Atraídos por acaso escrita por Line Freitas


Capítulo 38
Cutucando as feridas do passado parte III


Notas iniciais do capítulo

Oláaa meninas, tudo bem com vocês?

Ca estou eu postando mais um capitulo fresquinho recheado de emoções... Venho dizer que não me matem no final do capitulo e que entendam a personagem, a Isa, volto a dizer, é insegura pois sofreu muitooo na vida e tem medo de entregar o coração dela a pessoa errada, o Josh não foi um bom exemplo de garoto certo, não é? Peço que compreendam ela e que não a julguem.

Espero que gostem do capitulo de Hoje, e que nos próximos vai ser mais chocantes...
beijos e boa leitura.



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Isabella

Definir o dia de hoje seria difícil pois desde o começo foi muito intenso. Ao acordar li um bilhete carinhoso escrito por Josh.

Descobri que a coisa mais linda e radiante do dia não era o sol como eu pensava, era o seu sorriso.

Josh Harris.

Preciso nem dizer que quase derreti toda? Isso foi a parte boa, a pior parte foi ver Agnes no celeiro com Josh, aquela coisa estava se oferecendo pra o meu JOSH!!! Como ela é sem vergonha da pior espécie, piranha! Depois que Josh me explicou e me deu o beijo mais maravilhoso do mundo nos saímos para dar uma volta na cidade, pois segundo ele disse que teríamos um casamento á tarde e que ele tinha esquecido. Andamos pela pequena cidade em busca do terno ideal e do vestido perfeito, já que eu só tinha trago roupas simples. Entramos em uma loja um tanto sofisticada, diria que era a mais bonita da cidade. Josh já havia comprado o terno, e digamos que ele ficou muito gato dentro dele. Olhei na arara da loja e encontrei alguns vestidos que me agradasse, fui para o provador e vesti o primeiro, não gostei, vesti o segundo e não tinha o caimento legal, mas quando coloquei o último ele caiu perfeitamente no meu corpo. Josh me chamou.

– Loira ta viva? – disse Josh.

– Já estou saindo. – sai do provador e fiquei em sua frente, ele me olhou fixamente. – E ai o que acha? – disse olhando para o vestido.

– Eu acho que você vai chamar mais atenção que a noiva. – disse ele sorrindo.

– Então vou tirar. – Josh se aproximou e pegou a minha mão.

– Vai com esse, esta tão linda.

– Ta bem. – olhei para a vendedora e disse que iria levar.

....

O casamento seria a tarde e ao meio dia a família dele viria a casa da vovó para almoçar, isso quer dizer que eu serei o centro das atenções. Tomei um banho rápido e vesti um short jeans e uma blusa do Mikey e desci. Josh estava conversando com os familiares dele e quando me viu sorriu e exticou a mão para que eu pegasse.

– Gente essa aqui é a Isabella, minha... – ele parou e me olhou, seu olhar estava confuso.

– Minha nora linda. – gritou Elisabeth vindo da cozinha. – Já te apresentaram?

– Já sim. – sorri envergonhada.

Não tinha muita gente, apenas dois tios do Josh, algumas crianças, os noivos e um primo do Josh.

– Prazer pessoal. – disse tímida.

– Então você é a famosa Isabella Wang? – disse um garoto de cabelos escuros e olhos claros.

– Famosa? Não sei se me classifico assim. - disse rindo.

– Famosa pra nós, pois nunca imaginaríamos que o Josh conseguiria uma mulher tão bela e simpática. – ele disse rindo.

– Não sou você primo. – disse Josh o provocando.

– Nem que eu procurasse a menina mais bela aqui da cidade chegaria aos pés de você Isabella. – meu rosto rapidamente ficou vermelho. Josh não parava de rir, peguei a sua mão e o belisquei, ele me olhou e sorriu debochado.

– Obrigado pelo elogio primo, mas agora vamos almoçar que a comida da vovó esta cheirando.

