Beyond the Vengeance escrita por Mello


Capítulo 12
Um pedido de ajuda


Notas iniciais do capítulo

E aí galera, tudo certo?
Mais capítulo da fic e não sei se vocês perceberam, mas está é a segunda semana que posto dois capítulos por semana.
Uhuul o/ dois capítulos por semana!!!
Calma pequeno gafanhoto,não é tão simples assim. Explicarei melhor nas notas finais.

Boa leitura.



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Liza fez a semana passar voando.

Embora Gina sempre estivesse de mau humor e fizesse o possível para nos manter longe um do outro ela não era páreo Liza. Porém ela tinha que admitir que com Liza cuidando de mim seu trabalho ficava mais fácil. Não que houvesse tanto trabalho. O máximo era de um ou outro paciente por dia. Havia dias em que não havia ninguém para ela tratar. Nesses dias ela se esforçava mais para manter Liza longe de mim. Por várias vezes ela pedia para Liza buscar algo de extrema importância para ela, um cafezinho por exemplo. Já tinha virado rotina: ela pedia algo, Liza revirava os olhos, respondia que já estava indo, dava um beijinho em mim e saía antes que Gina pudesse reclamar por estarmos nos beijando. Por alguns dias ela reclamou comigo, mas depois simplesmente desistiu de tocar no assunto já que era inútil.

Greg e Susan vieram me visitar algumas vezes. Greg não resistiu em fazer piada sobre mim e Liza. A maioria delas era apenas para nos irritar, mas ele até conseguiu arrancar umas boas risadas de todos. Todos exceto Gina que reclamou do barulho.

Depois de alguns dias Chris também veio me visitar. Seu braço ainda estava enfaixado, mas ele parecia estar bem. Eu disse para Liza que ele era o mentalista que tinha me chamado. Quando contei a história pela primeira vez, sem a presença de Chris, ela não tinha ficado muito contente com ele, provavelmente o culpando pelo que aconteceu, mas quando ele me agradeceu de novo por ter salvado sua vida ela pareceu reconsiderar.

— É bom saber que você vai ficar bem — ele disse e então se virou para Liza — Então essa é a Liza. Muito prazer — ele estendeu a mão para ela. Suspirei mentalmente quando ela o cumprimentou e sorriu. Não era o seu melhor sorriso, mas ela estava tentando não ficar chateada com ele.

— Me deixa adivinhar: Greg e Susan já devem ter contado sobre nós pra você. E provavelmente para o resto do acampamento também.

Ele balançou a cabeça.

— Na verdade — ele começou — sei que ela é a Liza porque você não parava de pensar nela quando estávamos voltando para o acampamento.

Ele abriu um sorriso, tentando não dar risada. Liza não conseguiu simplesmente sorrir e deu uma risadinha. Senti meu rosto corar.

— Você está ficando vermelho — Liza disse.

Ela e Chris começaram a rir. Gina bufou de sua mesa, mas não disse nada. Liza parou de rir e me beijou.

— Pensando em mim, é? — ela disse ainda com o sorriso na boca.

Dessa vez fui eu quem a puxou para um beijo. Era a melhor resposta que eu poderia dar para aquilo. Então lembrei que Chris ainda estava ali e não quis deixar ele sem jeito.

— Mas e então… — disse tentando mudar de assunto — E você Chris? Esse seu braço vai ficar bem?

— Melhor do que esse seu, aparentemente — ele brincou — Bom, acho que já vou indo. Tenho alguns assuntos pra resolver ainda.

— Se cuida. Dessa vez eu não vou estar lá pra te salvar — brinquei.

— Nesse seu estado sou eu que teria que acabar salvando você.

— Só se você conseguir segurar a espada direito — retruquei. Ele deu uma risada.

— Me pegou nessa. Até mais — ele se virou, mas antes de sair disse mais uma coisa, mas disse mentalmente para que apenas eu ouvisse — Vou cuidar daquele assunto pra você.

E com isso ele saiu. Liza o observou até que a porta da enfermaria se fechasse. Ela olhou pra mim com um pequeno sorriso, mas eu sabia que havia alguma coisa que ela queria dizer. Eu quase podia ler isso em seus lindos olhos verdes.

