Atsui Kisu escrita por Carol


Capítulo 2
Demônio Rosa


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente queria agradecer a ThisIsSoKawaii por ter comentado no capitulo anterior, me deixou extremamente feliz! Seis pessoas acompanhando, quanta felicidade e favorito :3
Bem, não vou me alongar muito nas notas porque não sei como fazer isso, então aproveitem o capitulo!



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­­– Ah... O que diabos foi isso? – Fiquei tão pasma com a saída com o idiota de cabelos rosa que nem reparei na pequena garota que se aproximava de mim, fazendo assim eu quase ter outro ataque cardíaco.

– Não se preocupe, ele é pouco associável mesmo. – Ela deu uma leve batidinha no meu ombro e sorriu. – O nome dele é Natsu Dragneel, um gênio da dança com apenas dezessete anos. Ganhou vários prêmios na escola segundaria entre outras coisas, e por conta disso se acha um garoto especial.

– Ele pode ser tudo isso, mas tenho um mau pressentimento sobre ele. Um pouco esnobe ele fazer isso tudo com uma garota que conhece a menos de dois minutos. Desculpe, mas, tenho que ir, deveria estar no dormitório há muito tempo já.

– Tudo bem, talvez a gente se esbarre por ai de novo novata! – Ela acenou enquanto eu já estava bem longe.

Segui por um túnel de rosas que dava em um jardim e logo depois dei de cara com uma enorme casa, a cor dela era um bege claro e nas janelas podia notar ramos de flores de todas as cores. Entrei e me deparei com uma linda sala com dois sofás e um tapete cheio de almofadas, a cozinha era dividida da sala apenas por um balcão de granito. Andando mais um pouco vi uma escada que deveria ser onde ficavam os quartos.

– O meu fica no final do corredor... – Todas as portas eram decoradas de alguma forma, fui andando direto e cheguei em uma porta em branco, devia ser essa.

O quarto era simples. Uma cama, uma mesinha, uma janela que dava pra ver o jardim e pelo que eu vi, o banheiro teria que ser compartilhado. Estirei–me na cama, era macia e confortável. Peguei a mochila que tinha jogado perto da porta, tirando algumas coisas que tinha trazido comigo do meu antigo quarto, como um pôster de uma banda que eu adorava, um porta retrato com uma foto da minha mãe em uma das suas ultimas apresentações que ela fez antes de morre e um quadro em que estava eu, meu pai e minha mãe. Prendi o pôster na parede e fui colocar os portar retratos na mesinha.

– Certo você não precisava colocar isso aqui.

Derrubei o a foto e olhei de onde vinha a voz. Era da parede, isso que dizer que o pôster falou? O pôster caiu e dei de cara com duas garotas saindo de um buraco, uma dessas garotas a que encontrei mais cedo.

– Um buraco na minha parede?!

– Desculpe, mas esse buraco leva até ao meu quarto. – Uma garota ruiva sorriu enquanto se apoiava na passagem do meu quarto pro dela. – Sou Erza Scarlet, sua vizinha de quarto. É um prazer te conhecer.

– E eu sou Juvia Lockser, moro no quarto do outro lado. – Dessa vez foi a garota do lado, ela tinha lindos cabelos azuis encaracolados e um sorriso gentil no rosto.

Eu praticamente invadi o quarto da tal Erza pelo buraco, era um quarto bem parecido com o meu, a única diferença visível era as paredes. Essas estavam pintadas de vermelho e preto, com vários desenhos em branco e muitas fotos e cartazes de filmes antigos.

– Uau... É incrível!

– O que é incrível? – A ruiva apareceu atrás de mim, me fazendo tropeçar em uma pequena pedra que tinha no quarto e me fazendo cair por cima de varias esculturas, fazendo elas se espatifar ao cair no chão.

– Ah... – Juvia me olhava com certa descrença. Jogou–se em cima dos braços da Erza e começou a chorar, bem ou estava chorando ou foi algo bem parecido com isso. – Erza o Gray–sama demorou um mês inteiro pra posar pra Juvia fazer essa escultura.

