Procura-se um marido escrita por NathalyaCruz


Capítulo 10
Amada


Notas iniciais do capítulo

Gente, a muito tempo não posto. Sou muito desnaturada. Último semestre na faculdade, não tive tempo de ler minhas fics favoritas e muito menos escrever a minha D: mas as coisas estão ficando mais calmas e voltarei a postar os capítulos.



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Entrei no quarto em silêncio. Hermione (a sabe-tudo) tinha razão, eu mentia muito mal.

Deitei na cama tentando me acalmar afinal não era nada fácil me distanciar dela depois de um beijo e ainda mais depois de quase eu ter quebrado o contrato.

Em Hogwarts, Hermione era minha grande paixão, eu vivia sonhando passar por algo assim com ela, mas acreditava que era algo impossível. Mas era um idiota e preferia insultá-la por que era isso que eu pensava que deveria fazer. Logo depois ela desapareceu em busca das Horcrux junto com o Potter e o pobretão, achei que ela morreria. Provavelmente ela nunca me amaria pois eu era um ex-comensal.

Peguei minha varinha e lancei um abafiatto no meu quarto.

–Droga! – falei em quanto jogava um vaso na parede.

Achei que a tinha esquecido mas, mas quando a vi naquele café, totalmente linda de avental. Eu soube que não aguentaria mais ficar tanto tempo sem vê-la. Quando li o jornal e vi aquele anúncio liguei os fatos que havia lido no profeta diário e sabia que ela era louca o suficiente pra isso. Resolvi aparecer antes que qualquer psicopata tocasse nela com uma desculpa de que precisava me casar para ganhar um contrato. Sabia que era errado mentir, mas francamente, eu sou um Malfoy.

Hermione era uma raridade, ela me desafiava e isso me deixava louco. Mas provavelmente eu nunca seria o homem que ela precisa, sinceramente, todos os dia eu mesmo me odeio por tudo que fiz. Então quando esse contrato acabar e Hermione não olhar mas em minha cara me odiarei mais ainda.

Acordei no dia seguinte, mas continuei em minha cama de olhos fechados. Podia escutar os pássaros que sempre iam a varanda do Senhor Morisson pela manhã. Escutei Hermione bater aporta do quarto com força, se fosse outro dia eu iria discutir com ela e reclamar como sempre faço gritando um "quebra". Mas, definitivamente hoje não era um bom dia. Talvez por que eu a fiz me detestar mais ainda noite passada e por que eu não queria nem ao menos olhar para ela, talvez vergonha.

Com muito desgosto levantei da cama, me direcionando ao banheiro. Caprichei na minha aparência, como sempre fiz e fui até a sala onde ela estava sentada, linda, emburrada e como sempre cheirosa. O que mais dificultava era que ela estava com um babydoll, mas assim que ela me olhou percebi que estava com algum problema.

–Hermione, você está bem?- fui em direção a ela e sentei aos eu lado no sofá.

–Não sei ao certo, Draco. Não consegui dormir muito bem essa noite- senti-me incomodado com as palavras dela, já pensei que entraríamos em um assunto delicado- e estou com enjoo e acho que estou com febre. Não vou ao trabalho hoje, já pedi pra Nicole avisar minha chefe, ela pensou que eu estava grávida- Ela riu sem força e meu coração de pedra como sempre amoleceu quando vi seu sorriso.

–Nicole é maluca...Vou ficar aqui com você então- Disse enquanto tirava meu paletó, mas a mão dela tocou meu peito me impedindo de continuar.

–Não é necessário, pode ir...ficarei bem- Ela disse, mas sua expressão dizia exatamente o oposto.

Olhei ela com reprovação e tirei o terno.

–Não tenho poções, mas posso te levar a um hospital trouxa.

–Não, detesto hospitais trouxas. Não me leve para lá.

Toquei na testa dela, no ato tirei pois ela estava ardendo em febre.

–Hermione, vamos com certeza a um médico- ela fez sinal de que não iria- um medi bruxo então...

