Ironias do Destino escrita por Bi Styles


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Oi gente :V
Demorei mais postei kkkkk
O GRANDE CAPÍTULO DA RESPOSTA! Segurem seus forninhos e façam suas apostas... Será que Kiara realmente vai querer lutar por Gus ou vai tentar se apaixonar por Gabriel?
Vcs só saberão disso lendo né :V Então vamos ao capítxulooooo.



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–Mas eu não a quero mais. –respondeu ele.

–Cale a boca Gus. E me escute. –falei.

–Então, já que quer tanto falar, fale. Mas que seja rápido, tenho que voltar a aula.

–Primeiramente, quero saber o por quê de me tratar ultimamente com tanta frieza.

–Seria bem óbvio, não?

–Eu quero ouvir isso da sua boca. –falei o olhando no fundo dos olhos.

Ele hesitou um pouco. Por fim me olhou e falou:

–O que você sentia quando me via beijar Hilla? –pela minha expressão de nojo, continuou. –Exatamente como eu me sinto. Eu não gosto de ver você com esse príncipe, Kiara. Eu simplesmente quero você, necessito de você. E só queria que você me desse a resposta, mas aí eu te vi beijand...

–Tá bom. –interrompi-o. –Já escutei o suficiente.

–E ainda não me deu minha resposta.

Respirei fundo.

–Gus, desde pequenos somos amigos. E é assim que eu queria continuar com você.

–Ótimo, então vamos continuar a aula e...

–Eu ainda não acabei. –ele confirmou com a cabeça. –Eu queria continuar assim, mas desde o momento que você se mudou para cá e aconteceu todas aquelas reviravoltas, foi que percebi que nunca te vi como um amigo, Gus. Sempre te vi com outros olhos, com outros sentimentos. Mas nunca pude realmente compreender o que realmente eu sentia por você pois era muito inocente, muito precoce. Mas Gus... eu...eu... –engoli em seco. –Eu estou disposta a lutar por você Gus. Eu quero lutar por algo em minha vida, e esse algo é você. Eu também preciso de você Gus! –falei e ele ficou apenas me encarando, com aquela cara de indiferente. Uma lágrima escorreu pela minha bochecha, e antes de atingir o queixo, uma mão a secou.

–Nunca imaginei que diria isso, Kiara. Sempre pensei que meu amor por você seria platônico. –falou alisando minha bochecha e assim, apagando qualquer índice de lágrima. Sorrindo, ele me puxou para perto de si e me beijou. Um beijo totalmente diferente dos outros. Um beijo que foi simplesmente retribuído por mim.

Por fim me afastei dele.

–Queria que esse momento nunca acabasse. –falou ele.

Sorri em resposta.

–O que vamos fazer agora? –perguntei.

–Bem, -sorriu ele irônico. –Você que disse que ia lutar por mim, não eu por você.

–Oi? Quer dizer que vou fazer tudo sozinha?

–Eu estava brincando. –falou ele agora sério. –Vamos ter que fazer isso, por enquanto, escondidos. Quando tiver perto de seu casamento, nós fugimos e pomos fim nessa infelicidade.

–Fugir do castelo? Isso está fora de questão. Com essa quantidade de guardas seria impossível sair.

–Daremos um jeito. Certo?

Hesitei um pouco. Porque hesitava em algo que me deixaria feliz? E por que não hesitei nem um pouco quando foi pra aceitar o pedido de Gabriel? A resposta apareceu como uma bomba na minha cabeça: A felicidade demora para se conseguir. E quando se consegue, demoramos um pouco a se acostumar com ela.

–Certo Gus. Até lá, nos encontraremos escondidos e não demonstraremos nada na frente dos outros.

–Tudo bem. –falou ele. –Agora vamos voltar para a aula?

–Claro.

–Gosta de política?

–Err.... Não. –falei e sorri.

–Vai ter que aprender a gostar então, pois vamos começar por ela.

...............

Como uma coisa tão chata como política pôde ter se tornado tão interessante nas palavras de Gustavo? Ou será que minha paixão por ele deixou tudo mais fácil? Acho que ambas estão corretas.

Acabamos de estudar por volta das 3 da tarde. Tudo bem, sei que foi bastante tempo e que alguém podia suspeitar. Mas, a partir de agora, eu não tinha mais medo de nada.

Fui para o meu quarto e lá fiquei. Meu pai havia dito que viria me ver depois, para repassar as atividades que eu teria de agora em diante. Não demorou muito tempo para ele bater na minha porta.

–Querida? –falou abrindo a porta de meu quarto.

–Pode entrar.

–Bem, está aqui a folha com suas atividades. Não será muita coisa, mas espero que se divirta. Tudo bem?

–Sim papai.

–Pois bem, irei resolver umas coisas. Te vejo no jantar.