O almoço inteiro foi maravilhoso, cheio de risadas e histórias engraçadas, me diverti muito ouvindo os casos dos meninos quando eram menores. Mas como nem tudo era doce tinha algo que me incomodou, a noiva. Ela não foi muito com a minha cara desde o inicio, nem me cumprimentou e ainda por cima ficou me encarando com uma cara de nojenta o almoço inteiro. Me levantei e fui para a sala pegar meu celular quando sinto alguém me puxar pelo braço.

– Só vou te dar um aviso, se você pensa que vai destruir o meu plano de juntar a Agnes com o Josh esta enganada, pois eles vão ficar juntos, e se eu tiver que dar um jeito em você não vou medir esforços, esta me entendendo? – Ela me olhava furiosa e apertava meu braço. Me soltei e olhei bem em seus olhos.

– Você é desprezível, não sei como seu noivo te aguenta sua cobra. E pode tentar qualquer coisa, pois não vai conseguir me tirar dele. – dei as costas para ela e sai andando indignada. Josh estava de pé perto da porta e corri e o abracei forte.

– Esta gostando? – disse ele sorrindo.

– Claro, mas seria melhor se a gente saísse um pouco daqui, o que acha? – disse tentando disfarçar, pois estava muito brava.

– Quer ir onde? – disse ele curioso.

– No seu lugar preferido da fazenda.

– Então sobe, pega uma toalha e eu vou pegar uns mantimentos. – ele pisou pra mim e eu subi correndo para pegar o que ele pediu.

Josh avisou que iríamos dar uma volta pela fazenda e que em uma hora estaríamos de volta. Montamos no coragem e seguimos em direção a imensidão dos campos verdes. Descemos do cavalo e seguimos um caminho em uma trilha, em poucos minutos chegamos em uma cachoeira? A água era tão limpa que não parecia ser real. Largamos nossas coisas nas pedras e nos sentamos no chão admirando as águas que caiam sobre as pedras.

– Tirando o meu quarto, esse é o meu lugar preferido da fazenda.

– É realmente lindo. – disse olhando para o reflexo do céu que batia em contraste com a água.

– Esse lugar me traz lembranças boas e ruins ao mesmo tempo.

– Aqui que você conheceu ela? – ele me olhou surpreso ao ver a descoberta.

– Foi. – disse ele com um olhar distante.

– É difícil enfrentar o passado. – ele derrepente ficou distante. – Desculpa prometo que não falo mais disso, desculpa ter te lembrado. – ele olhou pra mim e sorriu fraco.

– Pode me perguntar qualquer coisa, não vou te esconder nada.

– Okay, só tenho algumas curiosidades.

– Vai em frente, eu também tenho. – ele sorriu debochadamente.

– Como vocês se conheceram?

– Aqui, era uma sexta feira de tarde, estava cansado de ficar em casa e resolvi vir tomar um banho de cachoeira, então eu a vi. – assenti.

– Agora sua vez. – sorri.

– O Patrick te fez muito mal, você o perdoou?

– Sim. – disse convicta. – ele me olhou desconfiado.

– Há uma regra no jogo viu? Não pode mentir.

– Isso é um jogo? - o olhei o desafiando.

– Não era, mas agora esta sendo. - ele retribuiu o olhar.

– Okay, minha vez.

– Ficou aquele cafajeste por causa dela? – ele riu alto.

– Que pergunta é essa loira? – disse ele em meio a risada.

– Responde.

– Ela foi um dos meus motivos, suponho ser o maior. - Agora é a minha vez, essa é relacionada a mim – ele riu. – O que achou de mim quando me conheceu?

– Serio mesmo? – o olhei seria.

– Manda a ver.

