Bleeding Out escrita por Becky Cahill Hirts


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Oiie guys, enjoy it.



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— Amy! — chamou uma voz do andar inferior. — Onde você está, Amy?

— Ian Kabra, apareça agora mesmo! — gritou uma voz estridente feminina. — Onde você pensa que me meteu? Eu vou ligar para mamãe agora mesmo!

Ian ainda encarava a garota quando ouviu as vozes. Os dois dividiram um olhar, o dela implorando, o dele de cumplicidade.

— Acho que não seria muito bom se eles me vissem aqui dentro, correto? — o garoto dos olhos âmbar perguntou, coçando a nuca com uma expressão engraçada na face.

— Decididamente, não. — Amy falou o terror a impedindo de gaguejar.

Ian levantou e andou agilmente até a porta, ele estava quase saindo quando se virou para ela, com um sorriso bobo nos lábios.

— Eu gosto mais quando você não gagueja para falar comigo — ele deu uma rápida piscadela na direção da garota e saiu pela porta, deixando uma Amy vermelha e deitada na cama.

Ela só teve tempo de jogar todas as roupas sujas embaixo das cobertas e de puxá-las para cima de si, tapando seu corpo, quando a porta se abriu.

Dan, Alistair e uma menina morena com belos traços, provavelmente a irmã de Ian, Natalie, apareceram na porta.

— Amy! — Dan suspirou de alivio ao ver a garota. — Você está bem? Os policiais nos ligaram, mas nós não tínhamos como voltar e...

— Eu estou bem, Dan. — Foi tudo que a garota conseguiu falar, desviando os olhos das faces curiosas e interrogativas. A visita aos policiais já parecia distante em sua mente, uma coisa de outro ano, outra vida...

Ela se sentia tão confusa... Que espécie de conversa ela havia tido com seu primo, afinal? Aquilo parecia insanidade, pois não era ele o ladrão de herança? E o que ela estava fazendo? Agora ele não sabia de um dos segredos mais secretos dela? Um que nem Dan, Alistair ou qualquer outra pessoa sabia? Aquilo que ela mal conseguia suportar pensar?

Amy estava tão absorta em seus pensamentos que nem percebeu a troca de olhares de Dan e Alistair. Ela só percebeu quando um dos dois pigarreou.

— Ahn, vamos deixá-la sozinha querida — falou Alistair. — Quando estiver pronta, por favor, desça, precisamos conversar sobre os nossos... Hm, hospedes.

Amy assentiu levemente, lançando um curto e rápido sorriso para Natalie, antes de se tapar até a cabeça.

Ela não precisou esperar muito, em segundos ouviu os passos se retirando do seu quarto, e, tão rapidamente como abriu, a porta fechou-se.

Ela jogou os cobertores no chão novamente, levantando-se. Caminhou até o banheiro e deixou a água quente limpar o que ainda havia de sangue seco no corpo dela, tomando cuidado com as ataduras que Ian havia feito.

Depois do banho, vestiu um chambre e deixou a toalha nos cabelos, voltando para o quarto e pegou todas as roupas, panos, gases e qualquer outra coisa que Ian havia deixado, fez uma trouxa com sua roupa de cama e deixou no canto do quarto, certa que pediria para um empregado levar tudo àquilo para a lavanderia mais tarde.

O grande problema seria o que iria vestir... Após pegar um conjunto de roupas intima, Amy ficou encarando o closet até encontrar algo que lhe agradasse e que não a matasse de calor. Ela escolheu uma blusa bege soltinha com mangas três quartos, longas o suficiente para cobrir seus cortes, mas de um tecido leve o bastante para ser usado no verão, e um short branco de cintura alta, longo somente para conseguir tapar os cortes da sua coxa. Ela colocou a blusa dentro do short, balançando um pouco para dar um ar mais folgado.

Ela secou os cabelos com a toalha, os deixando levemente molhados, e os penteou depois, optando por deixá-los caídos acima dos ombros. Calçou uma sapatilha nude, e pronto. Já quase se sentia pronta fisicamente.

Emocionalmente, bem, isso era outra história.

Não podemos simplesmente colocar uma roupa confortável e bonita, passar um pouco de maquiagem e fingir que estamos ótimas emocionalmente. O nosso emocional requer cuidado, pois é extremamente frágil, quebra com a facilidade de um cristal.

— Você está ótima, Amy — a garota tentou se convencer, com as mãos estendidas para frente, como quem quer se assegurar que o ar está ali, mantendo-a instável e de pé.

Respirando fundo, pois só podemos deter nossos medos se conseguirmos permanecer calmos, abriu a porta e saiu daquele antro de medos e temores, já que afinal, passara era hora de enfrentá-los.

Bleeding Out

— Onde você se meteu? — Natalie grita, sua voz estridente ecoa no cômodo. — Eu só vou tomar um banho, Natalie, nos vemos em minutos — ela imitou a voz do garoto de olhos âmbar muito mal para o gosto dele. — E eu fui arrastada, ouviu isso, arrastada, para uma fazenda em sei-lá-onde buscar sei-lá-o-que!

— Você espera que eu me desculpe? — Ian perguntou irônico.

— É o mínimo que você pode fazer, Ian Kabra! — Daniel e Alistair estavam atrás dela, com olhares engraçados na face. — Eu caí de cara na lama! Fiquei presa na estrada por quase três horas e... — ela se virou para Daniel e apontou para ele com um ar de intolerância e irritação, se eu não a conhecesse diria que ela gostou dele, já que não havia nenhum vestígio de nojo em sua face. — E tive que aguentar esse quase projeto de criança de três anos de idade...

— Eu tenho quase 15, ok?! — Daniel se meteu, mas Natalie não deu ouvidos.

— Você não teve a menor consideração com a sua irmãzinha! — Natalie continuou com o seu showzinho, e Ian tinha que admitir, sua irmã deveria ir para a Broadway. — E não tem nem a capacidade de se desculpar?

— Natalie, realmente... — Mas ele nunca terminou a frase, pois nesse momento, Amélia Cahill entrou na sala, roubando totalmente a sua atenção.

Amy estava com o rosto baixo, como quem esconde a expressão, mas seu corpo estava perfeitamente à mostra. Ela havia vestido uma blusa solta bege, as magas eram longas, mas não davam a impressão de que algo estava errado, e sim de que ela estava extremamente elegante. O short branco era longo, e toda a roupa fora pensada para esconder seus cortes, cortes que só eu sabia a existência.

Os seus cabelos ruivos estavam caídos sobre seus ombros, parando logo acima da cintura. Seus olhos verdes jade estavam escondidos nas sombras, mas ele estava seriamente encantado com a beleza dela, mesmo com os curativos.

Ian estava tão perdido dentro da atmosfera “amyantica” que criou, que deu pura sorte dos outros também olharem para a garota, caso contrario ele bancaria o lunático.

— Amy? — Daniel a chamou. — Você está bem?

A garota pareceu respirar fundo antes de andar na direção deles, com um pequeno sorriso no rosto.

— Nunca estive melhor, irmãozinho.


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Notas finais do capítulo

Vocês pediram e eles voltaram, Natalie, Dan e Alistair voltaram depois de pelo menos nove capítulos de enrolação, meu Gideon, Becky! Você é realmente uma escritora horrível.

Love u guys,
B.