A Filha da Máfia - Dramione escrita por Filha de Hermes


Capítulo 2
Capítulo 2 - A caminho de Hogwarts




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Enquanto andávamos nossa comitiva chamava atenção, eu ainda achava um exagero tudo isso, mas meu pai é um maluco super protetor, meus nem tão queridos irmãos estavam espalhados a minha volta, todos vestiam calça jeans, camisa, gravata, colete ou terno, óculos escuros, e alguns chapéus, segundo eles eram para não chamarem atenção, como se isso fosse possível, 16 rapazes altos, musculosos, bronzeados que pareciam saídos de uma revista chamam atenção mesmo que vestidos de mendigos, meu pai com seu terno risca de giz ao lado da minha querida mamãe, faziam até mesmo adolescentes virarem para olha-los, para ajudar tudo uns 10 homens de terno preto estavam a nossa volta com comunicadores preso a orelha e de olho em todos.

Quase gritei de felicidade ao ver as plataformas 9 e 10, andei mais rápido atravessando a parede sem ligar se algum trouxa visse, meu coração pulava em meu peito enquanto eu olhava o trem vermelho, olhei em volta procura de algum amigo, mas não vi nenhum e mesmo que visse eles não me reconheceria, usava um scarpin preto, calça jeans preta colada, camisa branca sócias com alguns botões abertos, gravata preta bem solta, colete preto, óculos de aviador, braceletes de couro nas cores preto e branco e um chapéu habilmente roubado do armário do Giovanni, ou seja, bem diferente da Hermione que todos conheciam.

Dois capangas do meu pai que eram bruxos, pegaram os malões e colocaram no vagão de carga, antes de voltarem para o lado trouxa um deles, Raphael, veio até mim e me deu um beijo no canto da boca me desejando sorte nesse ano, eu já tinha ficado com ele algumas vezes e meus irmãos sabiam disso, mas nunca ligaram pelo fato deu não querer algo serio e nunca ter passado dos beijos, o que era uma pena para mim porque o Raph parecia um modelo.

Um apito suou pela estação avisando que daqui alguns minutos o trem ia partir, me virei para meus pais, Sr. Bosco como sempre tinha aquele olhar serio sem emoções, mas para quem o conhecia sabia que se pudesse ele estaria chorando por seu filhos partirem, o abracei forte já começando a sentir saudades do meu pai.

_ Prenditi cura di te mia principessa, scrivetemi una volta arrivati​​. Ti amo così tanto il mio angelo. (Cuide-se bem minha princesa, escreva-me assim que chegar. Te amo muito meu anjo.) – ele sussurrou em italiano em meu ouvido.

_ Anche mancherà papà. (Também vou sentir saudades papai) – respondi em mesmo tom.

Assim que ele me soltou abracei minha mãe que diferente de todos era loira, ela me abraçou chorando falando em francês para que eu me cuidasse, que não aprontasse esse ano e que escrevesse sempre, em seguida me despedi de meus irmãos, todos me abraçavam me davam um beijo na testa e pediam para que eu me cuidasse, todos a nossa volta nos encaravam, a maioria sem entender nada do que falávamos por ser tudo dito em italiano ou francês, fora o fato de todos serem veelas puros, o que era uma raridade nos tempos atuais, mas que em algumas famílias mais tradicionais italianas e francesas era normal.

Subi no trem e segui direto para a última cabine, meus gêmeos assim como Lorenzo e Henrico que serão os novos professores de DCAT e História da Magia vieram junto, assim que entramos me deitei no colo do Lore que logo começou a fazer um cafuné em mim, não sei quanto tempo dormi, mas acordei sentindo o melhor cheiro do mundo, era algo meio amadeirado, chocolate, menta e uma outra coisa que eu não me lembrava o nome, mas que tinha na casa dos meus avós na França, levantei em um pulo fazendo meus irmãos se assustarem e fui em direção a porta da cabine que estava um pouco aberta.