– Você que pediu. Eu te achei o pior cara da face da terra, tirando o Patrick é claro. Você era arrogante, mal educado, egocêntrico e metido. – ele se fingiu de ofendido. – Verdade nua e crua meu bem, minha vez. – disse rindo. – Você se arrepende das suas decisões? – ele olhou para a cachoeira por alguns instantes e depois fitou meus olhos.

– Nenhum pouco. – ele sorriu de lado e abaixou a cabeça. – Só me arrependo de não ter ido a uma viajem com o John pra França, assim eu teria te conhecido antes. – corei levemente. – Então, quero te fazer uma pergunta, na verdade eu to com maior medo de te perguntar isso, mas vou arriscar. – ele se aproximou mais e ficamos frente a frente, ele fitou o chão por alguns instantes e depois voltou a me olhar. – O que você sente por mim? – disse ele fitando meus olhos.

E agora? Respira, respira, e respira, como se faz isso mesmo? Eu estava tendo um ataque, sim com apenas uma simples pergunta, no qual eu não esperava. E agora, o que responder? Me deixar levar pelo que eu sinto ou deixar a razão falar mais forte? Meus batimentos estavam acelerados, ainda mais com dois pares de olhos azuis me encarando. Josh estava esperançoso, assim como uma criança no natal quando recebe os presentes. Abri a boca por um instante, mas rapidamente fechei. Não conseguia encontrar palavras para descrever o que eu senti por ele. Não era atração, nem paixão, era algo maior, não podia pensar na hipótese dele sumir da minha vida. Todas as noites dormia com a imagem do seu sorriso estampado em minha mente. – sorri involuntariamente ao lembrar.

– Posso ser sincera com você? – disse baixinho. – ele assentiu. – Eu não sei o que sinto por você. – ele ficou serio e abaixou a cabeça. – peguei seu rosto e levantei e olhei bem nos seus olhos. – mas de uma coisa eu sei, que eu nunca senti esse sentimento por ninguém, e estou louca pra descobrir o que é. – ele abriu o sorriso mais encantador do mundo.

– Que coincidência, eu também quero muito descobrir o que se passa aqui quando eu to do seu lado. – ele pegou minha mão e colocou sobre o seu peito, seu coração batia em um ritmo rápido.

Josh olhou em meus olhos e fixou seu olhar na minha boca, peguei seu rosto e diminui a pequena distância que existia entre nós. Seu beijo era delicioso, me levava para um mundo onde só existia nos dois. Tudo nele era perfeito, seu beijo, seu carinho, seus toques, ele me tratava com cuidado, como se eu fosse me quebrar. Momento algum ele passou o sinal vermelho, diferente dos outros caras. Quando eu me toquei que o beijo estava ficando intenso demais pra mim, fui dando selinhos carinhosos nele e paramos. – ambos ofegantes, por conta do ar.

– Preciso de água. – ele disse. – Josh tomou uma garrafinha de água, tirou a camisa e pulou na cachoeira. – Vem loira, a água esta mô gostosa.

– Não gosto muito de água assim, prefiro ficar quietinha aqui, lembra o dia da praia?

– Não sabe nadar né? Eu te pego, vem. – disse ele falando manhoso.

– Okay. – Josh me pegou e ficamos brincando com a água, ele me largou ao poucos e fui me acostumando com a água.

A cachoeira não era agitada, pelo contrario, era calmíssima. Ficamos mais algum tempo naquela tranquilidade, não precisávamos dizer nada, apenas com a troca de olhares nos entendíamos. O lugar era fantástico, a viagem estava sendo incrível, mas hoje era meu último dia, e tudo voltaria ao normal, inclusive nós dois. Saimos da água e nos secamos, pegamos nossas coisas e voltamos para casa cantando. O clima entre nos dois estava perfeito, tudo em seu devido lugar.

.....

Depois de um longo banho, vesti meu vestido que caiu perfeitamente sobre a minha cintura, calcei um sapato dourado de salto e prendi meu cabelo de lado, fiz uma make no capricho, coloquei uns acessórios e passei um perfume. Ouvi duas batidas na porta e abri ainda colocando o brinco na orelha. Josh ficou parado na porta me olhando com um sorriso bobo.

