Garota irreal escrita por Lady Vérity


Capítulo 1
Garota irreal


Notas iniciais do capítulo

Essa é uma história bem curta, com apenas dois pequeninos capítulos. Obrigada a quem se interessou e se arriscará a ler.



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Ele odiava aquele maldito callcenter. Odiava até essa maldita palavra! Odiava os chefes e os colegas, odiava todo e qualquer cretino que trabalhava naquele lugar. E todos aqueles malditos clientes, tinha vontade de comprar uma arma, talvez um bastão, pegar seus endereços e ir até suas casas para assassiná-los, queria jogar em cima deles todo seu ódio, queria botar fogo no prédio em que trabalhava, ver todos aqueles equipamentos idiotas queimando, virando cinzas, certas vezes ele quase não conseguia se conter e por um autocontrole desconhecido, não reduzia tudo a pó.

Naquela manhã, ele acordou todo suado de mais um pesadelo, trabalho, chefe, clientes, tudo muito confuso e ruim, assustador, seu despertador tocava sem parar, aborrecido ele o estourou, arremessando-o contra a parede, não iria trabalhar, não queria e não podia, suas olheiras, palidez, enjôo e dor de cabeça constantes eram provas de que aquele emprego o estava matando, ele não suportava mais, todos o faziam sentir-se um lixo, a escória da humanidade, a pior coisa que sentava em frente àqueles computadores. Não suportava mais os cochichos dos colegas, os gritos dos chefes e as humilhação dos clientes, na maior parte do tempo sentia que estava enlouquecendo, se é que já não o tinha, sabia que estava desperdiçando sua vida, apenas não sabia como evitar isso, evitar ser tão infeliz, olhava em volta, em seu quarto bagunçado e escuro, em sua vida confusa e vazia e não conseguia achar o caminho para fora do fracasso.

Respirando fundo, rolou para fora da cama e arrastou-se até a cozinha preparar café, sentia-se de ressaca, mas não experimentava bebida alcoólica havia semanas. Esfregou o rosto nas mãos e ficou observando um pombo cinzento voando de sua janela para uma árvore do outro lado da rua, invejando a liberdade que aquelas asas proporcionavam ao pássaro, se a vida fosse simples quanto a de um pássaro e se ele tivesse asas, já teria voado para longe de tudo, estaria sempre longe, longe das pessoas, do barulho, da sufocante sensação de sentir-se preso todo o tempo a horários, obrigações, lugares, espaços específicos, como sua mesa de trabalho.

Passou aquele dia deitado no pequeno e puído sofá da sala praticamente vazia fitando o teto, deixando os pensamentos flutuarem em sua cabeça, queria pensar em algo tranquilo como as nuvens passando no céu azul ou pássaros cantando, mas ele morava no meio da cidade e só ouvia carros buzinando e o céu estava nublado, anunciando que hora ou outra a chuva começaria, não era o dia nem o lugar para pensamentos tranquilos, e ele já há muito não sabia o que era tranquilidade, sua cabeça parecia sempre um turbilhão, mas era importante manter o controle naquele dia. era crucial, porque sentia-se inquieto e a todo momento pensamentos sobre destruição tentavam invadir sua mente, ele queria ceder a eles e fazer tudo queimar, mas não queria ser ainda pior do que já era, não queria ter problemas ainda mais graves.

Quando a noite veio, ele já estava vestido em roupas pretas e um casaco com grande capuz, na mochila algo que encontrou em aquivos de internet sobre explosivos, girando entre os dedos um ísqueiro de prata, herança de família sem qualquer significado.

Durante a madrugada, o céu estava terrivelmente escuro, o vento cortante de tão frio, ele usava luvas finas e o capuz encobria seu rosto. Não haviam pessoas perambulando pelas ruas, era meio de semana e estava frio, prestes a chover, raros automóveis passaram por ele enquanto caminhava até a empresa em que trabalhava, ninguém o viu jogar o combustível, atear fogo e depois atirar contra janelas espelhadas do segundo andar os coquetéis que causariam uma bela explosão lá dentro.

