A Maldição da Wicca escrita por FireboltVioleta


Capítulo 42
No Pain, No Gain




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HERMIONE

Acordei aterrorizada.

Onde eu estava?

O que acontecera?

Tentei me erguer, mas meu corpo parecia paralisado ao que parecia ser uma maca.

Enquanto reconhecia visualmente o ambiente da Ala Hospitalar, dei de cara com um rosto que estava quase debruçado em mim, repleto de cortes e surpreso.

– Ai, que susto!

Pisquei, entorpecida. Senti meu peito falhar de repente.

– Gina? – minha voz saiu fraca - o que... aconteceu? Onde estão todos? – meu peito pulou outra vez – onde está Rony? Ele está bem?

– Ei, ei, calma aí – Gina ergueu as mãos – se recupere primeiro do choque, respire fundo, não se afobe, e eu te conto tudo.

– Cadê o Rony? – senti meus olhos se encherem de lágrimas.

Meu coração doeu quando me lembrei do telhado caindo... eu havia tentado impedir a queda com os elementos;

Mas Rony fora mais rápido.

A imagem da estaca empalando seu corpo ainda estava em minha visão.

Meu Deus...

Gina ficou amuada, o que fez meu estômago despencar.

Não, não, não... ele tinha que estar bem...

– Já vi que você não vai se acalmar agora... – ela suspirou – ande, levanta daí. Vou te contando no caminho.

Gina segurou meus braços, me ajudando a levantar. Estava me sentindo péssima, como se todas as minhas tripas tivessem sido retiradas e alguém houvesse costurado meu corpo, deixando-o oco e dolorido.

Misturada á dor, estavam minha estafa física e mental e minha angústia com tudo que acontecera.

– Pronto? Vamos lá...

Antes de sair, dei-me conta de que havia mais de quarenta pessoas na enfermaria.

– Gina... eu devia ajudar...

– Não – Gina balançou a cabeça – não olhou para si mesma ainda?

Confusa, apanhei o espelho que Gina conjurou, erguendo-o na altura da cabeça. Sufoquei um ganido de choque.

Aquela mulher amedrontadora que escapara de mim fora do castelo havia desaparecido.

Finalmente percebi que alguém já havia me vestido com roupas comuns outra vez, e estava em minha forma normal.

O que não melhorava em nada minha aparência.

Eu estava pálida, com os olhos levemente encovados, trêmula e abalada. Parecia um espírito agourento.

– Todo o poder que você demonstrou lá fora... – Gina arfou, enquanto caminhávamos pelo corredor – McGonagall nos disse... isso acabou com seu corpo físico, o seu psicológico e sua mente. Depois do que aconteceu... – ela engoliu em seco – achamos você desacordada do lado dele. Tentamos te reanimar por horas... seu coração parou três vezes... achamos... – ouvi Gina soluçar – que não ia sobreviver. Estava tão fraca...

– Quantos estão feridos? – indaguei.

Gina deu de ombros, mas vi-a estremecer.

– Umas cinquenta pessoas... não, você não vai voltar para ajudar – ela me censurou quando abri a boca para protestar – quase morreu nas últimas quatro horas e salvou mais gente do que tinha obrigação de salvar. Nem sabemos se você tem alguma capacidade de se invocar outra vez. Sossegue.

– E... – abracei meu próprio corpo, tensa – as nossas... baixas?

Gina ficou novamente calada.

– Algumas... pessoas também.

Reparei que ela não iria me dizer. Talvez como um modo de autodefesa, como se também não quisesse se lembrar do que provavelmente vira. Não podia culpa-la.

O que me deixava ainda mais angustiada para quando fosse descobrir quem morrera por minha causa.

– É aqui – Gina empurrou a porta do Salão Principal assim que chegamos ao corredor leste.

Entrei junto com ela, seguindo-a. Vi, ao meu redor, centenas de macas dispostas ao longo do Salão... quase todas ocupadas.

– Ela acordou! – ouvi Gina exclamar.

– Hermione!

– A Granger está viva, gente!