– Que foi? Ta ruim assim? – disse olhando para meu vestido. – Já sei esta exagerado demais. – Josh se aproximou.

– Loira, se dessa vez você queria me impressionar você conseguiu. Serio, se tem que parar com isso, desse jeito eu não resisto. – Josh me roubou um beijo. – Você borrou meu batom. – disse entre selinhos.

– E você roubou o meu ar. – sorri e fui no banheiro retocar o batom. – meu celular começou a tocar, peguei ele e atendi.

– Oi maninha, esqueceu que tem um irmão? – Disse John.

– Nem se eu quisesse eu esqueceria. – e era verdade, minha mente me lalertava disso a cada hora.

– Senti um pouco de ironia na sua voz? Estou enganado?

– Que isso, só impressão sua.

– Quando vai voltar?

– Hoje ainda, mais a noite chegamos por ai.

– E o Josh, ta se comportando? - ele mudou o tom de voz, sabia muito bem do que se tratava.

– Olha acho que sim. – disse com desdém na voz. – Odiava mentir para meu irmão, mas não faço ideia como contar a ele que estamos tendo algo.

– Soube que vai ter o casamento da prima do Josh, ele vai ser padrinho né?

– Sobre o casamento sim, daqui a pouco vamos pra lá.

– Ata, só liguei pra saber como vai tudo, estou aqui na casa do Alex com as meninas, estamos vendo um filme.

– Manda beijo pra elas.

– Pode deixar, até mais minha loirinha.

– Até John.- Desliguei o celular e olhei para o Josh.

– Que história é essa de padrinho?

– Eeeh... eu iria te contar...

– Sabia que tinha algo.

– Minha loira se eu te contasse você iria brigar comigo.

– E porque eu brigaria?

– Porque a minha prima me colocou como o par da Agnes. - disse ele bem baixinho, mas mesmo assim consegui ouvir.

– Ta brincando não é? - o encarei.

– Não, mas eu já combinei com uma amiga minha que vai ser madrinha também que na hora que a gente for entrar a gente troca de par.

– Muito bem, porque se você fosse fazer par com ela Josh Harris. – disse me aproximando dele e o ameaçando com uma escova de cabelo. – eu teria que fazer par com o seu priminho lindo que estaria sozinho sem parceira. – Josh se sentou na cama, colocou os braços pra trás e riu alto. Debochado esse menino!

– Nem nos sonhos dele que aquele idiota vai ter a minha mulher. – disse ele todo convicto.

– Hahaaa, ta se achando meu dono? – o olhei desafiando.

– Eu já sou seu e você é minha. – ele esticou a mão pra mim e eu peguei. Josh se pós de pé e ficou me encarando. – só minha. – disse ele fazendo carinho em meu rosto.

– Com licença casal. – disse Dona Amélia.

– Oi vovó. – Disse Josh que foi beija-la.

– Desculpa atrapalhar vocês, mas o padrinho tem que ir, esta na hora.

– Claro, vamos. – sorri.

.....

Sabe aquela cena em que você quase morre de rir? Acabei de ver quando Josh entrou na igreja e trocou de par com a amiga dele. Agnes ficou com a cara la no chão, só faltou chorar e eu estava me aguentando para não rir mais. Ficamos esperando cerca de 40 minutos e a noiva/bruxa apareceu, seu vestido era incrível, na verdade tudo estava muito lindo, desde a recepção até a decoração. Os pais de Josh estavam sentados ao meu lado, e só olhavam para o Josh e sorriam, deveriam ter orgulho dele. Depois da cerimônia que não foi emocionante, pois não senti amor vindo da parte da noiva, o casamento terminou e fomos para a festa. Segui a vovó Amélia e o seu George e fiquei esperando o Josh que não havia aparecido. Estava ficando um pouco impaciente, droga de insegurança! Vê se me deixa... Fui pegar uma bebida e me sentei no bar, onde os garçons serviam as bebidas.

