Challenges of The Love escrita por Liz Rider, Kiera Collins


Capítulo 35
Aventuras


Notas iniciais do capítulo

AIIIIIIN SABE ESSE CAPÍTULO? ENTÃO, ELE PULOU, SEGUROU O TÍTULO DE "CAP FAV" E ENTROU NO MEU CORE



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Fico surpresa, sem reação, sem saber o que fazer. Soluço me acorda, apertando e puxando minha mão, avisando que é a nossa vez de desfilar. Ainda bem que Jonas mandou a gente ficar de mãos dadas, porque, se não fosse isso, eu teria ficado lá, empacada.
Começamos a correr. As pessoas atrás de mim jogam balões, confetes e levantam os seus cartazes. Tem até um maluco que trouxe o Banguela. O Banguela ficou sendo jogado pra cima e pra baixo o desfile inteiro, passando pela mão de todos. Coitadinho do Banguela.
Quando voltamos ao nosso lugar, todos gritam. Gritar, tipo "Ahhh", nada muito estimulante. Temos que pensar em um grito de guerra.

No outro dia, o primeiro que teria jogos, havia mais ou menos a metade das pessoas que haviam desfilado. Eu até entendo, não é todo mundo que é como eu, que vem todos os dias do campeonato. Eu venho até nos dias em que eu não jogo, porque eu amo demais esse clima de empolgação. É, é estranho, eu sei.
Mas pelo menos eu não sou a única estranha.
Gustavo e Zöe trouxeram tinta vermelha para pintar o rosto das pessoas. Gustavo estava terminando de pintar o rosto de uma garota. Quanto ele termina, ela se levanta do banquinho em frente a ele.
– Agora é minha vez. - digo e me sento.
– Vejamos... cabelo preso com um rabo-de-cavalo. Vai vir com penteados diferentes todos os dias? - ele diz, enfiando os dedos no pote de tinta.
– Exatamente, para a alegria da minha mãe. - sorrio.
– Hum. Vai querer algo elaborado ou um coração?
– Quero uma pintura facial com uma pegada urban contemporânea, algo clássico e ao mesmo tempo atual, e seria bom um pouco de PopArt. - Gustavo olha pra mim por alguns segundos, sem expressão alguma. Depois balança a cabeça pra frente e fala:
– Vou fazer o coração. Linhas mais ou menos retas, que tal?
– Ah, qual é! Eu vi os desenhos pendurados na parede do seu quarto, você pode fazer melhor que isso, pequeno Picasso.
– Eu sei. - ele diz e sorri, segurando o meu queixo com uma mão. Ele traça as linhas mais ou menos retas no meu rosto e em dois ou três segundos termina. Segurando um espelhinho na minha frente, ele conclui seu trabalho:
– Fiz uma pintura de guerra usada nos gregos na Guerra de Tróia, agora você está abençoada pelos deuses da pintura facial urban clássica contemporânea conceitual. - eu solto uma gargalhada.
Alguns minutos depois, Hans chega na Nike High School (lembrei o nome do colégio!), andando com sua mochila de um ombro só:
– O que foi isso no seu rosto?
– Foram os deuses da pintura facial urban clássica conteporânea conceitual.
– O quê?! - ele ri e segura minha cintura.
– Nada. Você não vai entender. -fico de ponta de pé e dou um beijinho na bochecha dele.
– Bochecha, Merida? Não estou namorando você pra ganhar beijo na bochecha.
Finjo que não o ouvi e seguro sua mão, puxando Hans em direção às arquibancadas.
– Ei! Eu estou falando sério! - ele grita enquanto é arrastado.
– É? Não parece, você está rindo. E deixa a sua mochila em algum lugar, eu tenho que achar a Elly e o Lucas. - empurro ele e o coitado tropeça. Mas não cai. Solto uma risadinha, mas não era minha intenção fazê-lo tropeçar, juro.
– Valeu pelo impulso, Meridinha. Quase quebro a perna, mas coloquei a mochila mais rápido. Valeuzão.
– Exagerado.
– Grossa.
– Sim. E vamos, como eu disse, EU TENHO QUE ENCONTRAR A ELLY. - digo e saio correndo. Hans vem correndo atrás de mim, atrasado porque parou pra dizer um "iaê, falaí" pro Gustavo.

