Olá, bem aqui vai os últimos acontecimentos da semana... conheci o cara mais legal desse mundo. Carlos. Nos tornamos muito amigos e eu estava adorando isso. Quer dizer, é muito louco para mim, ter alguém para conversar na classe, eu levei minha primeira chamada por conversar na classe. É, eu estou pirando... ele mudou de lugar na sala, e agora senta do meu lado lá no fundo da classe.

Bob parou de falar com ele, sem nenhuma explicação e nem ele ou seus amiguinhos idiotas estão mais mexendo comigo. O que era ótimo, minha vida estava tomando um rumo totalmente diferente do que eu esperava no começo de ano! As vezes eu me perguntava se isso estava realmente acontecendo ou era só um sonho... um sonho bem longo diga-se de passagem. Ele tinha se tornado meu melhor amigo e eu havia me tornado o mesmo para ele, ou seja, eu não poderia ter aqueles pensamentos.

As vezes, eu me perguntava se gostava de Carlos, não como amigo, mas logo tirava isso da cabeça, quer dizer, ele era meu amigo só isso, e eu sou muito idiota por pensar nisso.

Estava chegando na escola, quando Carlos pula na minha frente do nada, levo um susto. Ele fala rindo:

– Bom Dia Logie, tá assustado.

Ele me chama de Logie as vezes e eu o chamo de:

– Ei Carlitos! Bela maneira de começar meu dia.

Nós rimos. Entramos na escola e fomos para a classe, conversamos e estudamos, tudo bem que nós mais conversávamos do que prestávamos atenção na aula, ele estava me levando para o mal caminho, mas quer saber, eu estou adorando isso. Depois de umas cinco aulas tediosas, o sinal para o intervalo toca.

Agora, virou... como posso dizer, um tipo de costume levar comida de casa e ir para o jardim da frente da escola almoçar. Era o melhor momento do dia. Estávamos sentados lá, quando Carlos fala:

– Cara, é hoje!

Eu fico assustado com o que ele diz e pergunto:

– É hoje o quê?

– Ah é, eu não te contei...

– Contar o que?

– Vou fazer o teste para entrar no time de Hóquei da escola.

– Espera, você realmente vai tentar entrar no time.

– Sim, Bobo.

– O mesmo que o Bob e alguns idiotas seguidores deles estão?

– Cara, você sabe que eu amo Hóquei e ele nem são os donos do time, eles são da reserva.

Nós rimos muito, era verdade, apesar de Bob fazer todo um charme por ser parte da equipe de Hóquei da escola, ele não era a estrela do time nem de perto. Eram uns alunos do terceiro ano... deixa eu ver se lembro o nome... Ah é Kendall e James, nossa escola, não perde um campeonato de Hóquei, há dois anos, desde que os dois entraram, com certeza, esse ano não iria ser diferente. Falo:

– É Muito difícil entrar, nem sei como Bob conseguiu.

– Eu sei, mas acho que sou bom. São aqueles carinhas do terceiro que escolhem, né.

– Isso, Kendall e James.

– Eu nunca vejo eles.

– Bem, pode se dizer que os dois são muito amigos, literalmente, eles não falam com ninguém, a não ser que tenha haver com jogo, isso é estranho.

– Nem tanto, nós estamos fazendo o mesmo

Carlos fala, nós rimos e eu respondo:

– Ótimo, agora só falta nós virarmos as próximas estrelas de Hóquei da escola.

– Você joga Logie?

– Não, nem um pouco. Acho que sou o único cara de Minessota que não joga ou gosta muito de Hóquei.

– Nossa, mas você vai para me apoiar né?

– Posso pensar no seu caso, Carlitos.

Nós rimos, mas, apesar disso, estava meio chateado com isso, não queria que Carlos fizesse parte daquele estúpido time do Hóquei, ainda mais com Bob lá, porém não posso fazer nada a não ser apoiar Carlos nisso.

O sinal bate e nós voltamos para a sala, tivemos mais uma aula, hoje saímos mais cedo por causa da seleção no Hóquei. Eu vou ficar na escola para ver Carlos no teste. Os alunos vão embora, o pessoal do time está lá na quadra, esperando os candidatos. Vou com Carlos ao vestiário, era minha primeira vez ali, quer dizer não me daria ao luxo de alguém aprontar comigo lá dentro, porém sei que estaria seguro com Carlos lá comigo.