Adiantei-me, ansiosa, finalmente vendo mais de trinta pessoas me encarando aliviadas.

Admirei cada rosto maltratado e abalado ali, enquanto meu peito se inundava cada vez mais de alívio á cada pessoa que via viva.

Meus olhos arderam quando finalmente focalizei Harry, Neville e Luna, que vieram correndo para me abraçar.

– Vocês estão bem! – solucei, apertando-os num abraço enorme.

– Ainda está viva! – brincou Neville, que parecia ter sofrido uma bela lambada – ia ser sacanagem sua bater as botas, sabia?

Ri, apertando Harry num abraço sufocante assim que me soltaram.

Mesmo ainda abalada e angustiada, não podia deixar de sentir felicidade ao ver todos aqueles meus colegas vivos.

– Onde estão Darel e Nyree? E a bebê?

Senti Luna enrijecer ao meu lado, com os olhos saltados. Harry e Neville se entreolharam.

– Nyree está lá na frente – Harry inclinou a cabeça para o fundo do Salão – Darel está com ela.

Corri para lá, ansiosa, querendo rever meus amigos. Mas fui barrada instintivamente quando olhei ao meu redor.

Havia sido feita uma divisão. Os feridos estavam todos do lado esquerdo.

E, do lado direito, vi os corpos que Gina não quisera mencionar.

Senti minhas entranhas pulsarem com baques cada vez que reconhecia um rosto.

Já esperava localizar o de Leopold, que parecia estar dormindo ao fundo do Salão Principal, sereno como sempre fora em vida.

Mas foi quando vi os outros que finalmente me permiti chorar, caindo de joelhos no corredor.

– Ah, Hermione... – ouvi Harry suspirar, abraçando-me no chão.

Eu engasgava cada vez mais em minhas próprias lágrimas enquanto olhava de um para o outro.

Córmaco ainda exibia um esgar de convicção no rosto. Madelaine parecia um anjo louro, com os cabeços espalhados ao redor da cabeça. Jennifer – solucei ainda mais alto – estava tão em paz que ninguém podia dizer que não estava tirando um cochilo. Mesmo Pansy , que eu achei que não me importaria, me deixou abalada; ela, apesar de tudo, não havia deixado de lutar, para meu choque, e, sem as rugas de ódio e arrogância no rosto, era impossível não perceber o quanto, na verdade, havia sido bonita. Havia um grandalhão de Durmstrang que eu não conhecia, além de dois alunos ainda com o uniforme de Beauxbatons.

Parei de olhar quando distingui, entre tantos outros de Beauxbatons e Hogwarts, o corpo encolhido de Simas.

– Meu Deus...

Todos estavam tão sossegados naquele sono eterno que mal pareciam ter sofrido.

– Cho! – ouvi alguém gritar. Virei-me á tempo de ver Dino surgir do nada, abraçando Cho, que deu um grito de alívio e espanto – graças aos céus!

Não sabia o quanto e quando ficava feliz ou triste. Todas as emoções lutavam livremente dentro de mim, disputando qual tomaria controle de meu corpo e minha alma.

Quando eu ainda estava como Wicca, todas essas barreiras e conflitos emocionais haviam se esvaído, deixando apenas a determinação e a onipotência. Agora, todo aquele ímpeto se fora, permitindo que eu sofresse outra vez.

Tantas mortes, tantos feridos... e não havia o que me convencesse de que a culpa não fora minha. Tinha sido incapaz até mesmo de ajudar por causa de minhas malditas fraquezas e limitações. Todos que haviam morrido ou se machucado poderiam estar vivos se eu simplesmente tivesse tido a capacidade de continuar lúcida.

– Hermione, chega – Harry me sacudiu – pare com isso... você não teve culpa de nada. Não poderia ter feito nada por eles.

– Por que fui fraca – solucei.