– Elly! - grito, quando a vejo do outro lado da quadra. Vou andando até ela, deixando Hans pra trás. Quando me aproximo mais um pouco, vejo que ela está falando com o motivo da minha futura conversa com ela. Sophie. É como se eu batesse numa parede invisível. Fico parada, ora olhando para Elly, ora olhando para Sophie.
– Oi, Merida. - Elly me cumprimenta. Sophie me olha com cara de tédio. O clima está muito, muito estranho. Hans chega ofegante:
– Menina, você corre, viu? E o que você... ah. - ele para de falar e fica meio desconcertado. - Er, desculpa aí qualquer coisa, não vi as integrantes do grupinho...
– Não, Hans, fica. Por favor. - eu falo baixinho e seguro a sua mão. Ou melhor, aperto, esmago.
– Ué. Vocês dois... - Sophie finamente fala.
– É. É isso mesmo. Estão juntos e apaixonadinhos, é tão fofo! - Elly fala, dando seus pulinhos de animação. Em um momento normal, eu daria uma risada ou empurraria Elly de levinho. Mas como aquele momento era aquele momento, eu continuei quieta.
– Você mudou muito. - diz Sophie, olhando para mim com um sorriso meio forçado.
Nessa hora eu quis gritar "Eu mudei? EU mudei? Olha só pra você, está com os cabelos lisos! E o seu discurso sobre amar os seus cachos? Você está usando maquiagem para vir num CAMPEONATO! Ontem, depois do desfile dos 5 colégios, eu vi você se agarrar com 5 garotos diferentes!", mas sussurei apenas um "não foi só eu".
– Então, Merida, foi seu aniversário né? Parabéns. - continua Sophie.
– É... minha mãe te convidou, não se lembra? - falo com o tom mais irônico que consigo. Sim, minha mãe chamou Sophie para a festa, sem me avisar. Eu ouvi ela no telefone sem querer, mas fiquei ouvindo tempo suficiente para saber a desculpa. - Você disse que estava viajando e ia ficar viajando por "umas três semanas". E aí? Foi boa a viagem?
– Ótima. - ela responde, sorrindo.
– Que bom. E os seus cabelos? O que aconteceu?
– Mudei. Não combinava mais comigo.
– É o que parece. Vamos, Hans. - digo, e desta vez ele que me arrasta para outro lugar.
– Ei, ei. O que foi? - ele pergunta.
– Nada, nada. Fiquei um pouco nostálgica, só isso. - falo olhando para o nada, procurando uma parede para me encostar.
– Você parece tristinha. - ele passa a mão e os olhos pelo meu rosto. - Pode falar comigo.
Suspiro. Que saco esse menino preocupado e chato.
– Eu... eu só sinto uma falta imensa dela. Falta e raiva. A gente foi tão amiga por tanto tempo e aí ela some, vai para outro colégio, me fala isso pela internet. E aí, pra piorar tudo, quando a gente volta a se ver, ela diz que eu mudei. Ah, taquipariu! - desabafo. Hans está rindo.
– Começou triste e terminou com um palavrão! Mais uma da sessão "Coisas que só a Merida faz". - ele diz e eu dou um sorrisinho. Sento no chão e aperto os joelhos contra o corpo.
– Vem cá. - ele senta do meu lado. Coloca o braço no espaço que há entre eu e meu joelho. Hans vai me beijando e caindo sobre mim, até que eu fico deitada no chão e ele fica por cima.
– Hans... se... controle...- digo, entre os beijos e risos, e Hans parece notar que estamos no chão de uma escola.
– Vou tentar. - Ele se levanta e estende uma mão para me ajudar.
Então os autofalantes do colégio transmitem a mensagem de que os alunos devem se apresentar no ginásio. Os jogos vão começar e as equipes de cada colégio devem ficar em seus devidos lugares na arquibancada do ginásio.
Eu achava que o ginásio da Olympic era grande, mas esse é muito maior, parece até um estádio. Deve ser por isso que escolheram fazer a abertura e os jogos aqui. Vou caminhando até o lugar da Olympic, o último espaço, ou o primeiro, depende do ponto de vista. Vejo os estandartes das outras escolas: são quatro.
– O mais bonito é o da Olympic, haha - digo, sendo totalmente sincera. - Ei, hoje tem esgrima. Você vai participar?
– Sei lá. Como eu não sou o sr. Esgrima, o capitão da equipe, o fodão da modalidade, como uma certa pessoa aí... - Hans para, me olha e dá um sorrisinho. - eu só participo se me escolherem.
– Que pena, deve ser ruim não ser O melhor. - falo com o nariz empinado e jogo o cabelo para o lado.
– Você é muito competitiva.
– Talvez.
Sento ao lado da minha mochila, mas logo tenho que levantar porque estão colocando balões na área. O nosso é o único lugar que está enfeitado, não sei nem se pode fazer isso. Gustavo está no último degrau da arquibanca, desenhando numa cartolina. Quando ele cola a cartolina na parede atrás dele e se afasta, vejo que é o Banguela. Ele vira pra mim.
– Que tal? O que você acha? - ele grita e vai pulando de degrau em degrau, até chegar no meu.
– Acho que o senhor é muito artístico. - sorrio e olho de novo o desenho. - Mas, falando sério, tá muito lindo. Só que, assim, aqui está uma overdose de Banguela. Banguela na camisa, Banguela no estandarte, Banguela na parede, Banguela, Banguela!
– Fala de novo.
– Banguela, Banguela.
Gustavo começa a rir. Levanto uma sobrancelha.
– É engraçado! Banguelabanguelabanguela. - ele continua a rir.
– Você... você é meio retardado. - digo, mas também estou rindo.

