Demons escrita por Sarah Alves


Capítulo 4
Welcome to Alexandria


Notas iniciais do capítulo

Aloha!
Antes de me matarem, pelo amor de Deus deixem que eu me explique. Quem acompanha a fic sabe que eu sou uma pessoa muito maluca e que nunca consigo atualizar nada nas datas certas, por isso sempre posto em dias diferentes. Ano passado eu postava sempre (também tenho outra fanfic), por ter mais tempo e não fazer muitas atividades durante o dia, também pelo 9º ano não ser tão puxado e não exigir muito. Agora, estou no 1º, onde dizem ser a série mais difícil do Ensino Médio, então tenho que me esforçar mil vezes mais. Outra coisa, estou estudando em um Colégio Militar, que é bem mais exigente do que as escolas normais. Tudo lá é diferente, tudo lá é mais pesado, tudo lá exige mais ainda dos alunos.
Não estou tendo tempo nem para respirar com essa minha nova rotina e por isso pensei em abandonar todas as minhas fanfics e, consequentemente, meus sonhos de escritora. Mas daí pensei, ''cara, eu já cheguei aqui, não posso desistir de tudo agora''. Então, estou aqui mais uma vez. Não é justo com quem quer acompanhar e saber o final dessa fanfic (que vai demorar muito, porque estamos só no quarto capítulo né gente) terminar tudo assim. Não é justo também comigo, que sonho com essa história há muito tempo.
Também rolaram uns problemas técnicos que me fizeram perder a cabeça. Meu pai, pela segunda vez, mandou formatar o notbook sem me avisar e apagou tudo que havia aqui. Pra quem não sabe, isso já tinha acontecido e eu fiquei muito puta, tanto que até deixei a fanfic em um hiatus por um tempo. Como isso aconteceu de novo, pensei em desistir dessa vez também. Não é fácil gastar mil anos escrevendo capítulos, formatando gifs, procurando letras de músicas e frase que se encaixem pra vir alguém e apagar tudo de uma só vez. Já me mandaram comprar um pen drive pra guardar as coisas, mas, gente, É MUITO NEGÓCIO. Não dá pra por tudo em um pen drive. E também, SE EU SUMIR ESSE PEN DRIVE?? Aí eu estou mais ferrada ainda. Outra, meu dinheiro não nasce em árvore kkkkk
Depois de quatro meses, quando criei coragem pra voltar a escrever os capítulos, eu entro no site do Nyah! e vejo que deu o maior bug e que eles não aceitam mais meu e-mail dessa conta. Eu comecei a perder a cabeça e fiquei extremamente triste e nervosa. Mandei mil mensagens pro suporte, até que tudo se resolveu e consegui entrar.
Bom, agora que estou de volta, peço novamente mil desculpas. Eu sinto muito mesmo! Se depender de mil, esse tipo de coisa não vai mais acontecer. Agora eu sei como esse site faz parte na minha vida e o valor que vocês são pra mim.
Vi um videozinho, bem legal, sobre leitores fantasmas, AUTORES fantasmas (como eu) e os direitos de cada um haha. Vou deixar o link na nota final, espero que gostem!!!
Aproveitem esse capítulo morninho...Juro que no próximo as coisas vão ser mais loucas.



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No momento em que o abraço, sinto como se voltasse para o meu passado. Não existem mortes, não existe apocalipse, não existe tristeza e nem solidão, somente duas crianças no meio do mundo. Carl me faz, pela primeira vez na vida, me sentir em casa.

— Mamãe, o que é isso? — pergunta Carl, segurando um caderno velho com uma flor estranha na capa.

Estamos revirando caixas que encontrei no porão desde cedo e até agora nenhuma das coisas que encontramos serviu para muita coisa.

— É um caderno, seu bobão.

— Eu perguntei pra minha mãe, Lau. — rebate ele, com seu típico tom arrogante.

Reviro os olhos e volto minha atenção aos objetos antigos. Às vezes tenho vontade de poder dar um murro na cara dele.

