Demons escrita por Sarah Alves


Capítulo 5
Arriving Home


Notas iniciais do capítulo

Oi oi gente! Primeiramente queria agradecer muito as pessoas que abriram essa página ao ver que (enfim) teve uma atualização, e também as pessoas que estão aqui pela primeira vez. Muito obrigada, vocês sempre fazem a minha vida mais feliz.
Acho que já virou rotina, nas notas iniciais eu começar a fazer aquele bla bla bla de desculpas, que não pude postar por causa de isso e isso, sei que já ficou chatíssimo. Por isso vou resumir tudo logo e espero que voces entendam... Meu colégio está exigindo de mim muito mais do que eu pensei (pra quem não sabe, estudo em um colégio militar), o enem tá aí e por mais que eu ainda esteja no primeiro ano, já tenho que me preparar porque a concorrência tá grande. Minha família também não está lá essas coisas comigo, culpa a internet por tudo, então eles vivem tomando celular, notbook, etc, de mim. Graças a Deus os problemas amorosos sumiram e espero que eles fiquem perdidos no além até o fim da minha vida.
É isso, babys, espero que gostem do capítulo...fiz com muito amooor. ((também né depois de mil anos)) As coisas vão ficar calmas, pacíficas por um tempo, já que o grupo do Rick precisa se acostumar com a calmaria, pra depois chegar a tempestade.
Beijos no heart e boa leitura *_*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/558647/chapter/5

Ao entrarmos na casa, Rick e o restante do grupo fica admirado, mas mesmo assim percebo que ele observa tudo, sempre alerta. É engraçado lembrar que quando eu era criança, ele agia quase da mesma forma, devido ao seu emprego. Certas coisas não mudam nunca.

Quem ''decorou'' esta casa foi minha mãe. Nos momentos tristes ou entediados, ela ficava tentando trazer um pouco de alegria para essas quatro paredes, mesmo que com poucas coisas. Uma florzinha ali, um quadro aqui, mesmo um móvel mudado de lugar já deixava tudo bem mais aconchegante.

Mesmo depois de tantos anos, tantas famílias que passaram por aqui, tudo continua igual. As paredes brancas, a cortina e os tapetes marrons, o sofá azul, os quadros, alguns desenhos feitos por mim e por ela emoldurados, até o cheiro continua o mesmo desde que chegamos.

O ex xerife me chama e tento me concentrar no presente. Ele pergunta se todas as casas são assim e se foram nós que as construímos.

Quando chegamos aqui, algumas já estavam prontas e outras pela metade. No início, achamos que fosse suficiente. Mas conforme a comunidade ia ficando mais cheia, tivemos que construir mais casas com os materiais que tinham sobrado. Depois construímos uma espécie de abrigo, onde as pessoas que vieram sozinhas ficam em barracas ou colchões, já que não temos mais material pra construir outras residências.

Percebo que alguns, como Carl, Maggie e Gabriel estão perdidos em seus pensamentos, suspeito que ainda devem estar processando tudo. Já Rick, Michonne, Daryl, Abraham, Sasha e outros que ainda não gravei o nome, escutam atentamente. Às vezes tenho a impressão de que seus olhares são como facas que perfuram todo o meu corpo. Porém não sinto medo e sim um sentimento desconhecido. Um misto de admiração com curiosidade e, claro, um pouco de pena. Seus olhares não são somente sofridos, como os dos moradores de Alexandria, mas também frios e cruéis.

Carl deixa Judith no chão e a menininha anda lentamente até a escada. Mais uma vez não deixo de ver os traços de Tia Lori no rosto da criança.

Pai, posso subir ir lá em cima? ele pergunta, olhando para Rick e, discretamente, para mim. Os olhos do pai de Carl dão uma pequena fraquejada, como se ele não tivesse certeza do que devia ou não ser feito, mas ele acaba deixando.

Enquanto subo as escadas com os irmãos Grimes, perco as contas de quantas vezes penso em conversar com ele, abraçá-lo, chorar, contar o quanto senti sua falta e a alegria que é ter finalmente alguém que me faça lembrar das coisas boas. Com certeza seria um lapso de loucura, então continuo subindo as escadas. O silencio não é constrangedor, pois só sua presença já basta para mim.