O ponto eletrônico apita e o juiz confirma o ponto. Olympic está na final e o duelo acabou, junto com as atividades desse dia.
– Você acabou não participando, no final. - ando até a portaria do colégio.
– É. Eu queria ter lutado.
– Mas foi melhor para a Olympic assim. - digo e finjo uma tosse. Sorrio.
– Ei. O que você está insinuando? - Hans pergunta.
– Nada. - finjo outra tosse.
Depois de alguns minutos, o lugar começa a ficar cheio de alunos que estavam assistindo ao futebol e participando dos outros jogos.
Gustavo vai embora, Elly também. Aos poucos, as pessoas vão embora, mas eu não.
– Cara, eu estou com muita fome. - digo.
– Você vai embora como? - Hans pergunta.
– Minha mãe vinha me buscar, mas ela deve ter esquecido, porque não é possível! Eu estou esperando há meia hora!
– Bom, não foi tanto assim. É a fome, fez você perder a noção do tempo. - ele diz e fica calado. Depois pula, falando muito animado:
– Eu estou com a moto, quer ir pra minha casa?
Faço cara de desconfiada:
– Você está planejando alguma coisa?
– Não! Foi só uma ideia... que eu tive agora.
– E o que eu vou fazer na sua casa?
– Ah, comer. - ele fala sem pensar e eu ponho a mão no rosto, para tentar esconder a minha risada. Logo Hans também está rindo. - Caramba, você é pior do que eu. Mas eu falei no sentido de almoçar. Ai depois eu te levo para a sua casa, sei lá.
– Tá... está bem. Vou ligar pra alguém, para avisar.
Ligo o celular e procuro nos contatos o número da minha mãe: eu não decoro. Quando atende, ela me corta:
– Mã...
– Oi, Merida. Já ia ligar pra você, acho que vou demorar um pouquinho para ir te buscar.
– Já demorou, né... Mas, se é assim... - murmuro, e depois falo bem rápido: - EuvoupracasadoHans.
– O quê, Merida?
– EuvoupracasadoHans.
– Fazer o quê lá? Merida, você não vá...
– EU VOU ALMOÇAR.
– Onde é a casa dele?
– E o que isso tem a ver? Ele vai me levar de volta.
– Mas Merida eu tenho que s...
– Mãe, eu vou desligar, não vai acontecer nada comigo, tchau.
Hans me olha.
– Você sempre fala no viva-voz, assim? - ele pergunta. Er... estava no viva-voz? Então, a partir de hoje, não mais.