— Terry — ela começou — O que foi tudo isso? — por um momento pensei que Liza tinha descoberto de alguma forma que Chris tinha falado comigo mentalmente, mas logo descartei a ideia.

— O que?

— Vocês já… parecem amigos — ela pensou por um segundo no que tinha dito e se corrigiu — Quero dizer, como se já se conhecessem faz tempo.

Eu não sabia o que dizer sobre aquilo. Pra mim a coisa era mais simples. Ele pediu minha ajuda, eu o ajudei e agora ele iria me ajudar. Se nos tornássemos amigos no processo tanto melhor. O que já parecia ter acontecido. Eu não via problema naquilo.

— Eu não vejo problema nisso — eu disse dando de ombros. Liza pareceu um pouco desconcertada com aquilo.

— Não, eu sei. Não há problema, mas… Eu sei lá. Você confia nele?

— Se não fosse por ele eu provavelmente teria morrido nas mãos daquele Minotauro.

— Eu sei. É só que… Eu não sei. Parece… que ele esconde alguma coisa — Tem toda razão — E eu não gosto disso.

— É só impressão sua. Relaxa — disse segurando sua mão — Ele é legal, só tem o pequeno problema de ficar bisbilhotando a mente dos outros, só isso.

Liza sorriu, provavelmente se lembrando de como ele a tinha conhecido através dos meus pensamentos.

— A propósito, eu não sabia que você pensava tanto em mim — ela disse ainda sorrindo.

— Você nem imagina — disse devolvendo o sorriso.

Ela se inclinou na minha direção, sussurrando no meu ouvido:

— Ah, imagino sim. Também penso bastante em nós dois.

Quando ela se afastou eu a puxei de volta e a beijei. Sentir seus lábios nos meus ao mesmo tempo em que sentia o perfume de seus cabelos era incrível. Eu podia ficar o resto da vida daquele jeito.

Mas, como sempre, Gina veio nos incomodar.

— É ótimo saber que os dois pombinhos estão se dando tão bem, mas agora eu vou precisar que vocês parem de se agarrar. Tenho que examinar você Terry — ela disse em um tom mais sério e acrescentou se virando para Liza, num tom acusatório — E você nem pense em chegar perto até eu terminar.

Liza levantou as mãos num gesto de rendição, mas me deu um último beijinho antes de se afastar.

Gina trabalhava rápido. Em seu estado normal ela geralmente parecia aborrecida, mas enquanto trabalhava era totalmente diferente. Seu rosto era inexpressivo. Ela tinha uma capacidade de concentração fora do normal. Ela poderia estar realizando aquele exame no meio de uma guerra e sua expressão, assim como sua eficiência, seriam os mesmos. Ela retirou as bandagens do meu corpo e examinou as feridas por um tempo, depois as trocou por novas, exceto meu tornozelo que não precisava mais ficar imobilizado.

Era estranho pensar em Gina. No começo eu poderia enfrentar outro Minotauro só para ser transferido para outra enfermaria, mas agora, depois de quase uma semana convivendo com ela, até que não era tão ruim assim. Por um lado ela estava sempre de mau humor, mas, desde que você não provoque, Gina pode ser uma ótima pessoa para se conversar. Também passei a ter certo respeito por ela. Depois de vê-la em ação salvando as vidas das pessoas que entravam por aquela porta era impossível não reconhecer o talento dela. O jeito como conseguia acalmar os pacientes agonizantes, como agia rápido e sem hesitação, como mantinha a calma ao encarar ferimentos tão horríveis que davam vontade de vomitar. Não era a toa que ela, sozinha, comandava a enfermaria central. A garota tinha o dom da cura. Embora, na verdade, Gina não fosse mais uma garota. Apesar de não ser tão alta ela era mais velha do que a grande maioria do acampamento. Devia ter uns vinte anos. Imaginei o que a prendia no acampamento. Não eram muitos os que chegavam à fase adulta, mas quase todos que conseguiam chegar logo saíam do acampamento para viver suas vidas. Eu não sabia muito sobre eles.

— Dois dias — Gina disse em voz baixa, depois repetiu mais alto — Mais dois dias e você vai poder se levantar.

