Substituição escrita por VDoug14


Capítulo 1
Transição




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Quando o sol se põem as florestas geladas do norte tornam-se ainda mais frias, e ao menos que você esteja muito bem agasalhado e com uma boa fogueira, morrer congelado é a melhor das coisas que podem te acontecer. O céu estava cinzento até minutos atrás, e agora uma coloração escura tomava conta, estrelas começam a preencher alguns espaços naquela imensidão, e o mais estranho que é ultimamente, cada vez menos estrelas apareciam por noite. Swen olhava para o céu enquanto os outros dormiam, era o mais distante da fogueira, mas com o tempo passou a se acostumar com o frio, seus olhos azuis quase brancos, parecia espelhos, pois as chamas distantes faziam impor suas cores em sua íris. Gostava de olhar as estrelas e identificar as tais das constelações – desenhos que ele nunca sabia o significado, que se formavam ao ligar as estrelas - que seu pai, o rei Axel Elinar o mostrava quando pequeno e saiam em caçadas noturnas, nunca se interessou de verdade, mas agora com toda essa guerra, é a única coisa que o faz lembrar realmente dos tempos de paz e dos verões alegres que passava com seu pai e seus irmãos. Mas nas ultimas noites Swen notou que três constelações não estavam completas, pensou consigo mesmo “seriam passagens para o mundo dos deuses?”, estupidez pensou novamente – nunca gostou de saber sobre os deuses, se empenhar em combates sempre foi melhor – e não demorou a cair no sono.

Foi acordado por Yves, seu fiel amigo de longa data – se conhecem desde a infância, quando Yves ajudou Swen a sair de um poço, desde a mocidade Yves continua com sorriso e olhar travesso mesmo agora com vinte e poucos anos – o ajudou a se levantar e deu um tapa em seu ombro, mandou que tirasse a neve se seus cabelos e o ajudasse a recolher todos os pertences, iriam voltar para casa após semanas que combate contra os helênicos. Faltavam agora penas algumas horas de caminhada, Swen estava louco para reencontrar outros amigos, e tomar a melhor cerveja de todo o norte, além de claro se encontrar com sua recente paixonite, Yvett, que por acaso era irmã mais nova de Yves. Durante o caminho caçaram algumas lebres e fizeram sua refeição, e treinaram combate como sempre faziam após suas refeições. Diferente do dia anterior o céu estava mais limpo, e se faltava tão pouco tempo para chegar em casa, um banho no lago poderia cair muito bem, e devido toda a viagem, ambos tiveram seu ultimo banho a dias e nada melhor que aparecer com a melhor aparência possíveis para aquelas que os esperava.

A água gelada veio como um choque, vestidos de inúmeras peles e armaduras seus corpos estavam quentes e ao entrarem na água Swen se segurou para não demonstrar fraqueza, mas Yves o conhecia e começou a rir enquanto jogava água nele, o que desencadeou um combate aquático que terminou e ambos quase se afogarem e não perceberem a aproximação de um pequeno grupo de saqueados. Swen foi quem os viu, já estavam colocando os pertences em suas bolsas. Yves saiu da água como um relâmpago, pego uma pedra a atirou com precisão na cabeça do que estava por trás, Swen saltou em cima do mais próximo e deu um soco direto no nariz do saqueador que ganho uma nova coloração a sua pele, vermelho sangue. Estavam tão acostumados a lutarem lado a lado, que Yves e Swen tombaram aqueles patifes em alguns minutos, desacordados, jogaram seus corpos no rio e observaram eles serem levados pela correnteza, se vestiram e como diz o ditado, “ladrão que rouba ladrão, tem cem anos de perdão”, pegar dos saqueadores o que fosse útil não era crime, pelo menos até onde sabiam. Após o recente ataque ficaram mais alerta no caminho, deveriam saber que arredores de cidades eram pontos para saqueadores pegarem viajantes e comerciantes desprevenidos cheios de ouro.

Logo chegaram aos portões, o sentinela assim que viu que Swen, o príncipe boêmio estava de volta tratou logo abrir o portão e preparar as boas vindas, as ordens do rei eram claras, saldem seu filho pois uma noticia iria mudar o curso de sua vida em poucos dias. Yves se despediu do amigo e foi para casa, a tempos não via a mãe, e desde que seu pai morreu em combate ficara muito fragilizada e dependente dos filhos. Swen tratou de ir para o castelo, precisava de um banho de verdade, e roupas novas, pois não via a hora de farrear durante a noite, beber até cair e dormir com quantas pudesse e acordar no meio da cidade em algum quarto rodeado de comida, ouro e cobertores, cheios de mulheres dentro. O problema foi quando Axel entrou onde Swen se banhava, estava com a cara fechada e ele já sabia que seu pai teria algo ruim a lhe dizer, seu pai sempre gostou de festas e numa foi de já chegar dando notícias, sempre o cumprimentava, fazia um banquete quando voltava de batalhas e depois que todos fossem embora ele viria e conversariam caso estivesse algo acontecendo, o que seria de tão grave assim? O rei coçou sua longa barba loura, ajeitou sua capa de pele de urso, respirou fundo e disse:

– Meu filho, na semana que vem você se casará com uma egípcia.


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Notas finais do capítulo

Então pessoal, esse foi o primeiro capítulo! Não se esqueçam de avaliar com carinho e comentar suas impressões. Um grande abraço, já amo vocês! PS: Não tive tempo para revisar, então qualquer erro de português me notifiquem por favor! >.



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