando um homem e uma mulher ficam em puro estresse e brigas, no final eles acabam na cama apreciando um bom sexo selvagem.

Mas agora deixando isso de lado e focando em euzinha, estava dela milésima vez tentando ligar para ela, mas novamente caiu na caixa postal.

— Ah, sua testa de marquise - ralhei, jogando o celular na cama cheia de roupas -, o que você deve estar fazendo de tão interessante para não me atender?

Bufei, enquanto voltava para meu closet totalmente bagunçado, tentando achar uma roupinha decente. Eu só estava de calcinha e sutiã, meu cabelo estava todo arrumado, hidratados e lindos e soltos, fiz cachinhos nas pontas. Minha maquiagem estava impecável, minha pele estava macia e eu só precisava da roupa.

Procurei mais alguma coisa naquela imundice que eu chamava de closet e achei uma saia preta de cintura alta e colada nos quadris, ela tinha um fecho de prata na frente. Bom, gostei da saia, agora eu tinha que achar uma blusa. Voltei a remexer as minhas roupas e vinte minutos depois achei uma blusa que combinasse com a saia. Ela era de um roxo-escuro de alcinha e um decote bem generoso.

Perfect.

Voltei para o quarto com a saia e a blusa na mão e uma sandália preta na outra. Olhei meu relógio em forma de flor que ficava no meu criado-mudo e quase tive uma síncope.

Faltavam cinco minutos para as sete.

— Que droga!

Vesti-me rapidinho e fui a o chão umas duas vezes quando vestia a saia super-colada e curta. Enquanto estava sentada na cama calçando as minhas sandálias, ouvi baterem em minha porta. Nem deu tempo de falar alguma coisa, pois a mesma fora aberta e a cabeça de minha mãe apareceu na fresta entreaberta.

— Ino, Gaara está lá embaixo te esperando. - Ela disse adentrando o quarto e dando uma olhada na minha bagunça que estava mais para o lixão da mãe Lucinda.

— Já? - Fiquei de pé, sentindo o nervosismo tomar conta de mim.

Essa não era a primeira vez que eu ia a esses eventos proporcionados pela família de Gaara, mas eu ficava meio sem graça. Não sei o que acontece comigo, eu ficava tímida, coisa que eu não era, mas acho que é o fato deles serem os meus sogros que me deixa desse jeito.

— Que bagunça é essa? - Disse minha mãe de cenho franzido. - Parece que passou um furacão aqui.

— Ah, nem vem me pedir para arrumar isso aqui agora, por que estou atrasada. - Falei, pegando a minha bolsa preta com tachinhas de prata enegrecido, e não me esquecendo as folhas com as assinaturas de Asuma e Kurenai que Sakura havia me dado para que Gaara pudesse falsificar. Olhei para ela. - Como estou? - Perguntei dando uma voltinha.

— Amei a saia - ela sorriu. - Aonde comprou?

— Na Armani mês retrasado.

— Por que você não me mostrou? - Sua voz saiu um pouco decepcionada. - Eu estava doida querendo uma roupa diferente para sair no meu encontro com o Nagato na semana passada.

— Tsunade, fala sério. Você não acha que está um pouco velha demais para usar roupas de jovens? - Questionei, vendo suas sobrancelhas franzirem.

— Velha? - Lá vem. - Garota, eu tenho cara para ser a sua irmã mais velha, e nem cheguei aos quarenta ainda.

— Ah, tá, engana outro, Tsunade. Pois eu sei muito bem que isso tudo é pura plástica!

Minha mãe era uma pessoa com a alma de jovem. Ela nunca me permitia chamá-la de mãe, pois isso indicava que ela estava velha, e isso é uma coisa que a abominava. Mas isso não a tornava uma mãe péssima, longe disso, sabia o quanto ela me amava, e a prova disso foi há dois anos quando ela brigava pela minha guarda com meu pai Inoichi.

