The First Girl escrita por Child of the Moon


Capítulo 44
I want a hug too


Notas iniciais do capítulo

OLHA QUEM VOLTOU DPS DE MT TEMPO PF N ME MATA PF PF ´PF, eu sei q demorou mt mas a escola ta me matando gente, enem, escola, nem sei o que me mata mais, mas como prometido, eu não vou abandonar a fic, fiquei MT feliz com os 7 comentarios, tem leitora nova na area comentando, nem tive tempo de responder os comentarios mas eu amo vcs gente.
Não esqueçam de comentar, vamos tentar manter o numero de comentarios ou aumenta-lo
recomendações são smp bem vindas hahahahaha
bjinhos
tia Ju



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Quando entrei na clareira jurei estar tudo perdido, assim como os meninos achei estar sozinha e abandonada nesse mundo caótico que vivemos. Fugindo de uma praga e lutando por nossas vidas sem um motivo concreto.

                Depois de finalmente termos achado a saída para o mundo, a porta de nossa liberdade me vi presa em uma prisão sem grades cercada por areia.

                Entretanto, mesmo depois de todos os ocorridos nunca me senti tão perdida quanto agora. Até pouco tempo a única família que tinha era Ava Paige, ex líder da C.R.U.E.L., agora tinha um irmão e a memória de um pai.

                Inconscientemente voltei a segurar a foto que havia guardado no bolso do jaleco branco.

                Preciso achar minha mãe

                Essa era o único pensamento que eu tinha em mente, mesmo sendo impossível. As chances de ela estar trancada em um quarto assim como eu estava eram enormes. Inúmeros guardar deveriam estar vigiando-a. Janson não iria querer que ela fizesse a mesma coisa que eu.

                Fechei a ficha com uma leve tremedeira nas mãos não conseguindo ignorar o nome em negrito da ficha que seria a próxima que eu examinaria.       

                Newt

                Contando os segundos para sair daquela sala e fazer a única coisa sensata, achar os meninos, abri a ficha devagar conseguindo ver apenas uma foto muito bem cuidada de uma mulher de cabelos vermelhos como fogo sentada em um campo gramado com uma criança que aparentava tem uns cinco anos em pé ao seu lado. O menino possuía cabelos tão loiros que parecia refletir os raios solares, o sorriso em seu rosto era enorme assim como o da ruiva que mantinha a mão envolta da cintura da criança como se ela fosse cair ou correr a qualquer momento.

                Guardei a foto junto com a minha em meu bolso e voltei a fechar as fichas saindo em disparada para a porta. Grudei meus ouvidos no material branco e ouvi um movimento grande do outro lado. Seria impossível sair sem ser vista e a essa altura já descobriram meu desaparecimento.

                Colei as costas na superfície gelada observando todo o cômodo perfeitamente branco. Janelas altas, paredes brilhantes, cadeiras estofadas, mesas de vidro, arquivos, duto de ventilação no teto.

                Duto de ventilação no teto

                Corri para o alto arquivo de metal que se situava em baixo do duto e escalei com cuidado até ficar de pé sobre o móvel soltando um grito abafado lembrando das ataduras que cobriam toda a extensão de minhas pernas.

                A perna esquerda que era envolta por uma placa de metal imobilizando-a pelo fato de tê-la fraturado me impedia de fazer qualquer movimento maior. Subir no duto seria um desafio contando com a perna e algumas costelas fraturadas.

                Estiquei os braços sentindo a placa de metal do teto retirando-a sem dificuldade. Com minha perna boa me impulsionei paro o alto passando os braços pelas paredes do tubo.

                Senti um de meus curativos se abrir em minha costela devido ao esforço de escalar. Impulsionei meu corpo para frente me jogando de barriga no pequeno espaço metálico.

                Soltei minha respiração pesada sentindo umas gotas de sangue em minha costela devido ao rompimento do curativo fazendo-me levar as mãos imediatamente ao mesmo.

                Como se a cada segundo o tubo diminuísse de tamanho comecei a me arrastar entre as paredes de metal até sentir estar longe o suficiente. Tentei forças minha mente a lembrar a estrutura da C.R.UE.L. tentando chegar em algum lugar onde os meninos poderiam estar.