"Queimando por fora, explodindo por dentro". Era no que ele pensava enquanto fugia, correndo o quanto era capaz, cheio de adrenalina e um enorme sorriso no rosto.

Assim que afastou-se o suficiente livrou-se do casaco, da mochila e das luvas em uma lata de lixo e continuou correndo, esbarrou em uma garota ao virar uma esquina e apenas se perguntou por um segundo o que ela estava fazendo nas ruas àquelas horas, com aquele vestido estranho que parecia ser de outra época.

A garota gritou por ele enquanto ele se afastava, mas ele a ignorou imaginando que ela fosse reclamar por não ter recebido o devido pedido de desculpas.

Ele não ouviu os passos dela e se assustou quando ela o tocou no braço, virou-se para trás, para ela, segurando a faca de caça que sempre carregava, a garota gritou, assustada e ao tentar dar um passo para trás pisou em um buraco na calçada, caiu na rua, na frente de um carro e foi atropelada.

Sentado na sala de espera do hospital, ele mal se lembrava das últimas horas, só se lembrava que em um segundo a garota estava gritando e no segundo seguinte foi atropelada. Ela o seguira, ele deixara o ísqueiro cair no chão ao esbarrar nela e ela apenas queria devolver, ele a assustou e ela agora estava na emergência com médicos tentando impedir que ela morresse. Ele estava tremendo, suas mãos estavam geladas e o estômago doendo, revirando.

Ela estava sangrando muito, o ísquiro fechado em uma das mãos, os olhos perdidos, repetiu com voz estranha para os paramédicos que ele não teve culpa, foi apenas um acidente... Mas ele sabia que fora ele quem causara aquela situação, se não tivesse saído de casa àquela noite, se não tivesse feito o que fez, se não estivesse fugindo com medo de ser descoberto, não teria se assustado com a garota ao ponto de assustá-la e causar sua morte.

Ela não podia morrer. Era tudo em que ele pensava com o rosto enfiado nas mãos.

Quando os pais dela chegaram ele se sentiu ainda pior, achava que teria vomitado se não fosse o fato de estar de estômago vazio, já que não comera nada o dia inteiro. Eles lhe fizeram repetir a história que já contara incontáveis vezes. Eles estavam na calçada, ela tropeçou e caiu, o motorista não pôde fazer nada, ela caiu na frente do carro, que já estava próximo demais.

Você é o namorado dela? Perguntou a mãe entre soluços, segurando uma das mãos dele, e antes que ele pudesse negar, ouviu um sussurro inexplicável em seu ouvido, algo que lhe causou frio na espinha.

Diga sim...

Sim... Ele disse, com voz trêmula. Engoliu em seco e recostou-se na poltrona.

Os pais da garota fizeram uma série de perguntas atropeladas, mas ele mal as ouviu, pediu licença e saiu andando pelos corredores a procura de um lugar para respirar, para ficar sozinho e fazer a cabeça parar de girar. Não sabia de onde viera aquele sussurro, nunca acreditou em fantasmas ou coisas sobrenaturais. Talvez finalmente tivesse acontecido, o seu último fio de sanidade fora levado pelo atropelamento da garota, ele ficara louco e agora começaria a ouvir vozes. Mas porque repetira o que o sussurro lhe dissera? Porque o obedecera? Para parecer menos suspeito o fato de estar na rua de madrugada com uma garota que sofreu um acidente da forma mais estúpida. Ele era um covarde, muito mais fácil mentir que a estava acompanhando do que admitir que causara aquele acidente.

Acordara no meio da tarde do dia seguinte ouvindo passos em sua casa, onde nunca havia ninguém além dele mesmo. Ficou imóvel por alguns minutos, com os olhos arregalados e fixos na porta aberta, esperando que o dono dos passos viesse, mas ele não veio e os passos cessaram.

