Vida Irônica escrita por SraPotter


Capítulo 4
Estamos quites.


Notas iniciais do capítulo

Olá galera!
Eu sei, eu sei, me desculpem pela demora, please! Mas é que eu viajei e não tive saco para escrever um capítulo ontem (até porque eu estava morrendo de sono e preguiça).
Mas quero agradecer mrs malfoy por estar acompanhando minha fanfic! Muuuito obrigado, sua linda!
Também quero agradecer a todos os comentários, que sempre me motivam e me fazem ter vontade de escrever capítulos cada vez melhores. Eu amo vocês e sempre fico muito feliz com todos esses comentários.
Bem, chega de enrolação, vamos ao capítulo.
Boa Leitura!!



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E então ele simplesmente me beijou.

Meu melhor amigo me beijou. Spencer me beijou. Mas não durou muito tempo.

Ele mal tinha tocado meus lábios com os seus, e então eu o empurrei forte, limpando meus lábios com força.

– POR QUE VOCÊ FEZ ISSO, IDIOTA? – gritei. – EU SOU CASADA! CASADA! – esfreguei meu anel na sua cara.

– EU SEI DISSO! MAS EU SEMPRE GOSTEI DE VOCÊ, SEMPRE! E SABER QUE VOCÊ SE CASOU... TIVE UM CHOQUE TÃO GRANDE... EU PRECISAVA FAZER ISSO!

Bufei longamente e saí a passos duros daquela praia dos infernos. Spencer olhou-me ir, sem nada dizer.

Entrei no jipe, batendo a porta com força desnecessária, e calcei meus saltos, ajeitei o cabelo e fui dar uma volta na cidade, tentado esquecer tudo aquilo.

Passeei bastante, até que entardeceu e eu estava morta de fome. Parei num café para comer e depois voltei ao hotel.

Estacionei o jipe e entrei no hotel. Subi a escada, entrei no corredor e pare em frente à porta do meu quarto, o 211.

Girei a chave e entrei. Draco estava sentado numa cadeira, de costas para mim.

– Cheguei. – anunciei, sentando-me na cama.

– Percebi. – respondeu ele, escrevendo algo.

– Vou tomar um banho. – falei, pegando minha toalha e entrando no banheiro.

Tomei um banho meio longo, depois arrumei-me e fui até o quarto, temerosa e morrendo de vergonha. Mas eu tinha que ser sincera, precisava falar a verdade.

– Draco, preciso te contar uma coisa.

Draco virou-se para mim e me analisou por um momento, logo falando:

– Por que está vestida desse jeito, tão bonita? – ergui a sobrancelha nesta hora. – Pra quem está se arrumando?

– Para mim mesma. – respondi. – Você ouviu o que eu disse?

– Claro. O que você quer me contar? – indagou ele, prestando toda a sua atenção em mim.

Eu não estava acostumada com o Draco-atencioso. Por que ele não voltava a ser frio e ignorante como antes?

Contei tudo o que havia acontecido de olhos fechados, mas primeiro pedi que ele não me interrompesse. Logo que eu terminei, cerrei os olhos com mais força, preparada para a chuva de gritos.

– VOCÊ O QUÊ? – berrou ele. – TUDO BEM, EU BEIJEI OUTRA MULHER, VADIA, COMO VOCÊ QUISER CHAMAR, MAS VOCÊ BEIJAR OUTRO? – ele estava vermelho.

Tampei meus ouvidos e gritei:

– NÃO FOI MINHA CULPA! TÁ VENDO O QUE DÁ SE AGARRAR COM OUTRA? VOCÊ SÓ SE FERRA!

Gritei com os ouvidos tampados e só os destampei quando ele parou de berrar.

– Bom, pelo menos estamos quites agora. Vamos... vamos fingir que isso... nunca aconteceu, ok? – disse ele, passando a mão pelos cabelos, bagunçando-o. – Bem, eu... eu vou tomar um banho, e aí vamos jantar, ok? Marquei um jantar para nós num restaurante italiano.

– Tudo bem. – concordei.

Ajeitei meu casaco outra vez e me levantei. Estava fazendo um frio danado, além de estar chovendo lá fora.

Draco não demorou muito no banho. Logo ele estava de volta ao quarto, com uma camisa xadrez vermelha, uma calça com um tom pastel, um tênis, um casaco preto e os cabelos desarrumados.

Ele estava lindo de morrer. Suspirei silenciosamente, agarrando a sua mão. Ele me olhou com uma sobrancelha erguida e eu falei:

– Temos de agir como um casal, não é?

– É, mas... não tem ninguém aqui.

– Eu estou com frio. – adicionei.

