Ironias do Destino escrita por Bi Styles


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Oie pessuaaal! Bem, o capítulo não ficou muito grande, mas pelo menos fiz né? kk
Além do mais, estão chegando as provas, aí não sei se terei muito tempo para fazer os capítulos estes dias. Então, para tirar um pouco a curiosidade de vocês, decidi postar esse hoje. Espero que gostem! Bjs :*



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Sonhei que estava perdida em uma cidade totalmente estranha. Não haviam pessoas nelas. Eu gritava pelo nome de Gus inúmeras vezes e não ouvia resposta. Quando já estava cansada, sentava no chão. Lágrimas escorria pelos meus olhos e eu dizia a seguinte frase: “Você prometeu que me protegeria”. Assim que falava isso, escutava um barulho vindo da esquerda, outro da direita e depois apareciam vários homens armados. Depois de 2 tiros eu acordei.

Creio que acordei com um grito agudo. Estava completamente suada. Tremia dos pés a cabeça. “Você prometeu que me protegeria”. Esta frase ainda ecoava em minha cabeça. No sonho, Gus me abandonara em uma cidade desconhecida. Certamente, era a cidade que eu ainda não conhecia. Onde estavam ocorrendo os protestos.

Comecei a chorar. Toda a coragem de ir na cidade agora escapava pelas lágrimas. Eu não conseguiria. Não, não conseguiria sair viva da cidade. Pensando com mais calma agora, vi como meu plano era infantil. Ao me verem, os rebeldes iriam me matar. Soluços altos ecoaram de minha boca. Tinha de me controlar, senão, acordaria o castelo inteiro.

Me deitei e me pus em posição fetal. Abracei minhas pernas e deixei as lágrimas escaparem com facilidade. Tudo o que eu queria era Gus pra me abraçar e dizer as mais belas besteiras. Dizer que ficaria tudo bem e que nada o faria ficar longe de mim. Eu só queria que ele dissesse que esse meu sonho era uma bobeira e que ele nunca ficaria longe de mim.

Mas então percebi que isso nunca aconteceria. Pensando melhor novamente, percebi que nunca daria certo nós dois juntos. Meu pai o mataria antes que isso acontecesse. Eu, certamente, assistiria e não poderia fazer nada. Me sentia tão fraca. Tão... idiota. Sim, eu era uma completa idiota. Não abandonaria a luta agora. Se Gus morresse, morreria junto dele.

Enxuguei as lágrimas e me arrumei no travesseiro. Relaxei e não demorou muito para voltar a dormir.

....

Já era manhã. O sol brilhava. Era sábado! Pulei da cama, esperançosa. Poderia dar um jeito e passar o dia com Gus!

Corri até o banheiro e eu mesma me banhei. Eu mesma me troquei. Em pouco menos de meia hora, estava pronta.

Desci as escadas e fui em direção á sala de jantar. Quando estava chegando lá, vi minhas duas criadas vindo em minha direção.

–Kiara?! –exclamou as duas. –O que faz aqui? Por que não nos esperou?

–Estava com pressa. –falei.

–Isso não explica nad...

–Explica suficiente para vocês. –respondi. Mais tarde fiquei preocupada por ter sido tão rude com as meninas. Mas, naquele momento, só queria tomar meu café.

Entrei na sala e me sentei na cadeira próxima de meu pai que, é claro, estava vazia. Estes dias estava sendo difícil ver ele, certamente estava ocupado com os possíveis “protestos”.

–Susan? –chamei.

–Já estou a caminho! –respondeu cantarolando.

Ela colocou na mesa bolo de frutas frescas, amoras, suco de folhas verdes e pães de fibras. Não iria comer tudo, é claro. Mas agradeci com um sorriso. Só peguei um pedaço de pão e tomei um copo de suco. Então levantei e fui procurar Gus.

Estava indo na direção do quarto de costura quando uma pessoa me puxou para um corredor perto dali. Quis gritar, mais quando vi a pessoa, apenas franzi o cenho.

–Quer me matar Gabriel? –perguntei, tentando esconder minha frustação.

–Só se for de beijos. –falou tentando se aproximar de mim.

–O que deu em você? –falei o empurrando.

–Não posso beijar minha futura noiva?

–Isso mesmo. Futura. Ainda não aconteceu. –falei e tentei ir embora, mas ele me segurou.

–Eu fiz algo errado? –perguntou com ar preocupado.