Rapidamente meus pensamentos se voltaram para Gina novamente. Precisei de mais um segundo para processar o que ela tinha falado.

— Quer dizer que em dois dias eu vou poder sair daqui — disse esperançoso, mais contente por poder esticar as pernas do que por poder me ver livre de Gina.

— Nem tão rápido. Eu disse que você vai poder se levantar. Talvez caminhar por alguns minutos, mas logo vai ter que voltar.

Meu primeiro impulso foi reclamar de imediato, mas eu tinha aprendido a lição. Engoli as palavras que tinham se formado em minha boca e, com a voz mais calma, escolhi melhor as palavras.

— Tudo bem, mas… — levei um segundo selecionando o que ia dizer — Como exatamente eu estou? Quero dizer, eu não estou bem o bastante ainda?

Ela me olhou com um olhar estranho. Em nenhum momento eu a tinha visto daquele jeito. Gina ficou muda me olhando. Sua boca continuava imóvel, inexpressiva, mas os olhos estavam diferentes. Ela parecia estar sorrindo, somente com os olhos. Para Gina isso era extremamente incomum. Um olhar completamente diferente de qualquer um que tinha visto naquela semana. Satisfação? Aquele era seu olhar de satisfação? Sim. Tinha certeza que era. Ela tinha percebido a forma como eu tinha me controlado para não aborrecê-la. Eu a tinha compreendido e ela ficou satisfeita em saber disso.

— Você já vai estar praticamente curado, mas seu corpo vai ter que se acostumar à repentina movimentação. Você ficou muito tempo parado, perdeu muito sangue e ficou muito fraco por isso — ela disse e acrescentou — Agora sabe por que só recebeu sopa nas primeiras refeições.

Eu me lembrava com pesar daquilo. A comida do acampamento geralmente era ótima e eu esperava uma refeição completa, mas tudo o que consegui da primeira vez foi uma sopa rala. Mais parecia uma tigela de água com sabor de carne cozida, mas nada de carne. Depois vieram sopas um pouco melhores, com legumes e carne cozida desfiada. Depois vieram as frutas, comidas mais leves, legumes cozidos, saladas, pouca carne e quase nenhuma carne vermelha. Aos poucos fui melhorando até que voltei a comer sem problemas.

— E por que você não me disse antes? — perguntei.

— Porque você não parava de reclamar da sopa — ela retrucou.

Não pude evitar sorrir me lembrando do episódio. Pude ver um pequeno sorriso se formando no canto de sua boca, mas ele não passou daí.

— Além disso — ela continuou — Você estava fraco. Está um pouco melhor, mas ainda está fraco.

Aquela informação me atingiu com certa severidade. Até aquele momento eu não tinha me preocupado, mas ao ouvir Gina dizer aquilo eu percebi. Eu estava mais magro do que antes. Lembrava-me de ter alguns músculos também, mas eles não estavam tão visíveis agora. Eu mal sabia se poderia me firmar no chão, em pé. Até aquele momento eu mal tinha saído da cama. E mesmo nessas raras vezes, na qual eu geralmente ia ao banheiro, simplesmente usava uma cadeira de rodas. É claro que não era sem motivo. Com o tornozelo ruim eu não conseguia me colocar de pé e com a fragilidade do resto do meu corpo não conseguiria usar muletas. Tudo que me restava era a cadeira da qual, eu percebia agora, tinha contribuído para me deixar ainda mais fraco. Liza também tinha contribuído. Aquela era a triste verdade. Não era intenção dela, mas, de certo modo, ela me paparicava. Eu a entendia. Ela só queria cuidar de mim. No meu primeiro dia na enfermaria lembro que deixei que ela me desse sopa na boca. O resultado foi desastroso. Quando tentei manejar a colher por mim mesmo derrubei a sopa por várias vezes antes de conseguir tomar uma colherada.

— Foi por isso que você disse que precisava de duas semanas — concluí.

Gina assentiu com a cabeça.

— Não posso tentar andar agora? — perguntei. Eu tinha que tentar me recuperar o mais rápido possível.

— Não. Suas costelas ainda estão me preocupando. Preciso ter certeza de que você estará bem para poder andar.