— Como eu disse, tem quatro quartos. Aquele ali é o de casal, o segundo é o banheiro, o terceiro é o da Judith, o do meio é pra quem quiser e o ultimo é o seu. Lá em cima tem o sótão, mas acho que ela não consegue subir ainda, então acho melhor mostrar pra você depois.

— Nem a minha casa de verdade era tão grande. — Carl diz, fixando seus olhos elétricos em mim. — Você ainda lembra, não é?

— De tudo. — Não só das casas, tenho vontade de dizer.

Judy começa uma tentativa engraçada de esmurrar as portas e vejo que é minha deixa pra mudar o rumo da conversa. Abro a porta pra ela e entramos todos juntos.

— Nossa. — o irmão fala, impressionado.

— Eu disse que era a cara dela. — brinco.

As paredes eram cobertas de um rosa claro, com algumas borboletas desenhadas de branco (ideia da minha mãe). Tinha uma cama pequena, com algumas bonecas e ursos de pelúcia, um pequeno guarda roupa e uma bancada com alguns livros infantis e vários lápis de cores diferentes.

A garotinha vai até a cama e tenta se jogar em cima dela, esparramando alguns brinquedos, que ela pega do chão e começa a brincar. Judith parece feliz como nunca foi antes.

— Acho que não tem problema você me mostrar o sótão agora. Também vai ser bom ela ficar distraída um pouco. — Sem nem esperar uma resposta minha, ele vai até a irmã e pede para que ela fique ali enquanto ele não volta, o que ela parece entender rapidamente.

É, realmente esse garoto continua mandão. Dou um sorriso fraco e ando em direção a escada do porão.

— Qual o motivo do sorriso?

— Digamos que o fato de você continuar o mesmo babaca. — explico, dando dessa vez um sorriso mais amigável. Atrás de mim, escuto ele dar uma risada, o que me deixa surpresa. Ele é capaz de sorrir?

Puxo a abertura que dá acesso ao porão, trazendo a escada junto e aceno para Carl subir primeiro.

— Primeiro as damas. — falo, dando tapinhas nas costas dele.

— E você continua a mesma insuportável.

Rimos juntos.

— Uau, a vista daqui é linda mesmo.

— Por isso eu digo que é minha casa preferida daqui, até melhor do que a minha. — digo, passando os dedos pela gaveta antiga e empoeirada.

— O que é isso? — ele pergunta, apontando para alguns papéis espalhados pelo chão, ao lado da janelinha.

Com um movimento rápido começo a juntar tudo, antes que ele pegue algo. Cartas que eu escrevia para minha mãe, depois de sua morte, cartas que eu escrevia pra Deus, alguns poemas e coisas que aconteceram no meu dia, até alguns desenhos da minha família estavam por lá.

''Bom, eu não sei por onde começar, já que aconteceram muitas coisas, mas vamos lá. Hoje o meu dia já começou agitado. Lily me acorda antes de todos, com seus gritinhos insuportáveis, o que já é um tipo de aviso de que meu dia será péssimo...’’ — Arranco o papel da mão dele e coloco no meio dos outros que estão comigo.

— Eu devia ter tirado isso daqui enquanto era tempo.

— Quem é Lily?

— Você vai descobrir mais tarde. — informo, sem olhá-lo nos olhos. Carl Grimes sempre foi uma das pessoas mais enxeridas de todo o mundo.

— Tá bom. — Carl fala, depositando seus olhos azuis em mim e em seguida movendo-os para a estante de livros. — Fala sério...

— Eu disse que você ia gostar.

— Ficaria muito ridículo se eu dissesse que poderia morrer agora? — Ele não desvia o olhar nem um segundo.

— Ficaria.

Carl Grimes sempre gostou de histórias em quadrinhos. Isso era uma das coisas que mais me fazia curtir com a cara dele. Sempre preferindo as leituras que tinham desenhos, do que as mais elaboradas e contendo somente longos textos. Não posso culpa-lo pelo fato de que eu adorava ler livros extensos e ele os mais bestas. Mas eu aproveitava para caçoar dele, já que esse era meu passatempo favorito.

