Atsui Kisu escrita por Carol


Capítulo 1
A Chegada


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, primeira fic sobre FT espero que gostem. Qualquer erro me avisem, ou duvida tembém.



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Lucy abriu os olhos e viu que horas eram. Finalmente, hoje era o grande dia, a loira finalmente se mudaria para Tóquio e realizaria seu sonho de cursar na grande galeria de artes Fairy Tail.

Ela iria pra lá para estudar dança, um antigo sonho de criança. Ser igual a sua mãe, uma grande dançarina, mas ao contrario dela não faria balé, isso com toda certeza não se parecia nada com comigo.

Olhei para o lado, percebendo a mochila azul que já estava pronta desde que recebi a carta de admissão. Meu passo não era a favor da minha ida, mas aceitou quando falei que era meu sonho e eu provavelmente ficaria infeliz se eu mudasse de ideia e resolvesse cursar administração como ele tanto queria. Mas no final de tudo eu o entendia, afinal, me criou praticamente sozinho depois da morte de Layla e abrir mão de sua própria filha deveria ser difícil.

Fui me arrumar, já que o avião sairia as dez e já eram oito e pelo tempo que eu demoraria prevejo, as despedidas vão demorar mais que o esperado.

Depois do longo banho, me permiti em muitos séculos, colocar apenas uma blusa simples e shorts. Assim que peguei minha mochila, percebi que eu deixaria de ser a grande herdeira dos Heartfilia e seria apenas a garota loira que gosta de dançar e que seguiria seu sonho de infância.

Segui pra sala de jantar, quando cheguei lá observei uma cena que provavelmente não veria por muito tempo, meu pai, o famoso coração de gelo nos negócios, parecia apenas um cara normal que trabalha na semana toda, mas, no final de semana vestia bermuda, usava sandálias de dedo e lia jornal enquanto tomava uma boa xícara de café. Esse é o Jude que eu conheço.

—Bom dia pai – O cumprimentei e me sentei ao seu lado logo pegando uma torrada e a enchendo de geleia de morango. Ele simplesmente acenou um "Oi" ou pelo menos encarei assim. Alguns minutos depois, ele finalmente dobrou o jornal e sorriu.

—Preparada pra viajem?– apenas dei de ombros e confirmei.

—Mais pronta que isso é impossível– Ele apenas riu e balançou a cabeça.

—Acho que está na hora de se despedir Lucy, já são nove e quinze e bem,

Virgo ficaria decepcionada se você saísse e não se desperdice dela.

Confirmei e fui a direção a cozinha onde eu com toda certeza encontraria a pequena empregada de cabelo rosa e manias estranhas.

[···]

Três horas depois eu finalmente desembarcava em Tóquio. Como podia caber tanta gente em um lugar só, era a pergunta que eu me fazia no momento. Logo tratei de me recompor e procurar o papel com o endereço e logo peguei um táxi.

Poderia se dizer que era perto, cheguei em menos de quinze minutos a uma grande construção. Os grandes portões estavam abertos e alunos e ao que parecia professores entravam e saiam.

"Vamos Lucy, não seja uma medrosa!" peguei todas as minhas coisas do táxi o pagando ao mesmo tempo, respirei fundo e passei pelos portões que levariam ao meu futuro.

Uma garota que aparentemente era alguns anos mais velha que eu, passou ao meu lado, com certeza era uma modelo, seu corpo longo e aquele cabelo longo e branco a entregavam para qualquer um que já tivesse pelo menos folheado uma revista de moda ou música.

— Olá... – A loira vacilou um pouco, mas, tomou coragem e tocou levemente o ombro da albina que na mesma hora se virou e encarou Lucy – Você poderia me mostrar o caminho para a secretaria da escola?– Lucy tentou ao máximo fazer uma boa primeira impressão, afinal aquela era Mirajene Strauss e com toda certeza não a queria que ela a visse como uma rival.

— Olá! – A mais velha deu um sorriso doce e apenas assentiu. – Chegou na hora certa, estava indo agora mesmo indo lá para entregar alguns papeis para o diretor Makarov, apenas me siga e tente não se perder.