– Eu sinto muito Juvia–san. Não foi minha intenção... – Olhei para os escombros que antes era uma estátua e quase chorei. Muito bem, mal cheguei e fiz amigas e já chego quebrando as coisas dos outros. Mas bem, a culpa não é toda minha afinal tem varias coisas largadas aqui.

– O que devo fazer agora? – A azulada se jogou sobre a cama e fechou os olhos como se pensasse em uma solução. Já a ruiva se sentou em uma almofada perto da porta e começou a mexer no celular como se eu não tivesse feito nada de mais. – Aquela estatua era o meu projeto. Eu queria levá–la a exposição.

– Desculpe mesmo. Será que não posso fazer nada pra arrumar isso?

– Você quer mesmo me ajudar e ser perdoada...?

(...)

Okay, aquela garota era completamente pirada, e eu tinha que ter observado isso antes de ter aceitado a proposta louca que ela me fez. Por que ir ao dormitório masculino só pra tirar uma foto de um tal de Gray era loucura, se não fosse loucura, poderia ser insanidade, se isso não fosse a mesma coisa. Sinceramente não achei que ela fosse me pedir isso.

Pulei o pequeno muro e atravessei duas arvores e cheguei a um prédio de dois andares que mais parecia um galpão abandonado.

“Eu quero que você tire fotos do Grya–sama no dormitório. Você deve entrar pela porta vermelha e seja discreta!”

Porta vermelha, porta vermelha cadê você? Era a ultima, a abri bem devagar e dei de cara com vários garotos só de toalha. Que merda é essa? Ela não me falou nada que a porta vermelha era o banheiro masculino! Mas que merda Juvia. Senti todo o meu rosto esquentar, provavelmente eu devia estar mais vermelha que uma pimenta.

– KYAAAAA!

–Tsc.. – A próxima coisa que percebi foi eu sendo colocada no ombro do que descobrir ser Natsu Dragneel, afinal seu cabelo não é tão difícil de se confundir por ai. Peguei a primeira coisa que vi na minha frente: Um sabonete e enfiei na boca dele. Sim, nem mesmo eu entendi porque fiz isso.

Ele cuspiu e enfiou a boca em baixo de uma torneira.

– Você é louca garota? Estou tentando te ajudar a sair daqui.

– TARADO!

– Não grite se não quer que o supervisor apareça loirinha.

Dessa vez ele simplesmente pegou o meu braço e saiu me arrastando. Andou apressadamente por um longo corredor e abriu uma porta, me colocando no chão logo em seguida.

– Se esconda aqui por enquanto. – Ele me encarou e foi ai que eu percebi que ele estava seminu, vestia apenas uma calça e seu peito estava nu, mostrando todo o seu dorso desnudo e definido. Não poderia negar, o rosado tem um pelo porte físico mesmo sendo um tardo. – Ah... Você é a garota de hoje a tarde. O que esta fazendo aqui? Queria nos espionar?

– O quê? Claro que não. O único pervertido aqui nessa sala é você! Foi uma garota vizinha do meu quarto que me mandou aqui depois de eu ter acidentalmente quebrado uma escultura dela. Era pra eu tirar uma foto do Gray, e bem, ele deveria estar atrás daquela porta vermelha, mas no final só tinha um monte de caras pelados e você! – Abaixei a cabeça e comecei a bagunçar meu cabelo como uma maluca.

– Ela enganou você! Todo mundo sabe que a posta vermelha é o banheiro. – Ele me olhou como se eu fosse o ser mais idiota da face da terra.

Ela... Me enganou?

– Que malvada... Vou voltar pra casa, se as pessoas de Tóquio são assim aqui na escola imagina na rua?!

– Seria um desperdício. – Ele me puxou e pegou nos meus seios e logo depois na minha bunda. – Você tem um belo corpo.

Mas o quê diabos ele quer fazer comigo? Ele analisou meu rosto por alguns segundos e depois sorriu.

– Bons seios, costas longas. No final tudo combina. Você poderia tirar proveito disso para pedir para as pessoas te desenharem e mais, se você já quer tanto ir pra casa, é porque você sabe que não tem talento nenhum, então porque não simplifica as coisas e só serve de modelo logo?

Esse garoto é um demônio? Ele não pode falar do que não sabe. Ele não sabe que esse é o meu sonho e que se eu desistir dele estarei desistindo da minha mãe e de mim mesmo.

