Sempre Você escrita por BrinaBella


Capítulo 18
Passado


Notas iniciais do capítulo

Oi leitoras!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Sei que demorei mais do que o planejado para postar um novo capítulo, mais aí vai mais um pouquinho para vcs, espero que gostem.

A partir de agora vou contar com uma ajuda mais que especial da Carol, minha beta.Ela é uma grande leitora da fic e ajudará nos momentos em que a luz da criatividade coerente me abandonar.rsrsrs.

Ela começou a me ajudar a partir desse capítulo, valeu mesmo Carol!!!
Espero que gostem e COMENTEM!!!!!
Boa Leitura!!!!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/55845/chapter/18

Minha mãe olhava as próprias mãos, parecia nervosa.

 

- Bella, eu sei que para você a história do meu casamento com seu pai pode parecer absurda. Deve se perguntar o porquê de duas pessoas tão novas se casarem com tanta pressa, se não tinha nenhum filho envolvido. Apesar de você ter vindo bem depois do nosso casamento, o motivo foi esse mesmo... nós nos casamos porque eu estava grávida, mas perdemos o bebê depois.

 

Fiquei paralisada, não sabia dessa história. Então ela continuou:

 

- Conheci seu pai na escola. Ele já estava no último ano e eu, como sou mais nova, estava algumas séries atrás. Primeiro ficamos amigos e depois começamos a namorar. Estávamos juntos há sete meses e fiquei grávida. Na época éramos imaturos e enfrentávamos um momento difícil na nossa relação. A gravidez foi um susto, mas resolvemos continuar juntos por causa do bebê.

Casamos rapidamente, mas brigávamos muito e por qualquer coisa. Em uma de nossas discussões por motivo bobo, ele disse que se não fosse pelo bebê, nunca mais teria que olhar para a minha cara. Fiquei arrasada. Ele pediu desculpas, mas a mágoa era enorme. Eu sabia que ainda o amava, mas a minha insegurança, que já era grande pela situação, só se tornou maior e eu não tinha mais certeza se ele realmente me amava. Pra mim, só quem sofria era eu, não via o lado dele, que também teve que abrir mão de muita coisa na vida.

 

Ela parou e me olhou. Segurei em suas mãos, encorajando-a a continuar, e ela  emocionada, suspirou e continuou:

 

- Ele sempre me tratou com muito carinho e depois disso parecia pensar muito antes de me dizer algo, mas estávamos mais distantes. Nossa relação não era a mesma e o tempo foi passando.

Quando cheguei ao sétimo mês, sofri uma queda e fui levada as pressas para o hospital. Fizeram uma cesárea de emergência e tive um menino. Fiquei internada por uns dias e o bebê foi para a UTI neonatal, onde acabou morrendo doze dias depois de nascer.

 

Ela parou com a voz embargada e lágrimas escorriam por seu rosto. Nunca imaginei que eles tivessem passado por todo esse sofrimento antes de mim. Sempre os vi tão unidos, mesmo quando enfrentavam dificuldades.

 

- Eu nunca imaginei que vocês passaram por tudo isso mãe... - falei segurando mais forte suas mãos.

 

Ela olhou para mim e tentou sorrir. Enxuguei suas lágrimas e ela continuou:

 

- Esse foi um assusto proibido por toda a família. Sofri muito com essa perda e o que ele tinha me dito naquele dia veio à tona. Tinha total certeza que era questão de tempo para o nosso casamento terminar. Percebia que ele sofria com a perda do bebê também, e apesar de tudo, sempre me ajudava a ter forças para atravessar essa crise. Passaram-se quatro meses e resolvi sair de casa e voltar para a casa de meus pais. Escrevi apenas um bilhete, pois não agüentava mais o clima que ficou entre nós. Doía só de pensar que ele não me amava mais e que não existia mais nenhuma ligação entre nós. Deixei com que o tempo cuidasse disso, não tínhamos mais uma obrigação a cumprir. Se fosse para continuarmos juntos, que fosse por amor. Meus pais me apoiaram e eu já planejava como seguiria a minha vida depois de tudo. Seu pai não entrou em contato comigo por uma semana e eu fiquei arrasada, mas decidi que ia seguir em frente e tentar de alguma forma tirar do peito esse amor que sentia por ele. Depois de nove dias que estava na casa de meus pais, seu pai aparece na porta, quase que irreconhecível. Estava todo desarrumado, visivelmente mais magro e parecia que não dormia há dias. Praticamente implorou para que eu conversasse com ele. Falamos sobre todos os pontos da nossa relação e ele falou tudo que o afligia, de como se sentia com tudo que estava acontecendo e que ainda me amava. Pediu para que eu voltasse para ele e que tentássemos novamente. Confesso que estava um pouco relutante, mas depois de conversarmos muito sobre nós dois, resolvemos  recomeçar. As coisas foram se acertando, pois aprendemos muito com todo o nosso sofrimento. Assim tive a certeza de que ele realmente me amava e é algo que, até hoje, ele faz questão de me lembrar todos os dias.

