Beyond escrita por Ilana Marques, JennyMNZ
Notas iniciais do capítulo
DESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPA
EU DEMOREI T-T FOI MAL!!!! Sejam pessoas boas, do coração bom e me perdoem. Postarei 3 capítulos seguidos. Não deixem de comprar Beyond nas livrarias. Preciso de vocês pra ficar rica.
– Ele tá muito a fim de você.
– Claro que não, Sofia! – a garota se jogou na cama às gargalhadas. – Ele só quer... Ler a Bíblia comigo. Que mal há nisso?
– Brisa, foca em mim – ela disse, ficando subitamente séria. – Nenhum garoto é capaz de chamar uma menina pra ler a Bíblia se não tiver um mega interesse nela.
Ela voltou a rir descontroladamente. Ignorei. E teria que continuar a ignorar nas futuras três semanas de zoação.
– O papo tá bom, hein? – a cabecinha atrevida da minha mãe apareceu na fresta da porta.
– Tia, a senhora precisa conhecer o menino da igreja que tá a fim da Brisa.
– Brisa... – minha mãe arregalou os olhos para mim. – Eu sou sempre a última saber das coisas, hein?
– Mãe, não é nada. – Lancei um olhar reprovador pra Sofia. – Essa menina que é louca e começa a inventar coisas sem sentido.
Sofia colocou a mão do lado da boca para eu não vê-la sussurrar “é mentira” para minha mãe.
– De qualquer forma, vocês já estão aqui há muito tempo. Querem um lanche?
– Brisa... – Sofia se dirigiu a mim. – Por que sua mãe insiste em fazer perguntas óbvias?
Eu e minha mãe giramos os olhos juntas.
– Tia Sara, Um bolo de chocolate com cobertura de chocolate e chocolate quente tá ótimo pra mim.
– Desçam daqui a dez minutos que a fábrica do Willy Wonka vai estar na minha cozinha – ela fechou a porta, ainda rindo.
Nem sei descrever o quanto eu amo a minha mãe. A liberdade que ela me dá de conversar sobre qualquer coisa. A confiança que ela deposita em mim, ao me consultar antes de tomar qualquer decisão (mesmo quando é pra perguntar se deve fazer frango assado para o jantar). Mas com certeza, o que eu mais amo nela, é o seu conhecimento sobre cinema infantil. E por ela ter alimentado o mesmo vício em mim.
O celular de Sofia tocou e ela rejeitou a chamada.
– Mais um dos seus admiradores secretos?
– Não – sua expressão era triste. – Era meu pai.
– Ele ainda tá com aquela ideia de se mudar?
Ela afirmou com a cabeça.
– Mas não precisa se preocupar. Eu vou ficar aqui por muitos anos pra te perturbar, até ficarmos gagá e além. E eu não perderia a oportunidade de limpar a tua baba. Ele vai mudar de ideia.
– Espero em Deus que sim. Não sei o que eu faria sem você aqui.
– Ai meu Deus! A menina de gelo se derreteu toda! Eu também te amo!
– Eu não falei nada disso! E para de me abraçar! Encosto da minha vida!
Ela se afastou e ficou mexendo no celular enquanto eu fazia minha atividade.
– E aí? – Sofia perguntou sugestivamente, largando o celular, cruzando as mãos atrás da cabeça e encostando-se na cabeceira da cama. – Vai dar uma chance pro engomadinho da Bíblia?
– Para! Eu nem gosto dele. E mesmo que gostasse. Eu sou muito nova. Sei lá, não tenho cabeça pra esses garotos imaturos.
– Disse Brisa, majestosa diva da maturidade precoce. Ó Senhora, me conceda um pouco do seu poder.
Eu ri. Porque era inevitável não rir daquela menina.
– Em vez de fica me zoando você deveria me ajudar com o dever de matemática, ó diva do cálculo.
Senti uma vertigem. Meu corpo oscilou como se a gravidade do planeta tivesse se alterado. Fechei os olhos e pressionei meu crânio com as duas mãos. Alguma coisa estava errada. Muito errada.
– Brisa? – Sofia chamou. – Você está bem?
– Tô, eu só... – Seus olhos eram preocupados, mas não me demorei neles. A colcha azul agora brilhava vermelha, vermelha demais.
Desci os olhos acompanhando a mancha surreal, que descia das pernas de Sofia – não, pernas não, perna. Ou ao menos onde a perna direita deveria estar, mas acabava em um corte, como um tronco cerrado de uma árvore, e se esvaia em um mar de sangue.
Meu estômago revirou e senti um líquido ácido subir pela minha garganta. Estava paralisada, mas sentia meu corpo todo tremer.
– Não precisa se preocupar, Brisa – ela ria docemente, e um filete de sangue escorria pelo nariz. – Vai acontecer com todos nós. Com sua mãe, comigo, e um dia com você.
O riso foi se alongando, tornando-se numa gargalhada. Um som gutural, envolvido em sangue. Ela continuou rindo até que eu...
Acordei.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Comenta senão não posto o próximooooo! #TÔFALANDOSÉRIO