Assenti várias vezes com a cabeça. Liza se aproximou e me deu um beijinho encorajador na testa. Ela olhou pra curandeira com o olhar triste. Liza sabia que ela estava certa e eu também. Tudo que restava era esperar.

— Está pronto? — Gina perguntou.

— Não — respondi — Mas tenho que tentar.

Dois dias tinham se passado e ansiedade de voltar a andar se tornou um medo. Tinha medo do que poderia acontecer. E se eu não conseguisse andar? E se eu estivesse tão fraco que não poderia nem mesmo me manter em pé? Balancei levemente a cabeça para afastar os pensamentos. Poderia acontecer, mas eu tinha que tentar. E tinha que conseguir.

Eu estava sentado com os pés tocando o chão com incerteza. Acreditar que consegue já é metade do resultado, disse a mim mesmo. Ainda assim eu olhava o chão como se estivesse à beira de um precipício pronto para saltar de bang jump. Finalmente tomei coragem e segurei as muletas desajeitadamente. Com impulso dos braços apoiados nas muletas eu me pus em pé. Por um momento tudo que senti foi o pânico de cair. Minhas pernas estremeceram, fracas demais para sustentar o peso. Rapidamente desisti de tentar usar as pernas e me apoiei desesperadamente nas muletas. Liza e Gina me seguraram na mesma hora, uma de cada lado e ambas com olhares preocupados.

— Estou bem! Estou bem! — disse rapidamente e um pouco mais desesperado do que pretendi.

Depois de recuperar o equilíbrio eu tinha mais um problema a enfrentar: o primeiro passo. Minha perna direita parecia estar mais firme do que a outra, então sustentei grande parte do meu peso nela enquanto movia as muletas um pouco mais para frente. Apoiando-me nas muletas consegui dar o primeiro passo. Embora precário e desajeitado ainda era um passo. Tentei mais uma vez e novamente consegui. Minhas pernas estremeciam a cada pisada, mas eu conseguia me sustentar. As duas olhavam atentas pra mim, caminhando ao meu lado. Esperando para ver se eu oscilaria novamente, mas eu estava conseguindo. Eu estava andando. Cada vez com mais facilidade.

— Você está conseguindo! — Liza disse.

Não esperei que Gina deixasse ou não. Caminhei até a porta e a abri. Andei mais alguns passos e parei, enchendo os pulmões com o ar fresco da manhã. Era maravilhoso poder voltar a sentir aquilo novamente.

— Nada mal — Gina disse — Acho até que posso deixar você dar uma voltinha por aí, mas é melhor voltar rápido. Se não…

— Vamos logo então — Liza interrompeu.

Gina voltou para enfermaria e começamos a caminhar. Liza me acompanhava devagar já que eu não podia andar rápido com as muletas. Não tinha me importado com a direção que estávamos tomando até que meu nariz se encheu com o doce aroma dos morangos. Os campos estavam repletos deles. Enquanto passávamos perto de uma fileira peguei um para Liza. É claro que não era permitido, mas todos faziam isso. Desde que você não fosse pego não havia problema. Paramos perto da casinha onde os sátiros guardavam os materiais para o cultivo e colheita dos morangos. Só então entreguei o morango para Liza. Ela sorriu pra mim e o apanhou de minha mão.

— Obrigada — ela disse.

Liza levou o morango à boca e mordeu um pedaço. Então aproximou o outro da minha boca e eu o segurei nos dentes. Ela sorriu e empurro o resto do morango em minha boca. Enquanto mastigávamos o morango não conseguíamos desviar o olhar um do outro. Liza pôs a mão em meu ombro, o começo de um movimento que eu já conhecia, sua mão deslizou lentamente até chegar ao meu pescoço, se enroscando nele. Então ela se aproximou e me beijou. Percebi que aquele era nosso primeiro beijo ao ar livre. Eu queria abraçá-la, mas se não continuasse me sustentando com os braços, as pernas me trairiam e iria cair. Ela pôs a outra mão em meu rosto enquanto continuava me beijando. Arrisquei me apoiar apenas em um braço e envolvi Liza com o outro. Estávamos completamente envolvidos no beijo. Chris teve que pigarrear três vezes para nos darmos conta da sua presença.

