Atraídos por acaso escrita por Line Freitas


Capítulo 49
Passado doloroso


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores, quanto tempo né?
Eu sei, devo um pedido de mil desculpas, mas eu tenho alguns motivos. No começo desse ano perdi alguém muito importante na minha vida, o que me fez desistir de muita coisa. Eu sofri bastante com a perda dessa pessoa e acabei perdendo a vontade de escrever. Não tinha mais inspiração. Sim, eu vou concluir esta fanfic, e consegui estender os capítulos para até mais dois, no máximo. Agradeço a todos que acompanharam a fic até aqui e a compreensão de todos. Peço mais uma vez desculpas pelo transtornos.

Agradeço muito a Gabih, uma leitora minha que me mandou uma mensagem linda e me incentivou a continuar a escrever. Muito obrigado minha linda, agradeço de coração as suas palavras ♥ Por isso esse capitulo eu dedico a ti, e espero que goste.

Beijos meus amores e até a próxima semana...



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— Eu também não.


— E o que te levou a me chamar? – pergunto com receio.


— O amor que sinto por você. - abaixei minha guarda. - Eu não gosto dessa situação, Isa. Somos irmãos, eu só tenho a você nesse mundo. Você é a minha única família. - ele abaixou a cabeça por alguns segundos.


Meus olhos se encheram de lágrimas que logo escorreram sobre o meu rosto.


— Eu não queria que tudo tivesse acontecido desse jeito, John. Mas as coisas foram por acaso, eu não planejei gostar do seu melhor amigo, pelo contrario nós nos odiávamos, mas algo aconteceu que mudou tudo. Eu descobri outro Josh, alguém que eu comecei a admirar, e a amar.


— Ele era o meu melhor amigo.


— Ele é seu melhor amigo, nada mudou. - acrescento.


— Você já pensou que ele pode te trocar por outra, te magoar profundamente? - ele perguntou incrédulo.


— John, ele não é mais assim.


— As pessoas não mudam de uma hora para outra Isabella. - debateu ele.
— Então, você é um hipócrita. Porque quando não conhecia a Kath era pior que o Josh e o Alex juntos. Não me diga que isso é mentira, até porque eu te conheço muito bem. - Ele me olhou zangado e segurou forte a sua xicara de café.


— É diferente. - John tomou um gole de café, e continuou. - Eu me apaixonei por uma garota e não quis mais nada com nenhuma outra por causa dela.


— E você julga o Josh por também ter se apaixonado? - rebati.


— VOCÊ É MINHA IRMÃ! - gritou ele.


Algumas pessoas que estavam no local nos olharam espantados pela atitude de John. Levantei do meu lugar, mas John segurou meu braço, sem me machucar.


— Fica, por favor.


— Quando você aprender a conversar direito com as pessoas, u tento ter uma conversa civilizada com você. - disse olhando em seus olhos.


— Me desculpe, Isa. Eu não irei mais gritar com você. - ele abaixou a cabeça e respirou fundo. - Fica, por favor.


Voltei a sentar no meu lugar e pedi a atendente um café bem forte. Muitas pessoas do estabelecimento esvaziaram o lugar, restando apenas poucas.


— Eu não tenho que te pedir desculpas. Não fiz nada errado. Eu apenas me apaixonei. E não me arrependo disso.


— E só tenho medo que ele venha a te machucar. Você já sofreu demais todos esses anos com o Patrick e a vovó. - falou num tom terno.


— Ele me faz bem. - sorrio para John.


John olhou pela janela por alguns minutos e em silêncio conversa com seus pensamentos. A chuva não havia cessado muito, e o tempo ainda se encontrava gélido. Do outro lado da rua, Josh aparece com vários livros e cadernos sobre as mãos, que guarda em seu carro.  Olho para John que ainda parece conversar consigo mesmo.


— Vou chamar ele para vocês conversarem. - John assente.
...


Josh
Estava tão concentrado em guardar a pilha de livros dentro do porta malas que nem vi a minha loirinha parada em frente ao meu carro. Seus olhos estavam vermelhos, e presumo que ela havia chorado. Me aproximo dela que abre os braços para que eu a aconchegue nos meus, e assim o faço. Beijo o topo da sua cabeça e a aperto contra o meu peito.


— Ele quer falar com você. - ela sussurra.


— E vocês? - Isa da os ombros e sorri triste para mim.


