Procura-se um marido escrita por NathalyaCruz


Capítulo 9
Descobertas




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No mesmo dia Draco me levou a um barzinho. A conversa fluía bem, ele parecia animado ao contar sobre o desenvolvimento da empresa.

–As vezes fico pensando se saberei administrar meu dinheiro da forma que você faz.

–Estarei aqui, quando precisar Hermione. Posso ajudar você. Não está sozinha, acho que sou sua família agora, pelo ou menos enquanto quiser.Entende?

–Acho que sim...

Ele se aproximou encaixando as mãos no meu queixo. Inclinou a cabeça e se aproximou sem pressa. Seus lábios encostaram minha bochecha e logo depois foram ao meu pescoço me fazendo perder a sanidade. Eu queria que ele me beijasse e ele me torturava.

–Fiz uma promessa quando nos casamos...- ele passou as mãos por minha clavícula- Uma promessa que não posso quebrar mesmo que eu queria muito fazer isso. Desesperadamente.

Havia tanto calor em seus olhos que me derreti.

–Me beija logo, Draco- sussurei.

–Hermione...-ele gemeu e então me beijou. De língua.

Assim que me envolveu senti que ele era a única razão que me prendia presa na terra.Eu não esperava aquele beijo. Eu o beijava de maneira possessiva e urgente. Não imaginava que queria tanto aquilo. Como eu queria.Seus dedos se enroscavam de modo selvagem pelos meus cabelos, como se tivesse medo de que eu fugisse.Como poderia?

Era como se eu estivesse sendo tocada por um homem pela primeira vez, tudo era muito novo. Talvez porque eu nunca tivesse amado antes.Tudo o que eu queria naquele momento era mergulhar no desconhecido.

Fomos interrompidos por um senhor baixinho que pediu que não nos beijássemos mais. Draco prometeu que não aconteceria mais.

–Eu não devia ter feito isso...fizemos um acordo.

–Devia...devia sim- abracei ele.

–Desculpe, você é linda e eu agi sem pensar.

–Aja sem pensar mais vezes então.

–Você não entendeu, fizemos um acordo. Sou um cretino por quebrá-lo.

–Não! Você não entende...tudo mudou!

–Nada mudou, vamos embora.

Ele não iria escapar tão fácil.

– Mas eu adorei!

– Por favor, Hermione – ele suplicou, perturbado. – Não torne as coisas mais difíceis. Já é difícil o bastante me controlar sem você me incentivar. Vamos deixar as coisas como estão.

Olhei pra ele chocada- ele queria me beijar mas achava que não podia, afinal ele sentia algo por mim também.

Ficamos em silêncio no carro.

–Você se sente pressionada por mim?

–O tempo todo.

–Porquê?

–Por que estou apaixonada por você- pronto falei. Ele me encarou um bom tempo, provavelmente procurando entender tudo.

Draco me olhava uma vez ou outra, mas desviava o olhar rapidamente. Estávamos no penúltimo lance de escadas qual mal tive tempo de desviar de um doze anos que andava de skate. Cai no chão como um saco de batatas. O garoto estava mais do que bem, afinal eu tinha amortecido a queda dele.

–Hermione! Está bem?- Draco gritou, vindo me ajudar.

–Sim, estou ótima.

Ele olhou o menino e checou se estava tudo bem.

–Nunca mais faça isso, além de ser perigoso para você, também pode machucar os outros.

O garoto colocou o skate de baixo do braço e desceu as escadas correndo, pálido como um fantasma.

Draco me ajudou a levantar, com muito cuidado.

– Tem certeza que está bem? Sente dor em algum lugar? – perguntou,preocupado. Sua mão percorria minha cabeça, meus braços, minhas costas, à procura de ferimentos.

Era bom demais para ser verdade.

– Na verdade ... – eu disse um pouco sem fôlego, mas isso nada tinha a ver com

dor ou com a queda – meu pé tá doendo um pouco. Ai.

Pé? Qual era o meu problema?

Abaixando-se, ele correu os dedos por minha perna e meus tornozelos, até alcançar meu pé. Afastou com cuidado as tiras de minha sandália e fiquei surpresa ao realmente sentir dor quando seus dedos me tocaram ali. Gemi.

–Provavelmente amanha vai estar roxo. – Então ele se endireitou, me pegando no colo.

– O que você está fazendo? – perguntei quando ele começou a subir a escada.

– Acho melhor você não forçar esse pé hoje. Pode piorar. Vamos, farei um feitiço e melhorará rapidamente.