Hans bate na porta. E bate de novo.
– Ué. - ele fala. - Ela disse que ia estar em casa. Ainda bem que eu estou com a minha chave.
– Quer dizer que a sua mãe sai de casa e magicamente você está com a chave? - coloco as mãos na cintura. Ele gira a chave e abre a porta, indicando com a cabeça para eu entrar na frente.
– Exatamente.
Hans mora em um apartamento nos últimos andares do prédio. É um condomínio legal, com piscina, parquinho, crianças brincando e gritando sem parar, uns carinhas bonitininhos que olharam pra mim quando eu passei e academia.
Sento no sofá e coloco os fones no ouvido.
– Ei! - Hans grita balançando um pedaço de papel. - Minha mãe que deixou: "filho, tive que sair, mas o almoço está pronto, você só precisa esquentar." HÁ!
– "Há!" o quê? - pergunto, com um dos fones na mão.
– É a prova de que eu não tenho segundas intenções.
– Não prova nada.
– Mas eu também não preciso de prova nenhuma, não tenho segunda intenção nenhuma. - e fala e liga o fogão. Depois completa, falando baixo: - A menos que você queira que eu tenha.
– Não, eu não quero. - Balanço a cabeça. Me levanto e vou até a cozinha. Hans está mexendo numa panela.
– Gente! Gente, olhem o chef em ação! - sento numa cadeira e apoio a minha cabeça com o braço apoiado na mesa. - Essa cena é muito rara? Pra saber se eu devo filmar para a posteridade, sei lá.
– Não. Eu gosto de cozinhar.
– Gosta? - Arregalo os olhos. - Mas assim, você sabe? Eu odeio, de novo, odeioooo cozinhar. Mas lá em casa todo mundo me chama pra ajudar.
– Sei. Eu faço lasanha, arroz, macarrão, ovo, pipoca de microondas... já dá pra sobreviver. E já está quente, vem pegar um prato.
– Acho que não, hein. - sorrio, colocando minha comida no prato. - Já vou avisando que eu não cozinho e preciso de bem mais coisa pra sobreviver.
– Como assim? Já está pensando na divisão de tarefas?- ele sorri e senta na cadeira que eu estava - Tudo bem, quando a gente casar, eu cozinho.
– Mas você não perde uma chance mesmo, não é? - sento na frente dele.
– Não mesmo. - ele sorri de novo. Olho para o prato de Hans. Está cheio de salada.
– Você também gosta mesmo de salada, não é?
– Não mesmo. Minha mãe me obriga. "Hans, eu deixei um pouquinho de salada pra você" - ele imita a mãe com uma voz feminina engraçada. Começo a rir. - Qualquer dia desses eu digo que ela não precisa deixar um pouquinho de salada pra mim, que ela pode comer todas as toneladas de salada que faz. Ei! Eu estou falando sério! Teve um dia que ela esqueceu de comprar creme dental, aí eu fui olhar a geladeira e estava cheia desse mato comestível.
Eu ri tanto que comecei a tossir. E engasguei. Hans teve que sair correndo pra pegar um copo d'água pra mim.
– Não fale nada engraçado enquanto eu estiver comendo. - digo, com os olhos molhados por causa do riso e da tosse.
– Caramba, que cena assustadora. Pensei que ia sair arroz pelo seu nariz.
Dou uma risadinha. E ela vai aumentando, até que eu estou rindo novamente e Hans pula para pôr a mão na minha boca:
– Não ria. Se você engasgar de novo por causa dessas piadas pouca bosta, eu não vou te socorrer. - ele ri.
– Sei. - tiro a mão dele.
– Agora eu vou tomar um banho. - Hans levanta o braço, cheira a axila e faz uma careta. Que cena desnecessária.
– Pode ir, parece que você está precisando. - respondo e ele passa por um corredor e entra no quarto.
Fico em pé na cozinha. Então decido ir atrás do meu celular e fones e mexo em algumas coisas da sala, olho algumas fotos, vejo os filmes... aí vou para o quarto de Hans. Quando entro lá, eu não entro no quarto do Hans, eu entro no Fantástico Mundo de Star Wars. Tem filmes e HQs nas prateleiras, bonecos e naves no chão, um sabre de luz pendurado junto a guarda-chuvas.
– Hans! - grito. - Vou tirar o tênis e deixar aqui, ok?