Assenti de leve com a cabeça. Estava louca para saber o que ia fazer nestes dias. Vejamos... Dia de segunda a partir das 8 terei aula de arco e flecha com Mark. Terça, quarta e quinta, a partir das 1 da tarde, aulas com o Gus (imaginem o tamanho da minha felicidade). Sexta, durante a manhã, aula de hipismo com Nouah. Aquele nome não me era estranho. Porém, não me lembrava de onde tinha visto e...

Oh meu Deus! Nouah foi o menino que viu o pai ser executado, naquele dia. Eu havia prometido lhe dar os remédios para a irmã, mas com tanta coisa na cabeça, acabei esquecendo. Ele deve me odiar por isso. Mas o que deu em meu pai para convocar ele para me ensinar algo? Realmente queria saber.

Continuando, dia de sábado teria folga e domingo também. Só teria então 3 tipos de aula. É, poderia ser divertido.

Então meu cérebro voltou-se novamente para Nouah. O que o levava de volta ao castelo? O que passou pela cabeça de meu pai para fazer de Nouah meu professor? Eu ia descobrir por que. E seria amanhã. Por quê amanhã? Pois amanhã é sexta feira.

.......

Depois do jantar, voltei para o meu quarto. Minhas criadas chegaram logo em seguida.

–Charllote! –falei e corri para abraça-la. A abracei tão forte que escutei um gemido sair de sua boca. –Ah desculpe. O pescoço...

–Não, tudo bem. Estava louca para te ver princesa.

–Também! Mas e aí, o pescoço está bom mesmo?

–Sim. Realmente aqueles remédios são bons.

Hilla estende minha camisola e fala:

–Da próxima vez, Charllote, toma cuidado com as tesouras.

Forcei um pequeno sorriso. Hilla não ia saber nunca que foi meu pai que fez aquilo. Mas na verdade, não foi meu pai. Foi Gerard... Mas enfim, Hilla não vai saber nunca, e ponto final.

Hilla me ajuda a me despir e coloco logo minha camisola azul-bebê. Charllote se aproxima e faz uma trança raiz em mim. Quando estou pronta, elas se retiram. Agora eu teria que dormir.

....

Não sei que horas, exatamente, eu acordei. Só sei que deveria ser muito, mas muito tarde. O sol já estava brilhante como se fossem exatas 9 horas.

Me levantei e cambaleei até o banheiro. Onde estariam Hilla e Charllote? Minha trança ficou em farrapos á noite. Certamente havia me mexido muito.

Fui até minha mesinha de cabeceira e toquei a campainha. Em dois minutos, minhas criadas estavam em meu quarto.

–Princesa, mil perdões pelo atraso. –começou Hilla.

–São que horas? Acho que estou atrasada para o café da manhã. –falei.

–Está muito atrasada. Já são 9 horas. –disse Charllote.

–Por que não me acordaram? –perguntei.

As duas se entreolharam.

–Está havendo pequenas rebeliões no reino. Mas nada com que se preocupar. –respondeu Hilla.

–E porque estão nervosas? –perguntei.

–Nós nervosas? Não Kiara. –falou Charllote, que se pôs a rir. Um riso nervoso, digo eu.

–Meninas, eu só queria que vocês me dissessem...

–Olha só a hora Kiara! –falou Hilla me interrompendo. –Está na hora de sua aula! Vamos te trocar agora mesmo!

E fui em direção do banheiro com duas criadas muito nervosas.

......

Desci ofegante para a sala de jantar, que estava totalmente deserta. Chamei Susan, que me serviu um prato repleto de maçãs francesas. Para acompanhar, um pão grelhado ao forno.

Quando ela ia se retirando, a chamei.

–Diga, senhorita? –perguntou com um sorriso.

–Onde está meu pai?

–Não sei. Só sei que tomou o café cedo e saiu.

–Tudo bem. Pode se retirar.

Comecei a comer as maçãs. Estavam deliciosas. Então, um cheiro invadiu toda a sala. Um par de mãos macias cobriu meus olhos. Tão macias que já sabia de quem era.

–Gus, pare de brincadeiras! –falei rindo. As mãos subitamente saíram do meu rosto e a pessoa encaminhou para minha frente. Notícia péssima: não era Gus.

–Quem é Gus? –perguntou Gabriel.

–Um primo meu que trabalha aqui no castelo. –respondi. –Ele gosta de fazer isso comigo.

–Ah tá. –ele olhou para as maçãs. -Parece que estão deliciosas as maçãs.

–Pode pegar uma. Não costumo comer muito. –falei e ele pegou uma de lá.

–Elas me fazem lembrar de casa... É, vai ser muito bom se todos os dias tiverem minhas deliciosas maçãs para comer ao seu lado.

–É. –falei e pus fim a conversa. Mas algo martelava em minha cabeça, então não pude deixar de perguntar:

–Quando voltou da França?

–Eram 3 horas da manhã. Só fui para ver..... um-aa-s tias minhas. Só isso. –percebi que seus dedos andavam nervosos pela sua maçã.

–Tias? Foi assim tão rápido?

–Foi. –falou ele rapidamente.

