The First Girl escrita por Child of the Moon


Capítulo 30
Light In The Darkness


Notas iniciais do capítulo

OIEEEEEE PESSOAS DO MEU CORAÇÃO!!! AI GENTE AMO FÉRIAS! Enfim, os comentários estão voltando ao numero de antes, mas mesmo assim nem se compara a antigamente. Poxa gente o que ta acontecendo? Leitoras fantasmas assim não da né gente? Antigamente eu tinha uns 10 comentarios por capitulo, agora eu tenho no maximo 5, assim não da né gente! Vamos voltar ao que era antes! Comentem! Isso faz eu postar mais rapido, mandem recomendações que ajuda a fic a conseguir mais leitores e a tia Ju aqui amo:D
Bom, boa leitura pra vocês e vejo todas vocês nos comentarios. Meus recorde de comentarios é 13, se vocês baterem esse recorde vou fazer de tudo pra postar essa semana ainda o proximo capitulo!!
Beijinhos



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–Estão todos bem? – Pude ouvir a voz de Minho a distância.

Basicamente todos os Clareanos responderam um “sim” ao mesmo tempo. Estiquei meus braços para o lado sentindo parede ásperas a minha volta, algo familiar a um corredor. O ambiente estava dominado pela escuridão, nenhum resquício de luz de algum outro lugar qualquer entrava aqui. Dei um passo para frente pisando no calcanhar de alguém.

Sussurrei um “desculpa” dando um passo para trás.

–Thomas? – Sussurrei virando meu rosto.

–To aqui. – Senti sua mão em meu ombro me fazendo não me sentir tão perdida assim.

–Eu quero que cada um fale um número, começando do zero para ver se todos estamos aqui. – Ouvi a voz de Minho no começo da fila.

Que todos passaram pelo transportal era um fato, mas que todos estavam aqui eu não poderia afirmar.

Ouvi os meninos começarem a gritar os números consecutivamente. Depois de vários gritos soltei um alto “23” logo sendo seguida por Thomas gritando um “24”, vários outros continuaram a contagem logo chegando no nosso número final.

–Pelo visto estamos todos aqui. – Newt disse para Minho num tom razoável mas o eco no corredor fazia que todos os outros conseguissem ouvir.

–Vamos começar a andar! Sigam a minha voz! – Comecei a ouvir os passos de Minho ecoando pelo túnel.

Senti a mão de Thomas no meu braço percebendo que agora ele andava praticamente ao meu lado. Na frente se ouvia alguns “Ai” causados por encontrões.

Forcei meus pés a andarem alguns metros no escuro sentindo apenas minhas mãos sendo raladas pelas paredes ao meu redor.

–O que será que tem no final? – Thomas sussurrou atrás de mim.

Balancei meu rosto em discordância lembrando apenas depois de alguns segundos que ele não conseguia me ver.

–Não faço ideia. – Sussurrei de volta.

Alguns minutos se passaram e a caminhada não acabava. Um estalo abafado surgiu do meu lado esquerdo me dando um pequeno susto. Estiquei as mãos não sentindo mais as paredes.

–Ouviram isso? – Falei alto para todos poderem me ouvir.

–Sim, o que aconteceu? – Minho respondeu a alguns metros de distância.

–Eu não sei, mas foi do meu lado. Posso tentar ver. – Respondi me agachando.

–Elisabeth melhor tomar cuidado. – A voz de Newt soou pelo corredor mas eu não o escutava mais.

Tateei minhas mãos pelo chão sentindo apenas algumas pequenas pedras. Continuei arrastando elas ralando um pouco a palma da mão. Nada de diferente parecia estar no chão até eu dar um passo para frente. Um liquido pastoso grudou em minha mão logo arrancando de mim um grito de dor.

–Elisabeth! – Ouvi Thomas atrás de mim me procurando na escuridão.

Eu esfregava as minhas mãos desesperadamente tentando tirar o liquido delas mas só piorava a situação. A cada segundo que passava sentia minhas mãos queimarem mais e mais. Um grande tumulto já havia se instalado no corredor.

Um outro estalo surgiu na frente do grupo, mas dessa vez não ouvi o baque contra o chão. Um grito de terror se espalhou pelo local. Winston.

Os gritos do garoto estouraram por todo o corredor fazendo os Clareanos se agitarem cada vez mais. Meus gritos agora eram abafados pelos gritos de Winston. As mãos de Thomas nos meus ombros me passavam um suporte que eu não tinha antes. Minhas mãos ardiam me obrigando a esfrega-las na minha calça, a cada segundo que se passava os gritos do garoto ficavam cada vez mais altos. Provavelmente o único que conseguia ouvir meus fracos gritos de dor seriam Thomas e talvez Aris que agora estava ajoelhado na minha frente.