Começara a chover pouco antes do amanhecer, logo depois que ele fugiu do hospital e dos pais da garota, ficou apenas tempo suficiente para saber que ela estava em coma e os médicos não acreditavam que fosse acordar.

Depois que tomou a costumeira primeira xícara de café do dia, viu seu pálido e doentio reflexo no vidro da janela da cozinha, já não fazia a barba ou arrumava os cabelos há dias, as olheiras pareciam piores que no dia anterior e ele não conseguia tirar da cabeça a imagem da garota atropelada segurando seu ísqueiro e dos pais dela chorando com um desespero que ele desconhecia.

Saiu de casa para caminhar sem rumo, desejando que o vento e a chuva pudessem levar algo embora, a culpa e todos os outros sentimentos ruins, mas mal botara os pés para fora de casa quando a viu e ficou paralisado. Ela estava sentada num banco de madeira escurecida pela chuva, com seu vestido antigo e um livro de capa azul como a cor do céu nos dias mais claros, ela não estava molhada, a chuva caía sem parar, mas não a tocava. Era ela, a garota atropelada, ele reconhecera o vestido, os cabelos escuros e compridos, lisos caíndo sobre os ombros. Arrepiando-se por inteiro, ele voltou para dentro de casa e correu para o quarto para se secar e trocar, mas ela estava lá, sentada em sua cama, com o livro em uma das mãos, ela o olhava séria.

Você se sente culpado. Deveria mesmo. Estou morrendo e foi você quem fez isso comigo.

A voz dela era calma, firme, como se ela fosse real, ela parecia real, não um fantasma, não uma ilusão, uma visão criada por sua loucura, parecia mesmo estar alí, mas ele sabia que não era real e isso era o mais assustador.

Ele fechou os olhos por um instante, mas logo abriu-os quando a ouviu falar novamente.

Não adianta, você não vai me fazer desaparecer, nada do que você faça vai me fazer desaparecer, você é o meu assassino.

Será que você pode parar com isso? - Ele disse num tom suplicante evitando olhá-la e foi para a cozinha. Encostou o rosto no metal frio da geladeira e ouviu os passos dela às suas costas, depois ouviu-a suspirar e largar-se em uma cadeira.

Eu posso fazer um trato com você, posso não te atormentar se você fizer uma coisa pra mim. E você tem que fazer porque de qualquer forma é sua obrigação!

Ele estava quase prestes a começar a gritar e chorar, cada segundo parecia que sua vida ficava pior. Era um poço sem fundo em que ele continuaria caindo e caindo e nunca chegaria no fundo para começar a escalada esperançosa rumo ao topo.

Fantasma ou criação de sua loucura ela estava alí e fosse um ou fosse outro, não iria embora não importava o quanto ele desejasse. Seu coração batia tão rápido quanto na noite anterior, quando estava correndo, fugindo antes do acidente, ele apenas olhou para ela, ela o estava fitanco com seus grandes olhos negros sem vida.

Você vai ver meus pais, levar flores pra mim no hospital e dizer que é meu namorado. Ela falava com um estranho jeito infantil, mas parecia ser pouco mais nova que ele, tinha uma aparência delicada, pálida, mas não uma palidez comum, era mais como se... As cores não fossem vivas nela.

Porque? - A voz dele saiu rouca, quase esganiçada.

Porque meus pobres pais estão sofrendo e merecem um pouco de consolo. Ela deixou o livro azul sobre a mesa e apoiou o queixo em uma das mãos, olhando pela janela voltou a falar de jeito suave - Eles se preocupam comigo. O tempo todo, chega a ser sufocante, acham que não sei o que estou fazendo e que vou arruinar minha vida...

Por que? Ele repetiu, os batimentos e respiração íam desacelerando enquanto a olhava e escutava aquela voz, era tranquilizadora.