Lembro-me daquela época que fora difícil para mim, não por eles terem se separado - pois eles mais brigavam do que ficavam em paz, e a separação foi a melhor coisa que aconteceu -, mas sim, os três meses desgastantes que foi no fórum, e tudo para terem a minha guarda.

Papai era a pessoa mais adequada para ficar comigo, pois todos sabiam que minha mãe Tsunade era mais imatura do que eu, e a prova disso eram suas roupas de jovens que ela usava, e as baladas à noite com as amigas que ela ia. Papai com toda a certeza era a pessoa que ficaria comigo, mas foi minha mãe que conseguiu a guarda de última hora, devido ao pequeno detalhe que ela havia transado com o juiz da causa na noite anterior.

Sabia que aquilo fora um golpe baixo e sujo que Tsunade fez, mas ela tinha feito tudo àquilo por minha causa, pois meu pai estava de malas prontas para sair do país, e só estava esperando a decisão do juiz. E mesmo achando que eu iria amar morar em Paris com várias lojas de grifes para eu explorar, eu não queria deixar Konoha, e muito menos a minha vida. Sem contar que meu namoro com Gaara estava no comecinho e eu estava muito encantada por ele, e também tinha a minha melhor amiga Sakura, aquela testuda.

Mas no final, acabou tudo bem, fiquei com Tsunade e ela ainda conseguiu arrancar uma pensão milionária de papai, é o que nós vivemos até hoje, pois o dinheiro que ela ganha na sua boutique de quinta não dava nem para comprar água.

— De onde você tirou essa ideia de que eu fiz plástica? - Ela brigou. - Isso aqui, minha filha, é tudo natural.

Sorri sarcástica.

— Tsunade, engana outro.

Ela apenas revirou os olhos.

Passei por ela, deixando-a no meu quarto e desci as escadas. Assim que cheguei à sala meu coração disparou quando vi Gaara sentado todo largadão no meu sofá com uma cara de tédio enquanto mexia no celular. Ele ergueu seu olhar para mim e sorri triunfante quando vi sua expressão ficar surpresa por me ver.

Eu sei meu bem, eu estou M.A.R.A.V.I.L.H.O.S.A.

Caminhei até ele, me sentindo na passarela enquanto olhava nos olhos de Gaara. Ele se levantou e pude ver seu perfil. Até que ele estava arrumadinho, mas não tirava o seu jeito arruaceiro. Seus jeans claro e rasgado, pelo menos estava justo. A camisa preta com uns símbolos estranhos de rock, seus pulsos algumas pulseiras de couro, e tênis converse nos pés.

Gaara era um verdadeiro roqueiro. Eu me admirava por namorá-lo, pois eu odiava rock. Não tinha com gostar daquilo, mal entendia o que aqueles caras cantavam, eu só escutava berros e mais berros, uma coisa horrorosa.

Tentei fazê-lo escutar Justin Bieber, Demi Lovato e Kpop, cara eu amava Kpop. Mas no final, Gaara dizia que era tudo música de boiola, e que ele não iria estragar seus ouvidos com o meu péssimo gosto, e que macho de verdade escuta Eminen e Slipknot.

Desde quando meu gosto musical era péssimo?

— Oi, amor - sorri, parando em sua frente, enlaçando seu pescoço com os meus braços e o beijei. Meu salto quinze tinha me deixado quase em sua altura, pois Gaara era um verdadeiro muro.

Senti suas mãos na minha cintura, me puxando mais contra o seu corpo, enquanto ele enfiava sua língua na minha boca, me beijando daquele jeito bruto e que eu amava. Mas tudo que é bom dura pouco, e logo nos separamos por falta de ar. Abri meus olhos, encontrando os verdes dele me olhando com fervor, senti-me envergonhada com aquele olhar predador, mas eu gostava do seu jeito homem da caverna.

Gaara de repente desviou seu olhar do meu, franzindo suas sobrancelhas e me afastando de seu corpo, quebrando todo o encanto do momento.

— Que roupa é essa? - Sua voz grossa saiu entredente, enquanto ele me olhava mais uma vez de cima a baixo.

