Atraídos por acaso escrita por Line Freitas


Capítulo 39
Razão ou emoção?


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores, lindaaas da Line, tudo bem com vocês?
Pois então, hoje é dia de capitulo novo, aeeee...Espero que gostem...
Essa semana é provável que poste mais um, ou até Final de semana..
beijoos amores ♥



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Josh

Sai do quarto aos pedaços, como tudo aquilo estava acontecendo comigo? O que eu fiz pra merecer sofrer tanto? Estava acabado, eu não poderia imaginar que ela terminaria tudo comigo, depois de me declarar a ela e a entregar a bosta do meu coração. Dei um murro na porta e fui para o celeiro indignado, eu estava com vontade de matar o Antony, minha cabeça estava a mil e se ele aparecesse em minha frente eu o mataria lentamente. Sentei no banco e respirei fundo, do outro lado do celeiro vi uma carteira de cigarro do meu avó e peguei, eu sei já larguei desse vicio a muito tempo, mas eu queria poder me sentir aliviado de algo, peguei um e acendi, quando fui colocar na boca olhei para o lado e vi minha avó

– Josh, larga isso meu neto você não precisa disso.

– Vovó? - a olhei assustado.

– Eu sei o que aconteceu, mas não faça mais uma burrada, sei que o Antony merece uma boa surra, ele sempre teve muita inveja sua, mas se acalme.

– Vovó ela não vai me perdoar. – as palavras saíram como facas afiadas da minha garganta.

– Vai sim meu filho, dê um tempo a menina.

– Isso é injusto, eu não fiz nada vovó e ela não acredita em mim.

– Dê um tempo a ela, tudo irá se resolver.

– E se não se resolver e se ela nunca mais querer ficar comigo, como vou ficar? – disse desesperado.

– Ela vai voltar, pode ter certeza. – vovó veio ao meu encontro e me deu um beijo na testa.

– Vovó eu ...- parei no meio da frase e me assustei com o que eu iria dizer. Tomei coragem e disse. – Eu a amo, eu nunca pensei que iria dizer isso, mas a amo e as vezes isso até me assusta, porque nunca senti uma coisa tão forte por alguém, não é só atração ou por sexo, eu gosto dela por quem ela é, pela pessoa incrível que a Isabella se mostrou a mim. – meus olhos estavam meio marejados, mas não chorei, não faria isso na frente da minha avó.

– Eu tenho certeza que ela vai reconhecer esse sentimento e vocês vão ficar juntos.

– As coisas são mais complicadas do que parecem vovó. – disse me lembrando do John.

– No final vai valer a pena, não acha?

– Assim espero. – sorri fraco.

– Precisa de algo meu neto?

– Pega uma roupa pra mim lá em cima, não quero ver ela.

– Pode deixar meu neto.

Fiquei esperando vovó no celeiro e de longe vi Isa na porta do celeiro. Vou confessar que meu coração bateu forte, mas um medo me invadiu e me fez ficar paralisado, não conseguia me locomover. Ela se aproximou e pude ver seu rosto triste e os olhos inchados, ela estava chorando, outra vez quebrei uma promessa, sou um inútil mesmo!

– Jurei pra mim mesma que não voltaria a falar com você mais, só que eu não consigo. – ela disse se aproximando, parou em minha frente e soltou um suspiro. – A razão me diz que você fez merda e o coração me diz que esta sendo sincero, pela primeira vez na vida eu vou escutar o meu coração, e espero que ele não esteja errado porque se ele estiver, eu não sei o que vai ser dele. – ela sorriu fraco.

– Eu queria poder dizer que eu me perdoo, mas não consigo. Te fiz chorar e você não merece isso, você merece um cara que te faça feliz.

– Eu mereço um cara que seja você. – ela pegou minha mão e a beijou, logo depois acariciou meu rosto. – Olha só o que você fez, se meteu em uma briga por mim novamente. – disse ela passando a mão sobre meus machucados.

– Eu não iria deixar aquele idiota sair impune disso.

– Você sempre me protegendo.

– Porque quando a gente gosta é claro que a gente cuida. – disse olhando em seus olhos.

– E você gosta de mim de verdade? – me aproximei do seu ouvido e sussurrei.

– Gosto tanto que você nem imagina. – senti seu cheiro e a abracei forte. – eu quero poder ficar assim pra sempre. – disse baixinho.

