Scorose- I Will Love You escrita por BTShiver


Capítulo 24
Probems in the Paradise


Notas iniciais do capítulo

Eu estou realmente muito mal nesse exato minuto. Muito mal mesmo. Então agradeçam ao meu pai mor me deixar nesse estado, porque ele me deu inspiração para este capítulo. Mais que inspiração, aquela criatura de Húbres me deu a situação de boa vontade, sem eu nem mesmo pedir.
Sei que demorei, mas a minha vida está meio que um inferno ultimamente. Meu tempo está realmente reduzido, minhas notas estão baixando e ainda tenho que suportar problemas em casa.
Como vêem, eu estou no paraíso.
Espero que gostem e não me matem pelo capítulo.
W.S.



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Minha busca foi interrompida quando dei de cara com um certo ruivo maldito chamado Ronald. Ele estava de costas para mim, que estava pronta para dar as costas e sair, porém fui impedida por uma mão em meu pulso.

– Rose! - era minha mãe. Ela estava belíssima em um vestido marfim deslumbrante. Antes que eu pudesse responder, Ronald virou-se para me encarar. Seus olhos mostravam apenas desdém.

– Olhem se não é a nova Malfoy da família. Roupas deles, joias deles, cabelo arrumado por eles, o jeito deles... Está perdida. Nunca pensei que pudesse criar uma pessoa tão deplorável a ponto de se distanciar da própria família para se abrigar à favor na casa dos inimigos. Realmente, tenho vergonha de me lembrar que criei alguém assim.

Não sei o que aconteceu comigo, mas cada palavra que saia da boca daquele traste parecia como uma faca em meu coração. Não sabia o motivo, mas aquilo me feria muito. Senti as lágrimas querendo aparecer, mas me controlei. Não daria esse gostinho a ele. Não mesmo.

Antes mesmo que eu pudesse pensar em uma reação adequada, a voz de Hermione se fez ouvir:

– RONALD BILIUS WEASLEY! Como ousa falar algo assim?! - as pessoas que estavam ao redor começaram a observar a cena. - Você vai se ver comigo em casa. - ela resmungou a última parte. A essa hora eu já não estava mais conseguindo controlar muito bem as lágrimas, então desatei a correr o mais rápido que os saltos deixavam em direção às escadas. Todos veriam a minha saída apressada, mas foda-se. Não estava com cabeça para calcular consequências. Ouvi meu nome ser gritado pela voz de Hermione, mas não parei e nem desacelerei.

Não tardei a chegar no quarto. Lancei um Colloportus na porta e Abaffiatos em todas as saídas possíveis, até que o meu quarto ficasse inacessível a qualquer um. Deixei que as lágrimas corressem livres pela minha face e comecei a tirar aquele vestido. Arranquei os sapatos, tirei os penduricalhos do cabelo e as joias.

Vesti um pijama leve e joguei-me na cama, ainda em lágrimas. Olhei-me no espelho da penteadeira e vi uma pessoa deplorável me encarando de volta.

Fiquei com raiva de mim mesma. Por que estava chorando por algo tão bobo? Ele sempre me criticou. Não era agora que eu estava morando com a família do seu pior inimigo que ele pararia de me criticar.

– Para de chorar, sua idiota. - disse a mim mesma, mas não conseguia parar. - Que inferno! - dei um soco inútil na cabeceira da cama, apenas me deixando com dor nos dedos.

"É sempre assim" pensei com os meus botões. "Ele me critica, eu tenho uma crise de choro e... E aquela coisa que me recuso a sequer pensar no nome e depois tento me adequar ao que ele quer. Exatamente quando ele disse que eu estava gorda e eu parei de comer qualquer coisa substancial até que minha mãe percebeu que algo estava errado e me fez voltar a comer."

Mas eu não me deixaria abalar dessa vez. Não deixaria o ciclo reiniciar. Não precisaria dos remédios. Eu estava curada. Nunca mais havia precisado de nada daquilo.

Conjurei um chá calmante e bebi-o. Tomei um banho quente e deitei-me na cama sobre uma montanha de cobertas. Estava quase adormecendo quando ouvi batidas fortes na porta.

– Rose, o que aconteceu? - era a voz da Violet. Tirei o Abaffiato para que ela pudesse ouvir a resposta.

– Nada. Eu só estava passando mal. Agora estou melhor. Agora vaza. - falei. Ela bufou do lado de fora.

– Abre a porta. Eu sei que você não sairia correndo daquele jeito só porque estava passando mal. Nem o idiota do Albus acreditaria em algo assim. - ela retrucou. Foi a minha vez de bufar.

– Eu quero ficar sozinha. Volte amanhã ou, de preferência, nunca. - eu realmente não estava com paciência.

