30-dias (HIATUS) escrita por ApenasUmaSoNhadora


Capítulo 4
Segundo dia- Um pouco da morte.


Notas iniciais do capítulo

HAAAAAAAAAAAAAAA to felizooonaa!!! Novaas leitooraas, é isso ai gente, comentem por que quero saber que existem e de suas opiniões!!! Não deixem de favoritar e acompanhar a fic :D obrigado á todos que leram até aqui, é muito importante para mim.

Mas aiii está, um novo cap!! Boa leitura! :D



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_Acelera esse carro pai!

Magali praticamente gritava cobrando Seu Carlito da lerdeza em que dirigia, e ele estava ficando sem paciência.

_Dá para esperar?

O médico estava muito concentrado no engarrafamento á sua frente, que estava o deixando nervoso, sua filha não parava de gritar na sua orelha o quanto queria chegar logo e poder ver o estado de sua amiga.

Então Carlito acabou tendo uma idéia para distrair a menina em quanto aquele trânsito não andava, decidiu saber mais da rotina da garota, já que quase nunca podia estar com ela e compartilhar tudo que acontecia no dia a dia.

_Com quem você estava falando ontem querida?

_Você ouviu?

Magali ficou chocada e de repente empalideceu, demonstrando puro nervosismo. Tinha que pensar rápido e inventar logo alguma desculpa.

_Então?

Seu Carlito esperava a resposta da filha que se não respondesse, iria desconfiar de algo muito maior por trás disso. Logo uma rápida lembrança atingiu sua mente.

_Do Contra?

_Alô? Quem fala?

Ele parecia meio confuso, pois não conhecia aquela voz.

_É uma amiga da Mônica.

_A Mônica? Como tem meu número?

Do contra transparecia pura ansiedade do outro lado da linha, não pela segunda pergunta, e sim pela primeira, há tempos não via a menina que havia roubado seu coração.

_Isso não importa, só quero te avisar que ela está internada nesse momento, correndo sérios riscos de vida.

Magali não sabia por que achava necessário informá-lo daquilo, apenas sentia que Mônica iria ficar feliz se ele soubesse.

Assim que ouviu aquilo seu coração disparou e por alguns segundos ficou sem ar, como assim ela estava internada? Era aquilo que ela queria dizer na última vez que se encontraram? Quando disse que não poderia mais vê-lo, era por que iria morrer?

Na outra linha, ele chorava em silêncio.

_Então é isso, achei que ela ficaria feliz se soubesse, e se você puder visitá-la será ainda melhor.

_Não posso, mudei de cidade faz um tempo...

Sua voz transparecia pura impotência, como podia estar longe bem na hora que mais precisava dele? Ela sempre foi a melhor... Sempre o ajudou a ficar feliz.

_Que pena. Talvez ela até voltasse a sorrir.

Magali dizia aquilo com um tom de puro mistério, somente ela conhecia uma pequena parte da história dos dois.

Do Contra tinha um grande dom de esconder tudo aquilo que sentia, mas lá no fundo tudo desmoronava, não acreditava que ela estava naquela situação, não aceitava isso. Logo uma onda de puro ódio de si invadiu seu peito, acabou jogando o celular com tudo no chão, quebrando em mil pedaços.

_Alô? Alô? Ué... Acho que ele desligou.

Só esperava que ele pelo menos se importasse.

_Era só um amigo pai.

_Entendi.

O médico sabia quando a filha mentia, e naquele momento desconfiou, mas não teve tempo para nada e os veículos á sua traseira começaram a buzinar. Havia acabado o engarrafamento.

Enfrentaram mais alguns minutos sufocantes até chegarem à entrada do hospital. Magali mal esperou e saiu afobada do carro mal se lembrando de fechar a porta, mas parou na recepção, seu coração estava com um pressentimento ruim.

Carlito vinha logo atrás e assim que acompanhou a filha parou atrás dela e tocou-lhe no ombro, preocupado.

_O que houve querida?

_Estou com um pressentimento ruim papai.

_Eu poderia dizer que está tudo bem filha, mas eu como médico também sinto isso. Ela não estava em condições boas quando me ligaram para vir com urgência aqui mais cedo.

_Pai! Para de me amedrontar.

_É apenas a verdade, e eu te ensinei apenas ela desde pequena.

A recepcionista se aproximou deles com um sorriso gentil. Ela possuía cabelo crespo e preto, e era negra.

_O que deseja Sr. Carlito?

_Apenas fazer meu trabalho.