– Pra sempre é muito tempo.

– Pra sempre não é o tempo necessário pra mim.

– Desde quando virou tão fofo? – ela me olhou nos olhos meio desconfiada.

– Desde quando eu passai gostar de uma loira muito mas muito linda que a apesar de ser marrenta as vezes, eu gosto muito. – ela abriu um sorriso lindo.

– Então quer dizer que me acha marrenta?

Marrenta,– beijei seu nariz - linda – beijei sua bochecha (lado direito) – ciumenta– beijei sua bochecha (lado esquerdo) – teimosa – beijei sua testa. – parei de beija-la e olhei em seus olhos. – E maravilhosa. – beijei sua boca.

O nosso beijo era algo que me deixava louco, seus lábios tão macios e todo aquele sentimento que eu sentia por ela se resumia em um beijo carinhoso e cheio de desejo. A puxei para mais perto e nos beijamos até que o ar fosse realmente necessário. Paramos o beijo sorrindo, olhei em seus olhos e pude ver a alegria que ela me passava.

– Seria errado eu dizer que eu sou completamente viciado nesse seu beijo?

– Acho que seria ruim se não gostasse. – ela falou rindo.

– Imagina se eu não gostasse, eu seria um louco. – iniciei um novo beijo e dessa vez foi mais ardente e envolvente. Eu não queria a soltar, mas se não fizesse isso eu passaria do limite permitido, e acho que não esta na hora disso acontecer.

– Vamos arrumar nossas coisas, daqui a pouco temos que partir. –disse entre um sussurro.

– As minhas estão prontas, mas te ajudo. – ela sorriu.

– Você não existe garota. – disse e a dei um selinho carinhoso.

– Para seu bobo.

....

Isabella

Enquanto estava no quarto pensando em como tudo isso iria acabar, me lembrei de todos os mementos que passamos juntos, desde o primeiro beijo que me deixou boba até as declarações que Josh fez pra mim, os sorrisos sinceros, as palavras doces e as demonstrações de carinho. Avaliei tudo, coloquei todas as coisas em cima da balança e vi que ele não poderia fazer isso tudo atoa, só por prazer. Os seus olhos me diziam a verdade, mas a minha insegurança mais uma vez me travou me deixando confusa. Em toda a minha vida eu nunca gostei de um cara como eu gosto dele e isso me assusta muito, porque tenho medo de perde-lo. Sai do quarto o mais rápido possível e fui o encontrar, nas escadas encontrei a vovó Amélia subindo.

– Olá minha filha, queria conversar com você tem um tempo?

– Claro vovó. – nos sentamos no sofá da sala.

– O Josh esta no celeiro, ele esta arrasado minha filha, dá pena de ver ele daquele jeito. O meu neto ama você meu amor, ele disse que você é especial demais pra ele e tem tanto medo de te perder.

– Eu também tenho vovó, eu já sofri demais por quem não me merecia e acabei adquirindo uma insegurança que só me fez fazer burradas.

– Vai até lá e arruma isso, não deixa que a Agnes ganhe o gosto de ver vocês dois separados. - sorri para ela e dei um beijo em sua bochecha.

Corri até o celeiro e me deparei com Josh sentado em uma banco com as mãos na cabeça, senti uma dor ao vê-lo assim tão cabisbaixo. Me aproximei ainda meio receosa com a reação dele. Aos poucos fomos conversando e acabamos nos acertando. O dia já estava no fim e a vontade de voltar para casa era cada vez menor. Josh e eu arrumamos as coisas e depois fomos dar a volta por cima. Seguimos de mãos dadas para a festa onde encontramos dona Elisabeth e o Sr Willian conversando com os pais da Agnes, nos aproximamos e pude ver que ela estava junto. Josh pegou minha mão com mais força e me deu um beijo na bochecha.

– Relaxa minha princesa.

– Vou estar melhor quando fomos pra casa.

– Daqui a pouco nos vamos. – disse ele num sussurro.

– Julie e Albert. – Josh os cumprimentou.

– Ola Josh, quanto tempo não nos vemos. – disse Julie.

– Essa é a minha namorada, Isabella. – ela me olhou e continuou com seu olhar altivo.

– Já aviamos nos conhecido. – ela disse com desdém.

– Mãe, eu e a Isa já estamos voltando, amanhã temos compromisso.

