Aprendizes de Assassinos-Creepypasta Interativa escrita por Slendon6336


Capítulo 9
#8 Vou te Dar uma Escolha


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, me desculpem a demora, mas não me taquem tijolos ou coisas do gênero. Fiquei com bloqueio de criatividade e comecei a segunda temporada de outra fic minha, o que só colaborou com o atraso desta. Mas não digam que eu não avisei!
Bem, este capítulo é mais um focado no Lawlliet, porque ele é meu personagem e tem prioridades, lide com isso (u.ü). Sem contar que foi bem mais fácil assim. Nos próximos prometo trazer um pouco mais dos personagens das fichas.
~Boa Leitura o/



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[Primeira Pessoa]

Passou-se um mês e meio e Jeff não me deu descanso desde então. Minha rotina passou a ser baseada em: Acordar; comer o que achar; treinar, treinar, treinar, treinar e treinar! Até sobrar algumas poucas horas para tirar um cochilo. Eu caía exausto no colchão ao início da manhã, quando tudo acabava, para acordar às dez horas ou entorno de.

Agora, se você me perguntar quantas pessoas já matei até hoje sob os olhos rigorosos de Jeff, eu não saberia te responder. Foram uma atrás da outra, todas eram mulheres de programa, mas mesmo assim, de jeito ou de outro, meu mestre rejeitava tudo (ABSOLUTAMENTE tudo) que eu fazia. Até parecia que me odiava. Mal tinha paciência para ensinar, apenas analisava e soltava um: “Cada dia você fica pior”, ou então “Até minha avó com paralisia conseguiria melhor”. Eu ficava muito irritado com isso. Muito mesmo.

Azar, não podia fazer nada. Eu não conseguia matar com a facilidade dele. Era como se tirar vidas de pessoas fosse de extremo prazer para Jeff, todavia eu tinha quase vontade de vomitar com tudo aquilo e me perguntava como diabos eu consegui fazer o mesmo antes.

Hoje meu mestre sumiu como já fizera mil vezes antes, e me deixou perto do internato que eu costumava ficar. Lembrei-me da promessa que fiz para o Tatsuya e de repente meu peito pesou o dobro do que eu estava acostumado.

“Uma visitinha não vai fazer mal, não é mesmo?”, pensei. Todas as vezes que Jeff me largava aqui, eu observava de longe meu antigo amigo, porém desta vez a saudade me fez querer ir falar com ele.

Quando dei por mim, estava saltando o muro que cercava o internato e procurei pelo ruivo dentro do campus. Demorou um pouco até que eu o avistasse sentado em uma mureta, lendo um livro. Aproximei-me cauteloso, não querendo ser visto. Sabe aquela brincadeira extremamente infantil de tampar os olhos de uma pessoa por trás e indagar quem era? Então, era exatamente isso que eu fiz.

— E-eu não faço ideia — Tatsuya respondeu, tirando minhas mãos da frente de seus olhos. Quando estes se cruzaram com os meus, ele os arregalou, surpreso. A expressão dele me divertiu, e eu sorri abertamente, sendo retribuído — Cara! Eu não estou te vendo de verdade! Lawlliet, socorro, tô tendo alucinações e sou muito novo para isso!

Dei-lhe um forte abraço, descarregando algumas tapas firmes em suas costas.

— Resolvi tomar vergonha na cara e vir de dar notícias — Falei sem conseguir tirar o sorriso do rosto.

— Você tá diferente — Ele comentou, quando nos afastamos. Seus olhos pousavam em minha face, o que me levou a concluir o que ele queria dizer.

Virei o rosto, de modo que ele pudesse me ver de perfil e mordi fortemente o ar, mostrando aquela estranha “tatuagem” que fiz há uns dias atrás. Feita para imitar uma boca rasgada com dentes pontiagudos.

— Que. Da. Hora. — Falou pausadamente o ruivo, de queixo caído — Com que tipo de gente você anda se relacionando Law? Até parece bem melhor do que era antes.

— Cara, se você soubesse a vontade que eu estava de voltar para cá. Ao contrário do que você pensa, as coisas estão indo de mal a pior.

— Como assim?

— Ah, esquece, você não iria acreditar — Dei de ombros.

— Fala! — Insistiu ele.

— Já disse para esquecer — Resisti calmamente.

