Two Kingdoms - One Family escrita por A Veggie Dreammer


Capítulo 24
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Hoiii! Olha quem decidiu voltar? O último cap foi postado a exatamente uma semana, e me sinto mal por não ter postado antes. Mas, vamos as justificativas. 1 - provas, eu odeio vocês. 2 - só voltei pra minha casa agora, porque antes ela estava de reforma. 3 - desenterrei meu netbook do baú e tive que restaurar ele, e agora estou sem word. Então, se o cap ficar meio curto já sabem o porque. enfim, lá vou eu tentar escrever um cap direto no nyah. Que não dê besteira. Bjs! (ah, e finalmente um tão esperado POV America O-O).



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/558637/chapter/24

POV America

Maxon colocou seu braço em volta de minha cintura e me convidou a esperarmos na frente do palácio. Concordei sabendo que minha irmã logo chegaria e que eu queria vê-la o mais rápido possível. Caminhamos calmamente até os quartos de nossos filhos e chamamos Malcolm e Amberly para finalmente conhecer uma das tias deles. Amberly se animou, afinal ela estava ansiosa para este encontro a cinco dias, desde quando contamos que eles viriam para cá. Malcolm apenas concordou com a cabeça e nos seguiu. Ele parecia um pouco deprimido nos últimos dias, teria que conversar com ele depois. Amberly passou em nossa frente, pulando e girando de alegria, fazendo eu e Maxon sorrirmos. Ela é tão pura, tão diferente dos irmãos na mesma época. Talvez tenhamos sidos protetores demais em relação á ela, mas creio que nada preocupante.

Assim que chegamos no hall de entrada nos surpreendemos ao encontrá-los lá. Sua chegada estava prevista apenas para dali algumas horas, mas pelo visto seu voo havia chegado adiantado. Malcolm posicionou-se ao lado de Maxon e Amberly se encolheu um pouco atrás do pai, repleta de uma timidez inexplicável. Soltei-me do abraço de Maxon e corri para abraçar minha irmã. Nossas diferenças eram evidentes, a começar por ela conseguir estar elegante apenas de calça jeans e uma blusa branca e eu necessitar usar pesados tecidos em forma de vestidos todos os dias para tentar transpassar metade do que ela possui. Sentir seus braços em volta de mim novamente me deu uma enorme nostalgia, como quando ainda éramos cinco filhos, morando sob o mesmo teto, uma família. O tempo e as circunstâncias nos afastaram disso. Primeiro o casamento dela, depois o sumiço de Kota em busca de riqueza pessoal, então o falecimento de papai, o meu casamento, o casamento de May e por fim o casamento de Gerard. Todos casados jovens, sem um real conhecido do mundo. E claro, nossa mãe que a cerca de cinco meses decidiu morar em uma pequena cabana ao norte do palácio. Eu e Maxon concedemos o lugar, claro, mas ainda sinto a falta dela.

– Meri, por quanto tempo eu estive fora? - perguntou, afastando-nos um pouco e deixando-nos face a face.

– Por dezoito anos, Kenna. - respondi, com lágrimas nos olhos assim como ela.

– Ah, eu sinto muito. Não estava aqui nos seus piores e nem em seus melhores momentos. - disse, abraçando-me novamente.

– Mas agora está aqui, e assim como você sempre me ajudou quando mais novas eu irei ajudá-la agora. - sussurrei em seu ouvido.

– Obrigada. - agradeceu, aprofundando o abraço.

Uma mão pousou em meu ombro e logo soube que era a mão de Maxon. Me separei de Kenna e permiti que ela cumprimentasse Maxon, assim tive tempo para fazer o mesmo com James e Astra.

– Querida, você está enorme! Ainda me lembro de sua mãe com você no colo, em nossa pequena casa em Carolina. - disse a Astra.

– Obrigado, tia. Me sinto muito bem tendo 22 anos e continuar com meus pais. Ainda não me sinto pronta. Penso em faculdade, talvez, mas os rumores referentes a rebeldes e a economia assustam qualquer um. - comentou Astra.

– Sim querida, um grande problema. - neste momento, Ethan e Amberly se aproximam de mim e vejo a oportunidade perfeita para apresentá-los. - Astra, estes são seus primos, Malcolm e Amberly. - disse apontando aos dois.