— Parece um caderno mesmo, filho. Não fale desse jeito com a Lauren. — diz tia Lori, o que me faz desviar o olhar das caixas e olhar para Carl, dando um sorrisinho de vitória que o deixa nervoso.

– Se não me engano é o diário da minha avó, mocinho. Pode dar uma olhada se quiser, não deve ter muitas coisas legais para um menino ler. – explica mamãe, que acaba de chegar à sala.

Carl deixa o diário de lado, já que não gosta muito de ler, e começa a olhar outras coisas. Diferente dele, eu me interesso pela leitura e gosto de ler muitas coisas, principalmente histórias de ação e aventura. Às vezes gostaria de entrar no meio de uma guerra só para ver como é. Mamãe diz que esse não é um pensamento que meninas devem ter, mas não me importo com isso. Prefiro mil vezes fazer rondas com papai do que brincar com bonecas e fazer casinhas de brinquedo.

Pego o diário e deixo encima do sofá, para lê-lo depois, já que, quando a família Grimes está aqui, não me deixam fazer nada que eu gosto. ''Temos que dar atenção para as visitas'', minha mãe sempre diz.

— Por que pegou o diário? — fala Carl, me encarando com seus imensos olhos azuis. Às vezes tenho inveja de seus olhos. Mesmo tendo a mesma cor, os meus não parecem ter vida ou brilho, já os dele sim.

— Porque eu vou ler depois.

— Porque não lê agora?

Certas perguntas que esse garoto faz me irritam de uma maneira absurda.

— Porque eu não quero. — digo, dando um sorrisinho falso.

— Crianças, será que vocês não conseguem passar um dia sem brigarem?

— Não! — falamos ao mesmo tempo, o que faz as duas darem risada.

Não entendo porque elas acham bonitinhas as nossas brigas, já que minha única vontade é mata-lo... E isso não é uma brincadeirinha.

Depois de procurarmos muito e não encontrar absolutamente nada, mamãe nos manda guardar tudo nas caixas e nos preparar para almoçar. Penso em correr para meu quarto, mas, como se lesse meus pensamentos, ela me diz para ficar vendo televisão com Carl.

Por pura pressão, ligo a tv e me sento no sofá maior. A casa é minha, tenho pelo menos o direito de escolher em qual sofá irei ficar, já que nem ficar em paz eu posso.

Está passando um filme de dinossauros, onde o animal está comendo um humano. Rapidamente me ocorre o pensamento de ver Carl sendo morto daquela forma, mas me repreendo por ter sequer imaginado isso. Seria horrível.

— Você está bem? — diz ele, sentado ao meu lado, em uma das poltronas. Como ele veio parar ali tão rápido?

— Hum, está. Por que não estaria?

— Você ficou branca que nem papel. Parece até que viu fantasmas. — responde Carl, desviando os olhos para a televisão e rapidamente voltando-os para mim.

— É só... Esse filme. — falo, encarando-o e torcendo para que ele acredite e pare de encher o meu saco com perguntas.

— Não vai me dizer que você está com medo de um filmezinho de dinossauros. — ele exclama, rindo e revirando os olhos feito um bebe feliz.

— Você é idiota, sabia? – respondo séria.

— E você é uma medrosa.

Percebo que estava observando minhas próprias mãos, um sinal de que estou nervosa, e, em um gesto rápido, as solto. Viro-me para encarar Carl e falar umas verdades na cara dele, mas assim que nossos olhos se encontram, desisto de tudo.

Todos os dias me pergunto por que quero tanto mata-lo e odiá-lo pra sempre, mas me culpo por ter esse tipo de pensamento. Por que não posso simplesmente ficar com raiva dele sem sentir um pouco de remorso? Ainda não entendo o porquê e talvez nunca entenda, mas, nesse momento, só queria que um dinossauro comesse sua cabeça.

