Entre Rosas e Espinhos escrita por AnneCullen


Capítulo 27
Você não é a cartomante!


Notas iniciais do capítulo

Oi amores! Espero que gostem. :]
 
 



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   (Música: http://www.youtube.com/watch?v=Ez5UyjoHqlw / A Brokedown Melody - Jack Johnson )

 

   Já fazia quatro meses que estávamos planejando o casamento da anã, Rose já estava de sete meses, Eu e Edward estávamos com mais ou menos oito meses de namoro, Emmett aprendeu a falar Otorrinolaringologista e não parou mais, a cada frase ele dá um jeito de colocar a palavra no meio e Jazz; bom Jazz continua o mesmo de sempre.

 

    Os meses ultimamente não passavam... corriam. A cada dia o amor entre todos aumentava, papai e mamãe estavam radiantes com a mudança de Edward, os gêmeos e o casamento de Alice. Nunca os vi tão felizes. Esme vivia me agradecendo por ter entrado para a família e por amá-los tanto, o único problema é que ela não entendia que quem tinha de agradecer era eu, pois eles foram à salvação para a minha ex vidinha amargurada.

 

    “A verdadeira família é aquela unida pelo espírito e não pelo sangue.” Essa frase se encaixa perfeitamente desde o momento em que eu cheguei à cidade e tudo já estava organizado com muito carinho; apesar de não me conhecerem. Devo dizer que os laços de sangue às vezes não são nada. Sabe a lição mais valiosa que aprendi é que não preciso ser perfeita o tempo todo para que minha família me ame, basta ser eu.

 

   Família de verdade não aponta os erros, ajuda-nos a construir o certo. Julgar é uma palavra que em um lar onde há amor não existe; todos se ajudam para que juntos formem um caminho de certezas. Amor de Família é a coisa mais inexplicável do mundo, não pode ser tocada, nem abalada, apenas sentida e demonstrada com pequenos gestos. Minha atual família não troco por nada, e nem por ninguém, são partes de mim, partes do meu ser. São Pedaços do meu Coração.

 

   Pensava em tudo isso enquanto olhava para a imensa cachoeira que tinha no fundo do quintal de mamãe. Eram raras às vezes em que ficava sozinha, pois a cada minuto eu estava fazendo uma coisa diferente, com um membro da família ou até mesmo em meu trabalho. Com o casamento da baixinha os horários ficaram ainda mais apertados, era tanto ensaio; ensaio para a entrada na igreja, para a festa, provas de maquiagem; ela queria que tudo saísse na mais perfeita ordem, seu maior medo era ter algum problema no decorrer do dia como aconteceu com Rose.

 

   Já era a terceira semana consecutiva que as Deevas se reuniam na grande sala dos Cullen para conferir mil vezes os mesmos itens, buffet, vestidos, ou seja, coisas desse gênero. Rose com a desculpa dos enjôos, desejos e vontade de ir ao banheiro sempre conseguia dar umas boas escapadas. Até Esme que queria tanto esse casamento já estava se cansando de todo dia checar a lista umas mil vezes.  

 

       - Vamos meninas, é hora da nossa reunião. – Alice falava da escada, enquanto eu entrava pela porta de vidro que separava o jardim da casa.

 

       - Estamos chegando filha.

 

       - Eu não estou vendo vocês aqui. Por favor, venham logo prometo que não faremos a mesma coisa de alguns dias atrás. – sentou com as perninhas cruzadas no sofá.

 

       - Certeza? – Rose perguntou sentando na poltrona.

 

       - Absoluta. Vamos tratar da minha despedida de solteira.

 

      - Opa agora a coisa ficou boa. – falei pulando o sofá assim como Esme.

 

      - Mas antes de tratar sobre isso...

 

       - AH NÃO! – falamos em coro.

 

       - Calma meninas! Eu só queria dizer que vocês estão convocadas para ir comigo até uma cartomante.

 

       - JAZZ CORRE AQUI A ALICE TÁ PROCURANDO UM AMANTE. – Emmett estava escondido atrás do batente da porta.

 

        - CALA A BOCA SEU MAMUTE! – gritou a baixotinha revoltada.

 

       - Alice você esperou eu te pedir em casamento para depois me trair? – Jasper falou com os olhos marejados enquanto descia as escadas correndo.

