Ironias do Destino escrita por Bi Styles


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas! Este capítulo vai ser pequeno, estou meio sem tempo. Mas, ele vem cheio de coisinhaaaassssss hihihihihihihi. Alguns podem gostar, outros não muahahahaha.
Ah, queria agradecer a uma nova leitora! Fada muuuitxo obrigada pelo seu lindo comentário *-* Espero que continue gostando *-*
Bom, sem mais delongas, vamos ao capítulo!



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Quando coloquei meu vestido, desci até a sala de jantar. Todos estavam merendando, felizes e sorrindo. Menos o príncipe. Ao me sentar do seu lado, ele olhou para mim e deixou escapar um sorriso, mas não falou nada. Quando acabei e ele também, ele pediu ao meu pai e aos pais dele para passear comigo pelo jardim. E, é claro, que todos concordaram.

Fomos até o jardim e caminhamos por um tempo em silêncio, até que ele perguntou sorrindo:

–Dormiu bem esta noite?

–Sim. –respondi sem sorrir.

–Está brava com o que fiz noite passada?

–Não.

–E o que houve?

–Nada que lhe possa importar. –falei friamente. Era certo estar tratando ele assim? Eu deveria fazer isso com Gus, mas minha raiva estava tão grande, que eu descontava em qualquer um. Porém, eu estava tendo tudo aquilo com Gus por causa do beijo que Gabriel me deu.

–Eu me importo com tudo que te aborrece, princesa.

–Então se importe com você! –falei o encarando.

–Entendo. Você está brava com o beijo que lhe dei.

–É claro que estou! Aquilo foi errado e eu não queria que acontecesse.

–Se não você não tivesse correspondido o beijo, ele não teria acontecido, não acha?

–Você está insinuando que eu quis te beijar?

–Não estou insinuando nada. Estou afirmando!

–Não creio que estou ouvindo estas palavras. –falei e saí do jardim.

Já chegava nas portas quando ele me puxou pelo braço.

–Desculpe. –falou ele sem me olhar nos olhos.

Respirei fundo. Não adiantava brigar com Gabriel. Ele seria meu marido, não havia escapatória. Brigar só faria as coisas piorarem.

–Desculpe-me também. –falei. –Estou um pouco nervosa hoje.

–Posso saber por quê?

–Nem eu sei príncipe.

Ele me puxou de volta para o jardim e caminhou novamente comigo. Ele me levou até pequenas cadeiras e lá sentou-se comigo. Me encarou e depois falou, sério:

–Princesa, eu só queria que você realmente se abrisse comigo. O que tanto lhe atormenta?

–Nada Gabriel. Simplesmente não estou preparada para casar e...

–Eu sei que não é somente isso! –falou ele olhando no fundo dos meus olhos, apertando minha mão.

–Claro que é! –falei sem o olhar nos olhos.

–Então, fale isso olhando nos meus olhos.

O olhei. Como aqueles olhos podiam ser tão parecidos com os de Gus?

–Eu não queria me casar. –desabafei por fim. –Eu não lhe amo. Eu não quero me casar com você.

Ele, como se por impulso, soltou minhas mãos. Olhou para baixo, passou as mãos nos cabelos.

–Então é isso. –falou ele. Ele parou pra refletir e olhou novamente para mim. –Você acha que eu lhe amo?

–Não sei.

–Vou lhe contar uma história. Ela começa assim: Era uma vez, um príncipe lindo e gostoso chamado Gabriel.

Arqueei uma sobrancelha. Como poderia ser tão amostrado?

Com meu sorriso ele prosseguiu:

–Ele tinha todas as meninas do reino aos seus pés. Porém, um dia uma lhe chamou atenção. Era uma plebeia dos olhos verdes e cabelos castanhos. Ao sorrir ela expunha os mais perfeitos dentes do universo. Sim, Gabriel estava apaixonado por ela. –ele fez uma pausa e respirou fundo. –Mas, seu pai já havia mandado uma carta para um rei do reino de Esmeralda, pedindo a princesa em casamento. Como poderia o príncipe Gabriel casar sem amor? Então Gabriel correu atrás de seu verdadeiro amor. Conseguiu fugir do castelo e ir até a casa de sua amada, a plebeia Hanna. Como se amavam, os dois! Tudo com ela era perfeito. Até a chuva se transformava em sol. Até pedra se transformava em flor. Porém, seu pai o achou. O levou de volta ao castelo e ponderou seu dever como príncipe. Ressaltou que a princesa havia aceitado seu pedido e que iriam se casar em breve. Claro que, as lágrimas romperam do rosto do príncipe. Como ele iria ficar sem Hanna? Mas ele teve que aguentar tudo isso calado. Teve que fingir que estava tudo bem, mesmo não estando. Quando conheceu sua futura esposa, porém, seu coração se renovou de esperança. Quem sabe ele ainda poderia amar outra pessoa em sua vida? Quem sabe ele ainda poderia desfrutar do sentimento mais nobre da vida humana? Pois bem, e ele queria tentar.

Assim, ele olhou nos meus olhos novamente.

–Eu não a amo princesa. Pelo menos não ainda. Mas, estou fazendo o possível para me aproximar de você. Para tapar a dor que eu senti desde o dia que deixei Hanna. Eu vou aprender a te amar. Pode ser difícil, mas eu vou aprender.

–Gabriel eu nem sei o que dizer...

–Vai ter um tempo para me dizer alguma coisa. Irei até a França daqui a pouco. Algo a ver com minha mudança para cá. Mas voltarei logo. E, quero que tenha formulado uma resposta para mim.