Ouvimos um pigarrear e rapidamente nos soltamos. Ainda estou pasma e é difícil até desviar os olhos, mas tento o máximo possível. Olho um pouco para o lado e dou de cara com um homem bastante familiar e com a mesma aparência e estado que o de Carl. Com o reconhecimento, as lágrimas escorrem mais ainda.

— Rick! — digo, dando alguns passos para alcança-lo.

— Lauren, não é que você conseguiu sobreviver, garota. — ele fala, enquanto me abraça.

— Han... Então vocês já se conhecem? — pergunta Aaron, esperando que eu dê uma resposta.

Tento procurar as palavras que resumissem tudo e torço para que elas saiam.

— A família do Rick sempre foi amiga da minha. — Não desvio os olhos de Carl. Isso ainda é inacreditável. — Então, sim, nós nos conhecemos.

— Lauren... Seu pai...? – o ex-xerife pergunta.

— Sim. — respondo em um tom seco, como se as palavras estivessem difíceis de ser pronunciadas.

— Tia Bárbara também? — dessa vez é o filho que faz a pergunta.

Balanço a cabeça positivamente, como se um simples gesto significasse tudo.

— Sinto muito. — ouço algumas pessoas do novo grupo murmurarem, incluindo Carl.

— Eles eram boas pessoas, ótimas pessoas. — consola Rick, colocando a mão em meu ombro.

Ficamos alguns minutos em silencio, até que Erick me traz de volta a realidade.

— Você pode mostrar as casas a eles? Ou, nesse caso, isso ainda faz parte do meu trabalho? — ele pergunta.

– Aaron, pode me ajudar? Sabe, são muitas pessoas... E ainda precisamos fazer as perguntas.

— Perguntas? — pergunta uma mulher de cabelos curtos. Agora que a notei, percebo que ela tem algo familiar. Talvez seja só impressão.

— Faz parte das regras de Alexandria. Antes do meu pai... Morrer, ele sempre fazia perguntas específicas aos novos moradores. Uma forma de precaução. Mesmo ele não estando mais aqui, seguimos seus comandos. — Olho para Rick, que parece entender, já que os dois trabalharam juntos. — Acho que por isso Alexandria ainda continua de pé.

— Entendo. — diz a mulher, um pequeno sorriso se formando no canto de sua boca.

Aaron se despede de nós, dando um abraço mais demorado em Erick (como de costume), e me informa quais casas devo mostrar ao grupo.

— Bom, mesmo ainda não sendo oficial, bem-vindos a nossa comunidade. — fala Erick.

— Não vamos poder ficar? – pergunta Carl, olhando diretamente para mim.

— É claro que vão. – olho para Erick, como se aquilo resumisse tudo. — Nós sabemos que eles vão.

— Tudo bem, Blake. Mas antes de tudo precisamos mostrar as casas, daqui a pouco vai começar a anoitecer.

— Então vamos logo. – começo a andar em direção as casas, mas me viro para encarar os novos moradores. — Bem-vindos a Alexandria.

— Agora é com vocês.

— É sério que podemos escolher em qual casa morar? Tipo, isso é sério mesmo? – pergunta Carl. Os olhos dele brilham tanto que me lembra uma cena de nossa infância, quando ele ganhou um videogame de natal.

— Por que não seria? Perdemos algumas pessoas ao longo dos anos, então as casas ficaram vazias. Mas sempre construímos alguma coisa caso aqui fique cheio. — explico, observando-o.

Seus olhos passam rapidamente de uma casa a outra, como se estivesse analisando perfeitamente cada uma antes de fazer sua escolha. Isso me lembra antigamente, quando brincávamos de alguma coisa. Carl sempre foi do tipo que observa os detalhes, vejo que continua o mesmo.

— Se eu fosse você, escolheria a da direita. — sugiro.

— Por que? – pergunta Rick.

— Essa sempre foi a minha casa preferida. Tem quatro quartos e o sótão tem uma vista da comunidade inteira. — observo Rick e a bebe que ele carrega em seus braços. — O terceiro quarto foi feito especialmente para uma bebe como ela.