 

       - Deixa de ser tonto mano, ela não falou nada disso, agora some daqui que nós temos uns assuntos confidenciais para tratar. – Rose bateu palma e balançou a mão para eles irem embora.

 

       - Escutei falar em assuntos confidenciais? – Edward apareceu com Carlisle na porta de entrada.

       - Escutou certo filhote. Por isso tchau todos vocês. – apontou para a porta de saída.

 

       - Esme, meu amorzinho, você não vai nos deixar participarmos dessa reuniãozinha? – papai olhou com feições desoladoras.

 

       - Claro que não pai! É minha despedida de solteira e eu quero aproveitar sem vocês ficarem urubuzando. – Alice levantou e foi empurrando todos para fora.

 

        - DESPEDIDA DE SOLTEIRA? – gritaram em uníssono.

 

       - Isso mesmo agora tchau!

 

   Jogou-os para fora da casa, trancou a porta e para finalizar bateu uma mãozinha na outra como se tivesse feito um esforço fora do comum. Duvido muito que eles tenham concordado com essa ideia, certeza que iriam aprontar algo para impedir essa “festinha”. Duracell voltou para seu lugar e começou a reunião.

 

       - E o seguinte minhas Deevas eu quero uma despedida de solteiro e ir a uma cartomante para ter certeza que meu casamento não vai ser que nem o de Rose. – a loira a fuzilou com os olhos – sem ofensas, mas seu casamento só deu certo no inicio e no finzinho amore.

 

      - Não precisa jogar na cara; sua minúscula. - loirão cruzou os braços emburrada.

 

       - Meninas não briguem. – Esme como sempre tentando apaziguar a situação.

 

       - Ah parem vocês duas eu quero saber sobre a despedida de solteiro. – falei impaciente.

 

       - Então voltando eu quero ir a uma cartomante para ver se ela consegue ver através das cartas como meu casamento será. Quero me assegurar de nada vai dar errado.

 

 

   EDWARD POV.

 

      ( Música:  http://www.youtube.com/watch?v=rAy9Zbnq0ns / Shut It Down -Pitbull ft. Akon )

 

   Alguém ainda tem alguma duvida sobre se ouvimos ou não a conversa delas? Não nos convencemos dessa despedida de solteiro, magine minha namorada no meio de um monte de homem tudo seminus? NÃO! Definitivamente isso não pode acontecer.

 

       - Qual é o plano? – perguntei olhando para meu pai.

 

       - Ainda não sei. – falou com uma mão no queixo.

 

       - Ah vocês são umas amebas mesmo né?! – o bombado disse indignado – será que vocês não ouviram elas dizerem que primeiro vão a uma cartomante para saber se tudo ira dar certo? – apontou para a porta fechada a nossa frente.

 

       - Acho que estou começando a te entender Emm. – Jazz colocou uma mão sobre  o ombro do bombado.

 

       - Duvido muito minha mente é muito complexa para que você a entenda. – falou se gabando.

 

       - Muito complexa, como se dois mais dois fossem quatro né filho?

 

       - Isso mesmo. – falou sério.

 

       - Tá bom, já entendemos que você tem a mente obvia. Agora dá pra falar o que você pensou? – falei irritado. Pô é minha futura mulher que está planejando uma festa cheia de homens!

 

       - Calma lá loiruda. – revirei os olhos – O plano é o seguinte...

 

 

   BELLA POV.

 

 

   Já era a décima vez que estávamos andando na mesma estradinha de terra. O carro chacoalhava tanto que mais um pouco eu iria beijar meus peitos. Nunca vi tanto buraco em toda a minha vida.

 

       - Alice, tem certeza que é por aqui? – falei enquanto me abraçava de forma defensiva.

 

        - JÁ FALEI QUE É! – iiii certeza que estamos perdidas.

 

       - Filha você já falou isso há meia hora a trás. – Esme estava do meu lado, também tentando se proteger dos buracos.

 

       - Mamãe eu não tenho culpa se o endereço que me passaram é no fim do mundo.

 

       - Lice to achando que você anotou algo errado. – Rose tentava não enjoar com tanto balanço.

 

       - Eu anotei certo. São as placas e o GPS que estão errados. – Claro, claro.

 

       - Não tenho tanta certeza disso filha.

 

       - PAAAAAAAAAAAARAAAAAAAAAA O CARRO. – Ops, Rose tá ficando verde.

 

       - Por que? – a baixinha perguntou inocente.