Sorri, mordendo o lábio, o provocando.

— Gostou?

Ele trincou a mandíbula enquanto me olhava ainda sério.

— A questão não é gostar... Porra, Ino, o que eu te disse para não ir gostosa?

— Eu estou gostosa? - Sorri convencida, enquanto enlaçava mais uma vez meus braços em seu pescoço.

Gaara bufou.

— Vá trocar essa roupa.

— O quê? - Afastei-me dele, com a cara pouco incrédula. - Nem pensar, eu fiquei duas horas tentando achar algo descente para ir a esse jantar.

— E pelo jeito você não encontrou. - Ele rebateu com aquela marra que eu odeio. - Vá trocar, agora! Nem fudendo eu vou deixar você aparecer na minha casa desse jeito, com as pernas e os peitos todo para fora para que meu irmão fique te cobiçando.

O olhei totalmente incrédula.

— Gaara... você é um idiota!

— Ino, tenha modos. - Disse mamãe descendo as escadas. - Que briga é essa?

Gaara olhou por cima do meu ombro para minha mãe, eu me virei para trás.

— É o Gaara que quer que eu troque a roupa.

Mamãe parou de frente para nós.

— Por quê? - Ela questionou olhando de mim para Gaara. - Ela está muito bonita.

— Acontece, dona Tsunade...

— Gaara, meu amor - interrompeu mamãe -, não coloque a dona, por favor, só Tsunade como eu disse várias vezes.

— Então, Tsunade, eu disse para a sua filha não ir exibida desse jeito. - Ele começou com toda educação que não sei de onde ele tinha tirado. - Gosto de preservá-la e meus pais são pessoas discretas e não gosta de pessoas que mostra o que não devia.

Olhei mais uma vez, incrédula para Gaara. Mas o que... desde quando os pais de Gaara eram desse jeito? Eles eram legais, isso eu tinha que admitir e não estava nem aí para o que os filhos vestiam, principalmente Temari que se vestia quase como uma vagaba.

— Ino, eu acho que o Gaara tem razão. - Começou mamãe, me fazendo olhá-la incrédula também. – A sua roupa está muito curta para um jantar de família. Não quero que a família de Gaara pense que você é uma garota qualquer.

— Mas...

— Viu, Ino, sua mãe concorda comigo. - Ele sorriu vitorioso.

Cretino, vadio! Ai como eu estava com vontade de torcer o pescoço de Gaara Alfredo agora. Eu não estava acreditando que ele estava fazendo esse escarcéu todo por puro ciúme.

— Vai logo, Ino, é indelicado deixar seu namorado a esperando.

Eu não disse nada, apenas bufei com raiva. Sabia que era perca de tempo discutir com mamãe, até por que, ela amava Gaara e presava muito pelo meu namoro com ele. Coitada, nem tinha ideia da peste que ele era.

Subi para meu quarto, sentindo uma aura maligna possuir todo o meu corpo, escancarei a porta do quarto e entrei, jogando a bolsa na cama. Fui para o closet e peguei a primeira roupa que eu vi. Estava tão possessa de raiva por ter me arrumado todinha para ele e no final ele me mandar tirar, que não estava com saco para look, eu iria de qualquer jeito.

Dei uma olhada no espelho já vestida com um jeans claro, uma blusinha cor-de-rosa - parecida com uma bata, totalmente tampada e de manguinhas com o laço um pouco acima do busto -, e um sapato fechado de salto, também cor-de-rosa. E ali, naquele momento, eu percebi que não adiantava eu colocar uma roupinha simples, pois eu ainda continuaria bonita. Fazer o que se nasci assim? Chupem.

Peguei uma bolsa cor-de-rosa para combinar e joguei as coisas da outra nela e saí do quarto, encontrando Gaara e mamãe rindo de alguma coisa que ela dizia. Apenas revirei os olhos, atraindo seus olharem para mim enquanto descia.

— E agora? - Questionei, morrendo de raiva, nem olhei para a cara de Gaara. - Não vou mais trocar de roupa.