– Não – ele ergueu minha cabeça – por que você é humana. E por ser humana que você defendeu todos, vingou e salvou dezenas de vidas, lutou pelos que você ama, tentou se sacrificar por todos nós. Há coisas que nunca estiveram ao nosso alcance. O tempo e o imprevisto sobrevêm á todos. Não é algo que se possa controlar... quem lutou sabia dos riscos e sabia pelo que lutava. Não dependia de você.

Ele me ergueu bondosamente até que eu me levantasse outra vez.

– Nyree... – sussurrei.

– Estou aqui, Hermione.

Virei para trás, atônita, finalmente me deparando com minha amiga.

– Nyree!

Abracei-a animadamente, mas senti Nyree paralisar, com o olhar sobressaltado. Harry parecia sem graça, e se afastou um pouco quando me aproximei dela.

– Nyree? O que foi?

– Nada – ela fungou, escondendo uma das mãos na manga da blusa.

Confusa, apanhei o pulso que Nyree escondia, puxando sua mão de volta.

Mas onde deveria estar sua mão...

Sufoquei o grito que ia dar tampando minha boca.

– Shh – Nyree fez, segurando meu ombro com a outra mão – foi um acidente... LeBrou fez um implante. Foi quando alguns Comensais entraram no castelo. Uma das lanças dos archotes caiu enquanto fugíamos com os alunos do primeiro ano - ela fez uma careta – apaguei na hora... nem senti nada.

Arfei, abismada, encarando a luva brilhante e esbranquiçada que agora estava em lugar de sua mão.

– E Darel? Está bem?

Vi Nyree estremecer, e senti meu esôfago pular.

– Está melhor – ela se abraçou – estava comigo... outra lança o pegou – Nyree me olhou agoniada – mas atingiu apenas a perna... está dormindo agora. Deixei Tamahine com Parvati e vim visita-lo aqui no Salão.

Minha preocupação com Rony estava indo ás alturas. Por que ninguém falava dele?

– Hermione! – ouvi Neville me chamar.

– O que foi? – fui até ele, sendo seguida por Nyree.

– McGonagall disse para você ir para a Sala de Transfiguração... há mais feridos lá. Falou que você precisa ver uma coisa.

Agradeci-o com a cabeça, me dirigindo correndo para fora do Salão, com Nyree em minha cola.

– Me conte mais sobre o que aconteceu dentro do castelo.

– Bom, ficamos com os alunos menores, como você falou – ela contou – mas então descobrimos que alguns Comensais haviam entrado, e, depois que eu pedi para Parvati fugir com Tamahine, tentamos evacuar o Salão, mas não sabíamos para onde levar as crianças. Foi quando nos deparamos com dois ou três deles. Alguns alunos mais velhos tentaram duelar, mas causaram uma explosão que fez as lanças caírem. Darel e eu desmaiamos... Parvati contou que alguns alunos do quinto ano deram cabo da maior parte dos Comensais que entraram... mesmo assim, eles fizeram reféns... meninas do sexto ano – Nyree me olhou angustiada – Maxime está atônita, Hermione. Fizeram horrores com essas garotas. Algumas não conseguiram parar de chorar ainda... outras estavam até ensanguentadas. Mal conseguem falar ou comer.

Tampei a boca, horrorizada. Meu Deus... eu nem conseguia imaginar a dor, a humilhação e o trauma daquelas garotas.

– E o pior – Nyree continuou – foi saber que, se fosse possível discernir, tudo isso foi previsto.

– O quê?

Nyree parou repentinamente, me encarando séria.

– McGonagall nem consegue acreditar... nem eu, diga-se de passagem. Tínhamos uma vidente aqui, neste tempo todo, Hermione. Ela previu tudo... tentou nos contar, mas foi impossível entendermos. Nunca teríamos adivinhado. Foi por isso que ela fez todo aquele escarcéu.

Eu estava completamente desorientada, mas a última palavra que Nyree disse finalmente me fez encaixar as peças.

Minha boca despencou.

– Nyree... – arfei – você está dizendo que... Tamahine é adivinha?