Tatsuya suspirou, vencido. Sentamos nós dois na mureta. O sol já estava se pondo e a cor alaranjada fazia os cabelos de meu amigo ficar ainda mais ardentes. Nem dava para acreditar que aquilo era natural.

— Como ficou as coisas depois de você sabe o quê? — Eu quis saber.

— Um caos. Veio polícia, parentes, o prefeito, o Papa, até o FBI...

— Sério? — Indaguei desacreditando. Ele riu.

— Não — Acabamos rindo juntos.

Era bom poder sentir essa sensação novamente, de ser alguém normal. Sem ter de se preocupar com guerras e afins. Eu gostava pra caramba do Tatsuya, acho que isso não é novidade para ninguém. Se pudesse, largaria a bosta toda e voltava a ter minha vida comum com ele, jogando videogame escondido, aprontando com as coisas dos professores, fugindo do colégio de vez ou outra... Ah, mano, mas que nostalgia!

— Pirralho — Ouvi aquela familiarizada voz áspera passar pelos meus ouvidos. Olhei para trás e encontrei Jeff ali, quase rosnando — Que porra você está fazendo aí?!

Tatsuya deu um pulo no lugar. Até eu daria ao ver aquela figura deformada atrás de mim.

— Estou conversando com o meu amigo, não pode nem isso mais? — Indaguei ainda calmo.

— Quantas malditas vezes eu vou ter que falar para você não sair de um lugar que eu mandei você ficar? — Rosnava e apertava o cabo de sua faca. Quando os olhos do ruivo ao meu lado pararam na lâmina, começou a temer por sua vida, engolindo em seco.

— Você não é a minha babá — Respondi friamente. Naquela hora sim meu mestre se irritou, pegando-me agressivamente pelo pulso e praticamente me arrastando de lá. Tentei resistir, porém ele era mais forte que a mim.

Só me soltou em um empurrão quando chegamos ao nosso campo de treinamento. Naquela hora, quem estava irado era eu.

— O que pensa que eu sou para ficar me arrastando para lá e para cá quando bem entende? — Indaguei, quase gritando.

— Eu sou o teu mestre garoto — Apontou o dedo para mim, se aproximando em passos pesados — Exijo respeito...

— Quer respeito? Aqui vai o teu respeito — O cortei, mostrando o dedo do meio em um gesto obsceno. Estava voltando para o internato quando o moreno saltou sobre mim. Ficamos lutando no chão por um tempo, levei muitos socos e chutes, todavia não fiquei para trás também. Acho que Jeff perdeu toda a paciência, pois fincou a sua faca do lado da minha cabeça, quase acertando meu rosto violentamente. Parei de me debater na hora. Ele realmente tentou me matar? TENTOU MESMO?

Ele estava ofegante, segurando meus braços e prendendo minhas pernas com seu corpo. Já havia aprendido essa técnica de imobilização antes. Com a mão livre, ele jogou o cabelo negro que tampava sua visão para trás, e me encarou fixamente nos olhos.

— Até agora tenho tolerado todos os seus erros e esperado pacientemente por um bom progresso seu, moleque — Sua voz saiu baixa e rouca — Mas ultimamente você anda me dando vontade de jogar tudo pro alto e te matar da forma mais dolorosa possível.

Engoli em seco. Havia me esquecido completamente de como Jeff podia ser assustador.

— Você pediu minha ajuda — Lembrou-me — Mas francamente, você não parece quer.

Com isso saiu de cima de mim, apanhando sua faca fincada no chão de terra.

Aquilo me deixou extremamente culpado. Sentei-me no chão e o encarei de costas.

— Vou te dar uma escolha, Blake — Droga! Ele chamou pelo sobrenome. Detesto quando ele faz isso — Se quer voltar para aquele cabeça de fósforo, agora é a sua chance. Não ligo em lutar sozinho na Guerra, melhor só do que com uma mala sem alça. Mas se quer continuar aqui, comigo, prove o porquê eu devo te dar outra chance.

O quê?


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Notas finais do capítulo

Comentem porque eu respondo tudinho agora. Claro que se você me mandar um bilhete te responderei com um bilhete e se você me enviar um 'texto' eu te respondo com um texto. Se estiver favoritando ou recomendando estará me ajudando MUITO. Obrigado para quem leu e espero que tenham gostado. o/