Porque eu gosto de fantasias. Ela disse ao levantar-se com um sorriso grande e girou na cozinha fazendo o tecido do vestido longo levantar - Eu gosto de me vestir com fantasias. Um dia sou uma princesa, no outro uma boneca de porcelana, depois você pode me ver vestida de Alice, aquela do País das Maravilhas, ou Branca de Neve, até uma senhorita do século passado. - Ela fez menção a roupa que estava usando e sentou-se novamente - Eu poderia montar uma loja de fantasias com minhas roupas, mas eles não acham isso muito normal, acham que eu deveria estar preocupada com futuro, família, casamento, essas coisas, mas eu... Estava só procurando meu conto de fadas antes de você me matar.

Pare de falar isso, por favor... Ele disse novamente, passando as mãos pelos cabelos molhados, sentia-se exausto e muito enjoado.

A garota riu com jeito inocente, mesmo que não aparentasse ser nada inocente.

Só estou brincando. Mas você vai dizer aos meus pais o que pedí, eu vou morrer e quero que eles fiquem mais tranquilos pensando que eu era mais normal, que eu pensava em casamento e que eu era feliz, que você me fazia feliz. Faça-os acreditar que essa sua cara de maníaco depressivo é porque está sofrendo por mim...

Ele balançou a cabeça assentindo. O enjôo aumentava cada vez que ela dizia que iria morrer e que ele era o assassino.

Como ela pediu, ele comprou flores e levou ao hospital, conversou com os pais dela e repetiu coisas que ela sussurrava em seu ouvido, coisas que os fazia sorrir e chorar, fez isso por dias, mas não conseguia olhar para a garota real, deitada na cama do hospital presa a vida por um fio prestes a se partir.

A garota irreal ficava em sua casa, andando de um lado para o outro, sempre parecia diferente, trocando suas roupas de fantasia a cada vez que ele voltava para casa, mas andava descalça desde que ele reclamara dos passos. Ela não dormia, não comia, apenas o observava e o seguia pela casa, falando sem parar, ela gostava de conversar e foi ficando mais simpática com o passar do tempo, ele se acostumou com ela e as vezes se flagrava perguntando-se como seria depois que ela desaparecesse, quando ele voltasse a ficar sozinho. Uma coisa era certa, ele não voltou a pensar em destruição desde que destruiu a vida dela, e não voltaria mesmo depois que ela desaparecesse.

As vezes ele acordava e ela estava deitada ao seu lado, observando-o dormir, sorria para ele assim que ele a olhava e ele espelhava o sorriso. Ela sentava em sua frente no café da manhã e estava sempre reclamando, porque ele não comia o suficiente, porque a casa não estava limpa, porque o quarto era escuro, ela o aborrecia até que ele fizesse como ela queria, sempre repetindo que ele tinha obrigações por ser seu assassino, e então as coisas ficavam sempre como ela queria, as janelas abertas, a casa arrumada. Ele gostava como o vento fazia o cabelo esvoaçar quando ela se sentava na janela. Ele gostava como ela sorria para ele deitada em sua cama e como ela se preocupava com o que ele comia ou deixava de comer, ele até mesmo gostava de ver que ela ainda estava lá depois de se aborrecer e aborrecê-lo por qualquer coisa. Ele passara anos odiando as pessoas ao seu redor e então se deu conta que se apaixonou por uma garota que não era real.

Ele nunca tentara tocá-la, tinha a impressão que sua mão atravessaria a imagem dela, as vezes se via desesperado pensando na garota real, perguntando-se se ela acordaria, se ela resistiria, ele desejava que isso acontecesse, desejava que ela se lembrasse dele, que a garota real e a irreal se tornassem apenas uma, mas ele ainda não tinha certeza sobre o que a garota irreal era, se ela era parte da garota real, se era sua alma vagando fora do corpo por causa do coma ou apenas ele que ficara louco demais.

... Quanto mais você acreditar em mim, mais real eu vou me tornar... Quanto mais você me quiser, mais poderá me sentir... E quanto mais real for o que você sentir por mim, mais parte de você eu vou me tornar, porque você é meu assassino... - Ela disse quando ele acordou naquele dia de céu cinzento.