 

   Ela bem que avisou, mas Alice não ouviu. Lá se foi um vestidinho rosa ser sujo com vomito de grávida. Instalou-se um minuto de silencio no carro, estávamos esperando o maior piti da historia, mas nada aconteceu.

 

       - Desculpa Licinha. – falou Rose tentando limpar a boca.

 

       - Vamos seguir o caminho como se nada tivesse acontecido Alice Cullen. Nada aconteceu. – falou para ela mesma e voltou a ligar o carro.

 

   Não reclamávamos dos buracos ou por ter passado pela mesma placa três vezes, tudo para não irritar a pequena. Esme já estava quase saindo pela janela, não aguentava mais pular tanto no banco.

 

       - Lice? – falei docemente.

 

       - Diga Bella. – falou com falsa calma.

 

       - Posso dar uma sugestão? – me encolhi esperando o “CALA A BOCA”.

 

       - Pode. – parou o carro e olhou para trás.

 

       - Sério? – nenhuma de nós acreditava nisso.

 

       - Vai falar ou não? – olhou irritada.

 

       - Desculpa. – levantei a mão em redenção – Então e se ao invés de irmos para a direita como já fomos três vezes, optássemos pela esquerda?

 

       - Pode dar certo. – mamãe falou contente.

 

       - Por favor, que não tenha mais buracos. – Rose suspirou cansada.

 

       - Vamos tentar sua ideia Bellinha, já quanto a você loira eu não posso prometer nada. – acelerou.

 

   Para nossa sorte assim que ela fez o retorno para poder virar à esquerda a estradinha era de asfalto, nos poupando assim mais dores ou efeitos colaterais. Chegamos ao fim da rua onde havia uma única casinha simples e toda branca.

 

       - É aqui Lice? – Rose perguntou inocente.

 

       - Tem mais alguma coisa por perto? – falou com a mãozinha na cintura e com cara de obvio.

 

       - Credo hoje a senhorita está insuportável. – saiu batendo a porta do Porsche.

 

       - NÃO BATA A PORTA! – ela estava estressada. – Desculpa Rô, estou um pouco nervosa com essa historia de casamento. – abraçou a loira pela cintura.

 

       - Relaxa Allie, vai dar tudo certo. – tentei tranquiliza-la.

 

   Esme desceu do carro, a rainha das fadas ativou o alarme e seguimos para frente da humilde casinha. Confesso que o lugar era um pouco sinistro já que só tinha uma residência toda branca no meio de grama e árvores secas.

 

        - Filha será que é uma boa ideia entrarmos? – Esme perguntou agarrada ao meu braço.

 

        - Mas é clar...

 

       - Seja bem vindas – um homem todo coberto de preto abriu a porta e fez uma reverência.

 

   (Música: http://www.youtube.com/watch?v=WcPrmWkRGms / Run, Don't Walk - HEY MONDAY )

 

       - Oi aqui é a casa da madame Abrilina? – a pequena tentava ser educada.

 

       - Sim, sim, madame já está esperando por você e suas amigas faz quinze minutos.

 

       - Como ela já nos esperava se nem marcamos horário? – Rose falou toda cheia de si.

 

       - Minhas queridas eu sei de            TUDO! – uma mulher que mais parecia um armário apareceu deslizando pelo piso até a porta.

 

       - Ela é a melhor. – o homem falou tentando ocultar o riso. Isso estava estranho, fato.

 

       - Venham. Entrem, na casa de madame Abrilina seu futuro não fica nas entrelinhas. – bateu uma mão na outra e rebolou – PITCHULA! – demos um pulo com o berro da mulher.

 

   Alice nos olhou assustada, contudo resolveu ser a primeira a puxar a fila indiana. Como uma forma inútil de proteção deixamos Rosalie por ultimo, assim se acontecesse alguma coisa ela poderia fugir e salvar os gêmeos. Esme segurava firmemente uma caneta, não sei quem ela pretendia ferir com aquilo.

 

       - Mãe pra que essa caneta? – sussurrei para ela.

 

       - Se for o caso eu furo o olho do homem de preto e nós saímos correndo.

 

       - Ah... acho que entendi. – entender eu entendi, agora se isso seria uma possível solução, daí já é outra historia.