— Judith. – ouço Carl. Sua voz parece meio distante. — Ela é minha irmã.

— Eu sei que é. – respondo, ainda encarando Judith.

— Como?

— Os olhos. – Ela ergue os braços, tentando me alcançar. — São idênticos aos seus.

A bebe se estica ao máximo para conseguir tocar meu braço, o que me causa uma sensação ótima. Só de olhar pra ela, faz com que eu me lembre de Lori e, consequentemente, da minha mãe. Judith me traz lembranças boas, que não sinto a bastante tempo.

— Posso? – pergunto a Rick, com a intenção de segurá-la somente um pouco.

Ele me entrega a pequena, que começa a bagunçar meu cabelo no momento que a seguro.

— Oi! – diz ela, sorrindo. — Oi! Oi! Oi!

— Oi, Judith.

— Judy! Oi Judy! — a garotinha fala, mexendo em meus cabelos e pronunciando seus ''ois'' descontroladamente.

— Parece que ela gostou de você. — informa a mulher de cabelos curtos, que, se me lembro bem, se chama Maggie.

— Estou um pouco acostumada com bebes. — vejo que Rick olha para mim, esperando uma explicação. — Vocês precisam conhecer uma pessoa também, mas isso é mais tarde, na fogueira.

— Fogueira? — alguém pergunta. Parece ter vindo de Glenn, o homem ao lado de Maggie.

— Todas as sextas nós fazemos uma fogueira em uma praça. Conversamos, comemos, cantamos. — explico.

— Hoje é sexta? — pergunta Carl.

— Na verdade, não. Hoje já é sábado. — Meu relógio já aponta para as 17:54, então a fogueira já deve estar sendo preparada. — Por causa da chuva, não tivemos ontem. Então vamos fazê-la hoje. É também uma forma de desejar que vocês sejam bem-vindos.

Ficamos um tempo em silencio e penso que estão avaliando as casas, mas ao olhar para eles, vejo que estão absorvidos em seus próprios pensamentos. Devem estar pensando se isso tudo é real ou se é simplesmente um sonho.

— Eu sei que isso tudo ainda parece muito irreal. Na verdade, não sei muito. — Nunca vivi fora desses muros, então não sei como é a experiência de estar sempre em constante perigo, mas já passei por maus bocados. — Mas, é bom se sentir seguro e protegido as vezes. Vocês vão acabar se acostumando, assim como eu me acostumei.

— A da direita. — Rick diz.

— Desculpe?

— A casa da direita. — ele explica. Seus olhos tem um brilho diferente, que eu só via quando ele estava feliz ou completamente chocado. — Judy vai gostar de ter um quarto só pra ela.

Sorrio e, apesar de ter muitos fios de cabelo nos olhos, consigo ver que os outros sorriem também. Carl não desvia a atenção da casa que seu pai escolheu, mas um sorriso brinca em seus lábios, exatamente como ele fazia quando era criança. Mais uma vez me sinto em casa, coisa que nunca tinha acontecido desde o dia que deixei meu lar para trás.

Talvez as coisas realmente comecem a mudar. Só me resta saber se mudarão para o bem, ou para o mal. Mas isso podemos resolver depois.


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Notas finais do capítulo

Link do vídeo: https://www.facebook.com/video.php?v=1639543639609190&set=vb.1556340571262831&type=2&theater
Uma perguntinha, o que acharam da 5ª temp? O que acharam daquele final *o* ? E o que esperam da 6ª temporada?
Ah! Minha amiga (Lady Anne, que escreve Hope For Us ((uma fanfic maravilhosa, vão lá conferir)) criou um grupo no Wpp para as escritoras/leitoras falarem dos seus dramas, das histórias e da vida. Então, quem quiser entrar, deixe seu número aí ou me mande uma mensagem! (Se você estiver lendo isso, não me mate Anna)
Beijinhos e até o próximo



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