A loira simplesmente assentiu e seguiu a garota na sua frente que andava rápido, como se já tivesse feito aquele caminho milhares de vezes só naquela semana.

— Você deve ser uma aluna nova, nunca vi você por aqui. – Lucy sussurrou um sim. Toda atenção que dava a Mirajene foi deixada de lado no mesmo momento que entrou no pátio da Fairy Tail, era um lugar aberto, mas pra cada canto que olhasse encontraria uma cerejeira, coisa que Lucy achar não ser tão fácil de achar em Tóquio.

— Hum... – A albina estalava os dedos na frente do rosto de Lucy que apenas levou um pequeno susto e sorriu envergonhada para a garota em sua frente. – Acho melhor a gente ir, a escola é bem grande e eu preciso entregar esses papéis para o diretor Makarov antes do almoço...

Mirajene andava na frente, mas de repente parou, fazendo que por pouco a loira não colidisse com ela.

— Eu sei com está se sentindo... –Ela olhou para o teto, como se lembrasse de uma coisa boa e sorriu –... É como a única coisa que faltasse era que algumas pequenas fadas saíssem de trás das cerejeiras e começassem a dançar e realmente fazer jus ao nome da escola. Mas vamos logo, temos um grande caminho para percorrer garota sem nome.

— Oh, como eu sou mal educada. Meu nome é Lucy, Lucy Heartfilia. –A mais nova soltou um peno sorriso e estendeu a mão que prontamente foi apertada elegantemente pela albina que também sorriu de volta.

Ela percebeu que Lucy era uma boa garota só pelos seus gestos, ela conseguia facilmente decifrar pessoas, e com toda a certeza a loira à sua frente entrava nesse tópico.

— Mirajene Strauss ou apenas Mira a sua disposição, precisar de mim é só me procurar na secretaria, quase sempre estou lá. – Lucy olhou com certo pavor para Mira, então ela era aquele tipo de aluno que vivia se metendo em encrenca e vivia na diretoria?! Não imaginava aquilo, mas a vida não era dela e não se meteria.

Alguns minutos depois as duas garotas se encontravam em frente a uma grande porta branca que tinha escrito em uma letra bem simples "Diretor Makarov." A loira percebeu que a fechadura era um pouco mais baixa que o normal, não entendeu, mas simplesmente deu de ombros e esperou Mirajene que conversava alegremente com uma moça na recepção, a mesma bateu levemente na porta, escutando um simples "Entre". Mira foi a primeira a entrar, deixando os papeis em cima de uma mesa posiciona bem no meio da sala. Atrás da mesa se encontrava o diretor, um senhor sem boa parte do cabelo que já estava branco pelo tempo, com a estatura mais baixa que o normal, que se não fosse as poucas rugas marcando o seu rosto poderia chamar o diretor de criança facilmente.

A albina deixou os papeis em cima da mesa e acenou para os dois, saindo e fechando a porta discretamente.

— Srta. Heartfilia, que bom que chegou cedo, você trouxe os papéis que foram pedidos quando seu pai pegou a folha da matrícula?

— Aqui Diretor. – Entreguei uma pasta contendo alguns documentos sobre mim e as outras escolas que eu estudei.

— Bem, pelo que parece está tudo em ordem. Posso te chamar de Lucy? Sabe, seu sobrenome é um pouco longo... – O pequeno diretor se levantou e andou até a porta, abrindo a mesma e com um simples gesto me chamou para acompanha-lo.

— Eu não me importo!

— As aulas começam amanhã como você já deve saber, as regras daqui são bem simples ao todo. – Ele parou para cumprimentar um grupo de estudantes que logo foram embora, deixando os dois sozinhos de novo. – Você terá todas as aulas normais, como em qualquer escola acontece, mas temos uma pequena diferença. À tarde você estudará sobre o curso que desejar, sendo que teatro é a única aula obrigatória, que todos os alunos devam participar. Entendeu tudo?