 

   Passamos por um corredor estreito e acabamos por sair em uma salinha de vidro toda iluminada. Haviam panos espalhados por todos os cantos, duendes, fadas e afins pareciam pragas, tinha em todo lugar. No centro havia um circulo feito de madeira uns vinte centímetros acima do chão, nesse circulo estava presente uma mesa, almofadas e um incenso fedido pra caramba.

 

       - Queiram se sentar senhoritas, enquanto isso madame Abrilina se prepara para iniciar a sessão.

 

   Subimos no mini palco, sentamos cada uma em uma almofada a tal da dona Abrilinha se aprontava passando alguma coisa no rosto, parecia aquelas pinturas de guerra. Logo após ter ficado que nem uma índia se sentou na almofada a nossa frente.

 

       - Bom Alice o que deseja? – estava de olhos fechados.

 

       - Como sabe o nome dela? – perguntei em suspeita.

 

       - A madame sabe de tudo senhorita. – o tio de preto sussurrou em meu ouvido.

 

       - O...Ok. – queria distancia daquele ser medonho.

 

       - Continuando o que deseja? – apoiou os cotovelos na mesa.

 

       - Quero que veja se meu casamento será perfeito.

 

       - Ah é isso? – falou desacreditado.

 

       - É. Por que? – falou serrando os olhos e se aproximando da mais da mesa.

 

       - Nada. – recuou – que comece a consulta. PITCHULA! – então o chão começou a girar, ou melhor, o circulo começou a girar.

 

       - Isso é normal. – perguntei a mamãe.

 

       - Sei não. – fez uma cara de espanto.

 

       - Silêncio vocês duas. – Alice me deu um cutucão nas costelas.

 

       - PIIIIIIIIIIIIIIIITCHULAAAAAAA! – bateu palma e tremeu a parte de cima do tronco – vejo que não é só isso que pretende fazer para seu casamento minha filha. – falou com uma sobrancelha levantada.

 

       - Bem... pretendo fazer uma despedida de solteira, mas o meu maior objetivo de ter vindo até a senhora é o meu casamento.

 

       - Você sabe que se fizer uma despedida de solteira seu casamento vai ser amaldiçoado, não sabe? – se aproximou um pouco de forma inquiridora.

 

       - Que seja. Agora a senhora pode ver como será o meu casamento? – nem ligou para o que a mulher disse.

 

   A tia bombadona fechou os olhos e começou a sussurrar baixinho a palavra pitchula, tanto eu como Rose e Esme queríamos rir, era muito cômico ver aquela “senhora” de longos cabelos pretos e roupas coloridas tocando a testa cada hora com uma mão e sussurrando a palavra. Passou a mão pelo rosto fazendo com que o batom vermelho ficasse borrado parecendo  o bozo, assim cortou o baralho a sua frente em três.

 

       - Passado, presente e futuro. – apontou para os montinhos de cartas – passado, presente e futuro. Passado, presente e futuro. Qual você vai querer?

 

       - Futuro. – falou decidida.

 

       - Vejo que fará seu casamento em breve. – olhei de forma debochada para Rose.

 

       - Sim. – Lice falou com pesar na voz.

 

       - Posso ver que vai se casar com um homem. – gargalhei – fique quieta está me atrapalhando.

 

       - Desculpa. – falei tampando a boca. Esme já estava roxa ao meu lado de tanto segurar o riso.

 

       - Sim vou me casar com um homem. – a baixinha já tava começando a se irritar.

 

       - Prefere amarelo ou preto?

 

       - Os dois.

 

       - Então creio que seu noivo seja loiro pintado. Nada de cabelo natural. – Esme colocou uma almofada na boca para abafar o riso.

 

       - Ô tia..

 

       - É MADAME ABRILINA! – esbravejou o cara de preto que estava no canto direito perto de uma cortina de miçangas.

 

       - Desculpa, mas meu irmão não tem cabelo pintado não. Somos loiros naturais. – passou a mão sobre seus fios de ouro.

 

       - Sei, sei. Bem continuando; vejo que seu vestido é branco. – estava com os olhos fechados e com a ponta dos dedos nas têmporas.

 

       - Não ele é rosa. – falei só pra sacanear.

 

       - Como eu havia dito rosa. – hum isso tá muito suspeito.

 

      - Mas ele era branco. – mamãe também ajudava a confundir ainda mais.

 

      - Branco e rosa. Pronto, não vamos brigar por isso. – falou balançando as mãos.