                Me lembro de ouvir alguma coisa sobre devolver as memorias aos clareanos. Se isso era verdade eles deveriam estar nos laboratórios, felizmente no mesmo andar onde estava.

                Voltei a me arrastar até chegar em uma entrada que levava ao laboratório. Sem tirar a grade espiei o quarto quase soltando um grito de felicidade. O grupo B estava aqui, logo o grupo A deveria estar perto. Meu coração não hesitou a bater mais forte ao ver Edward. Eu teria que falar com ele em algum momento.

                Continuei a me arrastar até o quarto seguinte dessa vez tirando com cuidado a grade de proteção. Todos eles estavam lá, Janson havia acabado de sair do cômodo com uma cientista e uma medica. Seja o que tenha acontecido Janson não parecia tão contente.

                Como vou sair daqui, isso era a única coisa que não saia da minha cabeça. Posso quebrar minha perna novamente.

                Com um assovio chamei a atenção dos meninos que por alguns segundos ficaram procurando de onde o som havia saído.

                -Elisabeth? – A voz de Minho era impossível de não reconhecer.

                -Preciso de ajuda aqui. – Disse com um pouco de vergonha pela situação.

                Vi Thomas puxar uma mesa e subindo em cima dela, Newt havia se posto ao lado dele para me pegar enquanto se apoiava em Thomas.

                Joguei minha pernas machucadas para fora sentindo mãos a agarrarem e com um impulso soltei meu corpo caindo nos braços de Newt que logo já havia me descido da mesa.

                O loiro havia colocado suas mãos em meus ombros e parecia estar em choque.

                -Voce tinha sumido... a C.R.U.E.L. chegou e nos tirou do deserto, achamos que tivesse morrido, eu achei que...

                Impedindo que Newt continuasse qualquer discurso juntei meus lábios aos dele passando minhas mãos em seu pescoço sentindo-o me abraçar com força. A sensação era boa, me trazia lembranças de quando as coisas ainda eram boas. Por um segundo desejei que tudo sumisse e a única coisa que queria era ficar nos braços de Newt.

                Cortamos o beijo e a única coisa que ouvi foi a voz falha do loiro.

                -Achei que tivesse perdido você.

                -Não tão cedo. – Disse.

                -O casal pode parar com essa melação porque eu também quero um abraço ok? – Minho falou com as mãos na cintura.

                Soltei Newt e voei em seu pescoço dando-lhe um abraço apertado.

                -Só ele que ganha abraço? – A voz de Thomas chegou aos meus ouvidos fazendo-me soltar um riso sincero.

                Abracei o moreno notando quanta falta eu havia sentido deles.

                -O C.R.U.E.L. não vai me deixar morrer tão cedo, ele não pode. – Comecei a falar olhando para os meninos. - Querendo ou não eu ainda posso ser uma peça a ser usada.

                -O que quer dizer? – Newt perguntou.

                -Eu sou filha da Ava, só Deus sabe as coisas que ela deve ter escondido na minha mente. Janson ainda pode precisar de mim.

                -Janson disse que ia devolver nossas memorias. – Thomas disse.

                -O que vocês falaram? – Perguntei curiosa.

                -Negamos. – Minho completou

                -Quase todos. – Newt o corrigiu.

                -Quase todos? Quem aceitou?

                Senti os olhos de Thomas se abaixarem por uns segundos e depois subirem até se encontrarem com o meu.

                -Teresa. – Ele disse.

                Teresa.

                Eu precisava encontrar ela, eu precisava saber o que estava acontecendo, o que o C.R.U.E.L. tinha feito com ela.

                -Temos que sair daqui. – Disse subitamente.

                -Como?

                Passei as mãos pelos bolsos do jaleco até encontrar um cartão de identificação.

                -Eu não sei.

                O cartão iria abrir as portas mas os guardas iriam nos impedir facilmente, principalmente pela falta de armas. Nesse momento lembrei de não estar mais com a pistola.

                Um estrondo do lado de fora tirou minha atenção.

                -Digamos que precisamos de uma distração para sair daqui. E parece que já temos ela.


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