–O que está acontecendo Lisa? – Thomas perguntava com uma voz carregada de preocupação.

–Minhas mãos, minhas mãos... – Eu repetia enquanto continuava a esfrega-las em minha calça tentando me desvencilhar do liquido gosmento que teimava em continuar em minhas mãos.

Ao meu lado pude sentir Thomas se ajoelhando e rasgando um pedaço de pano, logo envolvendo-o em minhas mãos. A dor foi diminuindo mas ainda pude sentir minhas mãos em carne viva. Provavelmente alguns riscos de sangue escoriam em meu braço mas meu cérebro só conseguia pensar nos gritos de pavor de Winston.

Provavelmente o menino foi acertado na cabeça pelo liquido gosmento. Me levantei do chão com certa dificuldade e comecei a abrir espaço entre os meninos até chegar na frente onde os gritos estavam mais altos.

Comecei a aumentar a velocidade dos meus passos até esbarrar em alguém.

–Elisabeth?

–Newt?

–O que aconteceu? O que está acontecendo?

–Está caindo alguma coisa do teto. Alguma coisa quente.

–Você está bem? – Seu tom preocupado me deixava nervosa.

–Só atingiu minhas mãos. Winston deve estar muito ferido, onde ele está?

–Acho que algumas pessoas a minha frente, na verdade nem sei onde eu estou, está um breu.

–Newt? – A voz de Minho chegou aos meus ouvidos mostrando a diferença de distância. – Preciso de ajuda!

Voltei a andar entre os garotos assustados até alcançar a voz de Minho.

–Minho? –Perguntei estendendo os braços pretendendo tocar em alguém.

–Lisa? Você está bem? – Minho estendeu os braços até tocar meus ombros.

–Minhas mãos estão melhorando, onde está Winston?

–Aqui. – Ele disse me empurrando pelo ombro até eu esbarrar no menino deitado no chão.

–Tentem achar alguma forma de deixar a luz entrar, ou achar algum interruptor. Não sei onde estamos.

Um outro baque surgiu atrás de nós por sorte não caindo em ninguém.

–Temos que sair daqui rápido! – Disse passando a mão na cabeça de Winston que já estava em carne viva.

–Tem uma escada aqui! – Minho disse a poucos metros a nossa frente.

–Suba! – Newt berrou do meu lado.

O som dos pés de Minho subindo na escada fazia meu coração bater mais rápido de ansiedade.

–Tem um treco aqui tipo um alçapão! – Minho gritou.

–O que você está esperando? Abra! –Gritei com ele.

Um estalo soou no corredor enquanto Minho destravava a pequena abertura no teto. Quando finalmente foi aberta uma forte luz entrou revelando a forma do corredor. O contato repentino com a luz do sol fez meus olhos arderem de tal maneira que fui obrigada a força-los com o pano de minhas mãos para não ficar cega. Supus que todos os meninos fizeram o mesmo.

–Feche isso! –Alguém berrou.

A escuridão voltou a reinar no local enquanto forçava meus olhos a se acostumarem novamente com o escuro.

–Abra devagar. – Disse.

Agora Minho só havia aberto uns dois centímetros da janela e eu podia ver todo o estrago que aconteceu com Winston. Uma bola de metal estava grudada em sua cabeça com as bases derretidas escorrendo pelo seu rosto. Levei os olhos para minhas mãos vendo que o mesmo liquido prateado pingava delas. O mesmo líquido que ardia.

A dor estava implantada no rosto de Winston enquanto tentava tirar a bola de sua cabeça sem me queimar tanto.

A vontade de gritar era grande enquanto segurava a esfera de metal antes que derretesse em sua cabeça. Joguei ela para o lado conseguindo ver seu coro cabeludo em carne viva. A maior parte do cabelo já havia caído, o que havia sobrado estava pendurado em sua cara.

Abri minha sacola e rapidamente envolvi a cabeça de Winston com o pano branco manchando uma boa parte com sangue.

–Obrigado. – Winston disse com dificuldade.

Dei um sorriso agradecendo tentando esconder a dor que estava sentindo nas mãos.

–Temos que sair daqui. – Thomas disse aparecendo do nosso lado.

–Deve estar uns quarenta graus lá fora. É areia pura. – Minho disse do topo da escada.

–Então chegamos no deserto. – Winston disse ao meu lado com uma voz um pouco irônica.

–A escolha é: ir para os quarenta graus ou ficar aqui com essa bolas de prata caindo na nossa cabeça. – Newt disse me ajudando a levantar do chão.

–Bom, estão acho melhor irmos para o deserto.


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