Você nunca vai parar de me lembrar disso? Ele disse ao se levantar depressa, para afastar-se dela, nunca iria se acostumar a ouvir aquilo.

Eu toquei você hoje e você acordou. Eu sei que você sentiu meu toque porque eu sei que posso sentir se você sentir. Até alguns dias atrás você não sentia nada e nem eu... Eu testei, muitas vezes... Ela disse, aproximando-se dele e tocou-o no rosto, ele sentiu o toque, mas não era como o toque de um ser humano, não era quente, nem frio, era como o vento morno dos fins de tarde de verão, quase imperceptível.

A chuva caía forte lá fora, as cortinas abertas balançavam suavemente e as janelas deixavam a luz acinzentada entrar iluminando fracamente o cômodo, ela aproximou-se dele e fechou os olhos falando baixinho, num pedido.

...Me beija... E então ele a beijou delicadamente, pouco mais que um simples encostar de lábios e quando se afastou, ela o puxou de volta, devagar e pediu novamente Me beija de novo...

Ele obedeceu, beijando-a mais demoradamente desta vez e, mais uma vez, quando tentou se afastar, ela o segurou pela roupa e aconchegou-se nos braços dele, sussurrando Continua me beijando...

Ele a abraçou forte e a beijou, dessa vez não pensou em separar-se dela, não pensou em muito, apenas na certeza que tinha de que aquilo acabaria mal, e não para ela certamente, afinal era a sanidade dele que cada dia mais parecia não existir.

Foi bom descobrir que ela tinha razão nas palavras que disse, o tempo provou isso, ela foi se tornando cada vez mais real para ele, mais fácil de sentir e o sentimento dele por ela foi se tornando cada vez maior, mais perigoso e doloroso quando ele pensava que iria perdê-la, em algum momento aquela garota irreal desapareceria.

...Você vai me deixar viva em sua lembranças, não é? Ela perguntou naquele fim de tarde ensolarado, deitada sobre ele, com as cobertas cobrindo parte de seu corpo e os cabelos espalhados pelas costas como um leque negro Vai me deixar viva enquanto você viver? Vai se lembrar de mim?

Porque está perguntando isso? Ele perguntou, tentando olhar naqueles olhos sem vida.

Porque eu estou morrendo... E as suas lembranças serão o único lugar onde ainda vou existir, eu de verdade, você foi o único que me conheceu de verdade...

Você vai existir pra sempre... - Ele disse e levou uma das mãos dela para sua cabeça - Você sempre vai existir aqui, levando a outra mão para seu peito, onde batia seu coração, continuou - E aqui...

Ela sorriu para ele e ele a beijou na testa. Quando acordou no meio da noite, sentindo um estranho vazio, ela não estava em sua cama e não haviam passoas pela casa. A garota real finalmente havia morrido e a garota irreal desaparecido, ele sabia, podia sentir, ela passara a ser parte dele e essa parte deixara de existir enquanto ele dormia, deixando aquele vazio que ele carregaria para o resto da vida.

Ele nunca voltou a pensar em destruição, não voltou a destruir sua própria vida e a vida de outros, porque quando a garota se foi, levou com ela a prisão que o sufocava, ele se sentia livre e sempre que sentia o vento soprar, lembrava-se do vento soprando os cabelos dela e do sorriso com que ela lhe presenteava quando ele acordava.


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Notas finais do capítulo

Faz uns anos que escrevi essas história e mais algumas, são todas romances, pensava em fazer uma espécie de livro com diversos contos de amor, muitas pessoas não acreditam nisso ou simplesmente se entediam com o tema, pessoas cansadas do romance, mas querendo ou não eu sei bem que o amor salva vidas, de alguma forma, ok, sei que parece meloso e bobo, mas para mim é a mais pura verdade. Então espero que tenham gostado e logo postarei a segunda e última parte. :)



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