— Filha, você está linda. - Mamãe sorriu, mas eu percebi o brilho diferente no seu olhar, o que dizia que ela havia odiado.

— Está perfeita.

Olhei para Gaara que estava com aquele pequeno sorriso torto de lado, totalmente satisfeito.

— Vamos? - Ele estendeu a sua mão para mim, mas ignorei e passei por ele abrindo a porta, o deixando com a cara de taxo.

Saí para fora, percebendo ele atrás de mim, escutei o som do bip e as portas destravaram. Não esperei ele abrir para mim, apenas entrei em seu Jeep, batendo a porta quando me sentei no banco do carona.

Gaara com a cara séria e emburrada, sentou-se ao meu lado, dando a partida logo em seguida. Não sabia o que iria dar nesse jantar, mas eu estava sentindo que eu iria me aborrecer e muito, principalmente quando namora o cara mais encrenqueiro da cidade.

O silêncio reinava no carro, eu fitava a paisagem de casas e ruas ao meu lado, como se eu achasse interessante. Eu sentia o olhar de Gaara em mim, mas não ousei o fitar, ainda estava com muita raiva dele.

— Até quando vai ficar assim, toda raivosa? - Sua voz soou, quebrando o silêncio.

Não respondi e ele bufou.

— Porra, Ino, para de graça, tá de TPM por acaso?

O sangue ferveu na minha cabeça e o olhei, podia sentir que meus olhos saíam chamas.

— Eu não sei por que ainda te aturo, Gaara Alfredo - minha voz saiu mais alta do que eu queria.

Gaara me olhou de rabo de olho, mas podia ver a ira neles.

— Caralho, Ino, para de falar o meu nome do meio, porra!

— Eu não paro nada - gritei. - Eu passei horas me arrumando toda para você, para no final você me mandar trocar de roupa, você não sabe o quanto isso me magoa.

Eu realmente estava chateada com a atitude dele, às vezes eu pensava que Gaara não me amava de verdade.

Ele estacionou o seu carro no encostamento da via principal e me olhou, zangado.

— Você realmente não entende. - Ele passou as mãos na cabeça, num gesto nervoso. - Você não pode aparecer para mim com esse tipo de roupa, caramba.

Franzi o cenho.

— Posso saber o porquê?

Ele ergueu seu olhar para mim.

— Por que esse tipo de roupa me excita. - Minha boca se abriu, fui pega de surpresa. - Você me excita, Ino. Dois anos. Dois anos que eu não transo com ninguém, tá foda pro meu lado.

Não consegui pronunciar nenhuma palavra, estava chocada o suficiente com o que Gaara acabou de falar. Eu estava excitante? Eu sentia meu rosto corando, mas não conseguia desviar meu olhar do dele.

Gaara pôs uma mão em meu rosto, e o afagou levemente, o seu gesto gentil havia me desarmado.

— Você sabe que eu gosto de você. Eu gosto de preservar o que é meu, e você é minha, tão minha quanto eu sou seu.

Universo, para tudo!

O que fizeram com o meu namorado brucutu? O trocaram por uma cópia alienígena falsa?

— Esse jeito meloso não combina com você. - Murmurei, apesar de estar gostando do carinho que ele me oferecia.

Ele ergueu as sobrancelhas e aproximou seu rosto do meu.

— Então você gosta quando eu sou bruto? - Seu lábio esquerdo se ergueu para cima, enquanto sua mão em meu rosto apertou minhas bochechas.

— Não. - Minha voz saiu como um miado, eu gostava quando ela agia assim, selvagem.

Seu sorriso se abriu mais, e quando nossas bocas estavam quase se encostando o seu telefone toca, quebrando todo aquele clima.

Gaara se afastou de mim e xingou um palavrão qualquer, tirando o telefone do bolso e atendendo.

— O que quer, porra!

Nossa, quanta delicadeza com a pessoa do outro lado.

— Já tô indo - me ajeitei em meu lugar e Gaara ligou o carro, voltando a sua rota. - O quê? Kankuro vai tomar no rabo.