 

Agora ela sorria.

 

- Por isso que sempre vamos te apoiar. Você foi muito esperada e amada desde o princípio. Só queremos a sua felicidade e te dar a certeza de que estaremos aqui sempre que precisar. - minha mãe disse se aproximando mais de mim.

 

- Graças a Deus, deu tudo certo. Não imagino vocês dois separados. - falei sorrindo, e então ela me abraçou.

 

- Filha, por favor, não deixe a oportunidade de ser feliz passar por você. Converse com o Edward e diga o que você sente por ele. Se for para ficarem juntos, que seja por estarem dispostos a se doar e amar um ao outro, e não por uma obrigação, achando que é o certo a fazer. Seu pai e eu sofremos com a perda do nosso menino, mas hoje vejo que se não tivéssemos passado por tanta coisa triste juntos, não teríamos construído a relação que temos hoje. Nada acontece por acaso, não se esqueça disso. - ela falou soltando do meu abraço e enxugou minhas lágrimas, e só agora percebi que chorava. Levantamos da varanda e minha mãe disse:

 

- Agora temos que nos arrumar para o jantar com os Cullens.

 

            Entramos abraçadas na sala, onde o meu pai continuava sentado no sofá, com a TV ligada, bebendo uma cerveja. Ele ficou assustado com nossa cara de choro.

 

- O quê aconteceu? Vocês estão bem? Estão sentindo alguma coisa? - falou já se levantando. Minha mãe começou a rir.

 

- São só os hormônios, amor. Agora é capaz até que choremos por ver uma borboleta voando. - ela disse sorrindo, me soltando e abraçando meu pai, que lhe retribuiu com um selinho e depois sorriu para mim.

 

- Ainda bem que é só isso. - parecia aliviado. -Vamos nos arrumar para o jantar na casa dos Cullens?

 

- Sim, era exatamente o que íamos fazer. Vou tratar logo de procurar o que vestir. Tchau. - falei já indo para a escada.

 

- Tudo bem! - minha mãe respondeu quando eu terminava de subir os degraus.

 

Minha mente vagava pelo que minha mãe tinha me dito. Eu realmente precisava ter uma conversa com Edward sobre a nossa relação, mas tinha medo do que ele poderia dizer. Que decidisse que não queria e não teria que ficar comigo e terminasse o namoro. Sentia um aperto no peito com essa hipótese, pois as coisas estavam indo tão bem. Resolvi deixar para pensar nisso depois. Tomei meu banho e caprichei na produção para um jantar com os pais do meu namorado. Depois de pronta, desci e meus pais já estavam arrumados. Minha mãe falava ao telefone e papai apenas ouvia, ao seu lado. Ela desligou o telefone e sorriu para mim.

 

- Vamos? Era Edward no telefone, querendo saber de você... - ela falou.

 

- Claro, vamos sim! - entramos no carro e fomos para a casa dos Cullens.

 

Chegamos em poucos minutos na casa, ou melhor, na mansão. Tinha uma arquitetura clássica e de muito bom gosto.

 

Assim que tocamos a campainha, fomos atendidos por Maria, a governanta da casa. Ela é uma senhora muito simpática e acompanha a família desde o nascimento de Emmet. Era praticamente mais um membro da família.

 

- Boa noite! - ela nos cumprimentou com abraços e beijos. Entramos e logo Esme veio correndo até mim.