O vestiário estava vazio, ele estava um pouco atrasado para o teste, mas ele nem se importava. Carlos tira da mochila, um uniforme velho vermelho de Hóquei, ele me diz que era da sua antiga escola.

Depois disso acontece a cena mais constrangedora da minha vida, Carlos começa a tirar a roupa ali, bem na minha frente. Eu fico imóvel, sem reação alguma, se bem que queria estar vermelho, mas me controlo o máximo possível.

Ele tira a camisa... Ele era bem musculoso, muito na verdade... ele parece que malha muito, diferente de mim. Eu não era musculoso e também não era magro, eu poderia dizer que sou um meio termo, meu tipo físico, com certeza, era diferente do de Carlos, nunca tirei a camisa na frente de ninguém, só da minha mãe quando eu era criança, então eu acho que isso não conta.

Ele era o cara mais lindo que já vi. Droga, tento pensar em outra coisa, mas ai, o próprio, tira as calças. As pernas dele eram grossas, o que mostra que ele não malhava só a parte de cima. Não conseguia raciocinar direito, droga, aqueles pensamentos estão voltando... Merda, merda, merda. Ele estava com uma cueca box branca bem apertada, eu resolvo, bem disfarçadamente segurar a respiração. Ele se Vira bem na minha frente e OMG! Carlos faz a proeza de tirar a cueca. Droga, ele tira. Olho para o teto. Não aguentava mais segurar a respiração, e solto de um jeito nada discreto. Carlos, sem roupa se vira para mim e pergunta:

– Logie, Você este bem?

Eu não respondo e resolvo sair correndo do vestiário, não poderia ficar ali, com ele. Bem, não poderia ficar vendo como ele veio ao mundo, mas nossa, ele era um deus grego ou melhor Latino. Ele era baixinho, mas muito forte depois de uns minutos Carlos, já vestido, sai do vestiário e vem até mim.

– Por que o senhor saiu correndo?

– Ah, Eu tinha esquecido uns papéis importantes na classe, fui lá buscar.

Minto para ele.

– Bem, avisa antes, você me assustou com isso.

Depois de ter tido a melhor visão da minha vida, tá, realmente, aquela imagem dele, o corpo perfeito dele, nunca iria sair da minha mente eu talvez, só talvez agradeço por isso.

Seguimos para a quadra onde seria realizado os testes, chegamos no portão quando Carlos fala:

– Bem Logie, me deseje sorte.

– Tem certeza que quer entrar?

– Sim, mais do que tudo.

– Bem, então boa sorte.

Eu me viro, mas já sabia o que Carlos iria fazer... ele me abraça e eu o abraço de volta, mas dessa vez era diferente, nós não nos soltamos, ficamos ali abraçados por alguns minutos, nenhum de nós parecia querer se soltar.

Carlos, olha fixamente para mim e eu para ele, estávamos lá nos encarando cara a cara, acho que nós poderíamos nos... A Porta da quadra se abre e alguém nos interrompe:

– Vocês vão para o teste?

Era um cara loiro, Kendall, eu acho, no instante em que ele fala nós nos afastamos... ficamos meios constrangidos, mas kendall parece não ligar para o que viu, afinal não aconteceu nada... e quer saber, nem sabia ser iria acontecer alguma coisa. Carlos não gosta de mim, quer dizer, gosta, mas como amigo, eu acho e eu também eu acho. Bem, apesar de constrangido me despeço dele, e sigo para a arquibancada... Kendall me pergunta se eu vou fazer o teste e eu nego, já Carlos segue ele para a quadra.

Chego na arquibancada, a mesma do começo do ano, só que agora está totalmente vazia e por coincidência, literalmente, sento bem aonde vi Carlos correndo pela primeira vez e acontece de novo, vejo Carlos correndo na quadra, só que dessa vez ele acena para mim todo sorridente. Então a ficha cai de vez.

Eu estava Apaixonado por Carlos Garcia Pena ou como gosto de Chamar Carlitos. Então, todos aqueles xingamentos de viado, gay, frutinha, passam pela minha mente e droga, eu sou Gay e estou apaixonado pelo meu único amigo. Droga Logan, você consegue ferrar com tudo, estou amando ele...