Ele deu um sorriso irônico e meu sangue ferveu. Belisquei sua mão com minha unha e ele gemeu, me olhando logo em seguida. Dei um sorrisinho e olhei para a frente.

Quando nós chegamos no saguão, eu abracei o braço esquerdo dele, deitando minha cabeça em seu peito. Uma outra mulher logo ali perto estava fazendo isso, então decidi imitá-la. Até porque Draco estava bonito demais e outras mulheres poderiam ficar olhando.

E não, eu não estou com ciúmes. Só protegendo o que é tecnicamente meu.

Quando saímos para um lugar que só tínhamos eu, ele e o lindo carro preto, eu larguei dele. Entramos no carro e ele dirigiu até o tal restaurante.

Quando estávamos na porta do restaurante, um pouco mais adentro talvez, Draco me beijou.

Ok, eu me perdi totalmente. Os lábios dele eram viciantes. E aquele só me fez querer outro, mais outro, mais outro...

Mas eu tinha que me conter com um só, até porque “eu não gosto de você e nem você de mim”.

Sentamo-nos na mesa e então eu peguei o cardápio, tentando esconder meu total embaraço. Pedi um prato qualquer e então afundei na cadeira. Comemos calados, apenas trocando uma palavra ou outra, e então Draco pagou a conta.

Saí depressa do restaurante sem pegar na mão de Draco, quase correndo até a saída. Draco saiu calmamente, e depois propôs:

– Vamos dar uma volta no jardim?

Ah, sim, uma volta no jardim. Tudo o que mais preciso, uma volta no jardim com Draco Malfoy, quem já me fez perder o controle duas vezes. Claro.

– Pode ser. – respondi.

Draco abriu um sorriso satisfeito e então ofereceu o braço. Segurei o braço dele e então ele começou a falar:

– Eu sei que a gente não se dá muito bem, mas poderíamos tentar...

O resto eu não ouvi. O ritmo dos lábios dele, se mexendo enquanto o mesmo falava, era hipnotizante. Por um momento fiquei vidrada.

– Hermione, você está prestando atenção? – perguntou ele.

Pisquei os olhos e olhei seu rosto.

– Hm, me desculpa, mas eu me distraí. Bonita noite, não é?

Foi só eu falar para começar a chover. Começamos a correr para o carro.

Ao entrarmos no carro, suspiramos de alívio.

– Ufa! – exclamei, passando a mão pelo meu cabelo molhado.

Draco e eu nos olhamos e começamos a rir. Minha bochecha, minha garganta e minha barriga começaram a doer, então eu parei.

Draco olhou-me profundamente. Ele sempre fazia isso!

– Por que você sempre me olha deste jeito? – perguntei, tirando meu casaco e encarando-o.

– Sei lá. Vai ver porque você está linda hoje. – respondeu ele, sorrindo.

Corei imediatamente e os frios na barriga começaram novamente, junto com o ataque cardíaco. Ah, droga, ah, droga!

– Você fica mais linda ainda quando está nervosa. – falou ele, pondo uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha. Deu arrepios.

Ele estava conseguindo me seduzir, mas eu não ia ceder tão fácil.

– Você está me deixando arrepiada e corada. Quer parar com isso? – murmurei, meio irritada.

Ele riu, rouco, me deixando mais arrepiada ainda, e disse:

– Desculpa, mas é inevitável.

Então ele me puxou pelo pescoço e me beijou.

Pus uma mão no seu cabelo e a outra no seu pescoço. Nos beijávamos com intensidade.

Eu não contei antes, mas os lábios de Draco eram surpreendentemente macios e estranhamente doces. Aquilo só piorava minha condição de dependente-de-Draco-Malfoy.

Ele começou a tentar desabotoar meu vestido, enquanto beijava meu pescoço, e então voltei ao meu juízo, que como sempre voltava muito tarde.

– Não, Draco... para... – murmurei, afastando-o.

Draco parou na mesma hora. Ele me olhou como se pedisse desculpa, e realmente pediu:

– Desculpa, Hermione. Não vou mais fazer isso, prometo.

Fiquei meio decepcionada. Quer dizer, eu NÃO podia ceder aos encantos do mulherengo do Malfoy, mas era bom.

– Vamos ser só amigos. – murmurei, estendendo minha mão.

Draco sorriu largamente e respondeu:

– Amigos.

Ele sacudiu minha mão e então dirigiu até o hotel. Ao chegar lá apenas me vesti e me deitei, mas antes dei um dos meus cobertores à Draco. É isso que amigos fazem.

Não é?


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Notas finais do capítulo

É isso aí, galera.
Se vocês gostarem, comentem.
Se vocês não gostarem, comentem também.
Espero a opinião de vocês!
Beijossas.