– Pode tirar o que quiser. - ele responde, de dentro do banheiro. Consigo ver o sorriso malicioso dele daqui. - Quer dizer, desde que você não tenha chulé, pode tirar o que quiser.
– E, putz, onde foi que você arrumou todas essas... coisas?
– Não mexe em nada! - ele responde gritando. Sorrio, percebendo uma ótima oportunidade de provocá-lo.
– Olha só o que temos aqui! Uma nave... Uau, eu já vi essa nave numa loja de brinquedos, custava 250. Que tragédia seria se eu derrubasse, não é?
– Não! NÃO ME... - Hans começa a gritar e para. Ouço o barulho da porta sendo destrancada e ele poe a cabeça pra fora, cheio de espuma. - Não mexe. Sério. Foi cara mesmo.
Levanto a nave com uma mão só e começo a correr com ela, como uma criança enlouquecida, enlouquecida e diabólica. Fico com um sorriso diabolicamente malvado nos lábios enquanto "brinco", Hans só falta desmaiar e ele fica pulando atrás da porta, gritando para que eu "FIQUE QUIETA PORRA". Depois não aguento mais.
– Toma o seu brinquedinho. - entrego a nave para Hans, enxugando os olhos. Ele ficou puto, o que me faz rir ainda mais. Ele entra no banheiro (detalhe: com a nave) e tranca a porta.
– Desculpa! - falo e Hans não responde. - É que eu precisava ver a sua reação.
Coloco os fones de novo e me jogo na cama dele. Que cama fofa.
– Imagino o quanto você deve sofrer para levantar de manhã. - falo. Mas Hans não responde de novo. Seria muito imoral invadir o banheiro?
Fico deitada, olhando para o teto, quando ouço o mesmo barulho da porta destrancando. Hans sai do banheiro, mexe em uma gaveta, tira uma cueca e volta para o banheiro. Sem falar nem olhar pra mim. Eu corro, pego um dos filmes da prateleira ("Star Wars: Episódio III - A Vingança dos Sith") e deito na cama de novo, um pouco antes de Hans sair do banheiro. Ele anda até o armário enxugando o cabelo com uma toalha.
Enquanto ele procura uma camisa, eu tento ler a sinopse do filme. Tento. Então ele nota que eu estou tentando ler a sinopse do seu filme de estimação:
– De novo? - Hans senta na ponta da cama. - Devolve agora.
– Ainda não terminei de ler.
– Terminou sim. Devolve.
– Não. - respondo e continuo lendo, enquanto cantarolo "Darling I do".
Hans vem pra cima de mim e eu me ajoelho na cama, levantando o braço antes que ele pegue o filme. Ele puxa o outro braço e me empurra na cama. Uma gota d'água escorre do rosto dele e cai bem no meu olho, eu não resisto e esfrego o olho com a mão que estava segurando o filme. Hans aproveita e rouba ele de mim, joga (!!!) o DVD no final da cama e empurra o outro braço contra a cama. Estou presa.
Ele fica olhando pra mim. Calado.
– Está ouvindo o quê? - ele finalmente fala.
– Solta a mão, por favor. Não vou fugir. - sorrio. "Não quero fugir", penso.
Ele me solta e eu levo o celular para cima do seu pescoço, e, em resposta àquela pergunta, tiro o fone e aumento o volume da música. Aproveito que os meus braços já estão levantados e deixo as mãos no pescoço dele. Sorrio.
– Você gosta de me provocar, né? - Hans pergunta.
– Adoro. - respondo, procurando os seus lábios. Quando eu encontro, "darling I do" é a trilha sonora. Parece também que uma mão boba e desavisada de Hans procurava a minha blusa. Infelizmente, quando ela encontra, a trilha sonora era a voz de uma mãe que estava infelizmente numa porta aberta, a mãe do menino que infelizmente estava sem camisa, infelizmente em cima de uma menina tão vermelha quanto seus cabelos.
Droga!


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Notas finais do capítulo

OI. Maldita mãe do Hans.
Então, eu tava pensando em fazer uma página da fic, pra falar sobre a fic, postar desenhos, fanarts e tals. Quem aqui curtiria? OK, COMENTEM O CAP, AÍ DEPOIS FALEM SOBRE ISSO.
beijos da HERIDA SHIPPER MESMO, VIU VIADO, Ki :*



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