– Isabella? Já te falaram que a sua beleza roubou a atenção aqui da cidade? – disse o Antony, primo do Josh.

– Obrigado Antony, muito cavalheiro da sua parte.

– Sabe eu acho que o Josh não te merece, uma menina tão linda e fiel com um cara sem vergonha e cafajeste que nem ele.

– Isso sou eu quem decide, não acha? – Okay, eu fui grossa, mas to cansada de todo mundo falar isso do Josh, ele mudou. Será que ninguém viu isso?

– Tira a prova real gata, ele e a Agnes estão se pegando atrás da igreja.

– Não acredito nas suas mentiras.

– Eu não estou vendo ele aqui e muito menos a Agnes, não acha suspeito?

– Não venha me envenenar. – disse entre dentes.

– Se quiser provas vai la e veja com seus próprios olhos.

Insegurança? Desconfiança? Curiosidade? Eu estava aflita, não vou negar, cada minuto que passava era uma agonia para mim. Comecei a caminhar pelo pátio e ouvi algumas vozes, fui me aproximando e me escondi atrás de um arbusto.

Você sempre me quis, não nega Josh.

– Não fala besteira Agnes, pra mim você é passado.

– Eu vi o bilhete que deixou pra mim ontem a noite, também não te esqueci, sabia que aquela loira aguada não te daria o que eu te dou.

– Você esta ficando louca? Não deixei nada pra você.

– Não mente pra mim você não superou o que aconteceu entre nos e nem eu– Ouvi um silêncio e espiei, quando coloquei meus olhos naquela cena, meu mundo caiu. Josh e Agnes estavam se beijando, sai correndo de lá e me escorei do lado de um alicerce, ás lagrimas involuntariamente caíram sobre o meu rosto. Não poderia ver que tudo aquilo estava acontecendo bem aqui na minha frente, Josh foi tão perfeito, não poderia ser real. Enxuguei minhas lágrimas e sai daquele lugar. Passei correndo por dona Amélia e ela veio atrás de mim.

– Minha filha o que aconteceu? Porque esta chorando assim? – disse ela se sentando ao meu lado em um banco longe da festa.

– O Josh. – disse entre o choro. – ele é horrível. – ás lagrimas caiam sem parar.

– O que ele fez?

– Eu quero ir embora.

– Calma minha filha, me conta o que aconteceu? – limpei minhas lágrimas que insistiam em cair.

– Ele beijou a Agnes.

– Como assim? Ele não pode ter feito isso.

– Ele fez vovó, eu vi. – chorei mais um pouco.

– Não minha filha ele não pode ter feito isso, ele te ama.

– Não me ama, ele me fez de idiota, nunca mais quero vê-lo novamente.

– Isabella, se acalma, vai até a minha casa e se acalma, depois aparece aqui. Só não vou com você porque se não a família vai desconfiar e não quero espalhar esse desentendimento de vocês.

– Obrigado vovó, mas eu vou embora.

– Você que sabe minha querida, só te peço que converse com ele. Nunca vi meu neto tão feliz, ele anda até cantando novamente. Não desperdiça essa oportunidade que a vida te dá meu amor. Promete que vai pensar?

– Prometo. – ela me deu um beijo na bochecha e saiu.

Corri para casa e coloquei minhas coisas em minha mala, quando estava pegando os meus sapatos a porta do quarto se abre num estrondo. Olho para trás e vejo Josh com a roupa toda suja e rasgada, havia um pouco de sangue em sua blusa e ele estava chorando? É isso mesmo?

– Isa, por favor me escuta. – disse ele desesperado.

– Não tenho que escutar nada, já vi o suficiente. – fechei a mala.

– Por favor me escuta, você entendeu errado, não é aquilo que esta pen....