 

- Bella, quanto tempo! Está cada vez mais linda! Estou tão feliz por você e Edward, finalmente vão começar a me dar netos. - ela dizia e sorria enquanto ainda me abraçava. - Você não sabe o quanto estou feliz, meu anjo. Como você está?

 

Antes que eu tivesse tempo para responder, Edward entra na sala, acompanhado de seu pai, Carlisle, e responde por mim:

 

- Mamãe, deixe minha namorada ao menos respirar. - Ele veio em minha direção e me abraçou, dando um selinho logo em seguida e permaneceu com um braço em torno de minha cintura.

 

Sentamos no sofá da sala e Edward permanecia ao meu lado, enquanto todos conversavam animadamente sobre as novidades. Esme estava histérica com a idéia de ser avó e até lamentou-se por não poder mais engravidar para ficar grávida também. Ela e minha mãe contavam suas experiências, enquanto os homens conversavam sobre outros assuntos.

 

Logo Maria veio avisar que o jantar seria servido. Fomos para a sala de jantar e uma linda mesa nos aguardava. Foi um jantar maravilhoso! Os pais de Edward, como sempre, muito amáveis e como já eram grandes amigos de meus pais, o clima foi muito agradável. Senti que estava em casa. Às vezes Edward me fitava com intensidade e eu respondia passando a minha perna na dele, sempre provocando, pois sentei a sua frente. Ele até engasgou uma vez e quase caí na gargalhada, mas consegui me segurar.

 

Depois da sobremesa, uma deliciosa torta de morango, (que comi nada mais nada menos que dois enormes pedaços) fomos para a sala. Nossos pais sentaram para conversar e Edward levou-me para o jardim, onde ficamos sentados em um banco no meio das flores, trocando carinhos até começar a cair os primeiros pingos de chuva.

 

Corremos de volta para a casa e logo os pingos tornaram-se uma chuva intensa,  que parecia que demoraria em dar uma trégua. Nessa cidade chove demais. Entramos na sala sorrindo e de mãos dadas e todos nos olharam sorrindo. A chuva agora estava mais barulhenta.

 

- Essa chuva está terrível, como vamos embora? Não podemos abusar da hospitalidade de vocês. - minha mãe falou preocupada.

 

- O que é isso, Renée? Essa chuva vai demorar a passar. Vocês podem dormir aqui. - falou Carlisle.

 

- Não queremos abusar da hospitalidade de vocês. - meu pai falou.

 

- Não é nada, afinal, essa casa é enorme e seria um prazer recebê-los, principalmente agora que somos da mesma família. - disse Esme, sempre muito simpática.

 

- Tudo bem então. - respondeu minha mãe. Ficamos mais algum tempo conversando e depois, aos poucos, fomos nos retirando para dormir.

 

Meus pais ficaram em um quarto de hóspedes e quando levantei para me despedir e me retirar, Edward também se levantou e foi mostrar o quarto onde eu iria dormir. Quando entrei no quarto, percebi que havia algo estranho.

 

- Edward, esse é o seu quarto?

 

- Ele mesmo, mas hoje será o nosso quarto. Você achou mesmo que eu deixaria você dormir sozinha em um quarto de hóspedes? De jeito nenhum.

 

- Estamos na casa de seus pais, né? - falei confusa e envergonhada. Era estranho dormir com Edward na casa dos pais dele, ainda mais ele estando com aquele sorriso torto que eu tanto amava e me fitando, literalmente me comendo com os olhos. Dormir ia ser algo no mínimo difícil com ele assim.

 

- Não vamos fazer nada que eles não saibam que já fizemos. - ele disse isso, se aproximando cada vez mais de mim, puxando-me para seus braços e me fazendo perder a noção de mundo, encostando os seus lábios nos meus. Era uma sensação maravilhosa sentir seus lábios e seu corpo, e quando dei por mim, já estávamos na cama, dominados pelo desejo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai galera?
O que acharam?
Gostaram?
Agora um pouquinho de tranquilidade, mas será assim sempre?(sou meio malvada, em breve aprontarei um pouquinho.rsrsrs)

Já sabem a regra....

REVIEW = MAIS CAPÍTULOS.

bJS