— Chris! — dissemos ao mesmo tempo. Ele tinha nos pegado de surpresa. Num momento não havia ninguém ali além de nós mesmos e depois Chris estava ao nosso lado. O susto tinha sido tão grande que por um momento me desequilibrei e só não fui ao chão porque Liza me ajudou.

— Eu odeio atrapalhar os dois, mas eu preciso falar com o Terry um minuto, se puder.

Liza não entendeu de imediato. Ela ficou alguns segundos ao meu lado. Como Chris não falou nada ela entendeu que o assunto não era com ela.

— Ah… tudo bem. Terry você quer que eu…

— Pode voltar pra enfermaria. Eu vou pra lá assim que acabar aqui.

— Mas… — Ela lançou um olhar não muito seguro para Chris.

— Eu vou ficar bem. Prometo.

Meio relutante ela começou a caminhar de volta a enfermaria. Chris e eu observamos até que ela estivesse a uma distância razoável.

— Ela me odeia — ele disse.

— Não é verdade.

— Não, é sério, tem que ver as coisas que ela pensa sobre mim.

— Fica fora da cabeça dela! — disparei.

— Ah, que bonitinho — ele disse num tom zombeteiro — defendendo a namorada.

— Não enche. E então o que foi?

— Você tem que se recuperar logo — ele disse simplesmente.

— Você descobriu onde ele está?

— Não.

— Descobriu o nome dele?

— Não.

— Droga, então o que você descobriu? — perguntei irritado.

— Descobri que ele é muito mais perigoso do que a gente pensava.

— O que você quer dizer com isso?

Ele balançou a cabeça.

— Agora não. Quando você estiver melhor conversaremos mais, não quero que você saia por aí desse jeito. Enquanto isso vou tentar descobrir alguma coisa mais relevante.

Chris simplesmente começou a caminhar e como eu não conseguia andar rápido o suficiente para alcançá-lo não pude argumentar.

Quando entrei na enfermaria Liza se levantou da cadeira onde estava sentada e veio na minha direção. Ela estava preocupada e eu sabia por que. Minha conversa com Chris não tinha durado mais que dois minutos, mas fiquei pensando um pouco sobre o assunto depois que ele foi embora. Foi bom ter passado alguns minutos sozinho. Me fez lembrar de que ainda tenho algo a fazer. E eu não poderia me acomodar. Por mais que eu gostasse de passar boa parte do meu tempo com Liza eu sabia que não poderia me dar esse privilégio.

— Terry… — ela começou.

— Liza pode me deixar conversar com Gina? Em particular? — Liza pareceu totalmente confusa. Antes eu nunca tinha me preocupado em esconder nada dela, agora já era a segunda vez que pedia que ela saísse para que eu pudesse conversar com outra pessoa. Ela abriu a boca para falar, mas nenhum som saiu. Então ela simplesmente se afastou e saiu fechando a porta com um pouco mais de força do que o necessário.

Gina levantou a sobrancelha direita quando eu fiquei a sua frente. Por um momento só ficamos nos encarando. A cada segundo parecia que sua sobrancelha subia mais um pouco. Por fim ela fez um gesto pedindo que eu me sentasse numa cadeira de frente para sua mesa. Encarei a superfície da mesa e respirei fundo. Parecia que tudo o que tinha pensando em dizer tinha simplesmente sumido da minha cabeça. Por fim as palavras saíram:

— Preciso de ajuda.


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Notas finais do capítulo

Como prometido vou me explicar: esse ritmo de postagem vai continuar? Talvez. Gostaria muito de manter esse ritmo até o fim da fic, mas minha vida não se resume em apenas escrever e muito menos escrever apenas esta fic. Resumindo: se conseguir escrever num bom ritmo como estou agora os capítulos vão continuar dois por semana. E também estou preparando uma surpresa para vocês. Até agora não tenho muita coisa, mas espero conseguir terminar num futuro não muito distante.
Caramba como eu falo! De qualquer forma, deixe aí nos comentários o que achou do capítulo, se aprova a ideia, se tem alguma sugestão dos dias da semana para postar, etc

Muito obrigado por lerem e até a próxima!



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