 

       - Isso tá sendo uma furada. – sussurrei para Lice.

 

       - Também to sentindo isso. – sussurrou de volta.

 

      (Música: http://www.youtube.com/watch?v=-pumthUVlio / Drummer Boy - Debi Nova )

 

   Um silencio se instalou, a tal da Abrilinha começou a acender mais um incenso e a pular em volta de nós. Falava palavras como monobafia, diáfana, kimberlito, xumbregagem e xurumbambo cistocarpo. Era sempre o mesmo mantra, se é que podemos chamar aquilo de mantra. Estava despreocupadamente enrolando uma mecha do meu cabelo.

 

       - PITCHULA! – berrou no meu ouvido.

 

       - AHHHHHH! – a abestada começou a gargalhar. P@&$%#!¨&*¨#$@$

 

      - Bellinha você precisa deixar de não crer no poder da pitchula. – falou bagunçando meus cabelos – vamos voltar às cartas.

 

   Eu que já estava começando a desconfiar de algo agora tinha certeza que aquilo não era madame Abrilinha porcaria nenhuma, afinal como ela saberia meu apelido? Olhei para Rose e ela tinha um ar de pensativa a lá Sherlock Holmes.

 

       - Me diga uma  coisa querida, se você irá se casar com a pessoa amada, por que precisa de despedida de solteira? – o chão começou a girar, ficamos perto da “porta” com cortina de miçangas.

 

       - Olha dona Abrilina o caso é que ela precisa ter uma noite mais alegre, porque vamos concordar meu irmão é muito lerdo, imagina então na hora do vamos ver. Tenho até dó dela, deve ser uma calmaria que me dá até tédio. – Rose sorria diabolicamente.

 

       - EU NÃO SOU LERDO! – gritaram da parte de dentro da casa.

 

       - CALA A BOCA SEU TONTO. – ouvimos logo em seguida um barulho de tapa.

 

        - Er – limpou a garganta – Madame Abrilina tem mais alguma perguntas. – falou o ser a nossa frente.

 

      - Pode perguntar madame. Prometo te responder. – Alice já tinha entendido também.

 

      - Onde as senhoritas pretendem fazer a “festinha”? – fez aspas no ar.

 

      - No clube de strip-tease de Forks. – ela iria mesmo contar?

 

      - VOCÊ ESTÁ LOUCA? – a bombadona se exaltou – Desculpe, me dêem um minuto para me recompor. – falou ajeitando o lencinho da cabeça.

 

       - Por que louca madame? – Esme perguntou como se fosse inocente.

 

      - Oras cebolas! Onde já se viu mulheres direitas irem nesse tipo de local. Ainda mais uma grávida e uma mãe de família.

 

       - Está com ciúmes Emmett? – perguntei aproveitando seu momento de distração.

 

      - Lógico que não Bellinha, só não acho certo a Rosalie sendo casada ir a um lugar desses; ainda mais grávida. – falou batendo na mesa.

 

      - Ué você não é madame Abrilina? Por que falou como o meu marido? – Rose de debruçou na mesa.

 

       - Desculpe querida é que às vezes eu tenho essas recaídas de saber o que pessoas distantes estão pensando. – olhou para o cara de preto.

 

      - Claro, claro. – falei em concordância.

 

      - Já que você tem esse poder será que poderia me dizer o que Carlisle está fazendo nesse momento? – Esme e sua cara de santa.

 

      - Ah essa é fácil ele tá vestido de urubu na... – o tiozão de preto pulou tapando a boca da tia armário.

 

      - Um minuto, por favor, senhoritas madame Abrilina precisa de uma água. Continuem aguardando nessa salinha. - arrastou a montanha porta adentro.

 

       - Alguém tem alguma duvida sobre madame Abrilinha? – perguntei para elas.

 

      - Eu tenho, eu tenho. – a pipoquinha falou alegre.

 

       - Diga Alice.

 

       - Se a gente zoar um pouco mais ela a Rose vai ficar brava? – essa baixinha não tem jeito.

 

      - Desde que você não xinguem a parceira dela tá tudo certo. – falou rindo.

 

      - Voltamos. – o urubu falou.

 

      - Onde paramos minhas filhas? - perguntou enquanto entrelaçava os dedos.

 

       - A senhora estava nos contando que o marido de Rosalie é broxa. – Alice falou normalmente.

