Cigaretts and Valentines escrita por Grace


Capítulo 32
Mrs Eaton?


Notas iniciais do capítulo

Oi amores da minha vida!!!! Perdão pela demora! bem, como falei pra vocês, eu passei em Jornalismo, na Cásper Líbero, e aí teve todo o negócio da mudança e tal... e a facul começa com tudo, fava cheia de coisas pra ler, projetos pra participar e etc... Mas, anyway, quem quiser me ouvir no rádio, é só ligar amanhã (sábado) na Gazeta AM. Vou fazer a chamada da reportagem especial para o dia das mulheres do SPFC e do Santos FC e também o boletim do SPFC!
Espero que gostem desse cap, fiz com todo o carinho! Posto mais em breve!
PS: tava com muuuuuita saudades daqui



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Tris

Eu dirigi perigosamente até a periferia da cidade. Mais especificamente, até o bairro em que a polícia achava que Tobias estava sendo mantido em cativeiro. Faziam três dias já, e tudo que os policiais sabiam me dizer era: nós estamos trabalhando nisso. Eu sabia que quanto mais tempo um prisioneiro era mantido, menor era a chance de sobrevivência. E essa chance era menor ainda quando não havia nenhum pedido por resgate, nenhuma exigência, nada.

Estacionei o carro no endereço que eu havia conseguido na delegacia. Enquanto esperava alguma coisa acontecer, eu havia olhado um painel, com a foto e o endereço de um bandido conhecido por ser o chefe do tráfico do bairro. Especificamente, o bairro em que a polícia julgava que Eric estava mantendo Tobias.

Um grupo de homens, que estavam sentados na calçada se viraram para me olhar. Com certeza, um Porsche não era muito comum por aqui. Olhei os homens rapidamente, tentando ver se algum deles era Marco, o traficante.

Não, não era nenhum deles, mas eu me aproximei.

_Eu quero falar com o Marco - eu disse friamente. Eu sabia que demonstrar medo não era uma boa opção. Não que estar aqui fosse, mas eu tinha que fazer alguma coisa. Eu não podia continuar trancada em casa, chorando, enquanto Tobias corria risco de vida.

_E a princesa é quem? - um deles, com a cabeça raspada, perguntou.

_Quem está te mandando trazer Marco aqui. Agora - eu respondi mais friamente ainda. Os outros caras dera risadas. O cara que tinha falado comigo se levantou.

_Olha, princesinha, aqui, as coisas não funcionam do seu jeito.

_Nem do seu, visto que você não é o Marco. Vá chamar ele. Agora.

_Eu vou te dar apenas uma chance de ir embora. Isso aqui não é lugar pra pessoas como você. Riquinho não vem aqui, riquinho compra cocaína nas baladas. Então, dá o fora.

_Eu não saio enquanto não falar com Marco. - eu disse firme, embora eu estivesse morrendo de medo. - Eu tenho dinheiro, e ele pode fazer uma coisa por mim. Não saio enquanto não falar com ele.

Um outro cara se levantou e em seguida adentrou a casa. Esperei em silêncio. Eu tinha certeza que esses caras sabiam quem eu era. Eles me olhavam como se tivessem me reconhecido. Olhei em volta, só pra ver um dos pôsteres da minha campanha para a Prior's & Co pregado na parede de uma lojinha.

Dois minutos depois o cara voltou, acompanhado de um outro homem. Marco.

_Ouvi dizer que a senhorita queria falar comigo - ele disse. Marco. O cara tinha uma cicatriz horrível no rosto, tinha aquela voz típica de fumante e era bem mais baixo do que eu. Eu queria sair dali o mais rápido possível.

_Quero tratar de negócios - eu disse, ignorando todo o meu medo. Eu nunca tinha me metido com gente assim, e eu tinha noção que era perigoso. Mas que escolha eu tinha? Ou era isso, ou era esperar Eric desovar o corpo de Tobias em algum beco. Eu não ia chorar, e eu não ia sair daqui sem um sim como resposta.

_Que tipo de negócios seriam esses, Beatrice? - ele disse. Eu estava certa, eles sabiam quem eu era. Peguei a foto de Eric e dos outros dois caras. Não tinha sido difícil encontrar a foto na internet e imprimir.

_Preciso que você localize essas pessoas. Mas, tem que ser algo discreto.

_Minha querida, eu não mexo com...

_Vinte e cinco mil dólares agora, e vinte e cinco mil dólares quando você me entregar a localização exata dessas pessoas - eu o interrompi. Os olhos dele brilharam.

_O que eles fizeram, para a senhorita estar tão, hum, desesperada atrás deles? - ele perguntou, com uma inocência fingida.

_Eles estão com uma... coisa que é minha. E eu quero de volta. - eu respondi. Era melhor não colocar o nome de Tobias no meio. - Fiquem ligados, a polícia também está nessa, mas, eles não tem noção de onde essas pessoas podem estar.

_Digamos que eu os encontre, e eles percebam o que eu estou fazendo, e... - ele começou. Eu sabia onde ele queria chegar.

_Marco, esses três são fugitivos da lei, você não vai querer ser indiciado por ajudar fugitivos, vai? E outra, eles não tem um tustão furado. Eu tenho grana. - eu disse, encarando o homem. Meu sangue fervia. Marco se manteve em silêncio, assim como seus homens.

_Negócio fechado, senhora Eaton. - um arrepio passou pela minha espinha. Eaton. Tobias. Resisti ao impulso de começar a chorar. Chorar era tudo que eu tinha feito durante os últimos dois dias.

Ninguém entendia. Eu me sentia extremamente culpada por tudo que estava acontecendo com Tobias. Se não fosse eu, nesse exato momento ele estaria sentado, na sua sala, na Eaton’s lendo algum contrato ou alguma coisa assim. Embora doesse muito, eu realmente entenderia se ele nunca mais quisesse olhar na minha cara.Eu estava começando a concordar com o que Zeke dizia desde o começo. Eu era a pessoa errada pra Tobias, eu estava fazendo ele perder o foco. Eu estava mexendo com a cabeça dele. Talvez, nada do que eu fizesse podia apagar essa mancha da minha presença na vida dele, mas eu jurara pra mim mesma que eu tiraria ele dessa.

Tobias nunca estaria sendo refém, se Eric não tivesse ameaçado fazer alguma coisa comigo. Eu nunca me perdoaria se acontecesse alguma coisa com ele.

_Senhora Eaton? - a voz de Marco me tirou do meu devaneio. Eu peguei o dinheiro e o entreguei a Marco, junto com um número de telefone descartável que eu havia comprado. Eu sai o mais rápido e o mais silenciosamente possível dali.

Dirigi pra casa, sem prestar muita atenção no caminho. A única coisa que eu queria, era me enfiar de baixo um edredom, com uma camiseta de Tobias, e fingir que ele ainda estava ali. Eu sabia que não ia conseguir dormir, assim como não tinha dormido nos últimos dias. Nem dormir, nem comer, nem nada. Tudo o que eu conseguia fazer, era me trancar no quarto e ficar como um zumbi.

E agora, a única coisa que eu podia fazer, era esperar um telefonema.


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Notas finais do capítulo

PS: Não me matem
PS2: comentem bastante
PS3: amo vocês!
E quem aí quiser fazer Jornalismo, recomendo super! Melhor curso que existe!!!! Venham pra Cásper