Seu Carlito não acostumava ser frio e rude daquele jeito, apenas com ela. Rosane – que era a recepcionista – dava em cima dele todo santo dia, mesmo sabendo que ele era muito bem casado. Aquele sorriso falso não o enganava.

O médico puxou Magali pelo braço até um dos corredores do hospital, onde daria para diversos quartos, inclusive o de Mônica.

_Filha... Esteja preparada, o que você verá será muito feio.

_Pai o senhor está me assustando.

Ela começou a ficar em choque antes mesmo de entrar no quarto, que agora estava á frente dos dois. Carlito deu um sinal para que ela abrisse a porta primeiro e Magali acabou hesitando, com medo de algo terrível, mas o que poderia ser? Era somente sua amiga.

Estufando-se de coragem, finalmente abriu a porta com cautela, até abrir por completo e se deparar com aquela cena.

O que mais assustou não foi os quatro médicos tendo que segurar sua amiga, foi o estado dela. Mônica estava com o peito ensangüentado e não parava de gritar o quanto queria se bater até morrer e acabar de vez com aquilo, ela se debatia loucamente, nem aqueles médicos estavam dando conta. A cada vez que abria a boca para gritar, mais jorrava sangue e aquilo estava começando a sujar praticamente a cama inteira.

Se ela continuasse daquele jeito morreria por hemorragia, os médicos tentavam de qualquer maneira tapar a boca dela com um pano seco, sua pele estava começando a ficar de uma cor até acinzentada e seu rosto parecia de alguém que acabara de ser possuída.

_ Me matem, por favor! Acabem com isso!

Ela implorava com a voz falha, não agüentava mais gritar. Magali estava em choque, não conseguia sair do lugar, acabou vendo a perna de Mônica quebrada, ela mesma quebrou? Não era possível, mas não era só sua perna que parecia quebrada, ela havia mordido seus próprios dedos até se quebrarem, estavam pendurados em suas mãos.

Eles tiveram que tirar o roupão do hospital que estava vestida, era muito sangue e em seu corpo perceberam vários furos, ela havia achado uma maneira de pegar a tesoura que haviam deixado na estante próxima a sua cama. Ela queria mesmo morrer.

Sua amiga não era a mesma de antes, cadê aquele corpo gordinho, saudável e cheio de vida? Ela estava só o osso.

Dentro de Mônica nada se passava, ela já não se controlava por conta própria e parecia já não controlar a própria alma. Seu corpo tentava se matar como se não fosse ela, mas a mesma implorava por isso.

Gemidos de dor agonizantes não deixavam de ser ouvidos, não importava o quão fraca estava, a dor era tremenda. Cada parte de seu corpo parecia queimar, e os médicos começaram a perceber as bolhas aparecendo em seu corpo, o que seria aquilo?

_Filha... Não quero que veja o que acontecerá á seguir.

_O... O que... Vai se... ser? A... acontecer?

Magali gaguejava e não sabia o que sentia, se negava á acreditar naquela realidade. Seu Carlito puxou sua filha para fora e fechou a porta do quarto, ela já havia visto demais.

_Nunca vimos nada parecido antes, ela parece estar queimando de dentro para fora. Tirando os vários machucados que ela mesma fez, você viu? Ela está fora de controle, deu um jeito até de quebrar a própria perna.

_N...não isso... isso não é verdade, como puderam deixar que ela se acabasse á esse ponto.

Magali escondia o rosto em suas mãos, ele já estava banhado em lágrimas e o coração doía por culpa. Por que foi deixar ela no momento em que mais precisou de um ombro amigo?

Por um momento o quarto ficou em silêncio, o que a fez estranhar muito.

_Injetaram um calmante forte nas veias dela para que ela pudesse descansar, aquilo faz apagar na hora, só não queria que você visse os efeitos dele filha.

Ele respondeu como se lesse os pensamentos da filha.

Ela acabou se acalmando um pouco pela notícia, mas aquilo não queria dizer de jeito nenhum que Mônica estava bem, muito pelo contrário.

_E o que acontece?

A voz de Magali ainda estava trêmula, mas saiu audível.

_Causa uma convulsão... Mas é horrível.

_ Pelo menos ela vai conseguir descansar não é papai?

A inocência dela ás vezes chegava a cativar Carlito, que apenas deu um sorrisinho em resposta.

_Não vou poder fazer o exame, ela não está em condições. Filha sei que não queria ouvir isso... Mas mesmo que não possua um câncer, não dou nem um mês de vida para ela.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Ai :'( até eu fiquei com dó da Mô... mas fazer o que... até a proxima, e comentem :D



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