–Ainda pergunta?

–Desculpa. É que... sei lá! –falou me soltando. –Quero muito me apaixonar por você.

–Para se apaixonar pela Hanna, você precisou beijá-la?

–Não. –falou olhando para os pés.

–Gabriel. –falei puxando seu rosto para cima. Sorri. –Você vai conseguir. Mas não tenha tanta pressa.

Ele tentou parecer calmo, sem sucesso.

–Temos que fingir para meu pai que já nos apaixonamos. Ele me concebeu aquele desejo e disse que queria eficácia em meu poder sedutor. Caso contrário, não quero nem pensar no que ele faria á Hanna... –falou ele um pouco trêmulo.

Eu engoli em seco. Como Gus iria receber essa notícia? Mas, pobre de Hanna se eu não aceitasse.

–Tudo bem. –falei sem graça. –Mas sem beijos, amassos e coisas do gênero, okay?

–Por mim tudo bem. Só quando você quiser, claro. –falou e deu uma piscadela.

–Não pense malícias, senhor Gabriel.

–Eu, pensando malícias? Nunca, senhorita Kiara. –falou dando um meio sorriso. –Tem algo a fazer hoje?

“Tenho que passar o dia com Gus”, pensei. Mas as palavras que saíram de minha boca foram:

–Não.

–Que tal irmos aos campos de tulipas?

–É que eu queria muito... experimentar uns vestidos hoje. –falei.

–Ah... Entendo. Posso ir com você? –perguntou.

–Claro. –falei desapontada. Queria ficar um pouco sozinha com Gus. Mas como diria não a Gabriel?

Caminhamos até o quarto de costura. Bati duas vezes na porta e Gus veio atender. Ele me olhou arqueando uma sobrancelha e fiz um sinal que conversaríamos mais tarde.

Ele abriu espaço e eu e Gabriel entramos. Nos sentamos em uma poltrona e Gus sentou-se na nossa frente.

–O que desejam? –falou sério.

–Meus vestidos. –respondi feito uma idiota. –Os que mandei fazer.

–Só um momento. –falou e foi pegar 3 vestidos. Trouxe e colocou em um manequim, ao lado de sua cadeira de madeira.

–É lindo esse! –falei olhando o vestido longo azul. Ele tinha um belo e discreto decote na frente e tinha algumas perolas.

–Quer experimentar? –perguntou Gus dando um pequeno sorriso. Estava aprontando alguma.

–Claro! Onde está o provador? –perguntei já me levantando.

–Só tem este problema: o provador quebrou. Se quiser, pode-se trocar aqui.

Então era isso que ele estava aprontando. Ótimo!

–Não me troco na sua frente. –falei.

–Eu e o príncipe fechamos os olhos. Pode-se trocar a vontade! –falou já fechando os olhos.

Eu não tinha vergonha do meu corpo. Muito pelo contrário, achava ele lindo e escultural. Mas, uma coisa era ter corpo bonito; outra bem diferente era mostra-lo a dois homens.

Mas uma coisa que me intimidou foi que Gabriel não se virou.

–Pode-se virar, Gabriel. –falei.

–Sou seu futuro marido. Não há problemas em ver seu corpo.

–Claro que há! –falei e Gus se virou para ele.

–Vamos príncipe. Se vire. –falou ele puxando os ombros de Gabriel.

–Licença, garoto. –falou retirando as mãos de Gus de cima dos ombros. -Ela é minha futura esposa. Eu posso muito bem vê-la trocar de roupa. Além do mais, ela é minha namorada.

Gus olhou para Gabriel querendo lhe dar um soco. Como descobri isso? Bem, o rosto de Gus não mentia. Estava com cara de que a qualquer momento explodiria. Além disso, seus punhos estavam se fechando.

–Mas ela não quer que você veja. –falou Gus cerrando os dentes. -Vai fazer algo que ela não queira?

–Bem, se necessário for...

Ao perceber que o punho de Gus estava mais apertado, tive de tomar uma atitude.

–Chega! Eu vou me trocar no meu quarto. –falei. Pegando os outros dois vestidos. –Se tiver problemas na medida, venho aqui e lhe falo. –olhei com uma cara de repreensão a Gus. –Vamos Gabriel.

E assim, nós saímos.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Gostaram do "teatrinho" de Gus e Gabriel? Espero que sim! Comentem, favoritem, recomendem e acompanhem! Beijos no coração e até próximo capítulo!