 

       - BROXA? – levantou exaltado – acho que tem algum engano por aqui. Estávamos falando sobre sua despedida de solteira. – apontou para a baixinha - ah e aviso para a senhorita as cartas não mentem, e aqui diz que na hora que chegar em casa seu marido vai lhe mostrar quem é broxa. – falou sério olhando para Rose.

 

       - Quero só ver. – falou loirão para provocar.

 

       - Espere e verás. Voltando a “festa” pretende envolver quantas mulheres? – eles queriam a todo custo descobrir algo.

 

       - Ah apenas eu e as meninas.

 

   ( Música: http://www.youtube.com/watch?v=9RYuhrAbVmU / Boys Boys Boys – Lady Gaga )

 

       - Então vai ser só vocês para comemorar a despedida? Sem ninguém a mais? – falou visivelmente aliviado.

 

       - Não, não, definitivamente não vai ser só a gente! – ela/ele arregalou os olhos – vai ter muitos homens lógico, caso contrario não seria uma despedida de solteira. – deu uma piscadinha. 

 

       - AGORA JÁ CHEGA NEM EM SONHO VOCÊS VÃO FAZER UMA PALHAÇADA DESSAS! PELO MENOS NÃO VOCÊ BELLA. – Edward saiu furioso quase arrancando a “cortina”.

 

       - Edward, meu amor, o que você faz aqui? Veio se consultar com madame Abrilinha? – perguntei como se estivesse sem entender nada.

 

       - Bella! – me repreendeu.

 

       - Que foi amor?

 

       - Bella, por favor, você sabe muito bem o que está acontecendo aqui. – falou sério.

 

       - Tá acontecendo alguma coisa filho? – Esme levantou correndo fingindo estar assustada - alguma coisa te machuca? Está ferido? 

 

      - Esme não se faça de santa! Não vou permitir que vá a um antro de perdição, ainda mais acompanhando nossas filhas. – falou tirando a roupa de urubu.

 

       - Benzinho! Oh então era você o urubu? – falou com falsa surpresa.

 

       - Ok já que todo mundo ficou de homem, por que  só meu marido está vestido de mulher? Isso é broxante. – Rose falou apontando para Emm.

 

       - Ele era o único que poderia usar as roupas da velhinha gorducha sem ficar caindo. – Jazz veio a nosso encontro.

 

      - Que feio senhor Hale, querendo saber sobre os segredos da sua futura esposa. – Alice estava indignada – nem confia em mim e muito menos no próprio taco. Que decepção.

 

      - De quem foi a ideia? – perguntei olhando para papai.

 

      - Hey não fui eu. – falou levantando as mãos.

 

      - PARA TUDO! Se não foi você quem foi o ser de capacidade para bolar tal artimanha? – Lice estava confusa assim como nós, já que Carlisle era o cérebro de todas as operações.

 

       - MINHA! – gritou Emmett feliz.

 

      - SÉRIO? – falamos incrédulas.

 

      - Sim. Por incrível que pareça ele teve a ideia. – Edward falou.

 

      - Tudo bem Parabéns para o mamute, mas ainda estou irritada por terem vindo até aqui para saber sobre a minha vida. – falou a anã.

 

       - Foi o ciúmes baixinha. Tudo culpa do ciúmes. – Jazz falou tentando achar uma desculpa.

 

   Ouvimos um barulho na porta da casa, estacamos literalmente, parecíamos pedras, ninguém se atrevia a se mexer. Os meninos estavam desesperados, como se algo tivesse dado errado.

 

      - CADÊ AQUELES PILANTRAS? AAAH EU VOU MATAR ELES AFONSINHO, Ô SE VOU! – uma voz forte, porém de mulher ecoou.

 

      - Emmett você não disse que daqui até o endereço falso era no mínimo três horas? – Edward perguntou em pânico.

 

       - Ah eu esqueci de avisar eu dei um endereço mais perto, achei que não demoraríamos tanto. – Jazz, Ed e Carl ficaram brancos.

 

      - ONDE JÁ SE VIU ME DIZER QUE GANHEI UMA CASA E O ENDEREÇO NEM EXISTE? AFONSINHOOOOOOOOO VAI ATÉ O QUINTAL E SOLTA OS CACHORRROS ELES AINDA DEVEM ESTAR AQUI! SOLTA OS CACHORROS!