– Ela é uma verdadeira kai – Nyree assentiu – ela chorou o tempo todo, desde que vocês sumiram depois da terceira tarefa. Estava sempre com os olhinhos arregalados, desesperada, gritando sem motivo. LeBrou disse que ela estava ótima quando a levei para examinar, então... foi quando Maxime reparou nisso. Ela é especialista em fenômenos de adivinhação. Disse que Tamahine tinha realmente visão premonitória. Mas, sendo pequena, não tinha como nos avisar de verdade, á não ser chorando – Nyree afagou o próprio braço – minha pobre bebezinha...

– Ah, amiga... – apertei sua mão... a que ainda sobrara.

Tamahine era vidente... santa Wicca. O que mais faltava?

Finalmente chegamos á Sala de Transfiguração.

Entrei cabisbaixa, já desanimada com os prováveis feridos que iria ver.

Vi a professora McGonagall á alguns metros, com uma tipoia no braço, parecendo cansada, mas, de certo modo, razoavelmente bem.

– Professora!

McGonagall se virou para mim, abrindo um sorriso aliviado e satisfeito.

Podia parecer ridículo, indecente ou inapropriado na hora, mas não me importei. Simplesmente tive que correr até ela e abraça-la.

– Srta. Granger! – ela pareceu surpresa, mas riu, retribuindo com o braço livre, parecendo insanamente aliviada.

– Que bom que a senhora está bem! – guinchei para a professora, soltando-a.

– Posso dizer com toda a convicção que estou igualmente feliz pela senhorita estar melhor – a diretora sorriu – acho que está aqui pelo meu recado, então não vou ocupar mais ainda de seu tempo – seu sorriso desapareceu – quinta cama á esquerda, seguindo o corredor.

Nyree me seguiu, amuada, enquanto eu me dirigia ao leito que McGonagall dissera.

Fiquei defronte á cama, finalmente sentindo meu peito latejar de novo, se despedaçando em mil pedaços.

– Ah, Hermione! – Nyree levou as mãos ao rosto, penalizada.

Meus olhos se inundaram enquanto eu observava o corpo deitado no colchão, coberto por um edredom ainda manchado de sangue, assim como a longa espiral de ataduras que cobria seu tórax. Os cabelos dele estavam adoravelmente bagunçados, mas seu rosto, inexpressivo e pálido, destoava aquele detalhe tão bonito. Ele respirava tão lentamente que parecia não ter pressa nem mesmo de continuar a viver.

Aproximei-me suavemente, sentando no banquinho que estava ao seu lado.

As lágrimas saltaram em meu rosto enquanto eu afagava seus fios ruivos, olhando para a mancha que o ferimento causara no curativo.

– Rony... – minha garganta se fechou, embargada – ah, Rony... acorde, por favor...

– Ele não acordou desde que encontramos vocês – suspirou alguém ao meu lado. Ergui o olhar para Gina, que parecia desanimada – a estaca pegou-o em cheio. Atravessou o corpo na diagonal. Tivemos que retirar o ferro antes que voltasse á forma humana... mas, mesmo assim, ele perdeu muito sangue – ela baixou a cabeça – está tão fraco quanto você estava.

Soluçando, me inclinei para beijar a testa de Rony. Estava peno menos dois graus mais frios do que a temperatura de minha pele.

– Ele foi um idiota – aceitei o afago de consolo de Nyree em meu ombro – de novo... podia ter morrido só por que foi besta de tentar me proteger... por que diabos tinha que se arriscar? Não sou tão importante assim! Ele vai acabar morrendo por nada desse jeito! E eu... nunca me perdoaria... nem sei se posso me perdoar agora...

Gina saltou, exasperada.

– Ponha isso na sua cabeça, Hermione Jean Granger. Você não tem culpa de nada. Nada. Seu único problema é achar que é indigna para tudo. Mas o mundo não roda... ou não rodava, aliás... ao seu redor.

