30-dias (HIATUS) escrita por ApenasUmaSoNhadora


Capítulo 5
Terceiro dia- Um anjo, ou dois?


Notas iniciais do capítulo

Obrigado novamente pelos comentários meninas :D espero que continuem acompanhando pois é vcs que me dão inspiração, suas lindas u-u. Boa leituuuraaaaaaaaa! Novo cap aqui u-u



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_Daqui a pouco ela acorda, mas vamos ter que dar outro remédio novamente para podermos fazer a cirurgia.

_Certamente não é muito aconselhável, mas é para o bem dela.

Dois médicos conversavam entre si dentro do quarto da paciente que ainda se mantinha apagada, um futuro incerto estava predestinado á ela. A cirurgia que ela tinha que fazer era algo um pouco complexo, pois foram muitos danos que ela mesma se causou.

Um se chamava Gabriel e continha lindos olhos mel e seu cabelo era um loiro cacheado que muitos admiravam, seu porte era forte mais pendendo para o magro. Em quanto ao outro, se chamava Thiago e tinha uma expressão um pouco cansada e irônica, possuía olhos negros e seu cabelo era liso, curto e castanho, seu porte era de um homem que vivia na academia e era admirado por várias mulheres.

_Você viu? Ela quebrou até a própria perna, estou chocado, nunca ouve algo do tipo na história desse hospital.

Eles eram amigos muito próximos até de infância por assim dizer, eram eles que iriam fazer a cirurgia juntos, pois eram bem melhores unidos.

_Pois é. Isso por que estava fraca, imagina se não estivesse.

_Ela se mataria, mas temos que lutar pela vida dela.

_Pelo que o Sr. Carlito disse... Por um milagre.

_Ele exagera, e você sabe que ele é ateu. Difícil ser otimista desse jeito.

_Que pena, ele é uma boa pessoa.

Os dois pararam de falar quando avistaram a recepcionista entrando no quarto e caminhando até eles, como quem tinha algo importante para dizer.

_Senhores... Está tendo um tumulto lá na recepção. Parece que é um rapaz chamado Cebolácio que veio de bem longe apenas para ver a paciente Mônica.

_Sério? Fale para ele que não é horário de visita.

Um dos médicos ficou irritadiço, odiava que vinham visitantes antes do horário programado, e odiava mais ainda que fizessem barraco no hospital.

_Eu já disse isso Sr. Thiago, mas ele está irredutível, quer ver ela de qualquer maneira.

_Mande-o entrar então, darei um jeito.

O outro doutor contrariou sábio, sabia que aquele rapaz na recepção não era um simples amigo da menina e quem sabe não poderia ajudar no estado psicológico lamentável da mesma.

_Como desejar Sr. Gabriel.

_Apenas Gabriel, por favor.

A recepcionista concordou com um aceno e saiu. Thiago estava abismado até aquele momento, como ele pôde concordar com algo tão evasivo?

_Eu disse que não gostava de visitas fora da hora.

_Mas acontece caro amigo Thiago, que a visita não é para você.

Esse era um dos poucos momentos em que os amigos se contradiziam, e o médico contrariado preferiu ficar calado ao ter que brigar com seu velho amigo.

_Vou saindo, não quero ver o desespero do moleque.

Ele preferiu assim, pois sabia que ao ver a menina o rapaz não se agüentaria calado fazendo milhões de perguntas e o médico com aquela tensão toda não estava disposto á responder. Deixou isso para o amigo, já que estava tão disposto a receber qualquer um.

_Sempre rude assim não é?

Gabriel perguntava olhando fixamente para o médico que saia da sala pisando duro e contrariado. Os dois tiveram contato visual por alguns segundos, mas o outro se deixou levar pela birra e bateu a porta fortemente, assim saindo.

Nesse momento a menina acordava de um sono profundo, causado por remédios fortes e puramente feitos com química.

_Onde estou?

_Acabou de acordar, está no hospital se lembra?

Mônica não se lembrava de muita coisa, mas acabou recordando de seu estado emocional. Gabriel a olhava com pura ternura, tentava demonstrar afeto com seus pacientes para que eles se sentissem seguros.

_Não me faça viver, por favor.

Ela havia lembrado de sua situação anterior, com isso acabou deixando as lágrimas rolarem novamente. O médico odiava os casos em que existia depressão, não sabia lidar muito bem com isso.