 

      - Edward me diz que ela não quer matar vocês e que por estarmos aqui também vamos virar comida para cães. – agarrei sua camisa desesperada.

 

      - Carlisle, você é o pai dessas crianças, dê um jeito de sairmos daqui. – Esme estava com medo, porém só faltava soltar fogo pelas ventas.

 

      - Vamos sair daqui não entre em pânico. – Ed tentava apaziguar a situação.

 

      - VOU FAZER BIFE COM A LINGUIÇA DELES AFONSINHO! E O RESTO VAI VIRAR COMIDA DE CACHORRO. – os meninos engoliram a seco.

 

      - Tem uma saída pelos fundos. Venham. – Jazz sinalizou com a mão.

 

   Seguíamos praticamente correndo pelo caminho até a porta dos fundos. A mulher ainda gritava coisas como: matar, esmagar e destruir; tinha dó do tal Afonsinho, tudo que ela falava colocava  o nome do coitado no meio.

 

      - Vamos logo, o carro está logo ali. – Emm apontou para a o carro do papai.

 

       - Nós viemos no carro da Lice, não podemos deixar o canarinho aqui. – falei com dó da anã, já que ela amava aquele carro.

 

      - Faz o seguinte então. Papai, mamãe, Rose, Lice e Jazz vão para o carro do pai. Eu, Bella e Emm vamos para o da mana.

 

      - Fechado.

 

   ( Música: http://www.youtube.com/watch?v=EkC2GvaQiQU / Ya Mama – Fatboy Slim )

 

   Saíram correndo até o carro. Fomos em direção a entrada da casa, pois o amarelão estava lá. Até agora não tinha visto nenhum cachorro. Boca grande é fod* né? Agora sim eu vejo dois cachorros Rottweiler correndo em nossa direção.  

 

      - OH MEU DEUS! – falei olhando para trás.

 

      - Que foi Bellinha? – Emm ainda não tinha percebido. Apontei para os cães – OH MAMÃE! ME AJUDE. – correu ainda mais rápido.

 

      - OLHA LÁ AFONSINHO É O BOMBAMEN E O GOSTOSINHO DE CABELO DE PALHA. – ela chamou meu namorado do que?

 

      - Ah eu vou tirar satisfações sobre esse apelido, quem ela pensa que é? – falei me virando para encarar a vó.

 

      - Esquece isso Bella e vem logo. – Edward me puxou pela mão.

 

      - Ela te chamou de gostosinho! – falei indignada.

 

      - CALA A BOCA E VEM BELLA. – Emmett me jogou por sobre os ombros e começou a correr mais ainda.

 

       - VOCÊS VÃO SENTIR A FÚRIA DE ABRILINA E SUA CARABINA! – a louca começou a atirar por tudo quanto e lado.

 

       - CORRE EM ZIGUE E ZAGUE ASSIM ELA NÃO PODE NOS PEGAR ED!

 

       - ELA É UMA VÓ LOUCA EMM, E NÃO UM JACARÉ PARA CORRERMOS DESSE JEITO! – esbravejou.

 

       - FAZ O QUE ELE TÁ FALANDO AMOR QUEM SABE FUNCIONA. – falei olhando para a tiazona que tentava mirar na gente.

 

        - Vamos entre! – Edward chegou primeiro ao carro e abriu a porta para nós.

 

       - NÃO SAIRÃO SEM PELO MENOS UMA RECORDAÇÃO MINHAS, SEUS PILANTRINHAS. – então atirou.

 

       -  OH FUI ATINGIDO! FUI ATINGIDO! – Emm gritava com metade do corpo para fora do carro.

 

      - Edward o que nós fazemos agora? – perguntei desesperada, não conseguia ver o local que acertaram meu irmãozinho.

 

      - TENTA PUXAR ELE PARA DENTRO DOC ARRO,  QUE EU TO ACELERANDO.

 

   Lá fui eu tentar puxar o mamute, como diz Duracell, para dentro do carro e Edward acelerando. Era super difícil, pois a cada vez que eu puxava quase que o corpo inteiro do grandão, vinha alguma curva e eu ficava o segurando apenas por seu cinto.

 

      - BENHÊ ME AJUDA! JÁ CONSEGUIMOS TER UMA BOA DISTÂNCIA,  AGORA ME AJUDA AQUI. – falei chutando sua perna.