“Você fez o milagre de usar a maldição da Wicca ao seu favor, salvando vá saber quantos milhares de vidas por aí. Escolheu o bem acima de tudo, mesmo quando podia se tornar a maior e mais poderosa bruxa desse milênio. Erradicou um dos piores males que poderiam ter destruído nossa civilização. Mesmo com todo aquele poder, insistiu em usá-lo para o bem maior. E cumpriu uma profecia fajuta que já durava anos. Então, garota, não se atreva á dizer que não é digna o suficiente para ser salva e protegida pelo besta do meu irmão, por que você é, sim, digna disso e de muito mais. Essa sua maldição foi é uma bênção que nos veio disfarçada. Só isso.

Então tome vergonha nessa cara e admita logo que você é a maior bruxa desse século e que esse mané chamado Rony Weasley é maluco por você.”

Nyree assentiu, concordando, parecendo pela primeira vez mais animada.

Não pude deixar de revirar os olhos e sorrir. Gina e sua mania de tornar qualquer ambiente menos depressivo...

Olhei outra vez para Rony, que ainda dormia serenamente. Meu ruivo bobo e maluco... quase morrera – mais uma vez – para me ajudar.

Qualquer outra garota teria visto apenas o superficial em um rapaz nos últimos anos. Rony não era nenhum galã de novela. Não era o mais forte, nem o mais inteligente – muito menos o mais inteligente – nem o mais corajoso de todos os garotos que eu conhecera. E, mesmo evoluindo muito nos últimos tempos nesses quesitos, ainda tinha uma gama inacreditável de defeitinhos e peculiaridades irritantes. Não era nem de longe um herói ou um príncipe encantado.

Mas de uma coisa eu sabia.

Eu nunca mudaria nada nele.

E nunca o trocaria por nada desse mundo.

Por que eu amava tudo naquele serzinho magnificamente inadequado. Amava seus defeitos, suas qualidades, seu sorriso, suas gracinhas, suas broncas, suas trapalhadas, sua burrice, sua teimosia, seus carinhos, seus abraços, seus beijos...

E aquilo era tão forte, tão profundo, que imaginava que só se esvairia com uma Maldição da Morte.

Por um único momento, esqueci toda a dor e o pesar que me assolavam. Esqueci que ainda estava oca e abalada depois de liderar e sobreviver á uma nova batalha. Esqueci a dor de ter perdido tantos amigos queridos. Esqueci que, alguns segundos atrás, havia sido algo completamente diferente de mim mesma.

Por que o meu futuro e esperança estavam ali na minha frente, inconsciente e alienado á minha reflexão arrebatadora.

– Ele vai ficar bem, não vai? – gemi, pousando a mão no peito de Rony.

– Esperamos que sim – Gina fungou baixinho – ainda quero dar uma boa surra nele por assustar a nossa família de novo...

– Deixa que eu seguro ele – brinquei, acariciando o curativo – seu completo idiota, Ronald Weasley...

Deitei a cabeça no ombro de Rony, ainda com a alma quebrantada de angústia. Será que finalmente tudo havia acabado? Ele iria ficar bem? E – por mais que eu não quisesse pensar na possibilidade – se finalmente eu tivesse que me despedir, eu agüentaria ou sobreviveria á perda dele?

Eu mal sabia se ainda sobrara vida em mim depois de tudo que acontecera.

Rodrick Carrow e tantos outros bruxos das Trevas haviam suprimido e destruído quase tudo que havia de bom dentro de mim.

A única vida que palpitava em meu corpo era sustentada pela oscilante vida do garoto a quem eu estava abraçada agora.

Estendi a palma de minha mão para cima.

– Não! - Gina agarrou meu pulso – não pode fazer isso, Hermione! Se você morrer só para ajudá-lo, não vai adiantar nada curá-lo! Ele não vai conseguir viver sem você!

– Gina... – balbuciei, sentindo outra vez meu olhar lacrimejar, mas Gina não parecia prestar atenção em mim. Estava boquiaberta, olhando para o leito. Virei-me, confusa.

Foi quando eu percebi um olhar azul e fixo encarando-me, com a expressão mais atordoada possível.

– Gina? Hermione? O que fazem aqui?


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Notas finais do capítulo

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