–Não, o que conheço mora muito longe para ir de carro, não vou conseguir aparatar assim.

–Tem razão. Não aguento você...por que tem que ser tão teimosa? –tirei o celular do bolso, impaciente - Alo? Pansy? –Hermione me olhou com ódio- Desmarque todos meus compromissos e reuniões para hoje. Hermione está doente e ficarei com ela. Peça desculpas por mim.

–Pansy? Aquela vaca- ela disse com deboche.

Eu ri, quando ela falava assim parecia que estava com ciúmes.

–Ela não é vaca, só é apaixonada por mim.

–Ela é apaixonada pelo seu sobrenome, é diferente. Não sei por que ainda não demitiu ela.

–Ela não faz mal a uma mosca- Bufei impaciente- Vou à farmácia, voltarei em um instante.

Quando voltei com o antitérmico e umas aspirinas e um termômetro (o objeto curioso foi indicação do farmacêutico disse que 36 graus era a nossa temperatura normal porém se passasse disto era perigoso pra saúde dela).

–Hermione voltei- Ela ainda estava na mesma posição.

–Jura? Se você não fala eu nem perceberia.

–Bom, está ai uma coisa que não sabia sobre você: Você fica uma chata quando está doente. Deite-se por favor.

Ela obedeceu, coloquei a ponta do tal objeto na testa dela, mas ela pareceu se divertir muito com o meu ato.

–Nunca usou um desses, não é?

–Não, por que?

–Não se põe na testa, deve ser colocado em baixo da axila, ou na boca e quando se é bebê...no reto.

Fiz careta e me senti um idiota. Hermione pegou o objeto e colocou em baixo da axila. Em questão de segundos o objeto apitou e olhei o número que havia nele.

40 graus.

–Quanto deu?

–Quarenta graus, segundo o senhor na farmácia isso é perigoso- levantei e peguei um pouco de água- Tome o antitérmico e se sentir dor no corpo te darei uma aspirina.

–Estou com muita dor no corpo. E com uns calafrios- ela tomou os remédios. Estava tão fraca e abatida que eu senti um aperto no peito, se eu pudesse ficaria doente por ela, para que Hermione não sofresse. Hermione com certeza me deu uma poção do amor, concluí, se alguém escutasse meus pensamentos minha reputação de malvado iria para o ralo.

–Draco, preciso de um banho morno. Ajuda a baixar a temperatura do corpo.

Saí apressado até meu banheiro. O único que possuía uma banheira e coloquei para encher na água morna. Tirei toda minha roupa colocando apenas uma bermuda de corrida e ficando sem camisa. Peguei duas toalhas e coloquei na beirada da minha Jacuzzi e fui até Hermione

–Como está?

–Péssima...vou tomar banho. Me ajude por favor?

–Sempre- disse firme, mas ao mesmo tempo nervoso.

A peguei no colo, ela estava fraca demais para andar.

–Que vergonha, eu uma mulher sendo cuidada como se fosse uma criança.

–Não é vergonhoso ficar doente, muito menos se alguém cuida de você.

Coloquei ela sentada em minha cama e fui checar a quantidade de água. Estava tudo pronto, quando voltei para pegar Hermione ela estava apenas de calcinha. Fiquei sem reação.

–Que foi? Não é nada que já não tenha visto...Ou quase visto.Mas que não quer.

Sabia que ela iria falar algo, Hermione não ligava se me constrangia voltando a falar de um assunto indelicado.

–Eu não disse que não queria nada com você.

Ela ficou em silêncio e a peguei no colo. Delicadamente depositei o corpo dela na água.

Peguei o sabonete e fiz espuma, espalhando pelos braços dela.Logo após passei pelos ombros e na barriga. Ela me olhava com cara de peixe morto, mas havia curiosidade e senti que ela se divertia com o meu nervoso, subi as mãos em direção aos seios dela e desta vez eu que me diverti com a expressão dela.

–Você é um pervertido, não respeita nem os doentes.

–E você gosta disso.

Ela deu um meio sorriso e corou. Pegou um pouco de água e jogou no próprio rosto, talvez para disfarçar.