Ele se agachou e aproximou o seu rosto do meu e com o um sorriso sínico destilou suas palavras como veneno.

– Pessoas comuns têm uma vida mole. Você não deveria se importar em fazer algo pra nada.

Isso me magoou profundamente, e bem, crianças não tentem isso em casa. Eu o empurrei, mas ele ficou em pé por alguma sorte e eu simplesmente dei um chute em suas áreas baixas, fazendo assim ele se contorcer de dor no chão.

Abaixei–me lentamente, e apontei meu dedo pra ele enquanto já podia sentir as lagrimas brotando nos meus olhos.

– Oh, me desculpe por não ser uma pessoa excepcional! Eu nunca fui alguém especial, onde eu morava me dava bem com todo mundo, mas, sabia que não iria fazer diferença nenhuma lá. Por isso que vim pra cá. Eu queria... – Limpei algumas lagrimas que teimavam em cair. – Ser especial. Eu queria entrar nesse mundo brilhante da dança. Gênios não conseguem entender pessoas comuns e você é exatamente assim.

Me levantei e quando já saia pela porta me virei e gritei.

– VÁ PARA O INFERNO!

Sai correndo fazendo assim com que o meu celular caísse do meu bolso, ai eu lembrei qual foi o meu objetivo ao ir ali, era pra eu tirar a merda da foto. Voltei por onde tinha acabado de passar e tirei uma foto dele, que já estava de pé.

– O que..? – Ele me olhava espantado e com olhos arregalados depois do flash.

E sai correndo de novo. Dessa vez não tinha mais ninguém no banheiro, então passei todo o caminho de volta com facilidade. As lagrimas ainda insistiam em cair. Tudo por causa daquele imbecil que se acha o melhor cara do mundo.

Entrei no meu quarto e coloquei a cabeça pelo buraco que tinha na parede, apenas pra ver Erza e Juvia, sentadas vendo algo sobre esculturas no notebook. Joguei meu celular pra azulada, que o segurou com alguma dificuldade.

– Aqui... Suas fotos.

Voltei pro meu quarto de novo e fechei o pôster, tampando o buraco, mas, ainda pude ouvir Erza falar: “Aquela garota... tirou mesmo as fotos?! E ainda por cima do idiota do Natsu!”.

Me joguei no chão do meu quarto e puxei Plue, um pequeno urso que parecia um cachorro com nariz de cenoura da minha mochila.

Pessoas comuns têm uma vida mole. Você não deveria se importar em fazer algo pra nada.” Foi o que ele disse. Eu sabia que não era um gênio. Eu sabia bem lá no fundo, só não queria admitir, mas, eu realmente adoro dançar.

Obriguei-me a levantar do assoalho frio e me joguei na cama e me permiti ter uma boa note de sono, afinal, eu sou apenas uma garota chamada Lucy com 16 anos, uma garota normal como ele diz e mesmo assim vim estudar em um lugar extraordinário.

(...)

Era segunda de manhã, tinha acabado de tomar café no refeitório e estava indo pra minha primeira aula do dia, quando dei de cara com a pessoa que menos queria ver. Isso só poderia ser o destino rindo da minha cara.

– Gostaria de tirar a roupa pra mim loira? – Que vontade de tirar esse sorriso sínico da sua cara.

– Claro que não, sua pantera cor de rosa! – Simplesmente o ignorei e entrei na sala 1–C e sentei em uma das duas cadeiras vazias no fundo. Abaixei minha cabeça, massageando minhas têmporas. Eu não quero ver mais ele, nunca mais quero ver ele. Pelo menos isso que eu pensei até alguém se sentar ao meu lado e eu levantar pra o cumprimentar.

Mas o destino não está mais rindo não, nesse exato momento ele deve esta dando gargalhadas da cara de boba que eu fiz agora, porque do meu lado se encontrava nada mais nada menos que o demônio rosa rindo também da minha cara. Prevejo que esse vai ser um longo dia.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Erros por favor me avisem, não revisei muito. Comentem, favoritem e tudo mais.
Até a próxima!
P.S: Quem acompanha o mangá Akatsuki no Yona eu tenho o 40 traduzido :3



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