Beyond escrita por Ilana Marques, JennyMNZ


Capítulo 29
Brisa


Notas iniciais do capítulo

DESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPADESCULPA
EU DEMOREI T-T FOI MAL!!!! Sejam pessoas boas, do coração bom e me perdoem. Postarei 3 capítulos seguidos. Não deixem de comprar Beyond nas livrarias. Preciso de vocês pra ficar rica.



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– Ele tá muito a fim de você.

– Claro que não, Sofia! – a garota se jogou na cama às gargalhadas. – Ele só quer... Ler a Bíblia comigo. Que mal há nisso?

– Brisa, foca em mim – ela disse, ficando subitamente séria. – Nenhum garoto é capaz de chamar uma menina pra ler a Bíblia se não tiver um mega interesse nela.

Ela voltou a rir descontroladamente. Ignorei. E teria que continuar a ignorar nas futuras três semanas de zoação.

– O papo tá bom, hein? – a cabecinha atrevida da minha mãe apareceu na fresta da porta.

– Tia, a senhora precisa conhecer o menino da igreja que tá a fim da Brisa.

– Brisa... – minha mãe arregalou os olhos para mim. – Eu sou sempre a última saber das coisas, hein?

– Mãe, não é nada. – Lancei um olhar reprovador pra Sofia. – Essa menina que é louca e começa a inventar coisas sem sentido.

Sofia colocou a mão do lado da boca para eu não vê-la sussurrar “é mentira” para minha mãe.

– De qualquer forma, vocês já estão aqui há muito tempo. Querem um lanche?

– Brisa... – Sofia se dirigiu a mim. – Por que sua mãe insiste em fazer perguntas óbvias?

Eu e minha mãe giramos os olhos juntas.

– Tia Sara, Um bolo de chocolate com cobertura de chocolate e chocolate quente tá ótimo pra mim.

– Desçam daqui a dez minutos que a fábrica do Willy Wonka vai estar na minha cozinha – ela fechou a porta, ainda rindo.

Nem sei descrever o quanto eu amo a minha mãe. A liberdade que ela me dá de conversar sobre qualquer coisa. A confiança que ela deposita em mim, ao me consultar antes de tomar qualquer decisão (mesmo quando é pra perguntar se deve fazer frango assado para o jantar). Mas com certeza, o que eu mais amo nela, é o seu conhecimento sobre cinema infantil. E por ela ter alimentado o mesmo vício em mim.

O celular de Sofia tocou e ela rejeitou a chamada.

– Mais um dos seus admiradores secretos?

– Não – sua expressão era triste. – Era meu pai.

– Ele ainda tá com aquela ideia de se mudar?

Ela afirmou com a cabeça.

– Mas não precisa se preocupar. Eu vou ficar aqui por muitos anos pra te perturbar, até ficarmos gagá e além. E eu não perderia a oportunidade de limpar a tua baba. Ele vai mudar de ideia.

– Espero em Deus que sim. Não sei o que eu faria sem você aqui.

– Ai meu Deus! A menina de gelo se derreteu toda! Eu também te amo!

– Eu não falei nada disso! E para de me abraçar! Encosto da minha vida!

Ela se afastou e ficou mexendo no celular enquanto eu fazia minha atividade.

– E aí? – Sofia perguntou sugestivamente, largando o celular, cruzando as mãos atrás da cabeça e encostando-se na cabeceira da cama. – Vai dar uma chance pro engomadinho da Bíblia?

– Para! Eu nem gosto dele. E mesmo que gostasse. Eu sou muito nova. Sei lá, não tenho cabeça pra esses garotos imaturos.

– Disse Brisa, majestosa diva da maturidade precoce. Ó Senhora, me conceda um pouco do seu poder.

Eu ri. Porque era inevitável não rir daquela menina.

– Em vez de fica me zoando você deveria me ajudar com o dever de matemática, ó diva do cálculo.

Senti uma vertigem. Meu corpo oscilou como se a gravidade do planeta tivesse se alterado. Fechei os olhos e pressionei meu crânio com as duas mãos. Alguma coisa estava errada. Muito errada.

– Brisa? – Sofia chamou. – Você está bem?

– Tô, eu só... – Seus olhos eram preocupados, mas não me demorei neles. A colcha azul agora brilhava vermelha, vermelha demais.

Desci os olhos acompanhando a mancha surreal, que descia das pernas de Sofia – não, pernas não, perna. Ou ao menos onde a perna direita deveria estar, mas acabava em um corte, como um tronco cerrado de uma árvore, e se esvaia em um mar de sangue.

Meu estômago revirou e senti um líquido ácido subir pela minha garganta. Estava paralisada, mas sentia meu corpo todo tremer.

– Não precisa se preocupar, Brisa – ela ria docemente, e um filete de sangue escorria pelo nariz. – Vai acontecer com todos nós. Com sua mãe, comigo, e um dia com você.

O riso foi se alongando, tornando-se numa gargalhada. Um som gutural, envolvido em sangue. Ela continuou rindo até que eu...

Acordei.


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Notas finais do capítulo

Comenta senão não posto o próximooooo! #TÔFALANDOSÉRIO



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