Koltopi havia enlouquecido, certamente, mas isso pouco lhe importava no momento. Gostava de se ver perdido em pensamentos estúpidos, pois sabia que não havia possibilidade deles se tornarem reais. Estava seguro em sua própria mente, alimentando-se das próprias ilusões.

Mas o destino não estava á seu favor, algum deus não achava que seus desejos deveriam ser guardados apenas para si. Por isso, num momento inesperado e que tinha tudo para passar despercebido, sua sorte mudou. A caixinha de Pocky que encontrara naquela manhã caiu de suas roupas enquanto andava e foi ele, justo ele, a captura-la.

O bilhete estava pregado do lado de fora da embalagem então Bonorenolf o leu desinteressado — estava à frente dos olhos, fazer o quê? Mas o olhar que ele lhe lançou depois, não foi de desinteresse.

Koltopi recebeu os chocolates de volta com um misto de raiva e vergonha. Era isso que ganhava por ser estúpido!

Porém, Bono não pensava assim. Na primeira oportunidade de se verem sozinhos, ele segurou o pequeno, sorrindo como quem diz saber de todos os seus pecados.

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