Two Kingdoms - One Family escrita por A Veggie Dreammer


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Hoiiii! Bem, este é o último capítulo da última semana que eu posto todos os dias. Minha tendinite tem piorado, para vocês terem uma ideia eu estou tendo que dormir com uma tala na mão. Bem, mas valeu a pena se isso foi a recompensa por fazer um trabalho que eu gosto e deixa muitas pessoas felizes! Espero que gostem!



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POV Ethan

A garota com quem eu queria conversar já estava longe. Ela não parecia se importar muito com o que acontecia com quem ela não tinha interesse. Avistei-a conversando animadamente com Lisa e logo me aproximei delas.

– Senhorita Kaminise, me daria à honra de conversa com a senhorita? – perguntei fazendo um pouco de graça. Ela sorriu assentindo e se despediu de Lisa. Ofereci meu braço, ela aceitou e começamos a caminhar em direção a biblioteca.

– Como Vossa Alteza está nesta manhã? – perguntou-me educadamente.

– Bem, e a senhorita?

– Radiante. – disse com um sorriso na face.

– E posso saber o motivo? – perguntei realmente curioso.

– Bem, fico feliz por não ter sido a última a conversar com você. Desde o início do café da manhã eu sabia que Vossa Alteza iria me escolher.

– Jura? Como?

– Bem, digamos apenas que o senhor não disfarçou muito em seus diversos olhares dirigidos a mim nesta manhã. – surpreendi-me ao notar o quanto prestativa ela era.

– Bom argumento. – disse fazendo-o sorrir. – E se não for incômodo, peço que me chame de Ethan.

– Tudo bem, Ethan. – disse ela enfatizando meu nome. – E a propósito, me chame de Mary.

– Tudo bem, Mary. Se não se importar, eu gostaria de leva-la a biblioteca. – ela abriu o maior sorriso após minhas palavras.

– Jura? Ai, que bom! Eu adoro ler e juro que fiquei impressionada com a quantidade de livros na biblioteca do palácio.

– Já foi lá?

– Sim, mas apenas para pegar um livro para ler. Eu trouxera poucos em minha mala, minha mãe nunca gostou muito deste meu lado intelectual.

– E seu pai? – perguntei. Nós já havíamos chegado à biblioteca, então abri a porta para ela e sentamos no primeiro sofá que vimos.

– Também não. Meus pais são muito machistas, para eles as mulheres foram feitas para servirem os homens e os darem herdeiros, mas claro que eu nunca concordei com isso e assim criei uma guerra dentro de casa. – gostava da maneira com que ela falava. Simples e verdadeira, sem o menor resquício de arrependimento de suas palavras.

– Desculpe não me lembra, mas qual sua idade?

– Tenho dezessete. – disse, constatando ser dois anos mais nova do que eu. Sinceramente, eu não via diferença. Ela parecia tanto comigo no aspecto da fala que apenas me fazia gostar mais ainda dela.

– Tem irmãos?

– Sim, dois. Josh, meu irmão mais velho e Nina, minha irmã mais nova.

– Gosta dos dois? – perguntei. Eu mesmo me impressionei com minha pergunta, nunca perguntara nada tão pessoal antes a nenhuma das selecionadas.

– Bem, Josh é o meu melhor amigo. Ele sempre me defendeu e esteve ao meu lado durante as brigas com meus pais. Já Nina sempre me odiou. Lembro que quando ela nasceu, eu a achava uma princesinha e meus pais também. Porém, eles a trataram como uma princesa e esqueceram-se de mim e de meu irmão. Ela cresceu com a amargura de meu pai e o egoísmo de minha mãe, tornando-a uma pessoa completamente insuportável.

– Todos temos problemas na família. – disse por fim.

– Até você? Porque sua família parece o modelo perfeito de núcleo familiar. – suspirei.

– Bem, quando era mais novo, eu brigava muito com minha irmã, Katrina. Ela é bem diferente de mim e quando eu era mais jovem eu não entendia a necessidade dela de ser compreendida. Meus pais também brigam muito, normalmente por mim e por minha irmã. Meu pai sempre me defende e minha mãe sempre defende minha irmã, isso causa uma certa convergência em nossa família.

– Todos temos problemas na família – disse ela, com um sorriso sincero.

– Bem, que tipo de livro você gosta de ler? – perguntei saindo do assunto.

– Aventura, romance, suspense e drama.

– Então você vai adorar alguns. – disse me levantando.

Peguei-a pela mão e a conduzi até a prateleira na parte norte. Li alguns títulos até encontrar três livros perfeitos para ela.

– Obrigado, Ethan. Você já os leu?

– Sim, quase todos os livros desta biblioteca eu já li. – ela se impressionou.

– Mas...mas aqui deve ter...

– Cerca de sete mil e quinhentos livros, segundo minhas contas. – disse, interrompendo-a.

– Uau. Você é incrível! Eu já li muitos livros, mas não creio que passem de mil.

– Mas gostaria? Gostaria de ler sete mil livros?

– Adoraria. – disse sonhadora. Sorri com seu comentário e puxei-a pela mão até ela se aproximar mais de mim. Não sei o que tinha na cabeça, mas eu precisava sentir sua pele quente próxima a minha. Precisava tocar em seus cabelos castanhos que cheiravam a mel.

– E o que mais gostaria? – perguntei com nossas testas já coladas uma na outra.

– Depende do assunto. – disse ela, já ofegante.

– Eu. – disse sem rodeios.

– Te beijar. – respondeu da mesma maneira.

– E por que simplesmente não o faz?

– Porque ainda espero que meu príncipe encantado desça de um cavalo branco e me dê o beijo mais apaixonado de minha vida.

– Então eu sou um mero plebeu?

– Não, apenas não deu o primeiro passo ainda.

Com suas palavras toquei em seu rosto sentindo sua pele cálida. Ela olhou no fundo de meus olhos azuis e quando fiz o mesmo com seus olhos castanhos tive a impressão de poder ler dentro de sua alma. Me lembrei de uma conversa que tive com minha irmã antes da Seleção, quando eu a disse que ela deveria tentar enxergar a alma das pessoas por trás do olhar e do sorriso e finalmente eu senti isso. Borboletas borbulhavam em meu estômago como eu nunca sentira antes. Seu vestido azul celeste parecia balançar mais ainda agora que ela estava próxima de mim. E em um ato de ousadia, a beijei. Ela correspondia a meus movimentos, eu beijo doce, sem segundas intenções. Pousei minhas mãos em sua cintura e ela as suas em meus ombros. Caminhamos um pouco ainda nos beijando até sentir que havíamos chegado ao sofá. Nos sentamos e continuamos nos beijando. O beijo ficava mais intenso a cada momento e já podia sentir algo diferente. Nos afastamos rapidamente quando o ar se fez falta. Ela sorriu para mim e eu para ela. Nos abraçamos e continuamos assim até nossa respiração se normalizar.

Ela fora a primeira garota que eu ousara beijar. E não me arrependi de ter reservado este privilégio a Mary Kaminise.


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Notas finais do capítulo

Bem, espero que tenham gostado. Até semana que vem! Bjs