– Você quem pediu. Eu esperava que você me deixasse entrar, mais acho que vou ter que apelar. - ouvi seus passos se afastando e depois ouvi-os voltando porém ela estava acompanhada de, pelo menos, mais duas pessoas.

– Rose Jane Granger Weasley, abra essa porta agora mesmo ou eu vou lançar um Bombarda nessa porra! - era a voz do meu querido primo Albus.

– Eu poderia discordar dele, mas se você não abrir essa porta em dez segundos pode crer que eu mesmo vou lançar o feitiço! - e agora a Doninha Jr estava no meio. Perfeito.

– Vazem da minha porta, vadias! Eu quero ficar sozinha, já disse! que inferno! - era legal ter pessoas se importando comigo, mas não quando eu não queria companhia.

– Dez... Nove... Oito... Sete... Seis... Cinco... Rose, eu já estou com a varinha na mão. Anda logo ou eu farei mesmo. - era o Albus. Ele esperou mais um pouco e depois recomeçou a contar - Quatro... Três... Dois... - houve uma pausa maior - Um... Bomb... - o jegue ia mesmo fazer aquilo. Eu intervi antes que ele terminasse de recitar o feitiço.

– Tudo bem, chega! não quero lascas de porta no meu quarto! - abri a maldita porta e vi todos ainda arrumados me olhando com preocupação.

– V-você estava chorando? - Violet gaguejou ao falar. Ela com certeza notou meus olhos vermelhos e inchados, sem falar no nariz escarlate. Era tão surreal assim me ver fraquejando?

– Eu acho que estou ficado resfriada, só isso. - menti. Não gostava de chorar e, mais ainda, não gostava que pessoas soubessem que eu tinha fraquejado a esse ponto.

– Eu te conheço, Rose. Sei que essa é a sua ara pós-choro e a sua voz ainda está um pouco embargada. Vamos, desembucha. - Albus sempre foi tão delicado...

– Certo, eu chorei. Mas isso não é um grupo de apoio pra eu ficar falando dos meus problemas. - eu falei.

– Na verdade, eu acho que amigos servem pra isso mesmo. Agora fala, Rose. - essa foi a vez de Scorpius. Ele era o mais preocupado dos três e isso era visível na angústia em seus olhos.

P.O.V. Scorpius

Eu estava conversando com o meu pai quando ouvi alguém chamando o nome da Rose. Virei-me para a direção do som e pude ver uma cabeleira ruiva correndo escadas acima. Fiquei preocupado, mas nesse momento um amigo grudento do meu pai apareceu e começou a falar comigo. Ele era íntimo do meu pai e editor chefe do Profeta Diário e Draco já havia deixado claro que precisava da amizade daquele homem. Eu não encontrava oportunidades para dispensá-lo e minha cabeça estava no motivo de Rose ter saído correndo daquele jeito. O que poderia ter acontecido?

Quase gritei de felicidade quando Albus e Violet vieram me resgatar e subimos para ver o que havia acontecido com a ruivinha.

Quando ela abriu a porta, senti meu coração afundando. Ela havia limpado o rosto, mas um pouco da maquiagem borrada ainda manchava seus olhos, agora vermelhos e brilhantes. O nariz destacava-se, vermelho graças ao choro. Ela estava deplorável, e eu odiava não saber o que fazer. Com a ajuda dos dois, consegui fazê-la contar o que havia acontecido.

– Meu pai é um babaca. Ele me xingou como sempre. Disse que tinha vergonha de eu ser sua prole e mais umas bagaças. Nada de novo. Só me senti esgotada, por isso subi. - era claro que ela não estava contando tudo, e nem o motivo real de ter corrido daquele jeito, mas deixamos passar.

A minha vontade era de descer até aquele maldito salão e azarar Ronald Weasley com todos os feitiços que eu conhecia. Mas eu fiquei no quarto de Rose com ela e por ela. Albus sabia apenas um pouco das idiotices que Ronald fazia, exatamente como eu, e estava atônito com as palavras de Rose. Ele ainda respeitava um pouco o tio, mas, pelo jeito, isso havia sido a goda d'água. Violet só conhecia o ruivo pelas histórias da guerra e estava ainda mais sem fala pelo tratamento que ele reservava para a amiga.

Eu fui o primeiro a ter uma reação, que foi chegar mais perto e abraçar Rose com força. Ela, por um milagre, retribuiu. Sento os braços de Albus e Violet abraçando-a também e assim ficamos por um bom tempo, passando força a ela apenas com aquele abraço singelo, sem proferir nenhuma palavra.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Eu meio que descontei os meus sentimentos nas palavras, o que sempre faço quando estou desse jeito, e o capítulo deve ter ficado uma bosta, mas era isso ou continuar sem postar. Não tenho previsão para quando vem o próximo.
W.S.