– Não é Josh? Eu vi com meus próprios olhos, vocês se beijando. – lagrimas saíram de meus olhos.

– Ela me agarrou Isa, você não esta entendendo, por favor não chora. – disse ele se aproximando.

– Não chega perto de mim, eu não quero que você toque em mim, seu cretino. – lágrimas e mais lágrimas escorriam sobre meu rosto.

– Deixa eu te explicar, por favor.

– Não quero ouvir nada de você, pra mim já deu. – disse pegando minha mala.

– Você não vai ir sem antes eu te explicar. – ele fechou a porta me impedindo de passar.

– Sai da porta agora. – disse brava.

– Você pode me insultar do que quiser, pode me bater, mas não vou te deixar passar por essa porta sem antes você ouvir tudo que eu tenho pra falar.

– Foi o Antony,a Agnes e a minha prima eles armaram pra mim. Ele armou com a minha prima a história toda, desde eu ser padrinho e ter a Agnes como par até a história do bilhete e sabe porque tudo isso? Por inveja pois eu sempre tive o melhor e ele não. Meus pais apesar de longe, sempre me amaram, tive a vovó que me criou quando criança, sempre tive brinquedos melhores e quando passei a ficar adolescente, eu era o menino mais bonito da escola e sempre conseguia a namorada mais atraente. Já a minha prima só fez isso porque é amiga da Agnes, elas são da mesma especie, mando de vadias. Na verdade sempre soube que o Antony tinha injeva minha, mas agora o cara passou dos limites, colocou a mim contra você só pra conseguir uma vingança boba de criança. Eu juro pra você que eu não beijei ela, a garota que me beijou. – ele falava tudo aquilo com tanta sinceridade que dava até para ser verdade. – Eu juro pra você eu nunca faria isso por você loira, eu gosto muito de você, tanto que até chega ser desesperador. – sorri fraco.

– Não sei se acredito em você.

– Olha pra mim. – olhei em seus olhos e vi sinceridade, ele estava com os olhos marejados. – Eu nunca faria isso, por favor acredita em mim? – Josh se aproximou um pouco de mim e eu recuei para trás.

– Então porque esta assim todo acabado?

– Eu bati no Antony, ele veio com um papinho de que você era muito areia pro meu caminhão e que eu não poderia ter tudo isso. Discutimos e ele acabou confessando que ele tinha inveja de mim e que eu não passava de um fracassado. Ai saquei a história do bilhete misterioso. Brigamos e acabei ficando assim, mas tenho uma boa noticia, o casamento continuou. – ele sorriu, mas um sorriso meio triste. – Você ainda não acredita em mim loira?

– Não sei em o que acreditar Josh, eu já sofri tanto por amor que meu coração ficou calejado. – ele me olhou com aquele olhar carinhoso.

– Eu não faria isso Isa, acredita em mim. O que eu posso fazer pra você acreditar? Juro que me rastejo no chão se for necessário.

– Seria uma boa ideia, mas não sou tão má assim. – sorri pela primeira vez. – Só peço que me deixe sozinha hoje pra pensar, to de cabeça cheia.

– Eu te entendo, só por favor não vai embora agora.

– Não vou, só quero ficar sozinha pra pensar. – ele olhou para o chão e depois pra mim, seu olhar era triste, ele caminhou lentamente até a porta e saiu.

Me joguei na cama e várias coisas passaram em minha mente, mas a principal delas martelava constantemente. – os seus olhos me dizem a verdade. Josh é totalmente transparente comigo, agora que o conheci de verdade vejo o homem que ele realmente é. Meu coração doía só de lembrar dos seus olhos desesperados e cheios de lágrimas, mas o lado da razão me contrariava lembrando do dia em que o John me disse. - ele não é o cara que sonhei pra você, não se iluda, eu o conheço muito bem, melhor que você. Emoção e razão? Qual lado devo seguir?


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