Draco Malfoy estava parado ao lado do carrinho de doces que estava no corredor, o cabelo loiro platinado estava mais curto em um corte moderno, os músculos que vieram com o quadribol em destaque por uma camisa preta um pouco mais justa, e o cheiro que fazia minha cabeça dar voltas e voltas vinha dele, assim que ele virou para mim como se sentisse alguém o encarando a veela que até então estava quieta só me atormentando em sonhos se fez presente com força total, tinha certeza que meus olhos que agora após a transformação são verdes estavam escurecendo até ficarem completamente negros, a veela gritava em minha mente que ele era meu, que eu devia marca-lo como meu companheiro e afasta-lo das garotas que estavam no corredor o olhando, respirei fundo sentindo mais daquele cheiro maravilhoso sentindo a veela ficar ainda mias forte em minha mente.

Dei um passo à frente, mas quatro braços me envolveram me mantendo no lugar, olhei para trás vendo Lorenzo e Henrico me segurando firmemente, rosnei para eles com raiva por não me deixarem chegar perto do meu companheiro, mas eles me ignoraram, os olhos dos dois escureceram se tornando negros e o aperto em meus braços ainda mais firmes, me arrastaram novamente para dentro da cabine e fecharam a porta lançando uma dezena de feitiços que eu nem me dei ao trabalho de reconhecer, a raiva por eles me afastarem de meu companheiro me consumia, queria ataca-los e depois ir atrás de Draco, mas o pouco que restou do meu lado emocional sabia que os 5 veelas me derrotariam rapidamente.

_ Quem? – Hector foi o primeiro a abaixar a guarda se sentando a minha frente, me encarava fixamente quando perguntou.

_ O loiro, Draco Malfoy. – respondi suspirando, pelas caras deles queriam mais informações – Sangue-puro, sonserino, último ano, ex-comensal da morte, implica comigo desde que eu entrei aqui por ser uma “sangue-ruim” e antes que me perguntem, em nenhum momento antes quando eu fiquei perto dele meu lado veela deu sinal de vida.

_ Pode ser culpa do feitiço. – Hermes resolveu dar sinal de vida atraindo atenção de todos.

_ Ele pode ter razão. – concordou Ric fazendo com que olhássemos para ele espantados.

_ Infelizmente eu sou obrigado a concordar, você sabe que todos da nossa família quando nascem são enfeitiçados para que o lado veela só desperte quando ele encontrar seu verdadeiro companheiro ou aos 17 anos. – Lore começou a explicar o que já sabíamos, mas antes que falássemos algo fez sinal pra que escutássemos primeiro – É por culpa desse feitiço que algumas características físicas não sofrem mudança, nosso cabelo continua castanho mesmo após a despertar. A vovó com sempre me emprestou um de seus livros, nele continha algumas características da maldição, uma delas é que o feitiço é forte de mais suprimindo seu lado veela e o outro é que por você ter sentimentos ruins pelo seu companheiro antes do despertar, seu lado veela não acordou, mas agora você é obrigada a aceita-lo.

_ Você nunca escondeu de ninguém que odiava Draco Malfoy, foi por isso que seu lado veela não acordou antes para reclama-lo como seu, mas você sempre ficou perto dele mesmo que não tivesse consciência disso, você mesmo nos disse que vocês brigavam quase todos os dias, era seu lado veela que fazia você ficar perto dele mesmo que somente para uma discussão. – Rico disse, detestava isso, mas eu tinha que concordar com eles.

_ O que eu faço agora? – me perguntei baixinho, mas eles ouviram, pois me responderam.

_ Conquiste-o. – disseram juntos.

Levantei rapidamente fazendo com que eles se assustassem, encarei meu reflexo na janela, eu podia ter escondido aquilo por anos, mas não podia negar o que eu era, uma veela, uma maldita veela, meus olhos estavam negros e meus cabelos castanhos se remexiam como se estivesse ventando, eu era um monstro no corpo de um anjo, ri com isso fazendo com que meus dois caninos aparecessem. Eu teria que ficar perto de Draco eu querendo ou não, mas não tentaria conquista-lo, não importa o que a veela quisesse não era que quem queria, aparentemente eu iria morrer aos 18 anos.

_ É uma missão impossível, eu vou ficar ao lado dele, mas não irei tentar conquista-lo. – decretei antes me jogar no banco colocar meus fones de ouvido em um rock no máximo, fechar meus olhos e começar a planejar meus últimos momentos de vida.

Meu irmãos ficaram durante 20 min reclamando e brigando comigo e quando perceberam que não tinha jeito suspiraram e se jogarem no banco.


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