The First Girl escrita por Child of the Moon


Capítulo 47
You are going to be fine


Notas iniciais do capítulo

QUEM TA VIVO SEMPRE APARECE!!!!!!!! serio não aguento mais pedir desculpa pela demora todo santo capitulo jnkwishivsbiywbihyw desculpa mesmo galeris. Enfim espero que gostem, deixa aquele comentario maroto ne gente só tive 2 no ultimo capitulo, muito bad hein.
Amo voces ♥



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A estrada de terra nos acompanhou como uma velha amiga. Ao longe o grande edifício do C.R.U.E.L. parecia um pequeno ponto no horizonte. Eu me sentava encostada na parede metálica do carro enquanto Teresa adormecia aos meus pés.

A noite caia ao longe e junto com ela os Clareanos. Os meninos que sobreviveram se encostavam nos bancos e nas paredes de metal para dormir. Depois dos últimos dias essas horas de descanso era o mínimo a se exigir.

Thomas sacudia a perna inquietamente tentando esconder sem sucesso alguma  briga interna no banco do motorista. Eu poderia apostar o cartucho que estava em meu bolso que ele estava pensando em Teresa

O loiro ao meu lado era o único Clareano acordado além de mim e Thomas. Newt parecia ter se alienado em algo invisível em sua frente enquanto mexia constantemente em minhas pernas que estavam jogadas em seu colo.

—Aconteceu alguma coisa? – Perguntei baixo para apenas Newt escutar.

O manco desviou sua atenção do vazio e olhou nos meus olhos. Nós estávamos próximos, seus ombros roçavam nos meus. Seus olhos a menos de dez centímetros dos meus estavam pesados. Carregados de palavras pressas.

Newt soltou uma respiração profunda, cansada antes de falar em um tom baixo, quase inaudível.

—Eu emiti alguns fatos sobre mim.

O loiro parou de mexer as mãos parecendo nervoso tentando se concentrar, tentando achar as palavras certas.

—Está me deixando nervosa. – Disse colando as mãos sobre as deles.

—Quando nós entramos no deserto todos nós estávamos contaminados com o Fulgor. A questão é, todos vocês são imunes a ele, o vírus não afeta vocês. – Newt arrastava as palavras, cada vez sua voz saia mais baixa.

—Newt você está me assustando. – Um sussurro fino saiu de minha boca.

—Eu não sou imune ao Fulgor Beth. – O loiro olhou fixamente nos meus olhos, completamente vazios e opacos.

As palavras de Newt eram surreais para mim, a brincadeira era boa, pelo menos eu poderia rir um pouco.

—Está brincando. – Eu disse soltando um riso nervoso.

—Não estou. – Suas palavras eram serias e frias.

Meu riso começou a sumir e uma fina lagrima escorria em minha bochecha. Tudo estava caindo aos pedaços, minha mãe presa, meu novo irmão, meu pai morto, um destino que podemos não chegar, a morte eminente de Newt

Newt vai morrer.

Newt vai morrer

As palavras gélidas ecoavam em minha cabeça.

—Não. – Um sussurro de dor saiu enquanto eu levava as mãos aos ouvidos.

É eminente você sabe disso

Nada pode salvar ele nem a sua mãezinha

—Pare. – A pressão feita pelas minhas mãos aumentavam.

Senti algo tocarem elas fazendo-me assim abrir os olhos. Newt estava com o rosto mais perto do meu com a expressão de puro terror.

—Elisabeth o que está acontecendo?

—Eu estou ficando louca Newt, estou ficando louca...- As lagrimas silenciosas caiam com mais intensidade enquanto afundava minha cabeça no peito de Newt.

—Ei ei ei. – Newt me chamava levantando minha cabeça com as mãos.

—Você vai ficar bem. – Ele disse calmo com um sorriso leve no rosto.

—Você tem que ficar bem também. – Eu disse sentindo suas mãos secarem as lagrimas do meu rosto.

Mas ele não respondeu.

                ~*~

Acordei depois de algumas poucas horas. Thomas não estava mais dirigindo, Caçarola estava em seu lugar agora guiando o carro. O moreno dormia relaxadamente no banco do carona.

Ainda era noite e o sol iria demorar um bom tempo para subir. O clima ameno me fez segurar com força o jaleco branco. Deveríamos estar na estrada de areia por umas três horas e mesmo assim não conseguia ver nenhum resquício de civilização.

Caçarola olhou para trás assustado passando seus olhos por todos até encontrar os meus na escuridão.

—Elisabeth? – Ele disse afrontado.

—Aconteceu alguma coisa? – Perguntei com um tom preocupado.

—É melhor você ver isso.

Me soltei de Newt, o único barulho audível era o nosso carro e o que nos seguia. Andei até Caçarola olhando pelo vidro da Vã.

—Não consigo enxergar nada.

—Não acho uma boa ideia ligar o farol no forte. Olhe lá no fundo, são pessoas? – Caçarola perguntou parando o carro fazendo a Vã do Grupo B estacionar do nosso lado.

Os meninos não mostraram nenhum sinal de vida atrás de nós, todos estavam em sono profundo. No carro do nosso lado Sonya abriu a porta pisando na areia, ao seu lado Ed saiu com um rosto questionador.

Meu irmão

Sacudi a cabeça, não era hora de pensar nisso. Desci do carro pela porta de Caçarola sendo seguida pelo mesmo.

—O que houve? – Sonya parecia rouca, provavelmente pelo frio.

—Conseguem ver aquilo lá na frente? – Perguntei apontando o norte.

—Não tenho visão noturna, atrapalha bastante minhas missões noturnas no deserto. – Edward disse com as mãos na cintura.

—Pare de ser irritante e tente forçar a sua visão. – Disse levemente irritada.

—São pessoas? –Sonya perguntou.

—Finalmente alguém que pensa. – Falei olhando para a loira

—Não é estranho ter pessoas no meio do deserto na madrugada? – Ele continuou.

—Talvez sejam moradores de rua, aquilo atrás deles parece um resquício de cidade. – Caçarola disse.

—Toda apagada? – Ed perguntou.

— Talvez estejam se escondendo. – Olhei para as pessoas. - Talvez encontremos um lugar pra ficar lá, não vi nenhuma cidade em quilômetros, sabe Deus quando vamos encontrar outra.

—Acha que devemos ir para lá?- Edward perguntou.

Eu assenti com a cabeça relutante.

—Fiquem por perto. – Disse antes de voltar para minha vã.

Agora eu havia me sentado ao lado de Caçarola enquanto atravessamos a pequena distância entre nós e a cidade. Sonya e Edward se mantinham colado em nós.

A distância se esgotou assim como as pessoas que vimos. A cidade era baixa, o máximo eram alguns prédios de quatro andares, ruas vazias e sujas, nenhuma alma viva na rua.

—Onde estão as pessoas? – Sonya perguntou do carro do lado com o vidro abaixado.

—Talvez seja melhor assim. – Disse.

—Sonya. – Edward disse com a voz carregado de medo.

—Sonya. – Ele repetiu.

—Olhe para frente.

Eu, Sonya e Caçarola olhamos para a rua. A iluminação precária não me impedia de ver os corpos ocos andando com pressa em direção ao carro.

—Feche o vidro e apague os faróis. – Disse quase em um sussurro.

Dezenas de Cranks vinham em nossa direção.


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