–Estive pensando...eu quero outra moto, não dá para ficar dependendo...

–Nem pensar- a cortei.

Ela cruzou os braços sobre o peito e tive que tirar os olhos deles.

–Não em diga o que fazer, odeio isso.

–Eu não ligo. Eu apenas, já vi um acidente horrível desse troço de moto. Fiquei assombrado, e só de pensar em algo assim ocorrendo com você tenho calafrios.

–Quer saber ? não perderei tempo discutindo com você, mas saiba que se eu estiver com vontade de ir onde Merlin perdeu a cueca você vai ter que me levar.

Eu ri, pois era um prazer levar Hermione a qualquer lugar. Inclusive até as nuvens.

Draco P.O.V (off)

O que Draco não sabia é que eu ficava fascinada quando ele demonstrava preocupação por mim. Acabei por ser tirada por ele da banheira e percebi que não só eu que estava gostando daquela proximidade pois ele tinha demonstrações físicas de que estava adorando. Se é que me entende.

Draco me enxugou, Draco me vestiu, Draco foi um príncipe. Mas convenhamos ele é um príncipe que é meio burro e mente mal.

Estávamos a uns quinze minutos na cama dele, que era muito melhor do que a minha. Eu fraca e dolorida.

–Estou com fome- falei.

Era engraçado pois ele corria feito uma barata albina pra todos os lados tentando adivinhar o que deveria fazer. Gostaria de tirar uma foto dele e mandar para Harry, com certeza renderia muitas gargalhadas.

–Maridinho- ironizei- pede uma canja de galinha em algum restaurante que entregue em casa. Não precisa sair- foi meu modo de dizer que eu queria que ele ficasse por perto.

Ele assentiu, fez um telefonema e deitou-se novamente do meu lado.

–Deixe eu ver se a febre está abaixando.

Ele mediu minha temperatura, aparentemente apenas um grau havia abaixado. Quando mencionei que talvez eu precisasse de mais banhos vi um terror nos olhos dele. Segurei minha vontade de rir e permaneci imóvel apenas observando ele ler.

–Leia um pouco para mim- pedi tremendo com os calafrios constantes.

–Tudo bem.

Draco lia, sua voz era serena e me passava paz. Seu cheiro entrava por minha narina e me passava uma boa sensação que se refletia em um sorriso bobo em meu rosto. O lençol era muito macio, talvez de algodão egípcio. O luz do sol entrava no quarto por uma fresta na janela. O momento era perfeito, tão bom que adormeci.

Acordei cerca de três horas depois, suada, era um bom sinal segundo minha mãe. Ela dizia que isso significava que a febre estava abaixando.

Draco estava na cozinha pois era possível escutar os passos dele. Me senti muito fraca para levantar e o chamei.

–Oi, como está se sentindo?

–Suada, dolorida e com fome. Chegou a canja?

–Sim, vou esquentar e já te trago.

Se eu contasse pros meus ex-colegas de casa de Hogwarts que Draco Malfoy era prestativo e estava esquentando canja para mim, me dando banho e cuidando da minha febre provavelmente me levariam para ao hospício.

Draco me trouxe um prato de canja, que comi lentamente. Acabei tomando o banho sozinha, pois já tinha um pouco de força e depois fomos assistir televisão.

Víamos um filme musical, que eu sei que ele detestava mas só havia deixado por que eu estava doente. Draco bufava nervoso pelo filme pela sétima vez quando vimos uma coruja na janela.

–É a coruja do ministro da magia- Falei.

–Eu pego o recado- Draco foi até a janela, pegou o bilhete e espantou a coruja com a mão. Um ogro.

Ele veio em minha direção e me perguntei o porque ele ainda estava sem camiseta.

Senhora Malfoy,

Espero que possa se juntar a mim amanhã ás 9 horas num café para uma conversa. No verso da folha está o endereço.

Lhe aguardo.

Sr. Russel

O que foi?- ele perguntou enquanto sentava ao meu lado tirando o antitérmico do bolso.