— Acha que eu devo ir lá? - pergunto receoso.


— Tenta.


A abraço e sigo o caminho da cafeteria. Encontro John em um dos bancos mais escondidos e vou ao seu encontro com receio de sua reação.


— Oi. - disse a ele.


— Porque? - perguntou ele me encarando.


— Quando eu percebi já era tarde demais. - digo convicto de minha resposta.


— Justo a minha irmã? - John me olhou com um olhar magoado.


— Eu não planejei gostar da sua irmã.


— E o nosso acordo? E a nossa irmandade? Você esqueceu?


— Eu tive que quebrar.


— Ela já sofreu demais Josh. E eu não vou deix...


— Eu sei muito bem o que ela passou, e eu não vou ser um idiota com ela. - o interrompi.


— Eu só não quero que isso se repita.


— Cara, eu sei que não sou o homem perfeito que você sonhou pra sua irmã, mas eu jamais quero fazer algum mal pra ela. Eu a amo John. - disse despejando toda a sinceridade em algumas simples palavras.


John respirou fundo e estendeu a mão para mim.


— Eu ainda não estou a favor disso, mas pela Isa eu vou te dar a minha benção.


— E a gente, como fica?

— Confiança é conquistada aos poucos. - assenti e apertei a sua mão.


Isa
Estava com o meu coração triste, pois ainda as coisas entre mim e John estavam incertas. Eu só quero que ele aceite o meu relacionamento com o Josh, e que a gente volte a ser uma família novamente. Eu sinto tanta a falta dele na nossa casa. Quando John saiu deixou um buraco gigantesco aberto naquele lugar. E por mais que o tempo passe, e que as coisas sejam mudadas de lugar, lá sempre será a sua casa.


Abro a porta do apartamento e num susto dou um pulo para trás. Eu não podia acreditar no que os meus olhos estavam vendo. Christine, minha avó estava sentada no nosso sofá tomando um chá com Vick.


— Isa, olha quem esta aqui. - disse Vick.


— Vovó?


— Olá Isabella. - falou de forma rispida.


Victoria saiu de casa nos deixando a sós.


— Qual o motivo da sua presença aqui vovó?


— Contar algumas verdades para você. - disse no mesmo tom.


— Se você veio aqui para me perturbar com as suas acusações contra mim, saia pela aquela porta agora.  - respondi no mesmo tom.


— Vamos voltar ao passado. - Christine se levantou do sofá e foi até janela e ascendeu um cigarro.


— Sua mãe sempre foi uma menina muito obediente a mim. - ela tragou a fumaça, e continuou. - Só que no meio do caminho, ela se perdeu ao conhecer o lixo do seu pai, um cantor meia boca que desvirtuou a minha filha. - disse com desdém. - Eu nunca apoiei o relacionamento dela com esse homem, o que a fez querer fugir com ele. Numa noite fria de inverno, eu a encontrei refugiada em uma casa com esse homem.  Foi nesse momento que você entra pra desgraçar essa história. - Christine me olha com desdém e apaga o seu cigarro, ascendendo outro em seguida. - Sua mãe ficou gravida de uma menina, mas aos 9 meses ela teve uma complicação no parto, perdeu muito sangue o que a levou a escolher entre a própria vida, ou ao ser que ela carregava em seu ventre. Você nasceu e acabou com a vida da minha filha, que tinha um futuro brilhante pela frente. - ela riu com sarcasmo.


Minha garganta estava prestes a explodir de dor. Meus olhos não aguentaram e lagrimas escorreram sobre os meus olhos. NÃO PODIA SER VERDADE! Eu não fiz isso.


— Você destruiu a vida da sua mãe, Isabella. E por isso eu te odeio. Você matou a única filha que eu tinha.


Eu estava sem chão, sem palavras e sem lágrimas. Uma intensa vontade de fugir de tudo gritava desesperadamente dentro de mim.


— Você esta mentindo. - disse em prantos.


— Eu tenho provas, olhe isso. - Christine retirou de uma pasta um documento e me entregou.


Olhei para aquele papel e o identifiquei, era um atestado de óbito. Passei meus olhos sobre aquelas palavras, e lá estava escrito a verdade. Eu era culpada. Eu tinha matado a minha mãe. Largo aquele papel no chão e corro sem rumo para a rua.


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Notas finais do capítulo

:(

O que será que vai acontecer com a nossa menina?



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