O Filho de Vesta escrita por João Bohrer


Capítulo 1
Um Sonho Realizado


Notas iniciais do capítulo

Mais uma fanfic, não espero grandes coisas dela, mas espero que as pessoas que lerem gostem!

Boa Leitura!



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A deusa romana da lareira, estava sentada a frente da pira com o fogo eterno dos deuses, apenas o olhando, enquanto lágrimas escorriam de seu rosto. Em seus pensamentos, estava o sonho que ela nunca poderia alcançar, devido ao juramento que fez milênios antes, convencida por seu irmão que tinha medo de perder o trono.

- Jovem Vesta, eu posso realizar seu sonho! – Falou uma voz atrás da deusa

Vesta limpou as lágrimas do rosto e olhou para trás, ali estava Trivia, forma romana da Hécate grega, sorria para Vesta.

- Do que está falando Trivia? Meu sonho é impossível de ser realizado! – Respondeu a deusa da lareira

- Não, quando você têm a magia certa, eu posso realiza-lo, e o preço vai ser bem pequeno comparado ao seu benefício! – Respondeu Trivia

Vesta a olhou desconfiada.

­Ela sabia que seu sonho era impossível, ela era uma eterna donzela, feita assim por seu irmão, se ela quebrasse seu juramento, Júpiter a destruiria.

- Como? É impossível que eu tenha filhos, as consequências seriam terríveis para mim e para a criança! Não posso quebrar meu juramento! – Perguntou Vesta

- Não estou dizendo para você quebrar seu juramento, mas sim, é possível que você tenha um filho... Se o “forjar” a partir da chama eterna do Olimpo, com o auxílio de um outro deus, ele será tão seu filho quanto qualquer outro nascido de qualquer deus! –

Vesta deu um passo para trás, aquilo era possível, mas mesmo assim ela poderia despertar a ira de Júpiter, destruindo a criança, por medo de perder o trono.

Vesta respirou fundo e olhou para o fogo eterno.

- O que eu preciso fazer? – Perguntou ela

Trivia sorriu maliciosamente.

- Convença Netuno para que aceite sua oferta, e a partir daí, deixe comigo... – Respondeu Trivia

E Vesta assim atendeu, o sonho de ter seu filho, era maior do que o medo de seu irmão. E assim, após convencer Netuno. Segundo a instrução de Trivia, os dois teriam que “moldar” seu filho a partir do coração, assim ele herdaria seus poderes.

E com alguns dias de preparo, escondida em um templo no Olimpo, Vesta segurava uma criança pequena em seus braços, Trivia olhava orgulhosa para seu trabalho, mas havia um problema.

- Assim que Júpiter o descobrir, ele será destruído! – Falou Vesta enquanto estava agarrada a pequena criança

- Há um jeito! – Falou Trivia pegando uma pequena garrafa com um líquido verde em seu interior – Podemos escondê-lo no mundo mortal, transformá-lo em um semideus, assim seria muito mais difícil que Júpiter o descobrisse. –

Vesta olhou para a pequena criança, faziam apenas algumas horas que o processo havia terminado e o pequeno havia vindo ao mundo, mas ela já estava apegada. E como toda boa mãe, Vesta sabia que a solução que Trivia dava era a melhor para o seu pequeno Bebê.

- Faça! – Ordenou Vesta

O líquido foi derramado e a criança chorou, Vesta não sabia explicar a magia que estava sendo colocada no bebê, mas entendeu que aquilo era o melhor.

Beijando a criança, Vesta se despediu dela, sabia que não a veria por um longo tempo.

- Qual o nome que você quer dar? – Perguntou Trivia

- Perseus... Percy! – Respondeu Vesta

Ela o entregou a Trivia e a deusa da magia desapareceu.

Cinco Anos Mais Tarde

Ele não entendia porque seus pais não o queriam, havia sido o quarto casal naquele ano e o quarto acidente inexplicável que ele causava. No primeiro, uma inundação que destruiu a sala de estar, no segundo ele explodiu a cozinha, no terceiro havia sido uma combinação de fogo e água e agora no último, um incêndio que consumiu a casa inteira.