– Ah meu filho, nos vamos ficar mais algumas horas.

– Tudo bem, então até mais. – Josh deu um beijo em sua mãe e um abraço em seu pai. Os cumprimentei e agradeci pela viagem. Agnes estava com uma cara muito emburrada, seus olhos ardiam em ódio, ela não conseguiu ficar muito tempo perto de nós e saiu batendo pé.

– Vamos procurar seus avos. - disse baixinho.

– Claro, até mais ver pessoal. – Josh se despediu educadamente deles e saímos abraçados.

– Viu a cara da Agnes?

– Ela estava muito brava, provável que agora vá contar tudo para minha prima.

Saímos em busca dos avos do Josh e nos despedimos. Dona Amélia e Seu George me acolheram muito bem, eu estava tão feliz em poder conhece-los de compartilhar algo bom com eles, são ótimas pessoas.

Seguimos em direção a Boston, o som do carro estava ligado e tocava Ed Sheeran - All Of The Stars. Uma paz se instalou dentro daquele veiculo, Josh olhava para a estrada e de vez em quando olhava para mim e sorria, um sorriso tão sincero, o meu sorriso. Não precisamos dizer coisa alguma naquele momento, nossos olhos e sorrisos diziam tudo, eu o escolhi e não me arrependo de nada. Ele é o meu erro, meu acerto, meu chão, minha segurança, e de uma coisa estou decidida, não importa o que aconteça, eu vou ficar ao seu lado e se algum dia nos perdemos um do outro eu o encontrarei quando olhar para o por do sol.

.....

Josh estacionou o carro no estacionamento do prédio, e meu coração estava acelerado, eu teria que encarar John e dizer toda a verdade, um medo me invadiu e suspirei fundo tomando coragem para sair do carro. Josh me olhou e pegou minha mão.

– Que foi minha loira?

– To com medo. – disse baixinho.

– Eu também, mas vamos enfrentar isso juntos? - ele acariciou meu rosto.

– Sempre. – sorri.

– Não sabemos o que vai acontecer, ou como ele vai reagir, mas o que importa é que nós estamos felizes juntos e nada pode mudar isso.

– Eu estava pensando em não contar nada por enquanto, vamos deixar a poeira baixar um pouco e daqui uns dias a gente conta,o que você acha?

– Por mim tudo bem, só não sei se vou conseguir fingir que te odeio. – ele sorriu de lado.

– Tentaremos, é só lembrar dos tempos antigos. – pisquei. – saímos do carro e Josh me deu um selinho rápido, antes olhos para os lados meio desconfiado, eu ri e ele me puxou mais para si. Abrimos o apartamento e não vimos ninguém, chamei o John mas nem sinal. Guardei minhas malas e Josh bateu na porta do meu quarto.

– Entra.

– Loira, se sabe onde o John esta?

– Tenho nem ideia, vou ligar pra ele. – peguei meu celular e disquei o numero, enquanto isso Josh me envolveu em uma abraço por trás e começou a me dar beijos no pescoço me provocando arrepios. John atendeu, mas minha concentração estava sendo afetada.

– Alôo, Isa? – disse John. – voltei a mim e respondi.

– Oi maninho, onde você esta? Já chegamos.

– To aqui na casa do Alex, os pais dele estão aqui, vem conhecer eles.

– To indo, me esperem ai.

– Estamos te esperando, não demora. - Josh roçou seu nariz em meu pescoço

– Okay. .- falei com a voz meio falha, desliguei o celular e me desvencilhei dos braços de Josh e o encarei.

– Você não facilita não é?

– E que você é irresistível minha loira. – sorri e rapidamente corei. – Sabe que eu adoro esse seu jeito de menina envergonhada, te deixa tão linda. – ele se aproximou e acariciou meu rosto.

– Você sempre diz o que pensa assim tão na cara?

– Na maioria das vezes sim. – soltei uma risada.

– Você não tem jeito. -disse balançando a cabeça.

– Até tenho, e sabe qual o melhor jeito de me deixar calado? – eu estava entendendo onde ele queria chegar.

– Até sei qual, mas agora precisamos ir. – disse o puxando.

– Ahh loira, se vai me deixar sem um beijinho? - disse ele manhoso.

– Vou, agora vamos porque se demorarmos muito o John vai achar estranho. – disse o puxando.

– Onde nos vamos? – ele bufou.

