Every Morning With Him escrita por Yukiko-kun, Yukiko-kun


Capítulo 4
My Words




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- Err... Acho que deixei algo no banheiro e...

- Ed. - Roy chamou, pegando Edward pelo braço, impaciente. - Não vai fugir desta vez...

Every Morning With Him

Capítulo IV: My Words

- O que quer comigo? – Perguntou Edward, receoso. Roy entrou em frente, fechando a porta atrás de si.

- Quero saber por que foge. – Disse o moreno sem soltar o braço do menor. Edward suspirou.  Que dizer numa situação como aquela? Talvez nada, mas... Roy não o deixaria passar sem uma resposta.

- Você sabe que não gosto de você desde o início! – Disse o loiro arrogante – E você ainda fica fazendo essas coisas estranhas, como me beijar!

O loiro fugiu do quarto, desesperado. Foi para um lugar que Roy não o encontraria. Tinha vontade de chorar, gritar. Falar com Roy daquela maneira arrogante lhe dava maneira de chorar. Por que Edward sabia que Roy não merecia aquilo, que ele tentava ajudá-lo. Mas... O beijo... Confundiu e assustou-o tanto...

Roy dentro do quarto suspirou. Um suspiro cansado, triste. Por Roy estava cansado e triste. Volto a fechar a porta. Mesmo sendo o quarto de Edward, queria ficar sozinho mais que tudo. E em sua cabeça, uma idéia transtornada não parava de bater em sua cabeça: talvez Edward tivesse razão. Talvez, ter beijado Edward foi sim um erro, algo estranho. Talvez, Edward não  tenha mesmo simpatizado com Roy desde o início.

Talvez, Roy nunca deveria ter tentado ter Edward como paciente. Por que Edward nunca seria um paciente detestando Roy como o mesmo detesta. E Roy, assim como Edward, sentiu vontade de chorar.

Dizem que quando ambos apaixonados acabam sentindo a mesma coisa, em uma mesma situação.

A noite caiu silenciosa. Os senhores Elric saíram para fazer compras para a janta. Alphonse estava no quintal junto a Winry. Edward, ainda não tinha voltado, e Roy estava no quarto, observando as estrelas subirem junto ao luar. E toda vez que Roy olhava para a Lua, lembrava-se de Edward e suas histórias no caderno negro.

E lembrou-se do telhado. Roy se lembrou da tarde no telhado, e soube que era lá que Edward estaria. Correu para as escadas. Ao chegar ao telhado viu Edward sentado no mesmo lugar da ultima vez, com o mesmo caderno de capa grossa, com a mesma caneta azul escuro.

- Edward... – Sussurrou o moreno. O loiro, por sua vez, não se mexeu. Ouviu os passos vagarosos do outro chegar mais perto, mas nunca tirou sua atenção da caneta, das letras corridas,por que Edward tinha medo. Edward tinha medo de encarar aqueles olhos negros que nem a noite os contém.

Roy ainda caminhando devagar, parou ao lado do loiro concentrado. Edward não olhou para Roy. Roy não olhou para Edward. Mas eles não precisavam se olhar para saber que estavam tristes. Tristes um com o outro. Tristes por terem se magoado. Mas nenhum deles iria abrir a boca para pedir desculpas.

Por que uma das grandes pontes entre os dois mundos é o orgulho.

- Roy... – Chamou o menor. Roy sentou-se a lado de Edward, e continuou olhando as estrelas. – Posso te fazer uma pergunta?

- Claro. – Respondeu. Olhou para os olhos dourados que brilhavam mais que qualquer estrela.

O sol na noite.

O moreno no loiro.

O contraste perfeito, e ainda assim, uma combinação idêntica.

- Me diz... – Edward olhou mais fundo nos olhos que lhe tiravam a atenção de seu romance. – Como... Como é o amor?

Afinal... Como é o amor?

Roy não sabia se deveria ou não responder. Céus, ele era um psicólogo não um filosofo! O que era o amor? Para Roy? Nada. Afinal, ele sentia que o amor era apenas um problema que psicólogos não devem mexer. Não que Roy nunca tenha amado ninguém, mas... A ultima pessoa que amou acabou lhe dando muito sofrimento no passado.

- O amor só trás problemas... – Sussurrou para si.