 

      - Perai. – parou o carro – Vem mano. – o puxou com a maior facilidade.

 

      - UFA! – deslizei pelo banco do passageiro.

 

      - Valeu mano, eu poderia ter morrido se você não ajudasse a Bellinha, tava vendo a hora que ia ralar meu lindo rostinho no asfalto.

 

       - Ah não exagera Emmett. – falou sentando novamente no banco do motorista.

 

       - Ai ta doendo. – olhamos para Emm.

 

       - O que está doendo irmãozinho? – falei desesperada, já que ele mesmo tinha dito que havia sido atingido.

 

      - Meu traseiro. – falou passando a mão na bunda.

 

      - COMO? – perguntou eu e Ed ao mesmo tempo.

 

      - Quando ela disparou acabou acertando meu traseiro. – falou inocente.

 

   Olhei para Edward, começamos a gargalhar. Emmett Cullen havia sido atingido por uma bala no traseiro. Minha barriga doía de tanto que ria, meu namorado se encontrava curvado e chorando de tanto rir.

 

      - Hey vamos parar com isso! Tá doendo. – fez cara de criança.

 

   Passamos o caminho inteiro rindo de Emm. Ele ficou furioso, já que dizia estar doendo e nós não parávamos de rir.

 

       - Chegamos. – Edward falou abrindo a porta – Vem Emmett quem sabe papai não dá um jeito no seu traseiro. – gargalhou.

 

       - Que eu saiba vocês também são médicos e podem me ajudar. – falou cruzando os braços e saindo do carro.

 

       - Me desculpa Emm, mas eu não vou te ajudar nessa não. – falei abrindo a porta de casa.

 

       - Nem eu. – Edward se livrou da responsabilidade.

 

       - FILHOS! – mamãe levantou do sofá e veio gritando em nossa direção – estão bem? Algo de ruim aconteceu?

 

       - Calma mãe – Edward a pegou no colo – Só o Emm que levou um tiro no traseiro, mas nada de grave.

 

       - Um tiro aonde? – Alice perguntou só para ter uma confirmação.

 

      - No meu bumbum anã, no meu bumbum. Quer ver? – falou virando.

 

      - NÃO! Obrigada, mas não. – gargalhou.

 

      - Papai será que poderia ajudar o bombado? – perguntei.

 

      - Claro, afinal é meu filho, né?! – falou com pesar na voz, nos fazendo rir ainda mais.

 

      - É bala de mentira pai, só para machucar. – falou meu namorado tranquilo se sentando no sofá e me puxando junto.

 

      - Me contem o que aconteceu. O que aconteceu depois que saímos de lá? – mamãe estava em êxtase.

 

      - Vão contando enquanto cuido do meu filho. – Carlisle foi empurrando o gigante escada acima.

 

   Relatamos tudo o que tinha ocorrido, Alice, Rose e Jazz só faltava morrer asfixiado de tanto que riam; mamãe na primeira vez os repreendeu, porém não aguentou e começou a rir também.

 

   Passamos o restinho da tarde ali conversando.  Os meninos creio que estavam pensando que tínhamos desistido da ideia da festinha, mas uma coisa eu lhes garanto o sorriso malicioso no rosto da pequetucha denunciava que nossa reuniãozinha ainda estava sendo manipulada a pleno vapor.


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Notas finais do capítulo

   AMOREEEEEEEES...
 
   Gente que saudade de vocês!
 
   Sei que demorei a postar, mas infelizmente tá tenso a escola. Nunca pensei que seria tão corrido o meu dia.
 
   Espero que tenham gostado do capitulo, e que não tenha ficado uma comédia sem graça, juro que me esforcei ao máximo. (palavra de escoteira)
 
   Vou tentar postar amanhã. Oks?! :]
 
   Ah detalhe o numero de reviews está diminuindo e eu estou ficando mtmtmto triste com isso, to falando sério não é drama barato não. Sei que demoro para postar e talz, mas será que não mereço comentários? Poxa sempre tento dar o melhor de mim, e a cada dia que passa tem diminuído mais os reviews. To chorando. Povo que tem a fic nos favoritos e não comentam; que tal comentar? Hã? Prometo que vou  ser o mais simpática possível.
 
   Leitoras novas! Sejam bem vidas meus amores; espero contar com vocês nesse capitulo também.
 
   Beijos Gatonas. ;*
 
   P.s: Amo vocês!