– Na casa do Alex, parece que os pais dele estão por la jantando.

– Ótimo programa. - disse com ironia. - Preferia ficar aqui quietinho com você, te fazendo carinho e cantando pra você. – ele se aproximou e fez carinho no meu rosto.

– Eu também preferia, mas você sabia que seria assim.

– O pior vai ainda esta por vir, tenho que me acostumar.

.....

Chegando na casa do Alex, batemos na porta e Megh veio atender, ela me abraçou me deu um sermão gigante, disse que isso não se faz com as amigas e que estava morrendo de saudades de mim, eu sussurrei em seu ouvido que contaria tudo mais tarde. Fomos até a sala e vi o pessoal na mesa da jantar. Corri até John e o abracei, ele retribuiu o abraço e me deu um beijo estralado.

– Estava com Saudades.

– Eu também minha loirinha.

– E de mim não estava? – Disse Alex.

– Ah meu loiro lindo, claro que estava, você sabe que a vida não tem graça sem você. – o abracei forte e ele beijou minha testa.

– Acho bom mesmo. – ele disse brincando. – Isa esses são meus pais, Dona Paloma e seu Ricardo. – olhei para eles e o cumprimentei, a mãe do Alex sorriu e me elogiou e o pai dele ficou me encarando.

Olhei pra John e ele estava conversando animadamente com o Josh. Nos sentamos na mesa e jantamos. O jantar foi incrível, muitas risadas e trocas de olhares disfarçadas entre mim e Josh. Já era tarde quando nos despedimos e fomos para casa, mas uma coisa não saia da minha mente. Porque o pai do Alex estava tão estranho perto de mim? Cheguei em casa e fui tomar um banho, vesti um moletom e fui pegar um copo de água na cozinha. Josh estava sentado no sofá e John na cozinha, passei pela sala e Josh piscou pra mim, entrei na cozinha rindo.

– Eiii da onde vem esse sorriso bobo? – disse John que me pegou no flagra.

– Tava vendo um negocio engraçado.

– Sei. – ele disse num tom de desconfiança.

– Gostei dos pais do Alex, eles vão ficar aqui por um tempo? - disse mudando de assunto rapidamente.

– Acho que até sexta, segundo o Alex.

– Huum.. sabe parece que já vi o pai dele em algum lugar, me parece familiar.

– Deve estar enganada. – John saiu da cozinha e o segui, ele se sentou no sofá e eu me sentei ao seu lado, perto do Josh.

– Dá pra ir mais pra la seu folgado. - disse olhando para o Josh, contendo o meu riso.

– Vê se me erra garota, estava aqui primeiro.

– Ahh não, de novo vocês dois? Quer saber to saindo, não da pra aguentar a briguinha de vocês.

John foi para o seu quarto e trancou a porta. Olhei para o Josh e sorri, quando fui me levantar ele me puxou me fazendo cair em seu colo.

– Tenho que ir dormir. – disse me levantando, Josh notou minha vergonha e se pós de pé.

– Desculpa, foi sem querer. – ele disse meio sem jeito.

– Não to acostumada com esses atos. – disse super envergonhada.

– Eu sei, desculpa loira, prometo que não faço mais. – ele disse cruzando os dedos e os beijou.

– Tudo bem, eu tenho que ir dormir, amanhã tenho aula cedo.

– Eh eu também, mas antes posso te pedir uma coisa? – disse ele se aproximando. Josh enroscou seus braços em minha cintura e sussurrou em meu ouvido. – eu preciso de um beijo de boa noite. – ri baixinho e cheguei perto de seu rosto e dei um selinho rápido e sai correndo. Porque se beijasse ele teria muito risco do John ver.

– Isso é maldade. – ele fez cara de coitadinho.

– Boa noite. – sussurrei.

– Boa noite minha loira.

Entrei em meu quarto e pulei na cama, puxei o cobertor e me deitei. Meu celular vibrou e era uma mensagem.

Não sei o que vou fazer pra esconder o que sinto por você, toda vez que te vejo não consigo esconder o sorriso que brota em mim.

Boa noite, minha loira.

Josh


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Notas finais do capítulo

O que estão achando meninas?
Esses dois estão no maior love não acham?
Será que eles vão dar muito na cara? Não sei não, essa história pode não acabar dando muito certo, kkkk

Beijooos ♥♥♥