Pensei que depois de tudo que ele havia passado, finalmente seus gostos tinham sido deixados pra lá, mas pelo visto estava enganada. Ele pega todas as HQs de uma vez só e fica observando completamente admirado.

— Calma ai, Grimes. Elas não vão fugir de você, por mais que essa seja a coisa mais lógica a se fazer. — Olho para o céu, que parece já estar escurecendo. — Agora isso é tudo seu.

Pego uma caixa dentro de um pequeno armário e guardo minhas coisas. Ouvimos Rick nos chamar e descemos rapidamente. Carl ainda não parece ter se tocado que vai ficar por aqui durante um bom tempo, já que carrega uma das histórias em quadrinhos como se fosse seu tesouro. Ele chama Judith, que traz uma de suas bonecas nos braços, com um sorriso de orelha a orelha.

Ao voltar novamente para a sala, recebo os olhares frios e confusos dos integrantes do grupo de Rick.

— Lauren, eu sei que você não me enganaria e nem faria nada de ruim para gente, mas essa noite vamos dormir todos aqui. Não temos nada contra a comunidade e nem contra vocês, mas é uma questão de precaução. — Ele me informa, sem olhar em meus olhos.

Dou um sorriso sincero.

— Bom, essa é mais uma prova de que precisamos de vocês aqui. Todas as pessoas que chegaram em Alexandria, sendo em grupo ou sozinho, já se familiarizaram com tudo, como se aqui fosse o paraíso. Com o tempo vocês vão ver que não é bem assim — explico, lembrando-me vagamente de Negan e seu grupo. Nesse novo mundo, não podemos nos render facilmente ou nos acostumar com as coisas rápido, temos que ter o máximo de cuidado possível. Estar atentos a tudo e a todos. — Mas vocês vão participar da fogueira, certo? Aqui na comunidade temos uma espécie de Conselho. São os membros dele que discutem e tomam as decisões, inclusive a de quem fica e de quem sai. Todos eles vão estar lá pra conhecer vocês.

Um burburinho preenche a sala, alguns dizem que não concordam com isso, outros tentando entender melhor a situação.

— Vocês já estão aqui, não é? Já passaram por tanta coisa... Não acham que está na hora de aproveitar? Pelo menos um pouco. Todos precisam de um descanso as vezes.

Percebo que Carl me olha fixamente, mas não parece estar prestando muita atenção, sua mente vaga por algum lugar além de nós. Acho que minha ficha ainda vai demorar um pouco a cair, talvez nunca caia, aliás. De todas as pessoas no mundo que eu poderia reencontrar no meio desse caos, quem aparece é justamente ele. Não parece real, nada disso parece ser.

— O que foi, Mag? — Glenn pergunta, abraçando-a. Lágrimas escorrem em seu rosto e me questiono se são de felicidade ou tristeza.

— Beth iria gostar desse lugar. — Ela sai do aperto do marido, secando o rosto com a manga da blusa. — Carol também.

Por não estar prestando muita atenção na conversa deles, demoro um tempo para assimilar as coisas que ouvi. Michonne dá um aperto no braço de Maggie, confortando-a.

Ouço a voz de pessoas vindo do outro lado da porta da sala, que se abre, revelando Aaron, Eric, Beth e Carol. Acho que as duas entram em choque, assim como eu, porque estacam em seus lugares e olham para todos do grupo novo. Só depois de alguns segundos, Maggie recupera os movimentos e corre até elas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? Espero que tenham gostado pelo menos um pouquinho. Me contem o que vocês estão achando da nova temporada, se gostaram daquele efeito preto e branco ahsuahsua, me contem tudo. Dicas pros próximos capítulos, músicas que inspirem vocês, séries, livros, filmes, TUDO! Me falem nos coments ;)
Beijiiinhos, meus xuxus. Até o próximo tchãtchãaaaa



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Demons" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.