Abertura

– Mas que lugar é esse? – Pergunto vendo uma paisagem estranha a minha frente, tudo o que se via eram várias ilhas, flutuando umas acima das outras, vários animas estranhos, pássaros gigantes voando pelo céu e muitas outras coisas, nas maiores das ilhas tinham árvores que pareciam ser de quase 50 a 60 metros de altura, nas menores podia-se ver pequenos animais e o que mais me chamou a atenção foi uma ilha totalmente de água, é sério, não tinha terra apenas água, dentro dessa água dava pra ver pouca coisa até algumas sereias pularem pra fora, isso mesmo sereias, eu esfreguei meus olhos e não conseguia acreditar era muita coisa pra descrever.

Quando olho finalmente ao redor vejo mais gente acordando, eu ajudo alguns a se levantarem, alguns eram adultos e outros era crianças de até mesmo 12 anos ou menos, não dava pra saber de tudo mas as menores pareciam desesperadas, outras começaram a chorar mas todo som foi interrompido quando as várias ilhas na nossa frente sumiram e a mesma pessoa que surgiu antes agora surge maior ainda a nossa frente.

– Como já lhes disse, bem vindos ao mundo dos sonhos, onde tudo pode ser possível e impossível, depende a imaginação de vocês. Agora se querem saber como sair daqui, primeiramente não há como sair de sua própria mente por isso as únicas formas de passar pela barreira que os separa do mundo real devem me derrotar ou morrer aqui, porém se morrerem aqui serão mortos no mundo real também, pois a fumaça que surgiu antes de vocês virem para cá era altamente tóxica e se morrerem a barreira que os protege desse veneno ira se desfazer os matando realmente, agora apouco já devem ter percebido algo diferente como a paisagem de Yme no Sekai.

A pessoa para de falar, não dava pra distinguir se era uma mulher ou homem porque a voz era disfarçada, provavelmente por um modulador comum, logo percebo uma coisa estranha, a pessoa parecia deformada na imagem, aquilo era com certeza um holograma, sabia muito bem já que sou viciada por computação, esqueci de mencionar isso antes, todos ao meu redor começam a se perguntar o que seria Yume no Sekai no sentido que aquela pessoa falava.

– Mas o que você quer colocando todos nós aqui? – Pergunta uma garota mais atrás de mim, eu começava a me perguntar a mesma coisa até que a pessoa responde.

– Em primeiro lugar realizar o meu sonho, ser o Conquistador de Mundos e em segundo a partir de agora deverão me chamar por Rei, já que esse mundo é controlado por mim todos aqui deverão seguir as minhas regras, vocês receberão tudo o que precisam para sua primeira experiência aqui em YnS para realizarem seus sonhos, mas quem desobedecer e for pra fora dos limites terá sua vida perdida e morrerá tanto aqui quanto lá mas para dar uma chance e deixar tudo mais divertido ofereço a vocês uma chance de escolherem suas próprias armas apenas imaginem como as querem e assim que estiverem concretizadas em suas mentes serão teleportadas para vocês e por último mas não menos importante, o sonho começa agora... – Termina em uma risada tremendamente assustadora, todas as crianças começam a chorar de novo, as mães abraçavam seus filhos com lágrimas nos olhos e eu começava a pensar.

– “Mas se tem até crianças pequenas aqui, então meus pais e meus irmãos estão aqui também.” – Começo a olhar em volta pra procurar eles, olho por toda parte mas não encontro ninguém, esbarrei em um monte de gente desesperada, algumas pessoas já começavam a correr gritando de medo, isso sim me deixava assustada e não o fato de estar presa ali. – “Como alguém pode ser tão idiota a ponto de querer controlar o mundo por sonhos mesmo sabendo que no fim todo sonho acaba?” – Me fazia essa mesma pergunta várias e várias vezes, como não encontrei ninguém conhecido comecei a pensar num modo de sair dali, quando olho ao redor percebo barras de vida em todos os presentes ali aquilo era como um jogo de MMORPG o estilo que eu mais gosto, passo a mão na minha frente e encontro uma tela branca com um menu:

Amigos

Inventário

Formar Grupo/Gilda

Definir arma

Mapa

Armário

O que me chamou atenção é claro foi o definir arma, quando olho em volta mais outros já estavam com o menu aberto eram todos adolescentes mais ou menos da minha idade, provavelmente entre 12 e 20 no máximo eu coloco o dedo acima de onde dizia definir arma e uma infinidade de opções aparece na minha frente. A que me chamou atenção foi o Arco e Flechas, minha arma favorita desde pequena.

Flash back: Quando eu tinha 6 anos vi minha mãe treinar arco e flecha e achei legal, pedi a ela para treinar junto mas ela não deixou, como sempre me privava da maioria das coisas que eu gostava de fazer. Eu comecei a treinar escondido pelas madrugadas dos fins de semana e até fiquei com uma mira boa, arco e flecha era realmente algo que eu gostava muito.

Voltando ao presente, eu escolhi o arco e flecha e comecei a imaginar um arco bem diferente, assim como eu pensava ele ia se formando através de uma imagem embaçada que mudava a cada vez que eu pensava em algo novo quando finalmente defini o arco na minha mente aconteceu como o Rei disse, apareceu na minha frente um arco todo prateado e dourado com pontas finas, arabescos por todos os cantos, junto veio um tipo de reservatório onde ficavam as flechas elas eram todas prateadas e douradas como o arco, assim que virei de costas para o sol, se é que poderia chamar aquilo de sol, vejo algo interessante, as flechas ficam todas prateadas e assim que colocadas no sol ficam douradas, acho que era algo para camuflar, mas era muito bom mesmo, olho ao redor e já vejo vários outros com armas a maioria homens, quase não via nenhuma garota por ali.

– “Será que só homens vão tentar resolver esse mistério? A nem eu não vou ficar parada aqui!” – Digo no pensamento colocando a alça do reservatório no ombro, começo a escutar o som de um relógio a minha frente, todos começam a olhar ao redor vendo acima de nós o relógio possuía desenhos antigos no estilo barroco (cheio de detalhes), eu sentia um mau pressentimento sobre aquilo tudo, vários jovens começam a se agrupar e então o relógio para de tocar, mas não some, percebo que marcava meio dia, a hora em que o jogo enfim começou...

Continua...

No próximo capítulo:

Eu achava aquilo tudo uma besteira, detesto pessoas que pensam que o mundo é um sonho, já tive minha definição do que são sonhos e no fim eles acabam e somem, provavelmente tudo aquilo não passava de uma história tola de um idiota, mas se quisesse sair dali tinha que jogar o jogo dele, definitivamente, o problema era esbarrar em todos que corriam feito loucos ao meu redor, algumas pessoas se escondiam e outras pareciam saber o que fazer pois abriram um menu, era mesmo um jogo, então que comece...

Encerramento