- Desculpe? – Perguntou Edward, piscando algumas vezes. E ainda assim, sem tirar os olhos dos de Roy. – Eu queria escrever, mas... Eu não tenho certeza como é.

E diferente de Roy, Edward nunca amou ninguém. Mas Céus! Edward ainda tem 15 anos. Ele não tinha idade para tamanha experiência como o amor é.

- O amor varia de pessoa em pessoa, acredito eu. – Disse Roy calmamente, suspirando antes de continuar. – Você quer saber o que exatamente?

- O que você sentiu quando amou? – Perguntou sem hesitar. Edward quando subiu mais cedo para o telhado, já subiu pensando como perguntar tal coisa a Roy. Tinha medo do maior não responder, ou respondê-lo melhor. Quando perguntou, ficou apreensivo, e depois da primeira resposta, soube que podia continuar.

Por que ele sabia que podia confiar em Roy.

- Eu me senti um idiota... E ao mesmo tempo o homem mais feliz do mundo inteiro. – Disse sorrindo ao lembrar-se da lembrança. Não que fosse uma BA lembrança, muito pelo contrário. Era uma lembrança que nunca gostaria de voltar a pensar, e por isso sorria. – Eu pensava nessa pessoa o dia inteiro, queria estar com ela o dia inteiro. Vivia suspirando pelos cantos, e fazendo as coisas por dependência desse amor...

- Oh... – Edward sorriu – Queria um dia vê-lo assim, amando.

Corou. Percebeu o que tinha falado e corou violentamente.

- É... Mas um dia, você também vai ficar assim. – Disse Roy sorrindo para Edward, acariciando seus cabelos. Edward escorou em Roy, e voltou a escrever em seu caderno de capa negra, e caneta azul. E Edward soube naquele dia, que poderia confiar em Roy, como nunca confiou em alguém.

-Ed! Roy! A janta está pronta! – Ouviram Trisha chamar. Quanto tempo eles tinham ficado ali? A mãe do loiro já tinha voltado das compras e feito a janta?

- Vamos Ed. – Chamou Roy caminhando até a porta – Vamos jantar.

Não tinha como especificar como estava sendo o jantar aquele dia: não na visão de Edward. Por que de repente estava tão feliz? Sendo que a janta nem era sua refeição preferida? Mas Edward estava definitivamente feliz. Sorriu o jantar todo, comeu bem. Roy estava contente em ver que Edward já estava melhor. E pensar que tinha decidido desistir deter Edward como paciente... Cada vez mais esse garoto o impressionava! E cada vez mais Roy tinha vontade de ajudá-lo.

Depois do jantar, Edward fio para seu quarto escrever. Tinha muita vontade de escrever algo, e nem sabia que era e o por que. Mas iria escrever... Escrever, e deixaria Roy ler.

- Roy? – Chamou Edward envergonhado na porta do quarto de visitas – Está acordado?

- Claro, entre Edward. - Disse Roy dentro do quarto. Roy lia um livro de psicologia em sua cama, com as cobertas até metade de suas pernas. Edward entrou e fechou a porta. Ainda meio encabulado, mostrou o papel para Roy.

- Minha letra... Como está minha letra? – Perguntou Edward, cheio de expectativa.

Quando olho para lua,

Em alguns faceiros dias de verão,

Seus olhos não desgrudam da minguante,

E eu corro.

Alguns dias, depois das chuvas,

Eu corro.

Algumas fases, de nossas vidas,

Eu corro.

Perto do escuro, conseqüentemente,

Eu corro.

Eu corro,

Em sua direção.

Roy leu atentamente o poema a sua frente.

- A letra é boa... Mas prefiro a antiga. – Respondeu sincero. Edward suspirou.

- Obrigada Roy...

Saiu do quarto. Edward estava triste. Mostrou para Roy seus textos uma vez, coisa que nunca fez a pessoa nenhuma. E ele sabia disso! E se fez de indiferente. Talvez, Roy nem tenha lido...

Mas seria melhor assim... Edward talvez não precisasse tanto da confiança de Roy como pensou. Como precisa.           Mas se contentou em voltar para o telhado, e passar a noite em claro, olhando as estrelas.


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Notas finais do capítulo

Bom... Desculpem pela grande demora!

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