–O ministro da magia espera que eu vá conversar com ele.

–Odeio esse cara.

–Você odeia tudo- quase rolei os olhos mas desisti pois sentia dores- Bom, acho que terei que faltar no trabalho novamente, assim perderei o emprego.

Draco sorriu.

–Seria ótimo você me ajudar lá na empresa.

–Com aquela biscate lá também? Nunca. Ainda preciso falar com ela.

–Vai brigar por mim?-Ele sorriu, parecia se divertir muito com a fantasia de eu e Pansy rolando no chão aos socos.

–Não, vou brigar por mim mesma. Não sou uma boba para ela dar em cima do meu marido e eu deixar que ela saia ilesa dessa.

Draco sorriu novamente.

Ele acabou ignorando meus ciúmes - Combinado, então você converse com ele amanhã e quando chegar terá uma surpresa.

–Qual?

–É surpresa Hermione, não se deve contar. Essa é a graça.

–Não existe graça alguma, eu jogaria aquele vaso ali- apontei pro vaso caro dele- bem na sua testa se eu tivesse em melhores condições

–Bom, que sorte a minha então.

Senti um calafrio e tremi. Ele entregou o remédio em minhas mãos e a garrafa de água que estava no chão ao lado do sofá.

Acho que está na hora de outro- ele falou concentrado enquanto contava nos dedos quanto tempo havia passado desde a última dose.

Sim, está- Engoli o remédio e abracei Draco, ele era quente e a febre me deixava com frio. Eu estava contente, e mais ainda quando ele telefonou para Pansy para dizer que ficaria comigo, aposto que ela havia se mordido de raiva. Bocejei de sono enquanto planejava uma vingança digna para aplicar em Pansy.

–Vamos dormir, hoje dormirei com você se não se importa- eu realmente não me importava- fico com receio de que passe mal durante a noite.

–Tudo certo- disse tentando disfarçar a empolgação.

Fomos para a cama e nos cobrimos, mas o frio parecia não passar. Draco deve ter percebido que eu tremia pois perguntou se eu estava com frio, assenti e ele me abraçou forte. A tensão era alta, talvez as memórias da noite passada corriam em nossas cabeças, mas decidi falar algo para nos distrair.

–Obrigada...por tudo. Você sabe, por cuidar de mim, acabou desmarcando compromissos importantes. Sinto muito.

–E ficar com aqueles velhos chatos e falsos? Prefiro ficar aqui cuidando de você.

–Então quer dizer que se fosse uma reunião com várias mulheres lindas, você me deixaria aqui sozinha não é?-minhas voz era pesada devido ao sono.

–Com certeza- o tom de brincadeira era notável, dei um tapa na mão dele- Ai! Sabe que estou brincando não é? Nada é mais importante...

–É?

–É!

–Que bom...- e quando dei por mim estava fechando os olhos.A sensação era que eu era amada, mesmo sabendo que eu não era. Draco tinha perdido o dia para cuidar de mim. Ele jamais faria isso se eu não fosse importante para ele.

Acordei naquela manhã revigorada ( em comparação a noite anterior isso significava que eu já conseguia me limpar sozinha). Draco não estava mas ao meu lado e detestei isso. Fui até meu quarto e peguei umas roupas, tomei banho com Draco em meu enlace. Tinha dúvidas se era preocupação ou se ele só queria me ver seminua. Mas não discuti. Draco me deixou em uma rua vazia, pois eu iria aparatando ao encontro de Russel.

–Cuidado, qualquer coisa liga pro seu marido do século. Eu aqui.

Só pude rir dele.

–Tudo bem, caso não aconteça nada como eu simplesmente chegar lá em pedaços eu ligo- ele pareceu apavorado, considerando as possibilidades- Eu estou brincando- dei um beijo na boca dele e sumi antes que ele dissesse qualquer coisa.

A aparatação me deixou meio tonta e até um pouco enjoada, mas me recompus.

–Vamos ver o que esse idiota quer comigo- Falei pra eu mesma enquanto rumava em direção a bela mansão a minha frente.


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