– Ah, espero que ajude. Está doendo tanto... Ai! – e encostei a cabeça em seu ombro largo, sentindo seu perfume inebriante.

Ele nem estava ofegante quando me colocou delicadamente sobre o sofá.

Retirou minha sandália com muito cuidado e ergueu a barra do meu jeans até o meio da panturrilha.

Ele entrou no quarto e voltou com sua varinha. Proferiu um feitiço que estranhamente eu não conhecia. Mas tinha outras coisas pra pensar nesse momento.

Ele sentou do meu lado no sofá.

–Está doendo?

–Um pouco, já está passando- Menti, não sentia dor alguma. Ele passou o braço pelos meus ombros e beijou minha testa.

Coloquei a mão no seu peito e o rosto em seu pescoço inalando o cheiro dele. O encarei, e ele olhava para meus lábios. Me estiquei um pouco e o beijei. Segurava seus cabelos em direção a mim, com medo que ele escapasse. Porém ele parecia tão aliviado quanto eu. O beijo se tornou mais intenso, mais intimo, e ele num movimento rápido e firme, porém delicado, me girou em seus braços até que fiquei sob ele. Gemi quando senti seu corpo sobre o meu, e afundando contra o sofá.

Sua boca parecia querer conhecer cada milímetro da minha. O abracei com os braços e as pernas e estremeci ao sentir seus músculos .

Draco levantou a cabeça e me encarou com os olhos ferozes, escurecidos de desejo. Alcancei a barra de sua camisa, puxando-a pela cabeça . Ele me ajudou, se desvencilhando do tecido com agilidade. Olhei seu peito e abdome antes que ele voltasse a me beijar, numa entrega total. Deslizei os dedos pelo seu corpo sentindo ele se arrepiar com meu toque, até chegar ao cós da calça.Ele tremeu.

– Hermione – murmurou numa voz gutural contra minha pele.

.

Continuou descendo até encontrar o obstáculo de minha blusa. Delicadamente ele a abaixou deixando meu sutiã a mostra e logo em seguida alcançou meus seios, seus lábios o exploravam e o sugavam.

Gemi e ele comprimiu o quadril de encontro ao meu, deixando um som rouco e primitivo escapar do fundo da garganta. Enrosquei os dedos em seus cabelos selvagemente, arqueando o corpo de encontro à sua boca, num desespero.

Num ritmo frenético, tanto Draco quanto eu nos dedicamos aos botões e zíperes de nossas calças, meio atrapalhados, pois continuávamos aos beijos, apertões e arranhões.

Então a campainha tocou.

Ele deu um pulo, se endireitando. Draco me observou surpreso, como se recobrasse a sanidade, então olhou para a porta, depois para seu corpo seminu, a calça semiaberta, e de volta para mim e minhas roupas bagunçadas, parecendo não acreditar no que via.Eu ainda respirava com dificuldade quando ele alcançou a camisa e foi atender a porta. Eu me recompus com desanimo. O distanciamento que vira em seus olhos ao sermos interrompidos me fez crer que ele não voltaria e me diria: “Onde foi que paramos mesmo?” Eu o conhecia o suficiente para saber que Draco havia se deixado levar pelo impulso e não correria para meus braços assim que quem quer que fosse nos deixasse em paz.

Era a mãe do garoto que me atropelara, querendo saber se eu estava ferida.

Ele explicou que não havia nada sério além de uma pequena luxação e recomendou que ela o alertasse sobre o perigo de descer a escada daquela forma.

Ela concordou prontamente, dizendo que o garoto estava assustado com o ocorrido, me desejou melhoras e se foi. Eu esperei, imóvel, até que ele voltasse. Ouvi um barulho na cozinha e logo ele estava diante de mim, me oferecendo um copo de água enquanto tomava o seu.

– Hermione, eu... sinceramente não sei o que deu em mim pra agir dessa forma. Eu... – ele não olhava em minha direção – juro que isso nunca mais vai acontecer.

Pressionei os lábios contra o copo para não gritar.

– Acho que estou sob pressão no trabalho, e você é tão... Desculpa.

Eu o olhava com a sobrancelha arqueada.

–Vou dormir- ele falou e se direcionou ao quarto.

–Draco!- o chamei, relutante ele me olhou nos olhos.

–Você mente muito mal.

Ele pareceu querer responder mas seguiu rapidamente para o quarto. Percebi que minhas tentativas de seduzi-lo só tinham dado errado até agora. E agora ele estaria mais precavido do que antes. De certa forma havia o afastado mais ainda.


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