— Pode demorar um pouco, mas vou me esforçar para tentar lembrar de tudo. – Makarov soltou um pequeno riso e me entregou uma folha que continha todos os horários de aula que eu precisaria naquele semestre.

— Acho que já dei muita informação hoje. Por que não vai para o seu quarto no dormitório feminino e conhece as garotas? Vá direto e vire na terceira à esquerda, quando encontrar uma grande construção parecendo uma cabana você chegou ao lugar certo.

O lugar era tão grande que parecia até mesmo uma pequena vila na cabeça sonhadora da garota. Alunos iam e vinham com matérias, caixas, sons e até mesmo uma estátua de um cara praticamente pelado, porque aquela pequena folha não cobria muita coisa da escultura.

Segui pelo corredor que o diretor havia falado e no caminho recebi pequenos acenos e sorrisos amistosos ou até mesmo alguns assovios de um grupo de garotos mais ousados que saiam de uma enorme sala e pela enorme placa descobri ser a cantina do dormitório.

Faltava bem pouco para chegar ao lugar. Eu já Podia ver as árvores e plantas bem femininas bem a sua frente, mas uma música chamou minha atenção. Ela não era rápida, mas sim não era uma batida romântica e sim sensual.

Eu nunca fui um sinônimo de obediência e mesmo com minha consciência avisando que não era pra segui a música, mas eu simplesmente ignorei essa vozinha e fui.

Bati uma, duas, três vezes e nada de alguém responder. A curiosidade falou mais alto e abri a porta, pronta pra encontrar alguma amiga de matéria, que no caso seria nosso passaporte para um brilhante futuro.

— Tem alguém aqui? – percebi tarde demais que aquela foi uma pergunta idiota, e que eu daria de tudo pra não a ter feito e visto o garoto no canto da sala dançar mais alguns passos. Eu me sentia como uma cobra que acabou de sair do cesto e estava hipnotizada por seu domador.

Ele estava de costas para mim, a blusa toda molhada de suor definia todos os músculos da parte de trás, ele era pelo menos um palmo mais alto que eu, mas mesmo percebendo isso em menos de meio minuto, a inspeção mais demorada foi em seu cabelo exótico. Um rosa que com toda certeza chamaria atenção por onde passasse, o cabelo levemente desgrenhado dava ele uma aura sexy, justamente como a da música que tocava há pouco.

Ele desligou o aparelho de som e pegou uma toalha se virando pra mim e pela primeira vez eu pude ver os seus olhos, olhos marcantes e tão verdes quanto ao de um gato.

— Ei garota, sua mãe não te ensinou boas maneiras não? Quem você acha que é pra atrapalhar o ensaio alheio?! – O seu olhar sobre mim foi constrangedor. Percebi que ele me olhou milimetricamente, fazendo o seu olhar demorar mais sobre o meu busto, me fazendo colocar os braços cruzados sobre ele.

— É claro que minha mãe me ensinou boas maneiras, eu só queria ver uma das salas e quem estava dançando. Desculpe-me, por favor! – Me curvei alguns centímetros, escutando a pequena parte do meu cérebro que não foi afetada pela beleza dele; talvez essa deve ser a parte que uso para passar as folhas dos meus livros. Ri internamente e me levantei rápido o suficiente para o ver passando ao meu lado fazendo o seu forte perfume ficar empreguinado no ar.

— Aqui não é sua casa Loirinha, não interrompa meus ensaios de novo ou posso fazer você voltar mais cedo pra casa com um estalar de dedos, então cuidado.

Ele ia saindo, mas de repente parou, deu meia volta e jogou a toalha sobre o ombro esquerdo enquanto olhava diretamente nos meus olhos e soltava um dos sorrisos sínicos mais bonitos que eu já tinha visto. Ele se virou de novo fechando a porta logo em seguida.

Uma coisa eu tenho que colocar em minha cabeça é: Garotos de cabelo rosa pode ser um perigo muito grande.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Comentem! >
Sobre as postagens, eu não sei ao certo quando vou postar, mas já tenho metade do capitulo pronto.
Beijos e até a próxima!



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