–Que resposta, Gabriel? –perguntei, ele já se levantando. –A que pergunta?

–Você sabe, Kiara. E como sabe. –falou e entrou no palácio, me deixando sozinha com os meus pensamentos.

....

Já faziam 2 horas que Gabriel havia partido para a França. E eu estava trancada em meu quarto tentando entender sua pergunta. Esse negócio de dar respostas já estava me dando nos nervos!

Mas, algo me tirou daquele transe. Algo dentro de mim disse para ler a carta de minha mãe. E foi o que fiz. Corri e peguei uma carta do meu guarda-roupa. Com as mãos trêmulas, li o envelope. Estava escrito: Para Valicia Mourroue/ De Ana Mourroue. Minha mãe havia escrito uma carta para a minha avó! Mas porque aquela carta estava nas mãos de meu pai e não da minha avó?

Sem mais delongas, abri a carta:

“Mãe,

Os dias aqui no castelo continuam insuportáveis, de maneira que quase não estou aguentando. Como gostaria de estar aí contigo, mãe. Nós duas cantando canções enquanto lavávamos as roupas para entregar aos ricos da cidade.

Mas, como por ironia do destino, a escolha me foi tirada, e minha única opção foi vir para cá, Esmeralda. Tive que sacrificar minha felicidade pela do povo. Mas será que um dia ela será retribuída? Será mesmo, mãe, que, com o passar do tempo o povo vai nos dar a felicidade da qual eu tanto preciso? Se arrependimento matasse, já estaria debaixo de sete palmos de terra.

Juro mãe, que a única coisa que me faz feliz neste palácio é ter a certeza de que logo eu terei um filho. A criança que trago em meu ventre está próxima de nascer. Faltam somente 3 semanas e eu terei ele em meus braços. Mando notícias para a senhora, assim que ela ou ele nascer.

Beijos, de sua filha Ana.”

As lágrimas brotaram rapidamente dos olhos, tanto que foi quase impossível ler as últimas letras. Minha mãe foi infeliz neste castelo. Também, quem não seria? Confinada dentro desta jaula, sem ter contato com ninguém além de você mesmo.

Minha mãe vivia angustiada sem ter alguém com quem conversar, sem ter ninguém para desabafar. Mas além disso, estava contente pois iria ter um filho.

Porém, o que mais me chamou atenção foi que, ela sacrificou a felicidade pelo povo. E era o que eu estava fazendo naquele momento. Ela foi infeliz até o último dia de sua vida, somente para agradar o povo. Será que valeria a pena eu fazer o mesmo? Valeria a pena eu estragar toda minha vida por causa de uma escolha?

Aquilo estava me dando dor de cabeça. Comecei a ver as coisas girando e me deitei.

Não demorou 5 minutos quando alguém bateu na porta.

–Kiara! –gritou meu pai do lado de fora.

Corri e fui abrir a porta.

–Já está a tanto tempo neste quarto que pensei que tivesse tido alguma coisa. Você está bem? –perguntou.

–Sim, estou. É porque, papai, não há nada para fazer neste palácio...

–Não seja por isso. Convoquei algumas pessoas para lhe ensinarem diversas coisas. Depois lhe passo quais atividades irá praticar. Mas, enquanto isso, aquele rapaz, o Gustavo, está te esperando na biblioteca.

–Terei que continuar a aprender sobre guerras?

–Não só sobre guerra, mas sobre a história de seu país. Ande Kiara!

–Já irei papai. –falei já me precipitando para o corredor.

A cada passo que eu dava em direção á biblioteca, mas certeza eu tinha de algo que estava prestes a fazer.

Entrei na biblioteca com uma força descomunal, que saiu de meu corpo no momento que vi Gus. Como meu Deus, como uma pessoa pode fazer isto com seu corpo? Como uma pessoa, pelo simples fato de vê-la, deixa suas pernas bambearem?

Calma, eu não podia fracassar. Meu joguinho de frieza tinha que continuar.

–Olá. –falou ele.

–Oi. –falei friamente e me sentei o mais longe possível dele.

–Quer estudar a terceira guerra ou outra coisa?

–Pra mim tanto faz.

–A terceira guerra você já sabe o bastante?

–Eu nem tinha nascido. E, como você pôde perceber, tudo que sabemos é mentira. Não quero estudar mentiras. Quero estudar verdades!

–Então este é o lugar errado. Aqui só vai encontrar mentiras.

–Então não preciso estudar! Ótimo! –falei e bati palmas.

Ele me olhou, semicerrando os olhos. Depois de um tempo calado, falou:

–Você está estranha.

–Há! Depois de tudo que você me fez, eu que sou a estranha?

–Kiara, aquilo é pessoal. Isto é meu trabalho. Não podemos atrapalhá-lo com nossas coisas pessoais.

–Eu só quero falar uma coisinha. –falei e ele confirmou com a cabeça. –Eu só queria te dar uma resposta, a qual você pediu, mas você começou a me tratar daquela forma e...

–Porque eu te vi beijando o Gabriel! Eu vi Kiara! –gritou ele.

–Você mesmo sabe que eu não quis aquilo. Ele me forçou! –gritei de volta.

–Quando um não quer...

–Cale a boca. –falei e ele me olhou espantado. Eu nunca havia mando ninguém calar a boca. –Agora você vai ter que me escutar. Você pediu uma resposta, e eu tenho que dar ela.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Eu estou realmente aprendendo a fazer finais de capítulos com suspense MUAHAHAHAHHAAHHAA.
Espero que tenham gostado!
COMENTEM, FAVORITEM, ACOMPANHEM, RECOMENDEM! Obrigada