The First Girl escrita por Child of the Moon


Capítulo 38
Don't miss the party


Notas iniciais do capítulo

EAI MEU POVO, ADIVINHA QUEM FEZ ANIVERSARIO? EUUUUUU!!!!!!!!!!!! parabens para mimmmmm, desculpa por demorar gente:( sinto muito, MAS ENFIM, CAP NOVO, não esqueçam de comentar pq me aujda PRA CARAI



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O acampamento do grupo B já havia desaparecido atrás de mim. Por alguns minutos achei que eles iriam mandar alguém atrás de mim mas eu já estava longe demais pra eles arriscarem.

Eu já estava andando por umas duas horas e o sol estava subindo cada vez mais. Quando estava quase desistindo de continuar a andar uma luz ao longe chamou minha atenção.

Os raios do sol batiam contra ela fazendo um reflexo bater nos meus olhos. Era uma construção. Provavelmente feita de vidro.

O prédio estava a umas duas horas a minha frente, mas mesmo exausta eu não podia parrar. Não agora, eu estava muito perto para desistir agora.

Arrastando meus pés eu continuei a andar. A cada passo eu sentia meu corpo voltando a doer. A cada passo eu sentia meu corpo vibrar de ansiedade. A cada passo eu estava mais perto deles.

~*~

O sol já estava agora sob minha cabeça mostrando ser meio do dia. Eu já havia comido o conteúdo de uma das latas que parecia ser algo com frango e já havia bebido uma garrafa de água.

Eu estava finalmente entrando na pequena cidade no deserto. Casas abandonadas se estendiam pelo asfalto mal cuidado. Uma mulher de idade se escondia atrás da janela me observando. Seus olhos não pareciam com os dos Cranks, seus olhos ainda não mostravam insanidade, seus olhos mostravam dor.

Ver ela naquele estava me fez pensar no C.R.U.R.L., mais especificamente em seus métodos. Enquanto a mulher fechava as cortinas rasgadas de uma forma abrupta pensei em minha mãe.

Eu sabia que Janson estava planejando alguma coisa. Sabia que ele queria o poder da C.R.U.E.L. para ele. Seus métodos me preocupavam. Não sei o que ele seria capaz de fazer com minha mãe. A essa altura não sei se o poder ainda estava em suas mãos. Mas não havia nada que eu podia fazer. Nunca houve nada que eu podia fazer.

Flashs do meu passado vinham as vezes em minha mente. Como sonhos. Talvez possam ter sido sonhos. Talvez meus sonhos possam ter sido realidade. Não havia ninguém agora para me falar o que era real e o que era fruto da minha imaginação.

Na verdade não importava mais. A Elisabeth do passado não existia mais. Ela foi enterrada da pior maneira possível. Ela estava morta e viva ao mesmo tempo. Na minha cabeça. Em algum lugar. Porque não importa o quanto eu tentasse as vozes do meu eu do passado gritavam na minha cabeça me pedindo para abrir a porta. Mas a resposta era sempre a mesma. Não.

Eu não sei o que minha mãe pretendia ao me botar na Clareira. Eu não sou nenhuma heroína. Não quero ser. Não vou sair por ai salvando as pessoas vestindo uma capa reluzente. Eu só quero acabar com isso de uma vez e poder voltar pra casa. Casa. Queria voltar para algum lugar que provavelmente não existe mais.

Uma criança que aparentava ter uns dez anos atravessou correndo em minha frente entrando em um beco sujo. Olhei de onde ela havia saído e vi uma casa velha caindo aos pedaços, os vidros da janela que uma vez fora inteiro estava quebrado. Um banco de madeira se encontrava em frente a casa. Consigo imaginar um campo gramado sob os pés do banco, e também consigo imaginar aquela mesma criança brincando na grama.

Eu não devia estar muito diferente das pessoas que passavam pelo meu caminho. Meu cabelo estava sujo e seboso, minha pele tinha manchas causadas pela falta de banho e pelo sol. Minhas roupas surradas estavam cheias de areia. Pelo menos posso entrar despercebida.

Um homem que andava duro passou por mim carregando uma pistola na mão me fazendo contrair meus músculos. Ele passou por mim ser ao menos olhar em minha cara. Eu estava completamente desarmada e isso não é bom.

Virei a esquina apressadamente esbarrando em uma pessoa que ria descontroladamente.

–E ai parceiraaa. – Ele disse arrastando o a.

O cheiro de álcool que emanava dele fazia meu estomago se remexer em enjoo.

Tentei me soltar do rapaz que acidentalmente caiu no chão e mesmo assim não parou de rir.

“Pelo menos ele parece feliz”

A rua dava em um beco sem saída e no final dela um prédio largo de dois andares emanava luz. Rosa, azul, verde. Elas piscavam a toda hora prendendo minha atenção.

–A mocinha gostaria de entrar na festa? – Um homem loiro com porte forte falou atrás de mim desviando minha atenção.

–Não acho uma boa ideia. – Disse com uma voz dura. Algo que não me lembro de ter feito antes.

–Uma festa não mata ninguém. – Ele disse em som de deboche.

–Eu já disse que n.. – Tentei passar por ele mas o loiro segurou meu braço com força tirando uma pequena pistola de dentro no paletó vinho.

Engoli em seco enquanto ele pronunciava as palavras.

–Melhor você curtir essa festa mocinha. – Ele disse agora em um tom duro, não o de deboche como antes.

Ele me virou com força e me empurrou para a porta do prédio. Com o canto dos olhos vi ele puxar um walkie talkie do bolso e começar a falar baixo.

Eu precisava sair daqui. O mais rápido possível.

Atravessei a porta grande do prédio vendo de mais perto as luzes que piscavam. Uma cem pessoas estavam espalhadas entre o saguão, escadas e fundos.

Um bar de vidro ficava na parede contraria a porta, o cheiro de álcool e de drogas era presente no lugar.

Desci a escada que ficava em frente a porta me levando para a multidão. Um casal ao meu lado estavam sentados na parede dando longas tragadas em cigarros e um outro que estavam em um corredor provavelmente transando. Todos aqui estavam parecendo evitar a realidade.

Andei entre a multidão tentando chegar a algum lugar fazia para achar uma saída.

Um homem vestindo um paletó maior do que seu tamanho carregava um bandeja com vários copos que carregavam bebidas coloridas. Olhei para trás vendo o homem loiro de braços cruzados parado na porta me fuzilando com os olhos.

Peguei um copo com um liquido azul para tentar tirar o homem da minha cola. Voltei a andar pelo local agora tomando cuidado para não derrubar o copo no chão.

Um garoto que estava no meu lado tropeçou em seus próprios pés caindo no chão, provavelmente bêbado.

Um corredor estreito levava a uma escada que ia até o segundo andar. O corredor estava todo sujo de álcool. Me espremi para passar tentando desviar de uma mulher que estava sendo imprensada na parede por um cara enquanto se beijavam.

Corri até a escada ouvindo uns grito lá de cima. Parecia uma briga.

–Quem você pensa que é cara? – Um homem gritou.

–Alguém que você não deveria ter se metido.

E eu não precisava ouvir duas vezes pra saber quem estava falando. Minho.


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Notas finais do capítulo

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