Parecia que não importava se o pequeno Percy estava feliz, o desastre sempre o seguia, e ele sempre acabava voltando para o mesmo orfanato, aonde havia sido deixado há cinco anos. Ele era apenas uma criança, mas entendia que havia sido rejeitado por seus pais biológicos. E morar naquele orfanato não melhorava nada.

Ele estalou os dedos e uma pequena chama saiu dele.

Ele havia sido ridicularizado por ser uma aberração, ou pelo menos era o que pensava, o homem que devia cuidar dele, na verdade o maltratava, assim como fazia com qualquer criança que tivesse o azar de cair naquele orfanato, Gabe provocava a raiva de Percy.

- O que está fazendo moleque? – Perguntou um homem corupulento olhando com raiva para a pequena criança

- Descluple Gabe. – Falou Percy surpreendido

Ele ainda engolia algumas letras, para ele era difícil prestar atenção na pronúncia correta das palavras.

- Vai querer colocar fogo no orfanato aberração? – Perguntou o homem rindo

Percy ficou de cabeça baixa e seus olhos se encheram de lágrimas.

Até seus olhos eram diferentes, eles eram verde mar, e ao redor da íris havia um pequeno círculo vermelho.

Gabe deu um tapa no rosto de Percy e o mandou para a cama.

Sem jantar, era a terceira vez naquela semana. As dores de cabeça e o cansaço já estavam insuportáveis. Percy começava a se perguntar de o porquê de ele continuar ali. Não seria melhor fugir?

A raiva o consumiu por dentro, e ele tomou a decisão que era necessária, deu as costas a vida infeliz que levava. Não pensou em seu futuro, apenas pensou na liberdade que viria ao fugir daquela prisão. Ele saiu pela porta, tendo a certeza que jamais voltaria.

Horas mais tarde.

Cansado, com fome e com frio, ele não conseguia mais andar pela floresta. Tremendo ele se sentou junto a uma árvore e colocou os braços entre si tentando se aquecer. Ele sabia que se ficasse com raiva, ele iria pegar fogo, e começou a pensar em tudo o que já havia sofrido.

Gabe havia batido nele, o humilhado, nenhum de seus pais adotivo ficava com ele, havia sido rejeitado por seus pais biológicos... Tudo alimentou a pequena chama que estava em suas mãos. Não era muito, mas já o aquecia um pouco.

Ele olhou para a chama dançante, desejando que ela ficasse um pouco maior, mas não aconteceu, ele estava muito fraco.

- Porque está queimando as coisas menino? – Perguntou uma voz a sua frente

Ao olhar, Percy percebeu que era uma garota, com mais ou menos 12 anos, cabelos ruivos e olhos prateados lindos, ela apontava uma flecha para ele. Aos poucos outras garotas apareceram, também apontando flechas para ele.

- Pare já o que está fazendo! – Falou a garota

Percy a olhou e a ignorou.

Aquilo a deixou com raiva, mas outra garota, parecia um pouco mais velha tomou a frente, seus cabelos negros e olhos azuis acompanhavam a chama, ela lentamente se aproximou da pequena criança.

- Pare já com isso, menino! – Ela disse com autoridade

Ela falou aquilo com nojo, como se ser um garoto fosse a pior coisa do mundo.

- Meu nome não ser menino, ser Pewcy! – Ele falou irritado

As garotas riram com a língua presa da criança, menos a mais velha que estava a sua frente.

- Me dê o isqueiro! – Ordenou a garota

- Eu não tenho um isquento! – Rebateu Percy

- Dei-me seu isqueiro Pewcy! – Zombou a garota

Percy havia chegado ao seu limite, a raiva explodiu dentro de seu pequeno ser. E a garota percebeu, os olhos do pequeno haviam mudado, ao invés de verde calmo, agora uma chama vermelha dançava na íris da criança.

- Não zombe de mim! – Gritou Percy

A garota se afastou, assim como as outras. Somente a ruiva ficou na frente, analisando o que estava acontecendo.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam?
Querem que continue?
Comentários são bem vindos!