–Acho que nem com o helicóptero de meu pai teria feito isso. –olhei para ele desconfiada. Uma gota de suor desceu pela sua bochecha. Depois da guerra, meu pai desenvolveu algumas tecnologias para outra guerra que poderia vir depois. Uma delas era o helicóptero de meu pai. Chegaria em menos de 8 horas na França. Mas Gabriel voltou mais rápido do que deveria. –O que tem para esconder, Gabriel?

–Eu? Nada, princesa.

–Entendo. –falei me levantando. –Tenho que ir para minha aula de hipismo. Licença. – e me retirei.

Caminhei até o jardim onde estaria Noah. Os estábulos ficavam perto do arsenal do palácio. Me encaminhei até lá. Chegando perto, observei uma figura muito conhecida: Hugo, irmão de Gus.

–Kiara! –falou ele vindo ao meu encontro.

–Hugo! –falei e fui até lá. Ia lhe dar um abraço, mas ele se esquivou.

–Acho que não vai querer ir suja de graxa para lugar algum.

–Não tem problema. –falei sorrindo.

–De qualquer forma, melhor não. Seu vestido é tão lindo para ser sujo.

Sorri como resposta.

–Está gostando do castelo? –perguntei.

–Não é tão ruim quanto pensei.

–O trabalho é muito cansativo?

–Mais ou menos. Mas já estou acostumado.

–Mas estão produzindo muitas armas? –perguntei, pensando nos tumultos que estava tendo no reino.

–Em grande escala. E não me pergunte o por quê.

–Você não sabe... –fui interrompida pelo patrão de Hugo, que o chamava de volta para o arsenal.

–Depois conversamos princesa. Até mais. –falou.

Depois da despedida, caminhei até os estábulos. Lá, haviam centenas de cavalos. Mas, o meu preferido era o que ficava no final do longo corredor de cavalos. Ele tinha a cor loura e os olhos bem brilhantes. O nome dele era Faísca. Estava acariciando sua crina quando, de repente, senti passos atrás de mim.

Fechei os olhos e me virei. Ao abri-los novamente, dei de cara com Nouah. Só o conheci pelos seus olhos azuis e por que já o esperava. Ele não tinha nenhum machucado, como no dia que o conheci. Seus cabelos louros certamente estavam sendo escondidos pelo seu chapéu. Mas quando ele sorriu para mim, nem parecia aquele homem infeliz que conheci naquele dia. Muito pelo contrário, seus olhos exprimiam muita alegria. Ele estava até um pouco atraente. Tá bom! Ele estava muito, muito atraente. Principalmente com aquela camiseta um pouco desabotoada e ... Esquece.

–Há quanto tempo Kiara! –falou ele me abraçando espontaneamente.

–Nem tanto tempo assim. –falei meio sorrindo. –A propósito, me desculpe por não ter mando os remédios. Estou meia desorientada estes dias.

–Não tem problema. Minha irmã já está bem melhor. Além do mais, seu pai me disse que meu pagamento seriam os remédios de que ela precisa, então estou satisfeito.

–Mas e Enri?

–Está trabalhando em um mercado perto da minha casa. Estamos vivendo bem. –falou ele certamente pensando na falta que o pai deveria fazer.

–Pois bem, vamos logo ás aulas, não é?

–Pode subir no seu cavalo. –falou rindo.

–Eu nunca subi em um cavalo, sempre tive receio de subir e cair. Mesmo com alguém perto de mim.

–Então irei te ajudar. –falou ele. Depois de Nouah ajustar a cela, ele me pegou pela cintura e me colocou em cima de Faísca.

–Nem foi tão difícil. –falei já me sentindo desconfortável.

–Relaxa que este aí é mansinho. Ele não vai fazer nada que te machuque.

Ele ia puxando faísca por uma corda enquanto eu tentava me acalmar. A qualquer momento poderia cair. Então surgiram a minha mente as perguntas as quais estava fazendo o dia todo e ninguém me respondia. Creio que alguém poderia me responder, e este alguém era Nouah.

–Nouah? –chamei.

–Pois não? –respondeu ele parando meu cavalo. Se aproximou de outro cavalo e já estava começando a ajustar a cela quando perguntei:

–Que rebeliões são estas que estão acontecendo no reino?

Ele ficou um tempo em silêncio. Deveria estar escolhendo as palavras certas.

–As pessoas estão revoltadas. –respondeu ele por fim.

–Com o quê?

–Como assim com o quê? –falou se virando para mim e esquecendo totalmente o cavalo. –Seu pai aumenta os remédios mesmo em uma época que está tendo disseminações de várias doenças! As pessoas estão morrendo nos hospitais, por que não podem pagar os remédios ou até mesmo porque não tem médicos!

–Não sabia que isso acontecia no reino.

–Pois acontece. –ele suspirou. –Só vendo para saber.

Pensei um tempo e tomei uma decisão.

–Me leve até lá.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Estão contentes com a resposta? Não? Sim?! Comentem para eu saber o que acharam!
Acompanhem também! Favoritem! Recomendem pra seus amigos!

Até a próxima amigux ;*