Malcolm sorriu e abraçou Astra como se fossem velhos amigos, dando um ar harmonioso a ação. Amberly continuava tímida atrás de mim mas assim que Astra abriu seus braços convidando-a para um abraço ela logo se animou novamente e abraçou calorosamente a prima. Maxon pousou seus braço em minha cintura novamente e observou a cena assim como todos no recinto, sorridente. Toquei em sua mão e ele logo compreendeu que deveria tirá-la dali.

– Querido, preciso conversar com minha irmã. Por que não convida James para algum passeio divertido? Aproveite e desconecte-se um pouco também. - sugeri, tocando em seu rosto.

– Sim, querida. - concordou com um sorriso e beijando o topo de minha cabeça logo em seguida.

Virei-me para Kenna e enlacei nossos braços para que ela pudesse me acompanhar. Eu estava finalmente pronta para fazer algo que me recusara a muito tempo, por um pouco de medo e até mesmo de rancor. Voltar ao Salão das Mulheres. Só Kenna teria a força para me fazer voltar há aquele lugar, e junto comigo viriam as selecionadas, experimentando o local. Insegurança estava estampado em minha face enquanto caminhávamos em silêncio em direção ao meu quarto. Se ela estava usando calças, eu não ficaria para trás.

– Mas então, onde estão meus outros sobrinhos? - perguntou Kenna, referindo-se a Katrina e Ethan.

– Se estiverem fazendo o que deveriam, estão com seus respectivos selecionados. - comentei.

– Você não quer isso, não? Não quer que seus filhos passem por o que Maxon passou, certo? - questionou.

– Certo. Eu era próxima a Maxon durante toda a Seleção e sabia o que ele passava diariamente. Estresse, o peso do dever, a raiva, tudo. Além de que teve que escolher sua esposa a dedo, assim como eles estavam fazendo agora. Eu não queria isso. Queria que eles pudessem ser normais, assim como Astra, mas acho que isso seria impossível. - disse cabisbaixa.

– Deveres do berço. - disse Kenna, estufando o peito.

– Sim, deveres do berço.

Assim que chegamos a meu quarto, logo entrei no closet e retirei o pesado vestido vermelho que usara naquele dia. Troquei-o por uma calça jeans branca e uma blusa azul com um blazer da mesma cor porém mais escura por cima. Sempre havia um guarda ou uma criada perto de minha porta, então coloquei minha cabeça para fora da porta de meu quarto e chamei o guarda mais próximo. Pedi-o para que avisasse as selecionadas que deveriam me encontrar no Salão das Mulheres em dez minutos e que se não soubessem o caminho que pedissem ajuda a suas damas. Ele assentiu e saiu apressado para atender a meu pedido.

Kenna observava tudo em meu quarto. O closet, os quadros nas paredes, a mobília, tudo. Ela saiu pela sacada e sentiu a brisa fria que passava por ali.

– Aqui é sempre assim? tão frio e tão vazio, apesar de estar repleto de objetos? - perguntou cruzando seus braços e voltando para dentro.

– Não, ás vezes é pior. - admiti com um sorriso fraco.

Peguei em suas mãos e a puxei a sentar-se em minha cama.

– Você está bem? Imaginei que estaria mais abalada com a recente perda. - perguntei.

– Estou bem por fora, por dentro estou me matando aos poucos. - admitiu sem olhar em meus olhos.

– Sabe que a culpa não foi sua.

– Foi, Meri. Eu tive Astra e mais de vinte anos anos, meu corpo não estava mais preparado para algo do tipo. E o que mais me doeu foi ver a expressão de dor de James. Ele ficou tão feliz quando soube que eu estava grávida. Até aquele dia fatídico em que eu comecei a sangrar no meio da noite. - disse, fechando os olhos e permitindo que uma lágrima descesse de seus olhos.

– Venha, vamos continuar nossa conversa no Salão. Eu preciso ir pra lá agora. - disse a ela, que concordou com a cabeça e apenas me seguiu, abraçando minha mão esquerda.

Só espero que Kenna não sinta o rancor que eu senti. Que eu sinto. E sei que sempre sentirei por perder meu pequeno menininho.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!