Ele ficou completamente comovido, sem saber o que fazer.

_É melhor parar com isso mocinha, você ainda irá viver bastante, terá sua família e será muito feliz.

_Minha família já se tornou um caso perdido desde o momento que ele me deixou.

Agora ela já transbordava em puro choro, Gabriel pareceu entender que aquela menina sofria também por amor, e ele compreendia o sofrimento dela.

O médico também já tinha sofrido pela mesma coisa e por esse motivo nunca conseguiu namorar e se casar com alguma mulher, estava solteiro e vivia solitário, nem sua família o visitava mais.

_Eu te entendo moça, eu vivo sozinho por um bom tempo, esse hospital é como minha casa e minha família são meus colegas de trabalho, meus filhos... São meus pacientes.

Ele dizia em um tom de pura melancolia, e Mônica até notou sua expressão de quem queria chorar. Ela havia se identificado com ele.

_Jura?

_Juro.

Gabriel não estava de brincadeira e deixou bem claro isso quando desabou em lágrimas, seu motivo de viver era poder acordar e saber que podia salvar vidas que precisavam dele.

Mônica acabou tendo uma reação surpreendente, com a pouca força que restava puxou o médico que estava de pé e o fez sentar na cama junto a ela. Deu á ele então um grande abraço se segurando para não chorar também.

_Então, por favor, não deixe que eu morra.

Ela pedia agora com um pouco de esperança, não queria que perdesse a fé e com apenas algumas palavras já considerou Gabriel como um anjo em sua vida. Sabia que nele poderia confiar.

_Não vou deixar, prometo. Sua vida está em minhas mãos.

Eles se afastaram, mas continuaram sentados um do lado do outro.

_Posso ver sua perna?

_Claro.

O médico então se agachou até as pernas de Mônica examinando onde disseram estar quebrado, notando algo diferente ali.

_Não parece estar quebrada, para mim o osso está apenas fora do lugar, como um deslocamento.

_Sério?

_Sim.

Gabriel se levantou e sorriu ao ver ainda mais esperança no rosto da pequena, que parecia feliz por que assim logicamente voltará a andar.

_Daqui a pouco chega a hora da sua cirurgia.

_O que farão em mim?

_Está vendo esses pontos quase em seu corpo todo? E essas bolhas?

Mônica concordou com um leve maneio de cabeça.

_Você acabou perfurando alguns órgãos internos, tivemos um imenso trabalho em conter o sangramento. É um milagre você estar ao menos falando e respirando, já que seu pulmão também teve danos.

_E essas bolhas? Está ardendo muito...

Aquilo além de arder coçava, e Mônica se continha para não ter que tocar em nenhuma daquelas bolhas que se concentravam mais em sua barriga e pernas.

_Ainda não sabemos o que é, mas prestaremos muita atenção quando nós formos fazer a cirurgia, não queremos perder nenhum detalhe.

Ele dizia tudo prestando enorme atenção nas reações dela, não queria machucá-la com algum argumento e nem ferir seus sentimentos.

Ela queria fazer uma pergunta um pouco tensa, que queria e não queria ao mesmo tempo saber a resposta, mas não custava tentar.

_Corro risco de vida com isso?

Gabriel parou um pouco e pensou, ela corria algum risco? De qualquer maneira faria o possível para correr tudo certo, oraria também tempos antes. Ele era evangélico e sua fé em Deus já havia salvado muitas vidas.

_Faremos algo complexo, mas também muito rápido, tenha fé moça tudo dará certo está bem?

_Ta bom.

Ele transmitia enorme paz para ela, o que ajudava muito.

_A propósito, um rapaz chamado Cebolácio deve estar na recepção brigando com um dos médicos para poder te ver.

O doutor sabia que o moço ainda não tinha chegado por que provavelmente seu amigo estava lá batendo boca com o pobre rapaz. Se realmente fosse importante para Mônica ele estava disposto em conseguir que viesse até o quarto.

_O Cebola? Aqui?

Seu coração disparava e ela não sabia se sentia medo ou felicidade.

_Ele é algo seu não é?

Mônica não teve tempo de responder até observar que na porta parado estava Cebola, que mantinha o olhar fixado nela, demonstrando pura preocupação, amor e saudade.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Até a próxima, comentem e favoriteeem... bjss :D



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