Olhei para o jeito desbocado de Gaara com o irmão, como o amor de família é lindo. Sentiram a ironia?

Ele desligou o celular e o guardou no bolso, ainda resmungando.

O restante do caminho foi silencioso, eu não fiz questão de perguntar para Gaara o que tinha acontecido, pois como ele resmungava era bem capaz de descontar em mim. Ele estacionou em frente à sua casa e desligou o carro, mas ao invés de ele sair, ele continuou sentado, fitando algo qualquer.

— O que foi, Gaara? - Perguntei, estava ficando preocupada.

— Nada - sua resposta foi seca.

Suspirei, tentando encontrar alguma paciência e lembrei-me dos papéis de Sakura.

— Gaara - ele não respondeu, continuei assim mesmo: - A Sakura pediu para você falsificar as assinaturas do professor Asuma e da professora Kurenai.

Ele me olhou sem um pingo de interesse.

— Não estou afim de fazer isso.

— Para de graça, Gaara. Isso vai favorecer a todos da sala e nota azul em ambas as matérias.

Bom, nota azul eu não sabia que iria sair, mas pelo plano louco de Sakura e sabendo que ela sempre conseguia o que queria, acho bem que provável.

— Como ela vai fazer isso? - Ele quis saber, agora pouco interessado.

Sorri.

— Isso é segredo, mas pode confiar. Sei que está pendurado em matemática.

— O Asuma é um filho de uma prostituta do caralho, vacilão. - Ele resmungou.

— Então você vai fazer?

— Cadê o bagulho?

Meu sorriso se abriu mais, e tomara que esse plano da Sakura dê realmente certo, pois estou querendo essas notinhas a mais também.

Tirei dos papéis com as assinaturas deles e entreguei para ele. Gaara avaliou atentamente com uma expressão séria.

— Isso é moleza.

— Nós precisamos disso para segunda - expliquei. - Você vai ter que fazer dois bilhetes, um com a escrita do professor Asuma e outro com a escrita da professora Kurenai.

— Que porra de cartinha de amor é essa? - Ele questionou lendo as duas cartas. - Isso é coisa de viado.

Revirei os olhos.

— Menos, Gaara, apenas falsifique.

— Se isso for mudar minha nota do boletim, falsifico até a caligrafia do capeta. - Ele disse enquanto colocava as cartas dobradas no bolso. - Vamos entrar antes que alguém venha até aqui.

Ele não esperou que eu dissesse alguma coisa, pois saiu do carro. Lá fora caminhamos até a porta e Gaara a abriu, dando passagem para que eu pudesse entrar primeiro e ele veio logo atrás. Lembrava-me daquele lugar e não demorou para que Temari viesse me cumprimentar com um abraço apertado.

— Olá, Ino, quanto tempo.

— Pois é - respondi a fitando depois que nos separamos. - Você anda sumida quando eu venho aqui.

Ela suspirou casada.

— É a faculdade, quando você estiver no meu lugar vai entender.

— Por isso eu estou aproveitando agora - sorri.

Até que o jantar foi tranquilo, diferente do que eu esperava. Conheci o irmão de Gaara, ele era legal e ficava me encarando com um olhar malicioso, Gaara quase o matou. Agora eu entendia do por que dele não querer que eu viesse com aquela roupa que eu estava antes. O Kankuro me comia com os olhos, e mesmo achando isso bom para o meu ego, não queria que meu namorado fosse parar na cadeia por ter assassinado o irmão.

O senhor e a senhora no Sabaku foram gentis como sempre, e me deixava a vontade, mesmo achando um pouco acanhada na presença dos meus sogros. Era coisa minha.

Gaara se manteve ao meu lado o tempo todo, sempre com sua mão em minha perna, marcando território. E mesmo achando aquilo desajeiro da parte dele, eu gostava da sensação de ser a única, tão única que Gaara estava dois anos sem sexo.

Como eu sou demais.


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Notas finais do capítulo

Logo estarei de volta.
Bjs ♡



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